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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Ateísmo

Segundo Janer Cristaldo:

"O ateísmo é tão antigo quanto o pensamento humano. Desde as origens da humanidade, é uma das grandes formas de ver o mundo, um mundo onde o homem está sozinho face a si mesmo e à natureza de regras imutáveis. A história do ateísmo não é portanto a simples negação da história das crenças religiosas: é aquela de todos os homens - céticos,livres - pensadores, libertinos, deístas, agnósticos, materialistas - que tentaram dar um sentido à sua vida fora de toda fé religiosa.

"Ao contrário das religiões, o ateísmo é plural: ao longo dos séculos, tomou formas diferentes, sucessivas e simultâneas, às vezes antagonistas: o ateísmo de revolta contra a existência do mal, contra as proibições morais ou contra a limitação da liberdade humana; ateísmo especulativo nos períodos de crises de valores; ateísmo confiante de Hegel e Marx; ateísmo voluntário de Nietzsche; ateísmo pessimista e desesperado de Schopenhauer; ateísmo ambiente de nossa época onde a fronteira entre crentes e descrentes parece cada vez mais tênue".

Georges Minois, Histoire de l'atheísme, Paris, Fayard, 1998.

Santayana - Outra vez ótimo

A alma do Ocidente e a crise da Igreja

Por Mauro Santayana


Todas as grandes revoluções do homem – entre elas, a maior de todas, a do Ocidente – trouxeram, em seu bojo, os germes de sua própria crise. Em Creta, machados de pedra próprios de uma cultura africana de há mais de 100 mil anos, revelam que os homens daquele tempo já navegavam e avançaram pelo Mediterrâneo até a ilha. É possível situar em Creta o início da civilização grega e, com ela, a ideia do Ocidente: extraordinária aventura da inteligência naquela região de passagem entre o Oriente, a África e a Europa nórdica. Quando entendemos o século 5 a.C. como o mais expressivo da civilização helênica, os últimos 25 séculos têm sido, ao mesmo tempo, de extraordinária criatividade intelectual, de fantásticas descobertas científicas e de profunda inquietação dos homens.

Nesse período tentamos explicar as crenças ancestrais mediante a razão filosófica, sem êxito: a mesma lógica de que se valem os crentes para provar a existência de Deus serve para desmenti-la. Da mesma forma, a ciência não tem como negar uma inteligência absoluta, anterior ao Universo e a ele estranha. O Iluminismo, com suas dúvidas, iniciou, no século 18, o processo da ciência contra a fé. A Igreja refugiou-se nos dogmas, em lugar de estabelecer diálogo fecundo com a ciência. Essa oportunidade já fora perdida no século anterior, primeiro com a condenação de Bruno à fogueira e, em seguida, com a hesitação da Academia Pontifícia de Ciências, criada em 1603, pelo papa Clemente VIII. A Academia surgira animada nada mais nada menos por Galileu, e o processo contra o maior cientista de seu tempo levou-o à abjuração de suas convicções, a fim de evitar a morte.

A Academia desapareceu com a morte do papa que a fundara, e só foi restabelecida em 1847, sob o papado de Pio IX, que começou como progressista e se tornou o símbolo do ultramontanismo. Como marco de sua incompatibilidade com a ciência, o papa declarou o dogma da concepção imaculada (ou seja, em plena virgindade) de Maria, em 1854. Cem anos depois, na mesma linha, Pio XII – que fora tão tolerante com Hitler – decretou outro dogma, também sobre a mãe de Cristo: tal como o filho, ela, de acordo com a infalibilidade papal, subiu aos céus viva, em corpo e alma.

Não obstante o esforço de alguns cientistas católicos, e de homens da Igreja mais sensatos, o diálogo entre a Igreja e a ciência não pôde ainda estabelecer-se. A Academia continua com sua sede em belíssima edificação nos jardins do Vaticano, construída no século 16, para ser a residência de verão de Pio IV, e reestruturada por Pio XI, em 1936. O único leigo a presidir a Academia Pontifícia foi o cientista brasileiro Carlos Chagas, filho, que nos 16 anos em que dela se encarregou (de 1972 a 1988) se dedicou, principalmente, a advertir o mundo contra os perigos de uma guerra nuclear e a discutir os problemas éticos da atividade científica.

A eterna crise do Ocidente está na ética, que devia ser o ponto de encontro entre a ciência e a fé. Ao analisar a decadência da civilização grega – esse primeiro patamar do Ocidente – Lord Acton lembrou a crise ética que, de passo em passo, dissolveria a república. Segundo sua análise, aquela intensa e não comparável atividade da inteligência havia abalado a crença nos deuses, e eram os deuses que ditavam as leis. “Foi curto o passo entre a suspeita de Protágoras, de que não havia deuses, e a assertiva de Crítias, de que não havia mais a punição da lei. Se nada é certo em teologia, tampouco é certo na ética, nem na obrigação moral” – diz o grande pensador católico.

O Vaticano, a partir da morte de Ângelo Roncalli, o papa João XXIII, perdeu a oportunidade do retorno à ética dos primeiros cristãos, ao abandonar a Teologia da Libertação que, além de libertar os pobres, libertava a Igreja da influência dos grandes poderes do mundo. Esse desencontro está tirando da grande instituição o que restava do poderoso lastro ético de alguns de seus santos, como Francisco de Assis. A penosa discussão de Ratzinger com os bispos irlandeses e sua indiferença para com os pobres do mundo mostram que as igrejas cristãs (com os protestantes não é diferente) não podem mais falar em nome da ética, isto é, de Deus. Mas Deus continua e continuará entre os homens, enquanto a espécie existir.


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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Música - O novo hino dos pedófilos de todos os cultos


16/02/2010 - 10h40

"Não lembrei de pedofilia ao ouvir a música", diz Caetano Veloso sobre "Lobo Mau"

da Folha Online

Hit do Carnaval deste ano, a música "Lobo Mau" --cantado pelo grupo O Báck-- é a vilã da vez. Febre em Salvador, ela faz parte do repertório de Ivete Sangalo e é repleta de versos de duplo sentido. "Chapeuzinho, diz aí menina onde você vai que eu vou atrás/ Vou te comer, vou te comer", diz um dos trechos.

Para o vocalista Tatau (ex-Araketu), a letra estimula a pedofilia, e, na quinta-feira (11), ele se recusou a cantá-la. No entanto, Caetano Veloso, em entrevista à TV UOL, se mostrou contrário à opinião de Tatau. "Canta quem quer. Nunca me lembrei de pedofilia quando escutei essa música. Não entendo a ligação", diz o cantor.

Veja a opinião de Caetano e de outros artistas sobre a música no vídeo a seguir.



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A vantagem dos padres e pastores é que nem precisam ir atrás. Os pais e mães, ingenuamente, levam suas filhas e filhos para conviverem com eles.
Confiam em deus e não correm.

Imagine, caro leitor, se a música for transformada numa espécie de "canto gregoriano", que tem aquela aura de respeitável!

