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segunda-feira, 11 de junho de 2018

Rádio Ratones - Música - BELCHIOR

Trump surfa na onda nacionalista dos Estados Unidos


Para americanos, velho modelo esquerda-x-direita não traduz mais o espírito do tempo. A dicotomia globalismo-x-nacionalismo vem ocupando seu lugar.











Oliver Stuenkel
11 JUN 2018 - 12:32 BRT A já icônica foto do Trump no G7 JESCO DENZEL AP


Quando a icônica fotografia de Angela Merkel encarando Donald Trump durante a recente Cúpula do G-7 viralizou nas redes sociais, muitos observadores ressaltaram a estupidez da decisão de Trump de impor tarifas punitivas contra seus aliados. Para o jornal liberal progressista The New Yorker, por exemplo, "America First" (A América Primeiro, slogan utilizado por Trump na campanha) "na verdade significa A América Sozinha". Poucos se deram conta de que eleitores de Trump adoraram a foto. Para seus fãs, serve como prova de que ele está disposto a defender os EUA contra a globalização que eles tanto temem. Breitbart, site de notícias ultranacionalista popular entre defensores de Trump, colocou a imagem em sua homepage sob o título: “Cúpula do G7: Trump dá aula magna sobre A América Primeiro aos globalistas.” John Bolton, um dos principais assessores de Trump, a compartilhou no Twitter: “Os outros países membros do G7 têm a expectativa de que os EUA serão sempre o cofrinho deles. O presidente deixou claro hoje: não mais.” A estratégia está surtindo efeito. A taxa de aprovação de Trump está subindo, e o político republicano Mitt Romney, crítico do presidente, recentemente disse acreditar que Trump será reeleito em 2020.

Trump soube magistralmente identificar e aproveitar a transformação na política norte-americana, que não funciona mais segundo o velho modelo esquerda-x-direita. De fato, a divisão entre globalistas e nacionalistas é cada vez mais relevante hoje em dia. Para muitos observadores, foi uma surpresa ver um número expressivo de norte-americanos, que tinham apoiado o autodeclarado socialista Bernie Sanders nas primárias do Partido Democrata, votarem em Donald Trump nas eleições gerais. Se todos os eleitores de Sanders tivessem transferido seus votos para Hillary Clinton, ela seria presidente hoje. Esses eleitores, porém, não viam os candidatos segundo os parâmetros clássicos de esquerda-x-direita -- em vez disso, pareciam identificar mais semelhanças entre Sanders e Trump do que entre Sanders e Clinton. Os globalistas, como Clinton, acreditam que a globalização geralmente produz benefícios para todos e não ameaça a soberania nacional. Eles costumam considerar as fronteiras nacionais como um obstáculo ao progresso. Os nacionalistas, como Sanders e Trump, por sua vez, acreditam que a globalização é uma ameaça à soberania nacional e desejam fronteiras nacionais mais fortes. Para eles, os governos nacionais devem proteger o país contra influências negativas do exterior, como produtos importados que põe em risco a indústria americana.



No entanto, embora não se possa ignorar a tendência, aceitar a divisão entre nacionalistas e globalistas traz riscos profundos, porque cria uma falsa exclusividade entre os dois grupos, como se as pessoas tivessem que escolher entre a pátria e o mundo. Essa perigosa dicotomia permite aos nacionalistas retratar o globalismo como um sistema dominado por bancos e conglomerados internacionais opacos, que minam o estado nacional e a própria democracia. Os nacionalistas podem atacar os globalistas e questionar sua lealdade: quem garante que eles defenderão a pátria em tempos de conflito? A divisão sugere implicitamente que os globalistas estão menos comprometidos com o interesse nacional. Caricaturar o globalismo como uma alternativa liberal, capitalista e antidemocrática ao nacionalismo rende votos, enquanto a defesa de instituições internacionais, como a ONU, a OMC ou a União Europeia, desperta bem menos interesse.

