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terça-feira, 26 de agosto de 2014

JUDEUS INCONFORMADOS - Sobreviventes do Holocausto assinam nota contra 'genocídio' em Gaza'




A violência na Faixa de Gaza vem provocando fortes reações nos Estados Unidos


Mais de 300 sobreviventes do Holocausto e seus descendentes lançaram uma nota condenando o que chamam de "genocídio" de Israel na Faixa de Gaza.


A Rede Internacional Judaica Antissionista (Rija) publicou o manifesto como um anúncio pago no jornal americano The New York Times.

A nota é uma reação ao anúncio publicado por outro sobrevivente da perseguição na Alemanha de Adolf Hitler, Elie Wiesel, que comparou o movimento palestino Hamas ao nazismo.

Mais de 2.000 pessoas já morreram na atual onda de violência na Faixa de Gaza, na sua maioria, civis palestinos.

Do lado israelense, são contabilizados 68 mortos, na maioria soldados.

Neste domingo, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a campanha militar contra militantes de Gaza não tem data para terminar e que seguirá até que os objetivos israelenses tenham sido atingidos.
Ano letivo

Netanyahu repetiu o seu alerta para que palestinos abandonem qualquer local onde haja atividade de militantes.

Os comentários foram feitos durante uma reunião de cúpula no domingo.

Ataques aéreos israelenses deixaram dois palestinos mortos e outros cinco feridos no domingo de manhã.

O primeiro-ministro israelense também afirmou que os ataques continuarão depois do início do ano letivo em Israel, em 1º de setembro.

Comunidades no sul do país tinham expressado temores pela segurança dos seus alunos.

Na sexta-feira, um menino israelense de quatro anos foi morto próximo à fronteira com a Faixa de Gaza por fogo de morteiros.

O conflito na Faixa de Gaza vem provocando fortes reações nos Estados Unidos, com diversas manifestações pró e anti-Israel.
Boicote

O anúncio publicado no New York Times foi assinado por 40 sobreviventes do Holocausto e 287 descendentes e outros parentes.

Eles fazem um apelo pela suspensão do bloqueio da Faixa de Gaza e por um boicote a Israel.

"Como sobreviventes e descendentes de sobreviventes judeus e vítimas do genocídio nazista, nós condenamos inequivocamente o massacre de palestinos em Gaza e a contínua ocupação e colonização da Palestina histórica", diz a nota.

A Rija, fundada em 2008, é uma pequena organização de esquerda altamente crítica a Israel.

O governo israelense endureceu o bloqueio à Faixa de Gaza em 2007, depois que o Hamas, que defende a extinção de Israel, assumiu o poder no território, após derrotar os rivais do Fatah nas eleições de 2006.

O Egito, que considera o Hamas como inimigo, também mantém um bloqueio na fronteira sul da Faixa de Gaza.

Fonte: BBC BR

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Não quero mortes em Gaza em meu nome, diz sobrevivente do Holocausto