A tática da Igreja Católica

A tática da ICAR já está muito manjada:deixar templos rotulados como patrimônio histórico ou cultural abandonados, para que a opinião pública constranja a administração leiga a promover a restauração, às custas do erário público, ou seja, dos contribuintes, mesmo que não cristãos.



Abandonadas, igrejas históricas podem ser demolidas na França
Postado em Artes, Igrejas às 20:22

Fotografada através de uma vitrine, a igreja neo-gótica em Gesté é uma das que podem ser demolidas.
O elevado campanário, o teto anguloso e arcobotante gracioso da igreja construída no século XIX que domina a paisagem de Gesté, uma cidade no oeste da França, estão a caminho da demolição - um problema que também aflige outras igrejas francesas, que estão caindo vítimas de seu tamanho, de sua condição precária de manutenção e, em última análise, do aperto nas finanças municipais.
Ainda que a igreja, dedicada a São Pedro, seja possivelmente a única joia arquitetônica nesta cidadezinha de 2,4 mil habitantes, a prefeitura decidiu demoli-la e substitui-la por uma capela de manutenção bem mais simples.
Construída em etapas e com capacidade para 900 fieis, a formidável igreja de pedra está fechada e vazia desde 2006. Para agravar o quadro de abandono e tristeza, ela está isolada por uma cerca de arame, cujo objetivo é proteger os visitantes contra as pedras que caem da fachada, uma ameaça muito real.
"Devido ao seu tamanho e complexidade, a manutenção da igreja sempre será difícil", disse Jean-Pierre Leger, 61 anos, engenheiro aposentado que trabalha em tempo parcial como prefeito de Gesté. "Ela foi vítima de seu tamanho considerável. É grande demais".
O prefeito e o legislativo municipal votaram por 17 a 16, dois anos atrás, demolir a igreja, alegando que uma reforma custaria US$ 4,4 milhões e que demolir a edificação atual e construir uma nova custaria US$ 1,9 milhão.
Mas muitos dos munícipes de Gesté discordam ferozmente, e argumentam que a prefeitura superestimou o custo das obras de restauração.
"Rejeitamos suas estimativas de custo", disse Alain Durand, 50 anos, pedreiro e metalúrgico que serve como tesoureiro de um movimento pela preservação da igreja. "Trata-se de algo muito político; se eles demolirem e reconstruírem, poderão fazer alguma coisa que reduza o desemprego".
Não é uma luta exclusiva de Gesté. Em toda França, aldeias estão se vendo forçadas a responder perguntas difíceis sobre suas igrejas, muitas das quais deterioradas, em meio a uma queda no número de fieis e de padres, e a uma alta nos custos de manutenção.
Beatrice de Andia, fundadora e presidente do Observatório da Herança Religiosa, em Paris, estima que existam cerca de 90 mil edificações religiosas na França, cerca de 17 mil das quais protegidas pelo governo por seu valor histórico ou arquitetônico, o que dá à França a maior densidade de edificações religiosas na Europa. Cerca de 10% das igrejas protegidas pelo governo estão em condição perigosa, ela diz, devido à falta de verbas públicas para preservação; o mesmo se aplica a boa proporção das demais igrejas.
"A Igreja pode ser eterna, mas não as igrejas", diz Andia, funcionária aposentada da ala cultural do governo que decidiu fundar o observatório, em 2006, para conscientizar os franceses quanto ao estado lastimável da herança religiosa de seu país. "No passado, eram edificações sacras, mas hoje em dia não existe esse senso do sagrado".
Em St. Georges des Gardes, não muito longe de Gesté, a igreja de São José, construída no século XIX, foi demolida em 2006; em Le Fief-Sauvin, outra cidadezinha da região, a igreja também foi demolida e substituída, ainda mais cedo.
Ocasionalmente, os moradores locais que se opõem às demolições conseguiram triunfar: em Arc sur Tille, perto de Dijon, no leste da França, a igreja do século XIX escapou à demolição depois de protestos ferozes.
A luta quanto ao futuro das igrejas de aldeia coincide com um debate nacional sobre a questão da identidade francesa, que está sendo travado diante de um cenário de forte imigração muçulmana. O assunto também é complicado por uma lei de 1907, um período em que um governo francês laico lutava por conter a forte influência da Igreja Católica na França, sob a qual a propriedade das igrejas e catedrais do país cabe aos governos dos municípios que as abrigam.
Em outros países, especialmente Inglaterra e Itália, edificações religiosas abandonadas foram convertidas em casas, lojas ou museus. Na França, porém, existe resistência emocional a essa prática, ainda que em Dijon uma igreja abandonada tenha sido transformada em teatro e na Alsácia, no leste, antigas sinagogas hoje sirvam como museus.
A igreja neogótica de Gesté foi concluída em 1870, sobre as ruínas de uma igreja do século 16 que havia sido destruída durante a Revolução Francesa. A região de Anjou, onde fica Gesté, é profundamente católica e havia resistido à revolução, o que levou à destruição de muitas edificações religiosas quando essa resistência foi derrotada.
À medida que a identidade francesa se torna mais laica, muita gente considera que a decadências das igrejas de aldeia simboliza a decadência da fé.
O reverendo Pierre Pouplard, 69 anos, titular da paróquia de Gesté, discorda. "Não vejo a conexão", afirma. "As pessoas continuam leais à sua igreja, aqui. O comparecimento vem sendo forte".
Mas ele estava falando na sacristia de uma cidade vizinha, que também é parte de sua paróquia. Já há 12 anos, ele responde por quatro igrejas de aldeia, além de Gesté, devido à queda no número de padres. A França conta com apenas nove mil padres hoje, ante 40 mil em 1940. Pouplard apoia a demolição e substituição da igreja de Gesté.
"Existe um apego emocional; todos os moradores de Gesté sentem apego à sua igreja", disse. "A maioria teria preferido mantê-la". Mas ele aceita a aritmética orçamentária do prefeito e menciona o exemplo de Fief-Sauvin, que 15 anos atrás substituiu sua decadente igreja do século XIX por uma construção moderna.
O debate sobre o futuro da igreja dividiu a cidade. Se Pouplard tivesse apoiado a restauração, afirma Durand, a maioria o teria acompanhado. "É questão de gosto", diz. Mas nas mais recentes eleições locais, em 2008, quando o futuro da igreja foi o tema principal, uma pequena maioria dos eleitores apoiou Leger e seus aliados no Legislativo municipal.
Durand me mostrou a planta de uma igreja contemporânea construída perto de Gesté - uma estrutura circular que segundo ele será reproduzido na nova igreja de Gesté. "Isso é para entretenimento; é um teatro musical", afirmou, com desdém. "Se você colocar uma placa dizendo 'armazém', ninguém estranharia".

The New York Times/Terra/Notícias Cristãs

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Será que o mundo inteiro vai continuar a deixar-se fazer de otário por esses safados que negociam com a fé do povo ingênuo?

Por que os membros do Ministério Público, que são pagos para defender os interesses coletivos, se omitem em relação a tal matéria, com raras exceções?

