Ontem protocolei no Ministério Público Estadual (atendimento n. 05.2019.00046839-7), a prometida representação contra as ascensões espúrias e indecentes (sem o necessário concurso público, como manda a Constituição Federal e está pacificado pela Súmula 43, do STF) das quais foram beneficiários vários ex-diretores da CELESC.
Há um certo temor de que na esfera do MP/SC a influência política governamental possa fazer a representação "dar em nada". A representação será um teste para a proclamada intenção de moralização da administração pública do atual governador.
Sabedor de que a governabilidade do atual gestor estadual depende, e muito, do apoio PMdebista e que os beneficiários da maracutaia são ligados à aludida agremiação política, não ponho fé total na representação que encaminhei.
Mina experiência em mais de 30 ações populares que propus, nas quais tanto o MP/SC, quanto o federal e os tribunais estadual e TRF-4 deixaram evidente seus comprometimentos com as elites e setores politicamente influentes, deixam-me na expectativa de um novo fracasso.
Mas continuarei a insistir, na esperança de que surjam pessoas efetivamente interessadas na defesa do interesse difuso. Afinal, a CELESC, a maior empresa do Estado (salvo algum engano), já padeceu demais nas mãos inescrupulosas de governantes "águias" (como dizia Lima Barreto), rapinantes que metem as garras pra valer, sem o menor pudor, nas economias da adminstração direta e indireta.
E o pior, como se viu no caso Monreal, é que as instituições que deveriam zelar pela moralidade e punir os ladrões, mostram-se coniventes com as falcatruas, engavetando processos, até que sobrevenha a prescrição dos crimes escandalosos.
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