Em carta aberta publicada no jornal "NYT", sobreviventes do nazismo condenam ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, classificando-a de "genocídio". A alemã Edith Bell, de 91 anos, é uma das signatárias do texto.
"A população em Gaza vive num constante estado de sítio", diz Bell
Nascida em 1923 em Hamburgo, na Alemanha, Edith Bell é um dos sobreviventes do Holocausto que assinaram uma carta aberta publicada no jornal The New York Times no último fim de semana. O documento critica duramente a atual ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, chamando-a de "genocídio".
Bell sobreviveu aos campos de concentração de Theresienstadt e Auschwitz, entre outros. Após a Segunda Guerra Mundial, emigrou para Israel e, depois, mudou-se para os EUA em 1954, onde vive até hoje. Para a alemã, ninguém mais deveria ser tratado da maneira sub-humana como os judeus foram tratados durante o Holocausto.
DW: Por que a senhora decidiu assinar uma carta que critica publicamente Israel e os Estados Unidos de forma tão severa?
Edith Bell: Estou muito chateada com o que vem acontecendo em Israel e em Gaza. E estou convencida de que o poder militar não resolve nenhum desses problemas. Acima de tudo, estou amargurada pelo fato de o Holocausto, meu próprio sofrimento durante a guerra, ser usado para justificar a morte de inocentes.
A senhora faz referência a Eli Wiesel que, através de um anúncio – também no The New York Times–, fez uma conexão entre o Hamas e os nazistas e acusou o Hamas de fazer culto aos mortos. Quais são seus argumentos?
Cresci na Alemanha. Meu pai lutou na Primeira Guerra Mundial, a chamada Grande Guerra, que deveria acabar com todas as guerras para sempre. Nós descobrimos que lutas provocam ainda mais lutas. Isso não resolve nada. Fomos tratados como sub-humanos, como o senhor sabe. Lutei grande parte da minha vida por paz e justiça, para evitar que isso aconteça novamente algum dia com alguém, seja um nativo americano, afroamericano, gay ou lésbica, judeu ou árabe.
Por que a senhora acredita que o ataque de Israel a Gaza pode ser chamado de genocídio?
Porque eles matam as pessoas cegamente. Uma população inteira está sendo morta. Meu sobrinho israelense me disse há 20 anos: vocês [americanos] mataram seus índios. Sim, tem razão. Mas duas coisas erradas não formam uma coisa correta.
Há muito furor entre as linhas da carta aberta e em suas respostas. Por quê?
Eu não quero que as pessoas façam essas coisas em meu nome. O dinheiro dos meus impostos é usado para isso. O governo dos EUA parece pensar que o Aipac (o American Israel Public Affairs Committee, que, segundo sua própria descrição, é uma organização lobista pró-Israel) nos representa, mas isso não é verdade. É uma organização que tem muita influência sobre o Congresso dos EUA e que alega representar os judeus americanos. Mas, obviamente, não o faz.
A senhora quer que o governo americano deixe de apoiar Israel?
Sim, exatamente. Eu tenho sido há muito tempo um membro da Women's International League for Peace and Freedom, e somos a favor de que se acabe com a ocupação ilegal de Gaza e a matança. Defendemos um cessar-fogo, negociações com todas as partes e ajuda humanitária multinacional a Gaza e exigimos que os Estados Unidos e Israel sejam responsabilizados.
A chanceler federal alemã, Angela Merkel, apoia firmemente Israel e seu direito de se defender. Ela deveria mudar sua política?
Esta autodefesa é bastante desproporcional. Israel é a nação mais poderosa do Oriente Médio. Os palestinos em Gaza não têm exército, força aérea, marinha ou armas comparáveis às do lado israelense. A população de Gaza vive num constante estado de sítio. As pessoas foram expulsas de suas casas para campos de refugiados sem água suficiente, comida, cuidados médicos e eletricidade. Agora são até mesmos expulsos dessas acomodações. Para onde eles devem ir?
A senhora acabou de dizer que é uma sobrevivente do Holocausto. Como suas experiências de então influenciam suas opiniões sobre Gaza?
Eu cresci em Hamburgo, e minha família se mudou mais tarde para Amsterdã. Os alemães levaram meus pais. Meu pai morreu em Theresienstadt, minha mãe em Auschwitz. Sobrevivi, por pura sorte, a vários campos de concentração. Fomos tratados como sub-humanos. Isso nunca mais deve acontecer a alguém.