Em SC, enquanto os membros do Ministério Público coonestam a infame tática da ICAR, eu tenho residido em juízo, com ações populares, no afã de compelir o Município e o Estado a tomarem as providências necessárias, forçando a ICAR a restaurá-las, ou então, assumindo, num primeiro momento, a obrigação da proprietária e depois cobrando os custos da reforma dela.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Heine - O negro, a música, etc...

Neste Carnaval, pesquisando outro assunto, acabei por deparar-me com a poesia de Heinrich Heine, que segue transcrita.
Antes de lerem e tirarem ilações precipitadas, vejam a biografia do filósofo/poeta alemão, abaixo do poema.

O navio negreiro

O sobrecarga Mynheer van Koek
Calcula no seu camarote
As rendas prováveis da carga,
Lucro e perda em cada lote.

"Borracha, pimenta, marfim
E ouro em pó... Resumindo, eu digo:
Mercadoria não me falta,
Mas negro é o melhor artigo.

Seiscentas peças barganhei
-- Que pechincha! -- no Senegal;
A carne é rija, os músculos de aço,
Boa liga do melhor metal.

Em troca dei só aguardente,
Contas, latão -- um peso morto!
Eu ganho oitocentos por cento
Se a metade chegar ao porto.

Se chegarem trezentos negros
Ao porto do Rio Janeiro,
Pagará cem ducados por peça
A casa Gonzales Perreiro."

De súbito, Mynheer van Koek
Voltou-se, ao ouvir um rumor;
É o cirurgião de bordo que entra,
É van der Smissen, o doutor.

Que focinheira verrugenta!
Que magreza desengonçada!
"E então, seo doutor, diz van Koek,
Como vai a minha negrada?'

Depois dos rapapés, o médico,
Sem mais prolilóquios, relatando"
"A contar desta noite, observa,
Os óbitos vêm aumentando.

Em média eram só dois por dia,
Mas hoje faleceram sete:
Quatro machos, três fêmeas, perda
Que arrolei no meu balancete.

Examinei logo os cadáveres,
Pois o negro desatinado
Se finge de morto, esperando,
Lançado ao mar, fugir a nado!

Seguindo à risca as instruções,
Ao primeiro clarear da aurora,
Mandei retirar os grilhões
E -- carga ao mar! -- sem mais demora.

Os tubarões, meus pensionistas,
Acudiram todos, em bando.
Carne de negro é manjar fino
Que aparece de vez em quando.

Mal nos afastamos da costa,
Rastreiam o barco, na esteira,
Farejando de muito longe
Os eflúvios da pestiqueira.

Edificante é o espetáculo,
Pois o tubarão narigudo
Não escolhe cabeça ou perna
E abocanha, devora tudo!

Como se opíparo banquete
Fosse um simples aperitivo,
Põe-se a rondar, pedindo mais,
Sempre à espreita e de olho vivo!"

Mas o inquieto van Koek lhe corta
O relato em meio... Como há de
Remediar-se a perda, pergunta,
Combatendo a letalidade?

Responde o doutor: "Natural
É a causa; os negros encerrados,
A catinga, a inhaca, o bodum
Deixam os ares empestados.

Muitos, além disso, definham
De banzo ou de melancolia;
São males que talvez se curem
Com dança, música e folia."

"O conselho é de mestre!", exclama
Van Koek. O preclaro doutor
É perspicaz como Aristóteles,
Que de Alexandre era mentor!

Eu, presidente dos Amigos
Da Tulipa em Delft, declaro
Que, embora sabido, ao seu lado,
Não passo de aprendiz, meu caro.

Música! Música! A negrada
Suba logo para o convés!
Por gosto ou ao som da chibata
Batucará no bate-pés!"

O céu estrelado é mais nítido
Lá na translucidez da altura.
Há um espreitar de olhos curiosos
Em cada estrela que fulgura.

Eles vieram ver de mais perto
No mar alto, de quando em quando,
O fosforear das ardentias,
Quebra a onda, em marulho brando.

Atrita a rabeca o piloto,
Sopra na flauta o cozinheiro,
Zabumba o grumete no bombo
E o cirugião é o corneteiro.

A negrada, machos e fêmeas,
Aos pulos, aos gritos, aos trancos,
Gira e regira: a cada passo,
Os grilhões ritmam os arrancos

E saltam, volteiam com fúria incontida,
Mais de uma linda cativa
Lúbrica, enlaça o par desnudo --
Há gemidos, na roda vida.

O beleguim é o maitres des plaisirs,
É ele quem manda e desmanda;
Instiga o remisso a vergalho
E rege a grito a sarabanda.

E taratatá e denrendendém!
O saracoteio insano
Desperta os monstros que dormem nas ondas
Ao profundo embalo do oceano.

Tubarões, ainda tontos de sono,
Vêm vindo, de todos os lados;
Querem ver, querem ver para crer,
Estão de olhos arregalados.

Mas percebem que o desjejum
Longe está e logo, impacientes,
Num bocejo de tédio e fome
Arreganham a serra dos dentes.

E taratatá e denrendendém!
Não tem fim a coréia estranha.
Mais de um tubarão esfaimado
Sua própria cauda abocanha.

Eles não querem saber de música
Como outros do mesmo jaez.
"Desconfia de quem não gosta
De música", disse o poeta inglês.

E denrendenrém e taratá --
A estranha festança não tem fim.
No mastro do traquete, van Koek,
De mãos postas, rezava assim:

"Meu Deus, conserva os meus negros,
Poupa-lhes a vida, sem mais!
Pecaram, Senhor, mas considera
Que afinal não passam de animais.

Poupa-lhes a vida, pensa no teu Filho,
Que ele por todos nós sacrificou-se!
Pois, se não me sobrarem trezentas peças,
Meu rico negocinho acabou-se!"

Tradução: Augusto Meyer

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Biografia:

Heinrich Heine

Christian Johann Heinrich Heine (Düsseldorf, Alemanha; 13 de dezembro de 1797 — Paris, 17 de fevereiro de 1856) foi um importante poeta romântico alemão, sendo conhecido como “o último dos românticos.” Boa parte de sua poesia lírica, especialmente a sua obra de juventude, foi musicada por vários compositores notáveis como Robert Schumann, Franz Schubert, Felix Mendelssohn, Brahms, Hugo Wolf, Richard Wagner e, já no século XX, por Hans Werner Henze e Lord Berners.
Vida

Heinrich Heine nasceu numa família judia assimilada, em Düsseldorf, sob o nome de Harry. Seu pai era um comerciante que, durante a ocupação francesa, beneficiou-se directamente dos novos ideais de igualdade cívica para todos os cidadãos, em particular importante para os judeus, uma minoria discriminada nos territórios da actual Alemanha. Quando o negócio do pai faliu, Heine foi enviado para Hamburgo, onde o tio Salomon, um rico banqueiro, financiou os estudos e encorajou-o a iniciar uma carreira comercial.