Ainda assim, quem apoia a globalização também é parcialmente responsável pela ascensão dos nacionalistas. Como ressalta Dani Rodrik, professor de Harvard, a maioria dos economistas sempre procurou falar apenas as consequências positivas do livre comércio, minimizando seu impacto negativo sobre grupos específicos. Um palestrante-padrão do Fórum Econômico Global de Davos, por exemplo, raramente reconhece que questões como manipulação cambial, desequilíbrios comerciais e perda de empregos são reais e que as importações de países onde os direitos trabalhistas não são protegidos trazem sérias questões relativas à justiça distributiva. Da mesma forma, os críticos do livre comércio têm certa razão quando argumentam que empresas multinacionais e grandes investidores às vezes determinam a agenda das negociações comerciais internacionais, resultando em acordos que beneficiam desproporcionalmente o capital em relação ao trabalho. Consequentemente, os defensores da globalização perderam parte de sua credibilidade, e os argumentos de Trump contra a globalização têm atraído muita atenção.

Outro problema é que muitos globalistas tratam os eleitores de Trump como caipiras desinformados. Nas redes sociais, seus adversários frequentemente pintam Trump como uma criança. Uma foto adulterada em Photoshop, que ficou popular no Twitter, mostra o presidente dos EUA em um carrinho de bebê durante o G7. Outra exibe cadeiras destinadas a cada um dos sete líderes do grupo. Detalhe: a dos Estados Unidos é um banquinho para bebê. No entanto, muitas vezes passa despercebido o fato de que essas imagens reforçam a percepção, entre os eleitores de Trump, de que eles não estão sendo levados a sério e de que seus adversários são arrogantes e alheios às suas preocupações.

A dicotomia "globalista x nacionalista" também está definindo cada vez mais a atuação dos EUA no mundo. Não por acaso, Trump pediu a readmissão da Rússia, liderada pelo líder nacionalista Putin, ao G7, e a única pessoa que o presidente dos EUA elogiou em seus tweets durante a cúpula foi o novo primeiro-ministro da Itália, líder de um governo nacionalista eurocético, a quem chamou de "um sujeito realmente ótimo".

Só que Trump, ao agir dessa forma, não está apenas expressando suas próprias convicções. Ele está traduzindo em ação o Zeitgeist presente nos EUA já há algum tempo. Em vista do viés nacionalista de significativa parcela da população dos Estados Unidos, parece altamente improvável que qualquer futuro ocupante da Casa Branca, durante a próxima década, possa adotar uma agenda pró-livre comércio tão entusiasticamente como os antecessores de Trump. Com os Estados Unidos cada vez mais de olho no próprio umbigo, caberá a outros atores globais - como a União Europeia, a China, o grupo BRICS e nações latino-americanas - garantir que a globalização continue sem o país que um dia foi seu maior defensor.
 
Fonte: EL PAIS BR

“A narrativa sobre o narcotraficante El Chapo é a maior ficção na suposta guerra às drogas”

O acadêmico Oswaldo Zavala lança no México o livro ‘Os cartéis não existem’, que dinamita o discurso oficial sobre a criminalidade no país


Oswaldo Zavala, na Cidade do México.
Oswaldo Zavala, na Cidade do México.
Do que estamos falando quando nos referimos ao narcotráfico no México? O que significa ler que os cartéis colocam o Estado em xeque, que a guerra se intensifica nos Estados de Guerrero, Tamaulipas, Jalisco e Michoacán? O que é um sicario, uma plaza, um halcón, o que é esta matança que sangra o país há tantos anos?



São palavras e expressões que aparecem nos relatórios oficiais, na imprensa, nas revistas, nas novelas, nas séries de televisão... E, entretanto, o que significam? Fazemos bem ao usá-las, ao dizer “guerra do tráfico”, ou ao noticiar que El Chapo, Os Zetas ou o Jalisco Nova Geração “controlam uma praça”? Oswaldo Zavala (Cidade Juárez, 1975) diz que não. Um não taxativo.