Fonte: DW

Rádio ATEIA - Casos rumorosos de plágio

Dez célebres casos de plágio na música

Atualizado em  24 de agosto, 2014 - 17:38 (Brasília) 20:38 GMT
Shakira
Uma canção da cantora Shakira entrou recentemente na lista dos plágios mais conhecidos
Um juiz de Nova York, nos Estados Unidos, considerou nesta semana que a canção Loca, da cantora colombiana Shakira, é um plágio de uma obra do compositor dominicano Ramón Arias Vásquez.
De acordo com o juiz Alvin K. Hellerstein, tanto Loca, como o tema em que foi inspirada, Loca con su tíguere, do dominicano Edward Bello Pou, conhecido como "El Cata", são plágio de uma música de Arias.
Embora Shakira tenha gravado Loca, do álbum Sale el Sol(2010), tanto em inglês quanto em espanhol, o juiz disse que só a versão em espanhol infringiu os direitos autorais.
O magistrado determinou que as partes voltem a negociar e que elaborem um documento conjunto que apresente um acordo sobre quanto pagar em indenização à produtora Mayimba, que representa Arias.
Representantes de Shakira disseram que ela gravou Locasem imaginar que a música um dia viria a ser acusada de plágio, segundo a agência de notícias AP.
"A música foi apresentada à Shakira por El Cata. Ela não tinha conhecimento de que existiam outros participantes na canção, e a ação não foi dirigida a ela pessoalmente", afirmaram.
Nas últimas décadas, várias bandas e cantores foram condenados a indenizar outros músicos ou fecharam acordos amigáveis por acusações de plágio.
The Beatles
No início da carreira, os Beatles foram muito inspirados por artistas de rock americanos
Veja a lista que a BBC Brasil produziu com dez dos casos mais célebres.
1- The Beatles, Come Together
Pouco depois do lançamento do álbum mitológico Abbey Road, em 1969, a gravadora do precursor do rock americano Chuck Berry acusou a banda britânica de ter copiado a letra e a melodia da canção You Can't Catch Me no tema escrito por John Lennon.
Lennon reconheceu ter conhecimento da canção de Berry e os Beatles fecharam um acordo extrajudicial que permanece em sigilo. Foi o único caso de plágio envolvendo a banda.
2-Rod Stewart, Do Ya Think I'm Sexy
O hit mundial do britânico Rod Stewart foi lançado em 1978 e dominou as pistas de dança. Não demorou para representantes de Jorge Ben repararem na inacreditável semelhança com o famoso "te te teretê", refrão de Taj Mahal, lançada pelo brasileiro no álbum Ben em1972. O caso também foi resolvido extrajudicialmente. Stewart, em sua biografia de 2012, admitiu que foi um caso de "plagiarismo inconsciente".
3 - George Harrison, My Sweet Lord
My Sweet Lord foi o primeiro single do primeiro disco solo do ex-guitarrista dos Beatles, All Things Must Pass (1970).
Michael Jackson
O Rei do Pop teve que indenizar o camaronês Manu Dibango por 'Wanna Be Starting Something'
Uma empresa de Nova York, a Bright Tunes, entrou na Justiça contra Harrison alegando que a canção era muito parecida com He's So Fine, de Ronald Macky, e gravada em 1962 por The Chiffons.
Harrison não admitiu culpa e acabou condenado por "plágio inconsciente", pagando mais de US$ 500 mil em indenizações.
4 - Morris Albert, Feelings
O maior sucesso do brasileiro Maurício Alberto Kaisermann, lançado em 1974, e regravado por artistas que vão de Frank Sinatra e Ella Fitzgerald a Gretchen, foi considerado uma cópia de Pour Toi, composta pelo francês Louis "Loulou" Gasté, e gravada em 1956 pela cantora Line Renaud. Um tribunal americano considerou a música um plágio e determinou o pagamento de US$ 500 mil em indenização, além de destinar 88% dos royalties futuros da música ao francês. O crédito da canção hoje é Gasté/ Morris.
5 - Michael Jackson, Wanna be starting something
O hit Wanna be starting something abre um dos discos mais vendidos de todos os tempos, o Thriller, do Rei do Pop. Pouco depois de chegar às prateleiras, em 1983, o saxofonista e cantor camaronês Manu Dibango acusou Jackson de ter copiado a música Soul Makossa, de 1972. Jackson - que havia usado a linha melódica de Dibango no final da canção - foi obrigado a pagar 1 milhão de francos franceses (cerca de US$ 200 mil) a Dibango por direitos autorais.
6- Roberto Carlos, O Careta
O Rei foi condenado por plágio em 2004. A ação do compositor Sebastião Braga, que tinha composto a canção sob o nome Loucuras de Amor anos antes, tramitou durante 14 anos. Roberto Carlos acabou sendo condenado e teve que pagar uma multa de R$ 2,6 milhões. A música foi retirada do catálogo discográfico do Rei.
Irmãos Gallagher
Os irmãos Gallagher foram condenados pelo plágio de uma canção usada em comercial da Coca-Cola
7 - Ray Parker Jr., Ghostbusters
O compositor Ray Parker Jr. compôs em 1984 o tema principal do campeão de bilheteria Os Caça-Fantasmas. Depois da estreia do filme, o roqueiro Huey Lewis entrou na Justiça contra Parker Jr. dizendo que o ritmo da canção era igual à sua música I Want a New Drug, de 1984. As partes fecharam um acordo extrajudicial que também foi mantido em sigilo.
8 - Michael Bolton, Love is a Wonderful Thing
O cantor americano Michael Bolton foi condenado a pagar uma indenização de US$ 5,4 milhões depois que a Justiça considerou a sua canção Love Is a Wonderful Thing, do álbum Time, Love & Tenderness(1991). A música foi considerada parecida demais com o tema de mesmo nome dos Isley Brothers, lançado em 1966.
9 - Radiohead, Creep
Thom Yorke
Os autores da ação contra o Radiohead ganharam crédito ao lado de Thom Yorke por 'Creep'
A canção Creep, de 1992, catapultou a banda britânica Radiohead ao sucesso mundial, tornando-a um dos grandes nomes da década de 90. Mas os compositores da canção The Air That I Breathe, da banda The Hollies, entraram na Justiça alegando plágio. No final do processo, Albert Hammond e Mike Hazlewood conseguiram ter seus nomes incluídos como co-autores do clássico do Radiohead.
10 - Oasis, Shakermaker
Os irmãos Noel e Liam Gallagher, fundadores da banda britânica Oasis, foram acusados de plágio várias vezes. O caso mais recente foi o da melodia de Shakermaker, canção do álbum de estreia da banda, Definitely Maybe, de 1994. Os integrantes de outra banda, The New Seekers, disseram que a canção era cópia do tema I’d Like to Teach the World to Sing (1971), que chegou a ser usado em uma campanha publicitária da Coca-Cola. O Oasis foi obrigado a indenizar os autores em US$ 500 pelo plágio.

