E o pior é que, não raro, os poderes públicos ajudam a patrocinar tais eventos, com nosso dinheiro, para ganhar a simpatia e os votos dos adeptos dessas práticas estúpidas.
Notem que as vítimas são pequenos bezerros (a modalidade é chamada de "laço de bezerro"), porque os cagões que se intitulam peões não possuem coragem nem habilidade para lidar com animais adultos.
Para mostrar sua "macheza" se prevalecem de inocentes animais que ainda estão a mamar, praticamente.
Covardia pura, demonstração de barbárie, que o Ministério Público não se atreve a atacar, salvo raras exceções.
Por que a inércia do Ministério Público, se a lei federal de defesa dos animais lhes dá munição para atacar tais "esportes"?
A omissão do MP coloca seus membros na qualidade de co-responsáveis por tais práticas. Quem cala - quando deveria denunciar - consente e se torna conivente.
-=-=-=-=Vídeo denuncia maus-tratos a animais em rodeios; organizador confirma
Um vídeo que circula pela
internet, divulgado por defensores da proteção aos animais, comprova os
mau-tratos com cenas chocantes, que põem o rodeio na berlinda.
Veja:
A
professora de ecologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM),
Alessandra Pellizzaro Bento, que ajudou a divulgar o vídeo, chama de
absurdo o que acontece nas competições."Em eventos como esses, os
animais são submetidos a uma forte carga de estresse. Eles são nossos
‘parentes’ porque temos carga genética similares. Eu não como carne
desde os 10 anos porque, para mim, é praticamente um canibalismo comer
carne de porco de boi.”
Questionado sobre as imagens, o professor
Tenório denuncia que ainda existem muitas festas no Brasil em que os
animais são maltratados. E, apesar da existência de leis sobre o
assunto, o professor lista diversas atividades que são prejudiciais para
os animais, como a prova do laço (na qual o boi é laçado no pescoço),
vaquejada (comum no nordeste do país) e corrida de carroça. “Muitos
acham que o dinheiro está acima de qualquer lei. Queremos que tenha esse
tipo de evento, mas sem prejuízo aos animais”, lamenta.
Segundo
Tenório, todos os animais que são afastados da atividade reprodutora
para se dedicar a outras, como os rodeios, são castrados porque o
comportamento sexual deles é muito agressivo e pode atrapalhar ou
impedir as provas. “Eles têm predisposição para determinadas atividades:
não tem consciência, mas tem aptidão”, observa.
Ele explica que
na Festa do Peão de Barretos é usada uma corda transpassada que faz
cócegas na virilha dos cavalos e bois, chamada de sédem. Com isso, os
animais são estimulados a pular durante os oito ou dez minutos que o
peão tem para não cair. “Meu papel é saber se estão agredindo ou não o
animal.”
Legislação deveria proteger os animais
A
Constituição brasileira é uma das poucas no mundo que traz referências
sobre o trato adequado de animais. As festas de rodeio são
regulamentadas pela Lei nº 10.519/02, que especifica o tratamento
adequado para os bois e cavalos que participam do evento. As punições
em casos de maus-tratos e abuso contra animais variam de três meses a um
ano, entretanto muitas vezes são substituídas por penas alternativas ou
pagamento de multas.
Apesar da proteção federal, para Daniel
Braga Lourenço, professor de Direito Ambiental da Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), a atividade é naturalmente estressante
para os animais. Para ele, a prática de rodeio é abusiva porque fere
direitos fundamentais como a integridade física. “Não é natural que um
animal fique a vida inteira enjaulado para servir de entretenimento para
o ser humano. Isso viola a integridade do ser”, afirma.
De
acordo com a lei, nessas festas, os animais não podem ser maltratados e
os responsáveis devem disponibilizar veterinários para cuidar e tratar
dos bichos. Para Lourenço, mesmo as festas que obedecem à
regulamentação, exploram os animais. “Eles não foram criados para servir
de montaria, de entretenimento. Como é em local onde as pessoas ficam
gritando, é estressante para o animal, que fica coagido”, afirma.
Preconceito
O
professor de Direito Ambiental também explica que a questão de proteção
dos animais ainda é mal vista na sociedade. “Há preconceito por parte
do poder público para lidar com a questão, que é vista como de menor
importância. As pessoas são ridicularizadas e ficam sem respostas. Os
agentes não são preparados e dizem que têm coisas mais sérias para
fazer”.
Em alguns estados brasileiros, como Rio de Janeiro e São
Paulo, existem projetos para criação de promotorias especializadas em
queixas sobre animais. “Há um volume muito grande de denúncias. Nesse
caso, caberá ao promotor investigar e denunciar ao poder público”,
finaliza.
Fonte: JORNAL DO BRASIL
3 comentários:
Izidoro, também não sou favoravel a essa galhofa, que é armada para maltratar os animais e servir de prazeres aos humanos. Abraços. Eutenho um blogue, estou lhe convidando a visitar, e se possivel seguirmos juntos por eles. Estarei grato esperando por voce lá
Abraços de verdade
O video mostra comportamento lastimavel destes individuos, vale observar que nenhuma imagem apresentada é do Brasil, fato simples de constatar com um pouco de atenção.
Caros leitores. Vamos todos visitar o blog do José Maria e aumentar a corrente dos inconformados com as práticas desumanas que atingem os animais.
Os bois, assim como os cavalos, com a folha de serviços impagáveis prestados ao ser humano, não merecem tratamento tão cruel.
Ainda: já está na hora de se proibir a venda de esporas para uso em montaria.
Estou considerando seriamente a possibilidade de ajuizar uma ação popular contra os organizadores do maior rodeio que acontece anualmente em São José (pertinho de Florianópolis), para questionar a omissão das autoridades competentes, quanto aos maus tratos aplicados aos animais.
O rodeio deverá acontecer em final de abril, início de maio do ano que vem. Até lá, terei amadurecido a idéia e tomado uma decisão.
Naquele rodeio, já vi bezerros e novilhas serem cutucados vilentamente e receberem surras de porretes quando, exaustos, se negam a entrar na cancha de laço.
Tais práticas precisam ser eliminadas dos nossos costumes "esportivos" e a via adequada para se chegar lá é a judicial.
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