Los Cárteles No Existen (“os cartéis não existem”, inédito no Brasil), seu novo ensaio, questiona a narrativa oficial construída em torno da violência no México. Pois não há uma guerra entre cartéis, diz Zavala, embora a “guerra entre cartéis” seja uma explicação compreensível, digerível, para as dezenas de milhares de mortos e desaparecidos deixados pelo conflito. É uma isca para o Twitter. Por isso ele diz suposta: suposta guerra, supostos cartéis, supostos líderes de facções criminais. Suposto tudo: “Meu interesse é mostrar que há um discurso que constrói um inimigo que está por toda parte e que é o principal ator da violência. E depois compreender o que há por trás dele, um sistema político que lança mão da linguagem para avançar em estratégias que de outro modo seriam inaceitáveis”.

Pergunta. Se o cartéis não existem, então o que existe?

Resposta. Os cartéis não existem, mas a violência estatal existe. Temos que compreender que estes tempos violentos têm relação com a história do sistema político. O sistema político é a maior condição para a violência no país. A partir da história do Estado podemos compreender o que é isso que chamamos de narcotráfico. A ideia de um cartel é uma ideia recebida, criada pelo discurso de segurança dos Estados Unidos nos anos oitenta, para falar dos traficantes colombianos. E que no México se tornou útil paralelamente a outra narrativa, que permite, de forma muito rápida e simples, nos dar uma ideia concisa sobre a violência. E que permite justificar estratégias estatais.



A verdadeira colombianização não é El Chapo, nem os traficantes atacando a sociedade civil, e sim a resposta do Estado

P. Você distingue três fases nas relações entre os grupos criminais e o Estado. Uma primeira, primitiva, que corresponde ao México anterior à poderosa implantação da Direção Federal de Segurança –o temível órgão de combate à insurgência do Estado controlado pelo partido PRI. A segunda, que nasce com a Operação Condor nos anos setenta e coincide com a organização dos traficantes de Sinaloa em Guadalajara. E depois o desmantelamento da DFS e a perda de poder pelo PRI. E agora?

R. Eu começaria com a Operação Condor. Em 1975 houve a primeira ação militarizada coordenada entre os EUA e o México para atacar o Triângulo Dourado, uma região de cultivos de papoula e maconha entre Sinaloa, Chihuahua e Durango. Cerca de 10.000 agentes chegam ao Triângulo Dourado, queimando e despovoando. Há um êxodo maciço de camponeses para Culiacán, Sinaloa... Isso não volta a se repetir até o Governo de [Felipe] Calderón [2006-12]. Pelo menos não com essa gravidade. A partir daí, o sistema político concebe uma estratégia nacional de gestão do tráfico. Marginaliza os traficantes do poder político e produz a Federação, disciplinada pela DFS e o Exército.

A segunda etapa começa quando se esgota a ameaça comunista global, e os EUA ficam sem inimigo no âmbito da segurança. Cai a União Soviética, e o presidente Reagan recodifica os objetivos de segurança para pensar agora no narcotráfico como a nova agenda de segurança nacional. E isso é feito de um dia para o outro. Até então o tráfico era uma questão policial (...). Embora a agenda de segurança comece em 1989 com CISEB – o serviço secreto, que substitui a DFS –, é com Calderón que o México se colombianiza. Ou seja, a verdadeira colombianização não é El Chapo, nem os traficantes atacando a sociedade civil, e sim a resposta do Estado.

P. Como seus argumentos se ligam a situações como as vividas em Jalisco nos últimos meses, o desaparecimento dos estudantes de cinema e seu assassinato, o atentado contra o ex-promotor em pleno centro de Guadalajara? Se os cartéis não existem, então o que é tudo isso?

R. Parte do problema é este. Queremos respostas rápidas, como o trabalho jornalístico exige. Estamos acostumados a receber uma explicação que nos tranquilize, que nos faça entender a lógica da violência. E isso é parte da maneira pela qual o discurso oficial se instalou na esfera pública com tanta força. Há um tiroteio, pessoas morrem, e imediatamente se significa para nós por meio de porta-vozes oficiais: “É que lá está o Cartel de Jalisco, que além do mais derrubou um helicóptero, e há uma operação para detê-los”. E então todos os jornalistas anotam tudo, foi o cartel, e acabou. Em um país com um índice de impunidade extraordinário, surpreende-me a facilidade com que aceitamos o relato oficial.



