Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



terça-feira, 9 de novembro de 2010

Guerra Santa iminente



O prefeito de Joinville Carlito Merss (PT) precisou apartar uma disputa entre católicos e evangélicos na véspera do Feriado de Finados.
.
.

Tudo por causa de uma lei aprovada na Câmara de Vereadores que iria instituir a primeira sexta-feira do mês de junho para celebrar o Sagrado Coração de Jesus como padroeiro de Joinville.
Aprovada no dia 15 de outubro, a lei precisaria ser assinada pelo prefeito para ter validade. Mas, antes disso, representantes da igreja evangélica foram à Prefeitura pedir veto à lei, justificando que a data seria representada por um símbolo da Igreja Católica.

A proposta foi elaborada pelo bispo de Joinville, dom Irineu Scherer, e enviada à Câmara. O vereador Osmari Fritz (PMDB), ex-padre, criou o projeto de lei e o apresentou no plenário, onde foi aprovado em primeira instância com apenas um voto contra.
— O projeto trâmitou tranquilamente. Não esperávamos essa reação. A ideia de dom Irineu contribuía para incentivar o turismo religioso e reforçar que esta é uma cidade cristã —, afirma Osmari.

Agora, o projeto será rediscutido em um conselho com todas as entidades religiosas até se chegar a uma definição e a uma data de celebração religiosa em Joinville que agrade a todos os credos.
— A questão é teológica, mas vem para a esfera prática e política. É a mesma motivação do outro projeto, mas teologicamente diferente —, afirma Osmari.
— O projeto não atendia a todas as expectativas dos cristãos. Se vai representar toda a cidade, precisa ser algo que tenha pluralidade de religiões —, comenta o pastor Gilson Siqueira, presidente do Conselho de Pastores de Joinville, que fez o pedido do veto.

Do outro lado, os representantes da Igreja Católica não viram problema em ampliar a discussão.
— Não tínhamos intenção de criar discórdia. Sugerimos a criação do dia e nem pensamos nos outros lados. Agora, vamos corrigir isso na base da conversa e respeito mútuo —, comenta dom Irineu.

Enquanto isso, o vereador Osmari Fritz aguarda a solução do problema. O que for decidido pelas entidades servirá como texto para ele encaminhar à votação na Câmara.

— Para não criar uma guerra santa, vamos criar um dia de reverência para todos os religiosos —, analisa.

“ERA A VONTADE DE MUITOS FIÉIS”

O bispo dom Irineu Scherer idealizou o projeto de instituição do Sagrado Coração de Jesus como padroeiro da cidade. Ele questiona por que não há nenhuma reclamação da Igreja Evangélica nas outras cidades brasileiras onde há padroeiros e festas.

— Santa Catarina tem uma padroeira, que é Santa Catarina de Alexandria. Ela também é a padroeira de Florianópolis, mas ninguém se revolta contra isso. Não entendo por que só em Joinville não pode haver um padroeiro —, desabafa.


Fonte: GOSPELEDEOVELHA COM RBS


Nenhum comentário: