Compra do apartamento em Brasília foi feita meio às investigações de um esquema de “rachadinha” e da contratação de funcionários fantasmas pelo gabinete do vereador Carlos Bolsonaro, no Rio. O imóvel está registrado em nome da mãe, Rogéria, segunda ex-mulher de Jair Bolsonaro
17 de julho de 2020, 08:23 h Atualizado em 17 de julho de 2020, 08:37
Carlos Bolsonaro (Foto: Renan Olaz/CMRJ)
247 - Acossado pelas investigações acerca de um esquema de “rachadinha” e pela contratação de funcionários fantasmas em seu gabinete no Rio, o vereador Carlos Bolsonaro comprou um apartamento à vista em Brasília e que não está registrado em seu nome. Segundo reportagem da revista Crusoé, o imóvel, que custou R$ 470 mil, está registrado em nome da mãe, Rogéria Bolsonaro.
A compra do apartamento veio após a quebra dos sigilos bancário e fiscal de quatro ex-assessores do parlamentar no âmbito do inquérito que apura a existência de um esquema de “rachadinha” no gabinete do irmão, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), quando este era deputado estadual pelo Rio de Janeiro.
Recentemente, o vereador também perdeu o direito ao foro privilegiado. O privilégio estava previsto na Constituição do estado do Rio, mas uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) considerou que a extensão do foro para os vereadores era inconstitucional.
A decisão do STF fez com que 21 processos envolvendo vereadores fossem enviados para a primeira instância, entre eles o de Carlos Bolsonaro, que está no quinto mandato. Carlos não apresentou nenhum projeto de lei até agora neste ano, último de seu atual mandato na Câmara de Vereadores do Rio.
Neste inquérito, Carlos é suspeito de contratar funcionários fantasmas, como Ana Cristina Valle e outros sete parentes dela. Ana Cristina é a segunda ex-mulher de Jair Bolsonaro.
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