Costumamos receber uma explicação que nos tranquilize, que nos faça entender a lógica da violência

P. Suponho então que El Chapo e sua história lhe pareçam a maior das ficções...

R. Totalmente, quando o prendem no apartamento de Sinaloa [em fevereiro de 2014], ele está sozinho com a sua mulher. E um repórter do The New York Times, sobressaltado, diz: “Que loucura, não há túneis, soldados, não está lá o seu exército, e o capturam lá como se fosse a coisa mais normal, incrível!”. Não! Talvez seja a sua realidade! O incrível é que você acredite que ele tem 300 soldados. Quem os viu? Ninguém.

P. Sim. El Chapo é o ator principal desta comédia que você chama de guerra do tráfico, e suponho que a fuga pelo túnel seja sua história favorita [em julho de 2015, as autoridades informaram que El Chapo havia fugido por um túnel de uma prisão de segurança máxima].

R. Não só é inverossímil como também representa um desafio jornalístico. Quem abriu esse túnel? Fiquei fascinado de ver que todo mundo se esmerou em descrever o túnel, como estava ventilado, mas ninguém questionou se havia sido o pessoal do Chapo que o cavou. Sim, noticiou-se que houve ajuda de prisão, que ele corrompeu. Mas a ideia foi dele, e graças a subornos ele conseguiu. Quer dizer, nunca nada fora da narrativa oficial. Continua-se a acreditar que ele é o fator de origem desses eventos. E me parece incrível que se evite dizer que há interesses políticos na sua fuga.

P. Então essa construção teórica que você denuncia serve para tampar casos de corrupção? Ou qual é a intenção? Há uma só, ou várias?

R. Há uma enorme descontinuidade em como essas narrativas do tráfico são utilizadas. Às vezes há recursos naturais no meio, às vezes uma disputa entre grupos de poder. Vejamos o caso de Chihuahua. Lá, são grupos poderosíssimos, aliados com empresários que estão dilapidando a serra, há um enorme extrativismo na serra, coisa que foi noticiada por Miroslava Breach [jornalista assassinada há pouco mais de um ano]. Isto que chamamos de narcopoder na verdade são esses grupos de rapina que se dedicam ao corte de árvores, fazendo muita sacanagem e que se aliam com empresários e políticos, partidários do PRI no caso de Chihuahua, que na transição – o PAN alcançou o Governo estadual pouco antes do assassinato de Miroslava – estavam sendo ameaçados. Que ideia poderia ser melhor do que desestabilizar o Estado logo de saída, criar uma nova guerra e desviar a atenção?
 
Fonte: EL PAIS BR

domingo, 10 de junho de 2018

Por que os suicídios estão aumentando nos Estados Unidos?


Estilista Kate Spade e chef Anthony Bourdain morreram nesta semana após supostamente cometerem suicídio

Um novo estudo do governo dos Estados Unidos revelou que o suicídio vem aumentando em todo o país desde 1999.

Os números foram publicados na mesma semana em que a estilista Kate Spade e o famoso chef Anthony Bourdain tiraram a própria vida.

Mas o que causou esse aumento de suicídios nos Estados Unidos?

Segundo o estudo, realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), um órgão do governo americano, a taxa total de suicídio aumentou em 30% em mais da metade dos Estados dos EUA nos últimos 17 anos. O aumento médio em todo o país é de cerca de 25%.

Isso significa que, em média, 16 de cada 100 mil americanos decidem acabar com suas próprias vidas todos os anos.

Só em 2016, quase 45 mil pessoas se suicidaram no país.

De acordo com os dados do CDC, o suicídio aumentou entre todos os grupos, independentemente de sexo, idade, raça ou etnia.

A principal pesquisadora do estudo, Deborah Stone, disse à BBC que o CDC vinha investigando esse aumento há algum tempo.