Fonte: BBC BRASIL

Ferguson evoca incômodos ecos do passado nos Estados Unidos

Aduzido pelo blogueiro:






A Change Is Gonna Come

I was born by the river in a little tent
Oh and just like the river
I've been running ever since
It's been a long, a long time coming
But I know a change gonna come, oh yes it will

It's been too hard living but I'm afraid to die
Cause I don't know what's up there beyond the sky
It's been a long, a long time coming
But I know a change gonna come, oh yes it will

I go to the movie and I go downtown
Somebody keep telling me don't hang around
It's been a long, a long time coming
But I know a change gonna come
Oh yes it will

Then I go to my brother
And I say brother help me please
But he winds up knockin' me
Back down on my knees

There been times that I thought
I couldn't last for long
But now I think I'm able to carry on
It's been a long, a long time coming
But I know a change gonna come,
Oh yes it will

A Change Is Gonna Come

Eu nasci pelo rio em uma pequena barraca
Oh e só como o rio
Desde então eu venho correndo
Um longo, longo tempo está por vir
Mas eu sei que a mudança virá, oh sim virá

Tem sido muito difícil viver, mas tenho medo de morrer
Porque eu não sei o que tem além do céu
Um longo, longo tempo está por vir
Mas eu sei que a mudança virá, oh sim virá

Eu vou para o cinema e pra o centro da cidade
Alguém continua me dizendo: não saia por ai
Um longo, longo tempo está por vir
Mas eu sei que a mudança virá
Oh sim, virá

Depois eu vou até meu irmão
E eu digo: irmão me ajuda, por favor
Mas ele acaba me batendo
Desistindo em meus joelhos

Tem tempos que eu penso
I não poderia durar por muito tempo
Mas agora eu penso que sou capaz de suportar
Um longo, longo tempo está por vir
Mas eu sei que a mudança virá
Oh sim, virá










































