Em breve tornou-se evidente que Heine não tinha um interesse na carreira comercial e assim, voltou-se para o estudo de Direito nas Universidades de Bona, Göttingen e Berlin. Descobriu também que estava menos interessado no Direito do que na Literatura, apesar de se ter licenciado em Direito em 1825, ao mesmo tempo que decidiu converter-se do judaísmo para o cristianismo luterano, assumindo então o nome de Christian Johann Heinrich e nomeando-se a si próprio pelo nome de Heinrich Heine.

Decidiu-se pela conversão considerando as várias proibições e restrições aos judeus, então vigentes em muitos Estados Alemães. O exercício de várias profissões e cargos em determinadas instituições, assim como o acesso a certas universidades - incluindo evidentemente o magistério, uma ambição particular do poeta - eram proibidos aos judeus. Assim proclamou sua conversão como o "bilhete de admissão na cultura européia", apesar de a realidade ter sido bem diferente. Outros, a exemplo do seu primo e benfeitor, o compositor Giacomo Meyerbeer, não acharam necessário converter-se para escapar a tais desvantagens. O conflito entre as identidades alemã e judaica de Heine será um elemento permanente no resto da sua vida. Outra grande razão para a conversão de Heine foi o possível acesso que o teria ao mundos dos escritores româncticos, em que a religião luterana e católica desempenhavam importante papel.

Como poeta, Heine fez a sua estréia com "Gedichte" (Poemas) em 1821. A paixão não correspondida por suas primas Amalie e Therese inspiraram-no mais tarde a escrever alguma da sua lírica mais notável. Buch der Lieder ("Livro das canções", 1827) foi sua primeira grande coletânea de versos.

Heine trocou a Alemanha por Paris em 1831, onde sofreu influência dos socialistas utópicos, seguidores do conde Saint-Simon, cujo partido político intitula-se, em português, São Simonistas, que pregava um paraíso igualitário baseado na meritocracia.

A opção por Paris, a principio foi voluntária, pois Heine acreditava que encontraria na capital francesa maior liberdade de expressão e maior compreensão de suas ideias por parte da sociedade francesa, o que de fato aconteceu.

Seus escritos geraram desconforto nas autoridades alemãs e Heine foi tido como um subversivo e sofreu com a censura. Suas obras foram banidas da Alemanha, assim como outros escritos associados ao movimento da Jovem Alemanha de 1835, liderado por Heine. O escritor foi então proibido de voltar a viver em sua terra natal e permaneceu exilado na França.

Embora no exílio, Heine sempre manteve uma profunda ligação com a Alemanha, que se exercia através da crítica constante da situação política de seu país. A influência dos ideais franceses sobre seu espírito libertaram afinal em uma renovação da literatura alemã [1]

Na França, Heine trabalhou como correspondente do jornal liberal alemão Allgemeine Zeitung, de Augsburgo. Em seus escritos, Heine divulgou a cultura alemã em terras francesas e foi também o fundador da corrente do feuilleton, caracterizado hoje como jornalismo cultural, que inclui ensaios críticos sobre cultura, como arte, literatura e teatro.

Heine foi um grande mediador dos aspectos culturais entre França e Alemanha e acreditava também em uma união entre a filosofia alemã e espírito revolucionário francês que culminariam na emancipação política e cultural da Europa.

Foi um crítico mordaz da religião. A famosa expressão que qualifica a religião como "ópio do povo" - expressão posteriormente usada por Marx na Crítica da filosofia hegeliana do direito (1844) havia sido adiantada por Heine. Em sua obra Ludwig Börne (1840), Heine, com sua ironia peculiar, escreve:

Bendita seja uma religião, que derrama no amargo cálice da humanidade sofredora algumas doces e soporíferas gotas de ópio espiritual, algumas gotas de amor, fé e esperança.

Em relação a censura sofrida, Heine proferiu uma de suas mais conhecidas citações::

Aqueles que queimam livros, acabam cedo ou tarde por queimar homens (Almansor, 1821)

De fato, entre os livros queimados pelos nazistas, em 1933, na Opernplatz (Praça da Ópéra) de Berlim estavam as obras de Heine.

Heine teve uma influência muito maior ao redor do mundo que na própria Alemanha. Na França, sua obra foi aclamada e o escritor chegou a receber uma pensão do governo francês. Também no Japão e China foi admirado e na Europa oriental foi tido com uma das grandes influências na formação de uma literatura nacional, assim como Goethe.

Em 1848 Heine adoeceu devido à sífilis e passou a sofrer de paralisia, passando os oito últimos anos de sua vida em um colchão, que chamou de “colchão-cripta”, em alemão: Matratzengruft. Quase cego, Heine morreu em Paris, em 1856.
[editar] Heine e a política

A obra de Heine é marcada por intenso engajamento social e político. O escritor é conhecido pelo seu sarcasmo e ironia, presente em seus poemas e textos, através dos quais Heine crítica a sociedade alemã. Influenciado pelos ideais da revolução Francesa, o escritor protestava contra o conservadorismo, principalmente na arte e na política, que ele considerava ultrapassado e hipócrita. Em oposição aos valores vigentes, seu objetivo político era trazer esclarecimento à sociedade e lutar contra a exploração humana, intensificada com o desenvolvimento industrial.

Em Paris, Heine conheceu e tornou-se amigo de Karl Marx, 20 anos mais novo. Essa amizade influenciou Heine ainda mais em sua literatura politicamente engajada, em que Heine critica a exploração do trabalho humano. Essa questão foi devidamente representada no poema Os tecelões de Silésia, de 1844, cujo ritmo remete ao som do trabalho mecânico do tear dos operários. O poema foi traduzido por Friedrich Engels, com quem Heine também firmou amizade, e foi publicado por ele no jornal inglês “The new moral World” , transformando-se no hino da Liga dos Comunistas em Londres.

Outra grande obra de Heine, marcada pelo seu teor político, é Alemanha, um conto de inverno, (Deutschland, ein Wintermärchen, no original) de 1844. Heine a escreveu após sua viagem à Alemanha, em 1843. Nela o escritor faz, de modo irônico e sarcástico, uma crítica polêmica em relação à política, cultura e sociedade alemã.

Apesar de seu engajamento político, que tendenciava aos movimentos socialistas do séc. XIX, Heine não se filiou a nenhum partido. Segundo sua própria ideologia, escrevia com a intenção de um verdadeiro artista: para o mundo e para a humanidade como um todo. Ou seja, sua luta não era em prol de grupos políticos específicos.

Heine e o Brasil

O Brasil também se encontra presente na obra de Heine. No poema O Navio Negreiro, do original alemão Das Sklavenschiff, de 1853/54, o escritor alemão retrata a condição dos prisioneiros de um navio negreiro aportado no Rio de Janeiro. O poema foi base de inspiração para o escritor brasileiro Castro Alves, em seu poema também intitulado de O Navio Negreiro.