"Sabíamos que as taxas estavam subindo e queríamos entender esse aumento a nível estadual. Sem falar nos fatores por trás disso", explica Stone.

"Em 25 Estados, houve aumentos de mais de 30%, o que nos surpreendeu", acrescenta.

Quase todos esses Estados são encontrados nas regiões oeste e centro-oeste dos Estados Unidos. 
Nos EUA, grande parte de quem morre por arma de fogo comete suicídio
Por que os suicídios estão aumentando?

Embora não exista um único fator que leve ao suicídio, Stone diz que as principais causas são os problemas financeiros e as relações emocionais.

A especialista também lembra que alguns Estados do oeste americano têm historicamente altas taxas de suicídio. Isso poderia estar relacionado à economia preponderantemente agrícola dessa região.

Esses Estados, assinala Stone, ainda estão se recuperando de crises econômicas. Seus moradores também tendem a ser mais isolados e a não ter acesso a cuidados adequados. Além disso, foram os locais mais duramente atingidos pela epidemia de opioides (drogas que atuam no sistema nervoso para aliviar a dor).

Já para a presidente da Associação Americana de Suicídio, Julie Cerel, parte do aumento pode ser explicado pelo aperfeiçoamento da metodologia dos relatórios e dos estudos.

Mas ela destaca a falta de fundos suficientes para pesquisa em saúde mental e cuidados preventivos.

"Nossos sistemas de saúde mental estão passando por dificuldades em todo o país", diz ela. "Em termos de treinamento de profissionais de saúde mental, não estamos fazendo um bom trabalho".

Apenas em dez estados americanos, por exemplo, é obrigatório que os profissionais de saúde recebam treinamento sobre prevenção do suicídio.
Suicídio: como falar sobre o ato sem promovê-lo Direito de imagem Getty Images Image caption Apenas em dez estados americanos, é obrigatório que profissionais de saúde recebam treinamento sobre prevenção do suicídio.
Armas de fogo

Cerel também alude a outro problema de saúde pública, embora muitas vezes deixado de lado: armas de fogo.

"O debate sobre armas de fogo nos EUA se concentrou nos terríveis tiroteios nas escolas, e queremos evitá-los, mas a grande maioria das mortes por armas de fogo ainda é por suicídio", diz ela.

Segundo o CDC, os suicídios respondem por dois terços desse tipo de morte.

"Nós simplesmente não falamos sobre isso nos EUA porque existe um estigma contra a saúde mental; as pessoas pensam que os suicídios são diferentes, por que eles deveriam querer o controle de armas, ninguém em sua família vai fazer isso", diz ela.
Existe uma relação entre suicídio e doença mental?

O estudo do CDC descobriu que 54% dos americanos que morreram de suicídio não tinham sido diagnosticados com nenhuma doença de saúde mental.

Em entrevista à BBC, Jerry Reed, da Aliança Nacional para Ação contra a Prevenção do Suicídio, disse que, "embora haja definitivamente uma ligação entre a doença mental grave e o comportamento suicida", os especialistas descobriram que isso não se trata apenas de um desafio de saúde mental.

"Condições econômicas ou oportunidades de subsistência em declínio podem levar as pessoas a situações onde passam a correr risco; precisamos intervir nos casos de saúde mental e pública", diz Reed.

Cerel também destaca que muitas pessoas diagnosticadas com doenças mentais não se suicidam.

"Não é algo tão simples como: 'eles tinham problemas mentais, então se suicidaram'".

Stone diz que o estudo do CDC mostra que a perda de entes queridos, abuso de substâncias, saúde física e problemas legais e de trabalho são todos elementos importantes que podem desencadear um comportamento suicida.

"Se nos concentrarmos em apenas uma coisa, estamos esquecendo outras pessoas potencialmente em risco", diz ele.
Por que o número de crianças hospitalizadas por tentativa de suicídio dobrou nos EUA? Direito de imagem Getty Images Image caption Ter 'plano de segurança' é vital para contornar situações extremas na vida, defende especialista
'Seguir em frente'

Os especialistas concordam que ensinar as pessoas a processar uma perda e como lidar com emoções difíceis são dois fatores essenciais para evitar o suicídio.

