As centrais sindicais se reúnem na terça-feira (25), às 9h30, na sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT) para definir manifestações em defesa dos trabalhadores. As entidades sindicais devem reforçar a importância das demandas do mundo do trabalho como bandeira principal a ser incorporada pelo brasileiro que nas últimas semanas foi às ruas protestar.
"Defendemos uma agenda de mobilização e que a pauta da Conclat seja tema central", diz Carlos Rogério Nunes, secretário de Políticas Sociais da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Rogério lembrou que durante a edição mais recente da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), ocorrida em 1º de junho de 2010, foi redigido um documento onde as centrais sindicais presentes se comprometem a lutar pelo trabalhador.
Entre os pontos estão a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários; a ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe a dispensa imotivada; pela valorização dos servidores públicos, a regulamentação da Convenção 151 da OIT sobre negociação coletiva no setor público; uma nova política de comunicação, que democratize o direito à informação, fortaleça as mídias alternativas e as expressões culturais nacionais e regionais; e que os recursos do pré-sal sejam utilizados na erradicação da pobreza e das desigualdades sociais.
"Também defendemos a democratização da mídia, que é um dos problemas a ser encarado para combater a criminalização dos movimentos sociais", completou.
Em entrevista ao Vermelho na sexta-feira (21), pouco antes da reunião dos movimentos sociais e partidos de esquerda, no Sindicato dos Químicos, no Centro de São Paulo (SP), Rogério Nunes já havia alertado sobre o falso discurso do apartidarismo na mídia hegemônica: "A extrema direita é que entra com esse discurso apartidário e ganha eco na mídia, como foi na Venezuela, onde houve tentativa de golpe".
"Era pra ser uma comemoração e fazer acúmulo de força, e então houve aquela hostilização contra os partidos de esquerda e esse descarado incentivo dos meios de comunicação. Quando dizem que o gigante acordou talvez isso valha para quem estava dormindo até agora", disse.
Além da CTB e UGT, participam também do encontro Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Nova Central.
Diversos movimentos sociais estão sendo recebidos pela presidenta Dilma Rousseff nesta semana. A CTB tem encontro agendado na quinta-feira (27), por volta das 15 horas.
Deborah Moreira
Da Redação do Vermelho
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