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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Com um imbecil desse como pai, a mocinha não precisava de inimigo algum

Não consigo deixar de ser "grosso" quando vejo um caso semelhante.

Seria mais importante que punir os bestuntos pais da garota,  punir o(s) mentor(es) religioso(s) deles. 

Liberdade religiosa, nestes casos, é sinônimo de estímulo (doloso) ao homicídio, de parte do(s) orientador(es) religioso(s) desses infelizes pais. Foram fanatizados por uma lavagem cerebral absurda, praticada, sem dúvida, por clérigos da religião que professam. 

É imprescindível "dar um pau" pra valer nos que induziram os pais da mocinha a adotar tão pernicioso entendimento. 

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Jeová não aceita", diz pai que recusou transfusão da filha


Portal TerraDayanne Sousa

"Nós não fizemos nada de errado". É com poucas palavras que se defende Hélio Vitório dos Santos, pai de uma garota morta aos 13 anos, depois que ele e a esposa se recusaram a aceitar que ela passasse por uma transfusão de sangue. Atualmente na religião Testemunhas de Jeová, ele diz que na época, em 1993, apenas a esposa Ildelir Bonfim de Souza seguia a fé, mas não se arrepende. "Nós não aceitamos a transfusão e não vamos aceitar nunca", admite. Por questões de fé, os Testemunhas de Jeová não admitem a transfusão de sangue.
Nesta quinta-feira (18), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu que o casal irá responder por homicídio diante de um júri popular. Também é acusado no mesmo caso o médico José Augusto Faleiros Diniz, que é suspeito de ter interferido contra a transfusão por ser da mesma fé dos pais da garota e amigo da família. Hélio dos Santos nega conhecer o médico.
A menina Juliana Bonfim da Silva foi atendida num hospital de São Vicente, no litoral de São Paulo, onde deveria receber tratamento para anemia falciforme, uma doença rara do sangue que deforma hemoglobinas. Hélio reclama de não ter sido informado com detalhes sobre a situação da filha e de que não foi avisado que corria o risco de responder por sua decisão à Justiça. Ele responsabiliza o hospital pela morte da menina e diz que ela recebeu "remédio errado", embora não saiba dar detalhes.
Na questão de fé, ele não muda de opinião. Conta que a própria Juliana não tinha o desejo de fazer a transfusão. "A Bíblia nos ensina. Jeová não aceita. Deus não aceita. É uma coisa sagrada para nós", diz com pesar. Sobre ser réu no caso da morte da própria filha, ele fala em dor, mas arremata: "Fazer o quê? A gente tem que seguir a vida".

Leia a entrevista na íntegra.
O senhor está sabendo do julgamento de hoje sobre a morte da Juliana? 
Hélio dos Santos - Não, não estou sabendo, não.
Decidiram por levar os pais ao júri popular. O senhor fica surpreso?
Fico porque ninguém falou nada, o advogado não falou nada com a gente.
O senhor e sua esposa eram Testemunhas de Jeová ou só ela?
Ela era, eu não era.
As Testemunhas de Jeová tem a crença que não aceita transfusão de sangue. O senhor e a sua esposa não aceitaram que a Juliana passasse por transfusão?
Nós não aceitamos e não vamos aceitar nunca. A gente tem até trauma de passar naquele hospital. A gente passa na frente e sente mal. Mas temos que levar a vida e não podemos parar, né?
E como foi? A Juliana estava doente e os médicos disseram que ela precisava da transfusão?
Foi mais ou menos assim, né? Porque, sabe... Ninguém soube explicar para nós direito. O que aconteceu é que foi registrado na delegacia lá que nós é que não quisemos fazer a transfusão de sangue. Inclusive nós ficamos sabendo que foi remédio errado que foi dado para ela.
Foi dado remédio errado?
É, pelo menos foi o que nós ficamos sabendo. Não temos certeza então não podemos falar. Nós não somos médicos, né?
Tem um médico que está no processo, Dr. José Augusto Faleiros Diniz. Ele era amigo de vocês? Era Testemunha de Jeová?
Não, eu não tenho lembrança.
Vocês foram informados do que poderia acontecer? Que se impedissem a transfusão poderiam ter problemas na Justiça?
Não, ninguém falou nada. A única coisa que conversaram na época... Foi que eu falei pra eles: "se tiver a transfusão de sangue, ela vai melhorar, ela vai ficar boa?". Eles falaram "ah, nós não podemos prometer nada pra você". Daí eu falei que isso eu não aceito. Aí eu falei que não aceitava.
E o que o senhor está esperando agora. Vai ter júri popular, várias pessoas julgando. O que o senhor acha que vai acontecer?
Olha, nós temos a convicção de que nós não fizemos nada de errado. Se fizeram algo de errado foram eles lá no hospital.
Dá para imaginar que tenha sido uma dor muito grande perder a sua filha, mas como é agora o senhor se tornar réu no caso?
A dor vai ficar com a gente, né? Mas fazer o quê? A gente tem que seguir a vida. Não tem o que falar.
A Juliana tinha 13 anos na época?
Isso, novinha. Mas ela mesma tinha convicção de que ela também não queria fazer a transfusão.
Eu gostaria que o senhor me explicasse um pouco melhor, por que é que não pode fazer transfusão?
A própria Bíblia nos ensina. Jeová não aceita. Deus não aceita. É uma coisa sagrada para nós. O sangue é da pessoa, não pode receber por meio de outras pessoas.
Se o senhor pudesse voltar atrás, mudaria de ideia? Aceitaria a transfusão?
Não, não.

Fonte: JORNAL DO BRASIL 

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