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Os distúrbios em Missouri reproduzem imagens policiais e causas da luta pelos direitos civis dos negros nos anos 60





Um negro é atacado por um cachorro da polícia no Alabama, em 1963. / B. HUDSON

As cenas nas ruas de Ferguson de policiais majoritariamente brancos contra manifestantes quase exclusivamente negros evocam incômodos ecos do passado nos Estados Unidos. Algumas das imagens dos últimos dias da polícia mirando e prendendo pessoas afro-americanas nesse subúrbio de Saint Louis (Missouri) – que protestam pela morte, em 9 de agosto, de um jovem negro desarmado por disparos de um policial branco – são similares às tomadas nos anos 60 durante a época dos direitos civis em várias cidades do país.

O contexto, no entanto, é diferente. A proibição por lei, em 1964, da discriminação racial é, 50 anos depois, uma realidade consolidada. A chegada de Barack Obama à Casa Branca é a melhor prova.

Mas algumas coisas não mudaram. “Há causas similares” entre os protestos nos anos 60 e Ferguson, aponta Cathy Lisa Schneider, professora na Universidade Americana em Washington e autora de um livro recente sobre distúrbios raciais nos EUA e na França. “Quase sempre foram provocadas pela morte de uma pessoa de minoria racial nas mãos de um policial”, explica em entrevista telefônica. Em Ferguson, 2/3 da população é negra, mas os cargos políticos e policiais estão ocupados quase exclusivamente por brancos.

É uma realidade que prevalece em outras localidades do Meio Oeste do país. Os mesmos antecedentes se repetem na maioria das mobilizações raciais que sacudiram os anos 60.


Entre 1964 e 1971 aconteceram mais de 750 distúrbios raciais nos EUA. Provocaram ao redor de 200 mortos e 1.300 feridos

Em todas “havia crescentes incidentes de violência policial” até que aconteceu um detonador que desata uma indignação acumulada. Então, sustenta Schneider, o modus operandicostuma ser parecido: os protestos começam pacificamente, mas uma resposta equivocada política e policial acende os ânimos. “Vemos como as autoridades locais se mostram impermeáveis às demandas” de outra comunidade racial que “carece de influência política”.

David Garrow, professor de direito na Universidade de Pittsburgh e autor de vários livros sobre o movimento dos direitos civis, sublinha que os distúrbios por motivos raciais em Ferguson ficam muito distantes da gravidade – em manifestantes mortos e detidos, e destroços públicos – dos ocorridos nos 60 por todo o país e em 1992, em Los Angeles. Mas ele acha que os protestos no Missouri são os mais importantes desde os de Los Angeles, uma cidade 183 vezes mais populosa.

Entre 1964 e 1971 aconteceram mais de 750 distúrbios raciais nos EUA, com choques entre a polícia e cidadãos negros. Provocaram ao redor de 200 mortos, 1.300 feridos e deixaram muitos bairros em ruínas. Garrow coincide que, apesar do final oficial da segregação racial, a “má conduta” policial e a falta de diversidade étnica entre os agentes eram um “problema” na época e continua sendo agora.


Uma cena dos distúrbios em Ferguson, Missouri. / SCOTT OLSON (GETTY IMAGES)

Apesar de que as roupas e os equipamentos evoluíram, algumas imagens da atuação policial em Ferguson são muito parecidas às dos protestos de negros em Birmingham (Alabama) em 1963. Mas o professor considera que a maior semelhança é com os distúrbios no final dos 60 no norte dos EUA: “O movimento dos direitos civis no sul, entre 1963 e 1965, foi quase totalmente pacífico, apesar de lembrarmos das imagens de policiais com cachorros e golpeando as pessoas”, lembra. “Mas os que vemos em Ferguson, com a atitude violenta de alguns manifestantes e uma polícia de estilo militar, são imagens muito parecidas às revoltas de 1967 e 1968 no norte”, acrescenta em referência a Detroit, Newark ou Washington.