No Brasil, Heine foi admirado por diversos escritores brasileiros, entre eles Machado de Assis. Além de Machado, muitos outros também traduziram o escritor alemão, como o seu contemporâneo Gonçalves Dias e também Raul Pompéia, Alphonsus de Guimaraens, Fagundes Varela e Manuel Bandeira.
Referências

1. ↑ "A Recepção de Heinrich Heine em Tobias Barreto", artigo de Marisol Santos Moreira

[editar] Bibliografia
[editar] Edições originais

* 1821: Gedichte (Poesia)
* 1823: Tragödien nebst einem lyrischen Intermezzo ("Tragédias com um intermezzo lírico") incluindo William Ratcliff, Almansor e Intermezzo lírico
* 1824: Dreiunddreißig Gedichte ("Trinta e três poesias")
* 1826: Reisebilder. Erster Teil ("Quadros de uma viagem. Primeira parte") incluindo Die Harzreise ("Viagem pelo Harz"), Die Heimkehr ("O retorno"), Die Nordsee. Erste Abteilung (O Mar do Norte. Primeira parte) e diversas poesias.
* 1827: Buch der Lieder ("Livro das canções") e Reisebilder. Zweiter Teil ("Quadros de viagem - Segunda Parte"), incluindo Die Nordsee. Zweite und dritte Abteilung ("O Mar do Norte. Segunda e terceira partes"), Ideen. Das Buch Le Grand (Idéias: O livro de Le Grand) e Briefe aus Berlin (Cartas de Berlim)
* 1830: Reisebilder. Dritter Teil ("Quadros de viagem. Terceira parte"), incluindo Die Reise von München nach Genua (A viagem de Munique a Gênova) e Die Bäder von Lucca (Os banhos de Lucca)
* 1831: Einleitung zu Kahldorf über den Adel (Introdução de "Karl à nobreza da vila e fotos de viagem. Quarta parte) e Reisebilder. Vierter Teil ("Imagens. Quarta parte), incluindo Die Stadt Lucca ( "A cidade de Lucca") e Englische Fragmente ("Fragmentos Ingleses")
* 1832: Französische Zustände ("Situações Francesas")
* 1833: Über den Denunzianten. Eine Vorrede zum dritten Teil des Salons. ("Sobre os informantes. Prefácio à terceira parte dos Salões"). Einleitung zu Don Quixote e Der Salon. Dritter Teil ("Introdução a "Don Quixote" e "O Salão"), incluindo Florentinische Nächte ("Noites Florentinas") e Elementargeister ("Elementais") .
* 1834: Der Salon. Erster Teil ("O Salão . Primeira parte"), incluindo Französische Maler' (Pintura francesa), Aus den Memoiren des Herren von Schnabelewopski ("Das memórias do senhor de Schnabelewopski") e poesias.
* 1835: Der Salon. Zweiter Teil ("O salão. Segunda parte") incluindo Zur Geschichte der Religion und Philosophie in Deutschland (História da religião e da filosofia na Alemanha" e o ciclo de poesias Neuer Frühling ("Nova primavera").
* 1836: Der Salon. Dritter Teil (" O salão. Terceira parte")
* 1836: Die romantische Schule ("A escola romântica")
* 1838: Der Schwabenspiegel ("O espelho da Suábia")
* 1839: Shakespeares Mädchen und Frauen ("As moças e as mulheres de Shakespeare") e Schriftstellernöten ("Necessidades de escritor")
* 1840: Ludwig Börne - Eine Denkschrift ("Ludwig Börne - memorial") e Der Salon - Vierter Teil ("O salão. Quarta parte), incluindo Der Rabbi von Bacherach ("O Rabi de Bacherach"), Über die französische Bühne ("Sobre a cena francesa") e diversas poesias.
* 1844: Neue Gedichte e Deutschland. Ein Wintermärchen ("Novos Poemas e "Alemanha, um conto de inverno")
* 1847: Atta Troll – Ein Sommernachtstraum (Atta Troll - sonho de uma noite de verão)
* 1851: Romanzero ("Romanceiro") e Der Doktor Faust. Ein Tanzpoem ("Doutor Fausto- um poema-dança").
* 1854: Vermischte Schriften, 3 Bände ("Miscelânea", 3 volumes) incluindo Geständnisse ("Confissões"), Die Götter im Exil ("Os deuses no exílio"), Die Göttin Diana ("A deusa Diana") , Ludwig Marcus, Gedichte 1853 und 1854 ("Poemas - 1853 e 1854"), Lutetia. Erster Teil und Lutetia. Zweiter Teil ("Lutécia - Primeira parte. Segunda parte").
* 1857 (póstuma): Tragödien ("Tragédias").
* 1869 (póstuma): Letzte Gedichte und Gedanken ("Últimos poemas e pensamentos")
* 1884 (póstuma): Memoiren ("Memórias")
* 1892 (póstuma): Heinrich Heines Familienleben. 122 Familienbriefe des Dichters und 4 Bilder ("A vida familiar de Heinrich Heine. 122 cartas do poeta à família e 4 retratos"] Reconstrução digital: UB Bielefeld)

[editar] Obras de Heine, disponíveis em português

* Contribuição à história da religião e filosofia na Alemanha. Tradução e notas de Márcio Suzuki. São Paulo: Iluminuras, 1991.
* Das memórias do senhor de Schnabelewopski (Tradução, organização, prefácio e notas de Marcelo Backes). Boitempo, 2001
* Noites florentinas. Mercado aberto, 1998.
* O O Rabi de Bacherach e três textos sobre ódio Racial. Org e tradução de Marcus Mazzari. São Paulo: Hedra, 2009
* Livro das canções, vários tradutores, seleção e notas de Jamil Almansur Haddad, Livraria Exposição do Livro, s/d
* HEINE, Heinrich. Os Deuses no Exílio. Tradução de Márcio Suzuki e Marta Kawano: Iluminuras, 2009
* REDONDO, Tércio. Heine o último romântico. Panorama da literatura alemã, São paulo. 47-49. ago 2008

[editar] Ligações externas

* Poema satírico de Heine, "O navio negreiro". (em português)
* Artigo de Marcelo Backes, "Heinrich Heine, crítico do Capital"
* Deutsche Welle - 1797: Nasce o poeta alemão Heinrich Heine

WIKIPEDIA




sábado, 13 de fevereiro de 2010

Gestantes nas passarelas de samba

Abundam na INTERNET imagens de mulheres grávidas, em adiantado estado de prenhez, expondo orgulhosamente seu volumoso buxo, por pura vaidade.
Até aí, nada a objetar. Afinal, cada qual tem senso de estética próprio, sentindo-se mais ou menos bonita, mesmo que inchada como um baiacu.

O objetivo desta postagem é lembrar às autoridades que possuem a incumbência de dar proteção à maternidade que o interesse a levar em conta, com relação àquelas mulheres em estado gravídico, é, primordialmente, o dos filhos que se encontram nos seus ventres, pois os conceptos nada podem fazer para conter os excessos das suas mamães.

Penso que deveria ser estabelecido um limite (prazo de gestação), de acordo com entendimento médico e observado cada caso em particular, para permitir-se, ou não, que uma mãe desfile e se esfalfe, com possíveis prejuízos para a futura criança.

Grávidas descabeçadas não faltam e seus filhos em gestação precisam de alguém de bom-senso para protegê-los contra os excessos daquelas.

