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domingo, 21 de novembro de 2010

Martinho da Vila: Ô, demônio, capricha!

Rio - Não se deve discutir religião. Cada um na sua, ou nas suas. A minha de berço é católica, mas eu tenho meus guias assentados num terreiro de candomblé. Se um amigo messiânico quer me aplicar um jorei, eu recebo com muito prazer. Tenho muitos parentes evangélicos que oram por mim e eu lhes sou grato. Há católicos e protestantes que abominam o espiritismo, mas no fundo todos são espíritas, pois acreditam no Espírito Santo.


A religião é o ópio do povo. Esta máxima comunista, atribuída por alguns a Karl Marx, foi citada antes por antigos filósofos e virou dito popular. 



A plebe ignara não leu o Manifesto Comunista e a classe média intelectualizada, que leu, em sua maioria não é agnóstica, mas, em se tratando de religiosidade, os pobres são os mais praticantes. Em todas as igrejas, centros espíritas ou templos de qualquer religião, nota-se a predominância das classes média, baixa e pobre, principalmente dos menos privilegiados, em termos materiais. Talvez seja porque está escrito que os pobres terão um lugar no céu, onde os ricos dificilmente entrarão.



A Bíblia cita em Mateus 21-24 estas palavras de Jesus: “Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no céu. E vos digo ainda: é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus”.



Entretanto, eu creio que os ricos não avarentos, caridosos e honestos, mesmo sendo ateus, terão a graça divina.



O reino de Deus é o céu, para onde vão todas as almas benditas, um lugar superior no infinito, iluminado por estrelas, onde o Criador de Todas as Coisas está sentado no seu trono, cercado pelos Anjos do Bem e ladeado por seu filho Jesus Cristo. O inferno é o lugar de sofrimento das almas malignas, e eu acredito que fica no centro da terra, de onde eclodem materiais incandescentes que afloram à superfície em forma de vulcão. Acredita-se que os vulcões ocorrem para avisar aos seres terrenos que o inferno é o lugar de sacrifícios dos maus. 


Segundo um dito popular, o céu é lá em cima e o inferno é lá embaixo. Esses pensamentos me remetem a um samba do grande Paulo Vanzoline, cientista e compositor: “No último dia da vida encontrei-me com meus pecados/ Uns maiores, outros menores/ Mas no geral bem pesados/ Do outro lado somente a ingratidão que sofri/ Um anjo pôs na balança e vestido de branco eu subi/ Agora só toco harpa de camisola e sandália/ Espio pra ver lá embaixo a quadrilha da fornalha/ Aquela ingrata hoje está/ Trabalhando de salsicha/ Espetadinha num gancho/ E satanás... fritando a bicha/ Ô, demônio! Capricha!”

Fonte: O DIA

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