A Guarda Nacional do Missouri (a polícia estatal) foi enviada por três dias em Ferguson. No final dos 60 fez isso em Washington. E em 1992, em Los Angeles, junto com mais de mil marines e soldados. Apesar desta analogia com a cidade da Costa Oeste, a gravidade é incomparável: ali, a absolvição de quatro policiais que tinham golpeado um taxista negro desatou uma onda de fúria que deixou 55 mortos, mais de 2.000 feridos e um bilhão de dólares em perdas materiais.

Em Ferguson, desde a morte de Michael Brown, dia 9 de agosto, perto de duas centenas de pessoas foram detidas e mais de uma dezena de lojas saqueadas. Até o momento, não há manifestantes mortos. Nesta segunda-feira, foi realizado o funeral de Brown na Igreja Missionária Batista do Templo Amável em Saint Louis, perto do Missouri.

Depois de Los Angeles, os distúrbios raciais mais relevantes foram os de 2001 em Cincinnati – no Meio-Oeste – e de 2009 em Oakland (Califórnia). As duas cidades são entre 15 e 20 vezes maiores que o subúrbio de Saint Louis, mas a faísca que acendeu as ruas foi a mesma: a morte de um jovem negro nas mãos de um policial branco com um pano de fundo de tensão racial. Em julho de 2013, a absolvição do vigilante comunitário hispânico que matou, na Flórida, um outro rapaz negro, Trayvon Martin, desatou protestos em todo o país, mas sem incidentes.


A duração é o principal aspecto diferente de Ferguson em relação aos outros protestos posteriores aos 60

Para a professora Schneider, a duração é o principal aspecto diferente de Ferguson em relação aos outros protestos posteriores aos 60. A calma voltou a Cincinnati depois de quatro dias, a Los Angeles em cinco e a Oakland em uma semana. Por outro lado, em Ferguson as mobilizações já duraram mais de duas semanas. Em Cincinnati, como em Ferguson, foi imposto um toque de recolher para tentar acabar com os distúrbios.

Ethelbert Miller, diretor do Centro Afro-americano de Howard – a universidade de Washington que é um emblema para a comunidade negra nos EUA –, argumenta que agora há elementos inexistentes há uma década que amplificaram os protestos no Missouri. “Há um presidente e um procurador-geral negro, que estão nas redes sociais e tudo aumenta de tamanho”, sustenta. “Ferguson aglutina os problemas de toda a comunidade negra do país, como a brutalidade policial e o desemprego.”

Por outro lado, Schneider atribui a extensão dos distúrbios à equivocada gestão das autoridades locais. Sua tese é que a experiências de protestos raciais anteriores demonstra que o que mais acalma a família e a comunidade do falecido é que desde o primeiro momento as autoridades atuem com transparência e prometam justiça ao mesmo tempo em que se apoiam nos líderes comunitários. Em Ferguson, a opacidade, o silêncio e as contradições oficiais brilharam por seu excesso. Uma lição para o futuro.

Fonte: EL PAIS

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ADUZIDO PELO BLOGUEIRO:




terça-feira, 19 de agosto de 2014

Rádio ATEIA - JOAN BAEZ



 

Forever Young

May God bless and keep you always
May your wishes all come true
May you always do for others
And let others do for you
May you build a ladder to the stars
And climb on every rung
May you stay forever young
Forever young, forever young
May you stay forever young.

May you grow up to be righteous
May you grow up to be true
May you always know the truth
And see the lights surrounding you
May you always be courageous
Stand upright and be strong
May you stay forever young
Forever young, forever young
May you stay forever young.

May your hands always be busy
May your feet always be swift
May you have a strong foundation
When the winds of changes shift
May your heart always be joyful
And may your song always be sung
May you stay forever young
Forever young, forever young
May you stay forever young.

Jovem Para Sempre

Que Deus te abençoe e te acompanhe sempre,
Que seus desejos se tornem realidade,
Que você sempre faça para os outros
E deixe que os outros façam por você.
Que você construa uma escada para as estrelas
E suba cada degrau,
Que você fique jovem para sempre,
Jovem para sempre, jovem para sempre,
Que você fique jovem para sempre.