Liberdade religiosa - Até onde vai?

Ícone budista é apreendido por apologia ao nazismo

Foto: DivulgaçãoA imagem do Buda Foto: Divulgação

Flávia Salme Thiago Feres, Jornal do Brasil

RIO DE JANEIRO - Diz a Wikipédia (enciclopédia livre na internet) que “a suástica ou cruz gamada é um símbolo místico encontrado em muitas culturas em tempos diferentes: dos índios hopi aos astecas, dos celtas aos budistas, dos gregos aos hindus”. Quando adotada pelo nazismo no século passado, porém, ela foi invertida e inclinada, adquirindo uma aura maldita. Sexta-feira, a representação gráfica virou o centro de uma polêmica no Shopping da Gávea (Zona Sul), com desdobramentos na 15ª DP.

Policiais civis apreenderam um biombo com cerca de dois metros de altura que traz a figura de um Buda com a cruz suástica (não invertida nem inclinada) no peito, na loja de bijuterias e decoração oriental Cheia de Graça. Atenderam a uma denúncia de que a imagem faz apologia ao nazismo.

– Vamos apurar também junto ao fabricante da peça, no Rio Grande do Sul, se há tentativa de propaganda escamoteada – afirmou o delegado Henrique Pessoa, responsável pelo Núcleo de Combate à Intolerância Religiosa.

Estupefatos, os proprietários da loja não compreenderam a ação.

– Isso tudo é de uma ignorância sem comentários. Esse símbolo existe na cultura oriental há mais de 5 mil anos, quando o nazismo nem pensava em nascer. Tentei evitar a confusão, mas não teve jeito: a polícia apreendeu o biombo e eu estou nervosa até agora com essas acusações – desabafou a proprietária Samara Nolding.

De acordo com o marido de Samara, também proprietário da loja, o biombo custa R$ 590 e foi fabricado há cerca de dois meses. O casal é de Florianópolis (SC) e mantém 13 lojas em vários estados.

– É muito ruim você estar 100% certo e sofrer punição como se tivesse cometido algum erro. Esta sensação é horrível e irreparável. Tinha uma festa e Carnaval na escola da minha filha que nós não tivemos como ir – disse José Henrique, que faz questão de ressaltar que é católico.

Autores da denúncia, o deputado estadual Gerson Bergher e a vereadora Teresa Bergher, ambos do PSDB, acompanharam a operação junto com membros da colônia judaica.

– Vivemos em um mundo globalizado e ninguém pode desconhecer o que é a cruz suástica. Criada pelos povos antigos como um símbolo do bem, ela foi incorporada ao nazismo por Adolf Hitler. A sociedade deve denunciar – protestou Teresa.

Alvo da polêmica, símbolo parece... mas não é

A diferença entre a suástica nazista e a que representa o budismo é que a adotada por Adolph Hitler tem as suas pás invertidas e inclinadas a 45 graus. O budismo explica que o símbolo gira no sentido horário e, automaticamente, absorve energia do universo, promovendo a auto-salvação de quem a usa. Ao girar no sentido anti-horário, ela emite energia, oferecendo a salvação ao próximo.

Estudos mostram que já na antiguidade a suástica foi utilizada largamente pelos indo-arianos, hititas, celtas e gregos, dentre outros. Em especial, como símbolo sacro do hinduísmo, budismo e jainismo.

O nome suástica vem da palavra sâncrita svastikah, que significa bem-estar e boa fortuna. O símbolo é basicamente uma linha reta com braços perpendiculares a cada extremidade, seguindo em direções opostas.

Com a alteração estética no símbolo, Adolf Hitler, que era ocultista e sobreviveu a 42 atentados contra a sua vida sem ferimentos, queria representar o roubo da energia do universo para seus propósitos. A ideia era paralisar o tempo e iniciar os mil anos de domínio da Nova Ordem: o 3º Reich.

O líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães inspirou-se num conteúdo místico para elaborar a bandeira nazista, que ficaria marcada para sempre na história da humanidade.

A composição entre o vermelho e o branco indicavam a ideia social do movimento. A temida suástica nazista representava a luta pela raça ariana e o triunfo do ideal trabalho criativo, que, para eles, seria para sempre anti-semítico.

22:13 - 12/02/2010

http://jbonline.terra.com.br

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Ignorância, intolerância religiosa ou mera arrogância dos denunciantes ?


Música

Matéria republicada - Invasão de áreas públicas - Floripa

quinta-feira, 16 de julho de 2009
Coisas e gente de Florianópolis (III) - Mercado Público

Algo de estranho vem acontecendo, em escala crescente, no Mercado Público central, de Florianópolis. Cada comerciante e detentor de direitos de uso do seu acanhado box quer transformá-lo num "quase supermercado". Os corredores, destinados à circulação de pedestres/compradores estão a ser ocupados, de forma despudorada, pelos donos de boxes, assim como o espaço entre os dois blocos, com mesas e cadeiras plásticas, que ostentam propaganda de cervejarias. Privatizaram os corredores e os espaços entre os dois blocos, em outras palavras.

Dentro em breve o espaço para exibição de manifestações culturais e folclóricas terá desaparecido por completo, em prejuízo dos próprios comerciantes, que perderão estes fatores de atração de público.







Tudo começou com o Box 32, se não me engano, colocando as suas mesinhas em frente ao estabelecimento, dentro do corredor.

A calçada que dá para a Av. Jorn. Rubem de Arruda Ramos veio em seguida. Lá estão guarda sóis, mesas e cadeiras.





Agora já são vários avanços na área interna.







As perguntas que insistem em martelar a minha cabeça (e com certeza a de muitos outros munícipes) são: a) será que os contratos de concessão ou permissão, feitos entre o Município e os lojistas, autorizam aquelas situações? b) Será que há amparo jurídico para as ocupações aqui referidas (fora dos boxes)?

Com a palavra o Município e quem mais de direito, para o esclarecimento das aparentes maracutaias (?).

Postado por Izidoro Azevedo dos Santos às 7/16/2009 12:34:00 PM



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O original contém muitas fotos.
A presente republicação foi motivada pela matéria publicada no Tijoladas do Mosquito, sobre o isolamento, neste carnaval, por um tal Nivaldo Sorrentino, de área pública para que um bloco carnavalesco (e os incautos que se dispuserem a pagar ingresso no cercado), brinquem o Carnaval de Rua em Florianópolis.

Mais uma vez, minha homenagem ao combativo Amilton Alexandre (o Mosquito).

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Pastor pedófilo

Este não tem a desculpa do celibato, não:

Pedofilia: Mais um Pastor tarado é preso PDF Imprimir E-mail
Por: Ailton Lima / A Tribuna
Dom, 10 de Janeiro de 2010 12:11

Pastor é preso acusado de abusar de criança.

V.R. está preso da Cadeia Pública de Rondonópolis e poderá pegar de 8 a 15 anos de prisão.

