BAGDÁ (Reuters) - Duas pessoas foram mortas e pelo menos 16
ficaram feridas numa série de atentados a bomba na quinta-feira contra
casas de membros da minoria cristã na capital do Iraque, informaram
fontes de segurança.
As explosões ocorreram depois que militantes ligados à rede Al
Qaeda ameaçaram realizar mais ataques contra cristãos iraquianos durante
o período de Natal, dois meses depois que 52 pessoas foram mortas a
tiros por homens armados que invadiram uma catedral síria católica em
Bagdá.
Uma fonte do Ministério do Interior e fontes da polícia disseram
que houve até dez explosões contra cristãos em Bagdá. No pior ataque,
duas pessoas supostamente cristãs foram mortas no bairro de Ghadir,
leste de Bagdá.
O major-general Qassim al-Moussawi, porta-voz do comando de
operações de Bagdá, disse que houve apenas um morto, negando que a
vítima fosse cristã. Ele disse que seis pessoas ficaram feridas e duas
outras bombas foram desmanteladas antes de explodir.
Cerca de mil famílias cristãs, ou 6.000 pessoas, fugiram para a
região curda no norte do Iraque ou para outros países da região desde o
atentado de 31 de outubro contra a catedral, informou o Alto
Comissariado de Refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU) neste
mês.
Os cristãos do Iraque chegaram a somar cerca de 1,5 milhão, mas
agora são menos de 850 mil, numa população total de 30 milhões de
habitantes.
Em sua mais recente ameaça, o Estado Islâmico do Iraque (EII),
grupo local afiliado à Al Qaeda, disse que os cristãos iraquianos
deverão sofrer mais ataques, a menos que pressionem a igreja cristã do
Egito a liberar um grupo de pessoas que, segundo o EII, está sendo
mantido preso por causa de sua conversão ao Islã.
Os líderes cristãos iraquianos dizem que temem que os sunitas da
Al Qaeda os eliminem do país. A vasta maioria dos milhares de civis
mortos na violência desde a invasão dos EUA, em 2003, é muçulmana.
Fonte: REUTERS
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