Que você cresça para ser justo,
Que você cresça para ser verdadeiro,
Que você sempre saiba a verdade
E veja as luzes ao seu redor.
Que você seja sempre corajoso,
Fique em pé e seja forte,
Que você fique jovem para sempre,
Jovem para sempre, jovem para sempre,
Que você fique jovem para sempre.

Que suas mãos estejam sempre ocupadas
Que seus pés sejam sempre rápidos
Que você tenha uma base forte
Quando os ventos das mudanças voltarem.
Que o seu coração seja sempre feliz,
Que sua canção seja sempre cantada,
Que você fique jovem para sempre,
Jovem para sempre, jovem para sempre,
Que você fique jovem para sempre.

Rádio ATEIA - Compositores prantearam em música os mortos da Primeira Guerra

NOTEM QUE ALGUNS TOCAM TRIÂNGULO, COMO O FAZEM MÚSICOS DO NORDESTE BRASILEIRO.

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Com o avanço do grande conflito, aos poucos foram cessando os sons patrióticos, e o entusiasmo rapidamente deu lugar ao horror das trincheiras. O clamor da música heroica deu lugar ao lamento pelos caídos em batalha.


Soldados alemães posam ao lado de seus instrumentos, feitos artesanalmente, em 1916

Quer em Berlim ou Viena, quer em Paris ou Londres – em quase toda a Europa a mobilização das Forças Armadas, no final de julho de 1914, despertou uma onda de aprovação. Com entusiasmo, jovens se alistavam voluntariamente para servir na guerra, na esperança de que, após um breve período no front, regressariam como heróis, com uma medalha no peito. Mas a realidade nos campos de batalha era outra.

Primeiras dúvidas

Claude Debussy era patriota fervoroso

Enquanto nas cidades, bem longe da frente de batalha, os sons heroicos dominavam nas salas de concerto, já a partir do fim de 1914 alguns membros do clã de compositores começaram a questionar a legitimidade da guerra, tão propagada pelo governo.

Claude Debussy (1862-1918), fervoroso patriota francês, escrevia em 1916: "A guerra continua – não dá para entender. Quando é que o ódio vai finalmente acabar? É sequer preciso falar de ódio, neste processo histórico? Quando vai se deixar de confiar o destino dos povos a uma gente que enxerga a humanidade como meio de ascensão?"

Com sua canção (Natal das crianças que não têm mais lar), Debussy escreveu uma das primeiras obras impactantes sobre os cruéis efeitos da guerra.

Um monumento musical

Quando mais a luta durava, mais os músicos tratavam da morte em suas composições, e pranteavam a perda de amigos próximos. Uma das peças mais conhecidas dessa categoria é a suíte para piano de Maurice Ravel (1875-1937) , composta entre 1917 e 1919 e posteriormente transcrita por Ravel para orquestra.

Tombeau é uma forma musical barroca com que compositores homenageavam seus colegas falecidos. Ravel dedica sua obra ao clavecinista francês François Couperin (1668-1733). Como os seis movimentos foram sendo compostos sucessivamente durante a Primeira Guerra, logo a suíte se transformou num outro tipo de homenagem fúnebre: cada peça traz uma dedicatória para um amigo do compositor, caído em batalha.

Porém Ravel não foi o único músico a expressar luto através da música de piano, durante o grande conflito: o britânico Frank Bridge (1879-1941), por exemplo, escreveu uma sonata para seu colega Ernest Farrar, morto em 1918.

Réquiem para todas as vítimas da guerra

Em 1915, o também organista Max Reger começou a compor um Requiem "em homenagem aos soldados alemães caídos", mas a obra permaneceria incompleta.

O mesmo ocorreu com um Oratorium gegen den Krieg (Oratório contra a guerra), iniciado por Hanns Eisler (1898-1962) no ano seguinte, quando prestava o serviço militar. Esse compositor alemão, que cresceu num lar social-democrata e depois se filiou ao Partido Comunista, foi um dos colaboradores musicais de Bertolt Brecht. Do célebre dramaturgo é o texto da canção (Epitáfio para um soldado caído na Batalha de Flandres).