Foto: Divulgação


Cresce envolvimento de evangélicos com crime de pedofilia em MT, segundo a Polícia

Rondonópolis (MT) - O pastor evangélico V.R., de 62 anos de idade, foi preso na noite de sexta (8), no Jardim Esplanada, após ser acusado de molestar sexualmente a menina I.V. de A., de dois anos de idade, na Vila Operária. De acordo com declarações dos pais da criança, constantes do BO registrado pela polícia, o pastor é freguês há cerca de 40 dias da pastelaria onde a criança reside.


Segundo o depoimento do pai da menina, o pastor chegou na pastelaria como faz habitualmente e após consumir alguns pastéis, começou a brincar com a criança dizendo: “Que menina bonitinha, como é o nome dela? Quantos anos ela tem? Eu tenho um monte de netinhos. Eu gosto muito de criança”.

Depois, já na calçada do estabelecimento, ele passou a mão nos cabelos da menina e perguntou: “Você não quer ir até a casa do tio? Lá tem um monte de netinhas. Tem galinha, tem cachorro…”, e pediu para o pai da menina: “deixa ela ir lá em casa comigo dois minutinhos, eu já trago”…


O pai consultou a esposa sobre o que ela achava a respeito de permitir a filha ir até a casa do pastor. A mãe consentiu, mas disse que era para não demorar. Passados uns 20 minutos, a mãe disse que já ficou preocupada com a demora.


Ao entregá-la ao pai, a menina estava meio arredia. Depois, quando o pastor saía da casa ela apontou o dedinho para a direção do homem e disse: ‘ele mexeu na minha perereca”.


Segundo declarações da criança, o pastor a teria levado para um quarto, tirou a sua calcinha e passou a fazer sexo oral. Os pais verificaram o órgão genital da criança e perceberam um vermelhidão no local.


Orientado por um familiar, os pais acionaram a polícia que se dirigiu até a casa do pastor e o conduziu ao Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), onde foi entregue à autoridade policial.


A delegada de Defesa da Mulher, Juliana Carla Buzetti, que estava no plantão, ouviu os depoimentos dos pais da criança e da menina, que descreveu toda a cena vivida.


Ao ser ouvido em depoimento, o pastor negou as acusações, dizendo que não ficara com a criança mais que cinco minutos e nem entrou na residência, porque segundo ele, duas pessoas teriam chegado em sua casa para que ele orasse por elas.


A delegada solicitou exames na criança e foi constatado “equimoses de coloração avermelhada na região vulvar”, correspondente ao tipo de violência praticada: sexo oral.


Diante das provas levantadas, do depoimento da criança e de seus pais, a delegada autuou em flagrante o pastor por crime de estupro de vulnerável. O acusado foi encaminhado à Cadeia Pública.


http://74.125.47.132/search?q=cache:PxPM6K_wdmEJ:www.aguaboanews.com.br

a como capelão na Várzea e disse que não vai abandonar a batina.


Mais um santinho da ICAR - Padre pedófilo

Padre pedófilo escandaliza emigrantes na França

Padre
A comunidade portuguesa de Sens, a 125 km de Paris, está perplexa. Segundo o Correio da Manhã, ninguém poderia imaginar que o sacerdote Gaston Borges, filho de emigrantes portugueses, pudesse ser detido, muito menos por pedofilia.

Gaston Borges, nascido em Paris em 1940, dirigia a pastoral dos portugueses da região, além das funções que desempenhava na igreja francesa, na diocese de Sens-Auxerre. Era também assessor para menores no tribunal de Auxerre.

O sacerdote foi denunciado à polícia por um rapaz de 16 anos com quem teria passado a noite de Natal e detido no dia 27 de dezembro. Nesse dia, foi encontrado com o afilhado de doze anos, cujos pais, depois de alertados pelas autoridades, o questionaram sobre possíveis atos de pedofilia do padrinho. O casal também apresentou queixa contra o padre.

O bispo de Sens, Yves Patenôtre, que afirmou ter por Gaston Borges um “enorme apreço”, confessou estar “dolorosamente surpreendido”.

http://conteudo.arcauniversal.com

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O caso acima relatado faz lembrar o Pe. Angelo Chiarelli, de Rio do Sul, do qual muita gente já esqueceu.
Pois, seu advogado entrou com um pedido de habeas corpus, medida judicial que foi denegada, recentemente, pelo TJ/SC:

Processo 2009.072608-4 Habeas Corpus
Distribuição DESEMBARGADOR TULIO PINHEIRO (Cooperador), por Sorteio em 07/01/2010 às 18:21
Órgão Julgador SEGUNDA CÂMARA CRIMINAL (JANEIRO)
Origem Rio do Sul / Vara Criminal e da Infância e Juventude 05409005588-1
Objeto da Ação Paciente preso em 19.06.2009, suposta infração ao art. 214, c/c 224 ambos CP. Vítima: A. M.
Número de folhas 0
Última Movimentação 12/01/2010 às 09:30 - Acórdão Assinado

Última Carga Origem: Seção de Publicações / Fotocópias (DDI) Remessa: 18/01/2010

Destino: Seção de Elaboração de Editais (Divisão de Editais) Recebimento: 18/01/2010
Partes do Processo (Principais)
Participação Partes ou Representantes
Impetrante Jeremias Felsky

:
Paciente Angelo Chiarelli

:
Movimentações (Últimas 5 movimentações)
Data Movimento
12/01/2010 às 09:30 Acórdão Assinado
12/01/2010 às 09:30 Julgamento por Acórdão
Decisão: por votação unânime, conhecer em parte e denegar a ordem.
12/01/2010 às 09:30 Rejeitado
11/01/2010 às 16:56 Concluso ao Relator
11/01/2010 às 16:56 Processo Pautado
Data da pauta: 12/01/2010 Pauta:


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No ano passado, um Mandado de Segurança que o mesmo "religioso" havia impetrado, também não foi acolhido:

Processo 2009.051952-0 Mandado de Segurança
Distribuição DESEMBARGADOR ALEXANDRE D’IVANENKO (Titular), por Vinculação de Magistrado em 09/09/2009 às 13:56
Órgão Julgador TERCEIRA CÂMARA CRIMINAL
Origem Rio do Sul / Vara Criminal e da Infância e Juventude 054090055881
Objeto da Ação Paciente preso em 19.06.2009, suposta infração ao art. 214, do CP. Vítima: A. M
Número de folhas 0
Última Movimentação 26/01/2010 às 12:00 - Intimação do Ministério Público
RELAÇÃO 3964 - MP
Última Carga Origem: DJ - Secretaria de Informações Processuais (Seção de Informações) Remessa: 17/12/2009
Destino: Seção de Elaboração de Editais (Divisão de Editais) Recebimento: 17/12/2009
Partes do Processo (Todas)
Participação Partes ou Representantes
Impetrante Angelo Chiarelli
Advogado: Jeremias Felsky
Impetrado Juiz de Direito da Vara Criminal e da Infância e Juventude de Rio do Sul
Movimentações (Todas)
Data Movimento
26/01/2010 às 12:00 Intimação do Ministério Público
RELAÇÃO 3964 - MP
21/01/2010 às 10:23 Expedido Ofício Intimação Ministério Público
RELAÇÃO 3964 - MP - Ed.1971/09, pub.: 15/12/09
17/12/2009 às 13:07 Recebido na Divisão de Editais
16/12/2009 às 14:20 Volta Seção Xerox
16/12/2009 às 13:25 Recebido pela Seção de Xerox
16/12/2009 às 13:25 Remessa à Seção de Xerox
Cópias solicitadas pelo adv. Jeremias Felsky, OAB/SC 5964
16/12/2009 às 13:00 Remessa à Secretaria de Informações
15/12/2009 às 13:48 Publicado Edital de Assinatura de Acórdãos Clique para visualizar o DocumentoDocumento Emitido
Nº Edital: 1971/09 Nº DJe: Disponibilizado no Diário da Justiça Eletrônico n. 830- www.tj.sc.gov.br
17/11/2009 às 09:00 Acórdão Assinado
17/11/2009 às 09:00 Julgamento por Acórdão
Decisão: por votação unânime, denegar a segurança e deferir a assistência judiciária gratuita, com a fixação de URH's.
17/11/2009 às 09:00 Desprovido

