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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

FUNDAMENTALISMO ISLÂMICO

Uma verdade precisa ser dita: não é só segundo a legislação islâmica que o porco é considerado animal impuro. O judaísmo ortodoxo, não menos fundamentalista, também entende assim. De qualquer forma, a manifestação da família não retrata o entendimento esposado pelas religiões mencionadas, que vedam o consumo, mas não um mero comentário a respeito do animal ou produtos dele derivados.

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Professor é processado por família muçulmana por ter dito ‘presunto’


Uma família mulçumana está processando o professor José Fernández Reyes, de geografia, sob a acusação de xenofobismo por ter dito ‘presunto’ em uma aula com a presença de seu filho de 13 anos, E.S.O. Aconteceu em La Línea la Concepción, uma cidade espanhola de 63 mil habitantes da província de Cádiz.



Presunto de Trevélez
Pela lei islâmica, o porco, entre outros, é um animal impuro, inadequado, portanto, para o consumo. Os mulçumanos fundamentalistas se sentem ofendidos com qualquer associação, ou suposta, entre a religião e o animal.

Reyes negou que sua intenção foi de ofender E.S.O. Disse que citou o ‘presunto’ en passant, ao se referir ao clima do Himalaia, de montanha, como o da cidade espanhola de Trevélez, onde se produz esse derivado da carne suína porque a temperatura  contribui para a sua boa qualidade.

O Diario de Cádiz informou que o estudante, durante a aula, manifestou o seu desagrado, e o professor disse não se importar com a religião de seus alunos e com o que eles comem ou deixam de comer. “Se não está de acordo com o ensino deste colégio [Instituo Menéndez Tolosa], você tem a possibilidade de pedir transferência para outro.”

A família do garoto não gostou da resposta do professor e o processou.

Reyes recebeu o apoio da direção da escola, dos estudantes, das autoridades e até da Federação de Entidades Islâmicas, para quem a acusação é “um total absurdo”, porque o “Alcorão proíbe comer, mas não falar sobre o presunto, como no caso do vinho”.

O professor afirmou nunca ter feito “apologia do presunto ou da carne do porco”. Para ele, a família de E.S.O. está dando ao filho uma educação contaminada pelo fanatismo religioso e a intolerância.

Juan Cisneros, do Ministério Público, disse que a Justiça tem coisa mais séria com que se ocupar e ter gastos  e pediu que o caso seja arquivado.

Fonte: PAULOPESWEBLOG

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