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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Comando de caça aos corruptos, corruptores e coonestadores

Parece que, para se dar jeito neste País, precisará surgir um grupo paramilitar que se incumba de eliminar sumariamente os corruptos, corruptores e aos demais que, seja pela omissão, seja apelo apoio indireto, dêm proteção aos ladrões. 


Soa temarária tal proposta, partindo de um advogado, bem sei. Não estou fazendo apologia do crime político, mas que outra alternativa nos resta?

A verdade é que o sistema oficial, que deveria dar combate à ladroagem, nada faz de efetivo e pedagógico para por cobro à safadeza que permeia a administração pública, inclusive aquela incumbida de distribuir "Justiça". Basta lembrar que qualquer magistrado flagrado cometendo uma ilegalidade é aposentado com gordos proventos.  

O povo é massacrado com altíssima carga tributária e o que recebe de volta, em serviços sociais, é insuficiente, de má qualidade, não corresponde, enfim, à justificativa constitucional de que os tributos são instituídos e cobrados por exigência da solidariedade social (Constituição Federal, art. 3º).

Ou seja: se os podres poderes públicos não respeitam a Constituição - deixando de devolver aos contribuintes o que pagam sob a forma de serviços decentes de saúde, educação segurança, etc... -  por que razão a massa deve ser cumpridora da lei e pagar em dia os impostos e taxas que abundam no nossos sistema tributário? 

Por que motivo, vendo a roubalheira que campeia em todos os níveis da administração indireta e indireta, devemos nos sentir devedores do fisco, quer no plano moral, quer na esfera legal?

Ademais, se a roubalheira não é combatida pelo Estado (Controladorias, Tribunais de Contas, Ministério Público Federal e Estadual, Tribunais de Justiça e outros órgãos do Judiciário) de forma efetiva, como poderá o povo defender-se contra os corruptos, senão tomando a punição dos safados aos seus próprios cuidados? 


Dentro em breve, gente ousada e que não teme enfrentar as forças oficiais irá assumir a função de justiceiro de corruptos e autoridades omissas e, então, nenhum vivente, em sã consciência, poderá rotulá-los de bandidos. 
Aquele que roube ou mate ladrão de dinheiro púbico, tem cem anos de perdão, se não da justiça oficial, pelo menos de parte do povo, tenho certeza.  A consciência jurídica do povo vai além da legislação, da jurisprudência. Sua fonte de Direito é a realidade.
Dentro em breve, poderá ser bem recebida uma idéia como a do Sendero Luminoso (ver matéria acima), pois o povo já está enojado de tanta corrupção e impunidade. 

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Assessora de petista leva R$ 4,7 milhões

Presidente do Ipam, Liane Muhlenberg trabalha com a senadora Serys Slhessarenko; em declaração, ela nega o vínculo com o Senado

Leandro Colon e Fábio Graner - O Estado de S.Paulo

Uma entidade em nome de uma assessora da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), que assumiu semana passada a relatoria do Orçamento de 2011, conseguiu R$ 4,7 milhões em convênios com o governo sem precisar de licitação. No processo para aprovar a liberação do dinheiro, a assessora assinou uma declaração falsa de que não trabalha no Senado.
O dinheiro, oriundo de emendas de parlamentares do PT, é destinado a shows e eventos culturais. A entidade é o Instituto de Pesquisa e Ação Modular (Ipam), presidido por Liane Maria Muhlenberg, que trabalha no Senado desde 2007. No dia 9 de agosto deste ano ela foi transferida do gabinete de Serys para a segunda-vice presidência do Senado, dirigida pela petista.
O Estado analisou nove convênios da entidade com o governo. Liane entregou aos Ministérios do Turismo e da Cultura uma declaração, com data de 2 de março de 2010, em que afirma que os dirigentes do Ipam, incluindo ela, "não são membros dos Poderes Executivo, Legislativo". Em entrevista concedida ontem ao Estado, Liane admitiu que assinou o documento com a falsa informação. "Foi uma irresponsabilidade minha. Uma desatenção, um equívoco", disse.
Ela afirmou ainda que ontem enviou, por e-mail, um pedido de demissão do cargo à senadora Serys. Embora seja lotada na segunda vice-presidência do Senado, Liane disse que cumpre expediente no gabinete pessoal da senadora petista.
A senadora Serys assumiu na semana passada a relatoria do projeto de lei do Orçamento de 2011. Foi escolhida em razão da renúncia do ex-relator Gim Argello (PTB-DF), que entregou a função depois de uma série de reportagens do Estado mostrando ligações de emendas orçamentárias dele com institutos fantasmas e empresas em nome de laranjas.
Antes de Serys, o governo havia indicado Ideli Salvatti (PT-SC), que abriu mão do cargo depois de ser escolhida ministra da Pesca pela presidente eleita Dilma Rousseff.
Agora, o governo vai precisar administrar o desgaste de ter o segundo relator seguido do Orçamento envolvido com o mesmo tipo de problema.
A entidade da assessora de Serys recebeu no ano passado R$ 900 mil dos cofres públicos. Para 2010, já foi liberado R$ 1,5 milhão. Outros R$ 2,3 milhões estão empenhados, ou seja, garantidos pelo governo ao Ipam para exercício de 2010. Esses convênios são fechados para a realização de eventos culturais e turísticos, sem necessidade de concorrência pública.
Vantagens. Como assessora de uma senadora do PT, a presidente do Ipam beneficiou-se de emendas de integrantes do partido, entre eles os deputados Jilmar Tatto (SP), Geraldo Magela (DF) e Paulo Rocha (PA). A senadora Fátima Cleide (RO), o ex-senador João Pedro (AM) e o deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), recém-eleito senador, também destinaram recursos do Orçamento para o Ipam.
A entidade recebeu dinheiro do governo para realizar eventos sobre os 50 anos de Brasília e feiras de paisagismo em vários Estados, entre outros projetos beneficiados. Pelo menos R$ 1,5 milhão, empenhado na última sexta-feira, será destinado à entidade para repasse ao projeto Ilha de Marajó: A Revolta da Ave Caruana, dirigido por Tizuka Yamasaki.
O envolvimento da assessora da senadora Serys com entidade e emendas parlamentares é mais um capítulo na farra no esquema montado por institutos com o dinheiro público. Na sexta-feira, a reportagem mostrou que uma entidade fantasma, o Inbrasil, usou uma carta com a assinatura do ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha para conseguir a liberação de dois convênios no valor de R$ 3,1 milhões.
O ministro nega a autoria da assinatura e pediu uma investigação da Polícia Federal. Uma ex-assessora de Padilha, Crisley Lins, contou ao Estado que recebeu o documento do gabinete do ministro e que pediu ao próprio Padilha um favor ao instituto. O Ministério do Turismo decidiu suspender os convênios.

Fonte: http://www.estadao.com.br










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