Suspeito teria pedido R$ 500 mil para não divulgar suposto vídeo do religioso mantendo relações sexuais com um adolescente
Um advogado de Londrina está preso desde 20 de agosto na sede do 5º Batalhão da Polícia Militar sob acusação de ter tentado extorquir um padre da cidade. Ele teria exigido R$ 500 mil para não divulgar imagens que comprovariam o relacionamento sexual do religioso com um adolescente de 16 anos.
A prisão
do advogado, de 37 anos, foi feita pelo Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com base em denúncia feita pelo
advogado do padre. O Gaeco confirmou a operação, mas não deu mais
detalhes, argumentando que o caso está sob segredo de Justiça por
envolver uma pessoa menor de idade.
Fontes
consultadas pela FOLHA relataram que o padre e o garoto já estariam se
relacionando há cerca de um ano e meio. Durante esse período, o jovem
teria filmado pelo menos três encontros. O adolescente teria apresentado
as imagens para o advogado, que teria procurado o padre e iniciado uma
negociação para evitar ação judicial e não tornar público os vídeos.
Para tanto, teria sido exigido do padre a quantia de R$ 500 mil. Em vez
de ceder à suposta extorsão, o padre teria contratado um advogado e
denunciado a tentativa ao Gaeco.
O
suspeito acabou preso e foi levado para uma sala do 5º Batalhão, um
benefício garantido aos advogados. A Vara da Infância e Juventude também
instaurou um procedimento contra o adolescente, que foi apreendido. O
padre não foi indiciado por violência sexual porque o relacionamento
entre ele o adolescente seria consentido. Mauro Veltrini Ticianelli,
defensor do advogado preso, alegou que não poderia dar entrevista por
conta do sigilo sobre o caso.
Há
dois dias, ao iniciar sua visita ao Reino Unido, o próprio Papa Bento
XVI se pronunciou sobre as centenas de denúncias de pedofilia e abusos
sexuais envolvendo membros da Igreja Católica em todo o mundo. Ele
admitiu que a instituição falhou ao não conseguir impedir e combater os
crimes.
Fonte : Folha de Londrina
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