Uma verdade precisa ser dita: não é só segundo a legislação islâmica que o porco é considerado animal impuro. O judaísmo ortodoxo, não menos fundamentalista, também entende assim. De qualquer forma, a manifestação da família não retrata o entendimento esposado pelas religiões mencionadas, que vedam o consumo, mas não um mero comentário a respeito do animal ou produtos dele derivados.
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Professor é processado por família muçulmana por ter dito ‘presunto’
Uma família mulçumana está processando o professor José Fernández Reyes, de geografia, sob a acusação de xenofobismo por ter dito ‘presunto’ em uma aula com a presença de seu filho de 13 anos, E.S.O. Aconteceu em La Línea la Concepción, uma cidade espanhola de 63 mil habitantes da província de Cádiz.
Presunto de Trevélez |
Pela lei islâmica, o porco, entre outros, é um animal
impuro, inadequado, portanto, para o consumo. Os mulçumanos
fundamentalistas se sentem ofendidos com qualquer associação, ou
suposta, entre a religião e o animal.
Reyes negou que sua intenção foi de ofender E.S.O. Disse que citou o ‘presunto’ en passant,
ao se referir ao clima do Himalaia, de montanha, como o da cidade
espanhola de Trevélez, onde se produz esse derivado da carne suína
porque a temperatura contribui para a sua boa qualidade.
O Diario de Cádiz informou que o estudante, durante a aula, manifestou o
seu desagrado, e o professor disse não se importar com a religião de
seus alunos e com o que eles comem ou deixam de comer. “Se não está de
acordo com o ensino deste colégio [Instituo Menéndez Tolosa], você tem a
possibilidade de pedir transferência para outro.”
A família do garoto não gostou da resposta do professor e o processou.
Reyes recebeu o apoio da direção da escola, dos estudantes, das
autoridades e até da Federação de Entidades Islâmicas, para quem a
acusação é “um total absurdo”, porque o “Alcorão proíbe comer, mas não
falar sobre o presunto, como no caso do vinho”.
O professor afirmou nunca ter feito “apologia do presunto ou da carne do
porco”. Para ele, a família de E.S.O. está dando ao filho uma educação
contaminada pelo fanatismo religioso e a intolerância.
Juan Cisneros, do Ministério Público, disse que a Justiça tem coisa mais
séria com que se ocupar e ter gastos e pediu que o caso seja
arquivado.
Fonte: PAULOPESWEBLOG
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