"Não podemos supor que todos aprendam isso por meio de uma fórmula mágica", diz Reed.

"Aprendemos a ler, a escrever, por isso também precisamos ajudar as pessoas a aprenderem a ter sucesso.

Então, o que é exatamente progredir do ponto de vista da saúde mental?

Cerel defende ter um "plano de segurança".

"Se as coisas derem errado em sua vida, o que você vai fazer? O que você pode fazer para se distrair naquele momento de tristeza? Você pode olhar fotos de seus filhos ou assistir a vídeos engraçados de gatos?", diz.

"Não que esses vídeos vão manter alguém vivo, mas podem acalmar as pessoas para que sejam usadas outras estratégias de enfrentamento", acrescenta.

Cerel também enfatiza que o objetivo final é incentivar suicidas em potencial a frequentar a terapia e terem profissionais de saúde mental para ajudar a "mudar o pensamento disfuncional"

Para algumas pessoas, "sentir-se conectado e desfrutar de um sentimento de pertencimento são coisas realmente importantes", destaca Stone.

"Temos que envolver toda a comunidade, não apenas os profissionais de saúde", diz Reed. "Somos uma nação que precisa reconhecer esse isolamento", acrescenta.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

GAL GADOT ESTÁ PRODUZINDO UM FILME SOBRE FIDEL CASTRO.









Gal Gadot deve produzir e, possivelmente, estrelar um filme sobre como uma jornalista americana se tornou uma das confidentes mais próximas de Fidel Castro. O marido de Gadot, Yaron Versano, que também é israelense, irá coproduzir o drama para a Warner Bros.

A ideia é baseada em um recente artigo de Peter Kornbluh, intitulado, “Meu querido Fidel: Um contato secreto do jornalista com Fidel Castro”. Ele detalha como a jornalista, Lisa Howard, ajudou a estabelecer um canal secreto entre Cuba e Washington, após a crise dos mísseis cubanos.

“Quando li pela primeira vez o artigo de Peter, fiquei encantada com o emocionante relato de uma mulher complicada e fascinante, no meio de um drama da vida real de alto risco. Eu soube imediatamente que tinha que me envolver com a história de Lisa Howard e estou muito feliz por estar produzindo esse filme com Sue”, disse Gadot, mencionando a coprodutora Sue Kroll.

ANNE FRANK FOI TRAÍDA POR UMA COLABORADORA JUDIA?







Anne Frank pode ter sido traída pela infame colaboradora nazista Anna "Ans" van Dijk, uma mulher judia que concordou em ajudar a capturar outros judeus escondidos em troca de sua liberdade. Em seu novo livro, “O quintal do Anexo Secreto”, o autor Gerard Kremer afirma que van Dijk foi responsável por trair Anne e outros sete judeus escondidos atrás de um prédio de escritórios em Amsterdã. De acordo com Kremer, seu falecido pai - também chamado Gerard Kremer - ocasionalmente flagrou van Dijk durante suas visitas a um prédio de escritórios nazista onde Kremer trabalhou durante a guerra. Lá, ela supostamente se encontrou com manipuladores e fez ligações telefônicas. A principal alegação do livro é que Kremer, que morreu em 1978, ouviu van Dijk falar sobre os judeus que estavam escondidos na Prinsengracht, o canal onde o chamado "Anexo Secreto" de Anne estava localizado. A conversa teria ocorrido no início de agosto, poucos dias antes de os nazistas invadirem o anexo, em 4 de agosto de 1944. Dos oito judeus escondidos, apenas Otto Frank sobreviveu ao Holocausto. Esta não é a primeira vez que van Dijk foi apontada como suspeita da traição de Anne Frank. Como a única mulher executada pelas autoridades holandesas por colaborar com os nazistas, seu nome tem sido associado à prisão da diarista, há décadas.