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Uma dúvida paira no ar: quem estará patrocinando a defesa do tarado (coitado, mais uma vítima do infame celibato)? Certamente a Igreja Católica, em cujas burras sempre sobre dinheiro pra estas coisas, embora o padre tenha sido premiado com "assistência judiciária gratuita".

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Veja mais:

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Vaticano exige de bispos segredo para sexo no confissionário

der-spiegel
Depois dos Estados Unidos, Irlanda e Itália, agora é na Alemanha do papa Bento 16 que sobe à tona, como os dejetos, as peripécias dos padres safados. Até a semana passada, cerca de 100 sacerdotes e diáconos tinham sido denunciados por pedofilia nos últimos anos.

Desta vez, na enxurrada de denúncias, foi citado um documento da Congregação para a Doutrina da Fé, a antiga Inquisição, que evidencia o zelo da Igreja Católica no acobertamento dos seus pedófilos.

O documento confidencial de 24 páginas foi emitido no ano de Nosso Senhor de 1962. Em latim e em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ele determina aos bispos que mantenham em segredo eterno as ocorrências de sexo no confessionário.

A revista alemã Der Spiegel afirma que o documento não usa a expressão “sexo no confessionário”, recorrendo a uma terminologia cautelosa ao citar, por exemplo, casos de padres que abordam os fiéis com “assuntos impuros e obscenos” por meio de “palavras, gestos, toques ou sinais com a cabeça”.

Mas algumas das denúncias na Alemanha se referem literalmente a sexo durante a confissão.

Há o caso de uma mulher que, aos 15 anos, quando estava em um orfanato católico, foi obrigada a ver o padre se masturbar. Ao tentar fugir do tarado, ela apanhou de freiras por estar sendo indisciplinada.

O ex-coroinha Peter Rueth também foi vítima de padre durante a confissão, além de sido abusado por diáconos do orfanato no qual vivia quando criança.

Rueth conta que em uma manhã, antes da missa, o padre o trancou no vestiário para que ele se confessasse.

“Eu tive de me sentar em uma cadeira. Então o padre me vendou com sua estola e amarrou minhas mãos com outra peça, dizendo que tinha que fazer isso porque supostamente não se deve ver a outra pessoa durante a confissão. Quando falei de meus pecados, o padre disse que, como punição, eu devia abrir minha boca para que ele pudesse colocar uma esponja embebida em vinagre, como a esponja que foi oferecida ao Senhor na cruz.”

Em seguida, o padre se aproveitou dele para um sexo oral.

“Depois, tive de recitar o Pai Nosso três vezes e então lavar a boca”, conta Rueth.

Nenhum desses dois casos, a exemplo de centenas de outros, foi apurado pela hierarquia católica da Alemanha, embora ela tivesse tomado conhecimento deles. Como de costume, os padres foram, no máximo, transferidos de paróquia.

Pode-se se argumentar que pedófilos existem em todos os grupos de pessoas, o que incluem o dos padres.

Mas nenhuma entidade acoberta tanto os seus pedófilos como o Vaticano.

> Pedofilia abala também a Igreja Católica da Alemanha. (da Der Spiegel, em português.)

> Casos de padres pedófilos.

http://e-paulopes.blogspot.com

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Embuchou outra pequena:

PADRE TARADO

Uma garota de 15 anos engravidou do capelão de Paratibe. Os dois namoraram por seis meses até a menina, que era coroinha da igreja, embuchar. O padre disse que assume o filho e vai pagar pensão.

O PADRE CONTINUA PADRE

Atualmente, o padre tarado atua como capelão na Várzea e disse que não vai abandonar a batina.

LARGA DE USAR SAIA, HOMEM E VAI SER FELIZ!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Sugestão de leitura

Acabei de ler e não posso deixar de recomendar:

NIKOS KAZANTIZAKIS - O Cristo recrucificado - Editora Abril.

O grego é ótimo.

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Níkos Kazantzákis

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Busto de Níkos Kazantzákis em Atenas
Túmulo de Kazantzákis em Iráklio, cujo epitáfio é Δεν ελπίζω τίποτα. Δεν φοβούμαι τίποτα. Είμαι ελεύθερος (Não espero nada. Não temo nada. Sou livre.)

Níkos Kazantzákis, em grego Νίκος Καζαντζάκης, (Iráklio, 8 de fevereiro de 1883Friburgo, 26 de outubro de 1957) foi um escritor, poeta e pensador grego. Comumente considerado o mais importante escritor e filósofo grego do século XX, tornou-se mundialmente conhecido depois que, em 1964, Michael Cacoyannis fez de sua novela Zorba, o Grego (Βίος και Πολιτεία του Αλέξη Ζορμπά) um filme. É também o autor grego contemporâneo mais traduzido.

Biografia

Kazantzakis nasce em Megalokastro (hoje Iráklio, Creta) em 1883. Em 1902, Kazantzakis se muda para Atenas (Grécia), onde estuda Leis na Universidade de Atenas e logo, em 1907, emigrou a Paris para estudar filosofia. Lá foi influenciado pelos ensinamentos de Henri Bergson. Ao regressar para Grécia, começa a traduzir obras de filosofia e em 1914 entra em contato com Ángelos Sikelianós. Juntos viajam durante anos pelos lugares que floresce a cultura greco-cristã, em grande medida influenciada pelo nacionalismo entusiasta de Sikelianós.

Viajou por todo o mundo, conhecendo e seguindo as doutrinas de Buda, Francisco de Assis e Lênin em períodos diversos. Autor de romances imortais que tratam de temas universais como o amor, a solidão, o pecado, a violência e a hipocrisia. Entre seus principais trabalhos com tradução para o português citamos: O Cristo Recrucificado, A Última Tentação de Cristo, Zorba, o grego, Testamento para El Greco, Os irmãos inimigos, Toda Raba e O Pobre de Deus.

Ligações externas