Somente anos após o fim da Primeira Guerra Mundial, o inglês Ralph Vaughan Williams (1872-1958) iria elaborar suas experiências nos campos de batalha franceses. Sua terceira sinfonia, intitulada , data de 1922.

E mais de um quarto de século antes de Benjamin Britten (1913-1976) escrever seu aclamado War Requiem, que reflete o horror da Segunda Guerra, seu compatriota John Foulds (1880-1939), hoje praticamente esquecido, apresentou, com A World Requiem, uma denúncia comovente contra a matança sem sentido entre 1914 e 1918.

Parábola sobre a sedução do poder

Ao contrário de muitos de seus colegas, que, com maior ou menor entusiasmo patriótico, serviram ao czar nos campos de guerra, em seu exílio na Suíça o russo (mais tarde naturalizado francês e americano) Igor Stravinsky (1882-1971) foi poupado de tais missões fatais.

Porém até ele se ocupou do tema da guerra em 1918: " foi minha única obra cênica com implicações atuais", diria o compositor em 1962.

O protagonista dessa "história do soldado" baseada num conto folclórico russo tenta enganar o diabo, mas termina derrotado por ele. Potencializado pela música stravinskiana, o vivaz texto de C.F. Ramuz se transformou numa parábola impressionante sobre a sedução do poder.

Quanto a obra de Stravinsky estreou em 28 de setembro de 1918 em Lausanne, a Primeira Guerra Mundial estava a apenas algumas semanas de seu fim. Seus efeitos no processo criativo de muitos compositores, no entanto, permaneceram durante muito tempo.

Fonte: http://www.dw.de/

Judeus-portugueses mortos em campos de concentração nazistas

O jornal Público, de Portugal, fez uma investigação sobre o assunto e publicou o resultado.
Lanço um repto a gente com disposição para investigação: e brasileiros, teriam morrido da mesma forma?

EUA - Funcionário de morgue tem sexo com 100 cadáveres

Os leitores conhecem a história do famoso poeta brasileiro Castro Alves?

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Um norte-americano admite ter tido sexo com 100 corpos de mulheres durante 16 anos. 18 de Agosto 2014, 17h38Nº de votos (0) Comentários (1) Kenneth Douglas foi detido em 2008, na cidade de Hamilton, no estado norte-americano do Ohio, depois de ter sido encontrado sémen no corpo de uma jovem de 19 anos, Karen Rage, violada e morta um dia antes. 

O funcionário da morgue, nos EUA, admitiu que teve sexo com o cadáver, mas afirmou que não foi o responsável pela sua morte. Ainda assim, passou três anos na prisão. Em 2012 foi novamente detido por ter sexo com o cadáver de April Hicks, morta aos 24 anos depois de cair de um terceiro andar. Foi novamente condenado. Na manhã desta segunda-feira, com 60 anos, Douglas admitiu que teve sexo com 100 mulheres mortas entre 1976 e 1992, período em que trabalhou na morgue no turno da noite. (Kenneth Douglas, o funcionário da morgue) O homem refere que o seu comportamento se devia ao consumo de álcool e drogas. “Se não estava a beber ou não tivesse bebido nada antes de ir para o trabalho, não acontecia. Se fumasse crack ou bebesse algo eu ia lá”, confessou. Uma das 100 mulheres era Charlene Appling, uma grávida de seis meses que foi estrangulada em 1991. Foi levada para a morgue no dia em que perdeu a vida e, nessa mesma noite, Douglas teve sexo com o cadáver de Charlene. “Eu subia para cima delas e puxava as minhas calças para baixo”, confessou Kenneth Douglas durante o depoimento. A confissão surgiu depois de as famílias das vítimas interporem uma ação contra o condado de Hamilton, o empregador de Douglas, pelo comportamento profano do homem. A mulher de Kenneth Douglas também esteve presente no depoimento da manhã desta segunda-feira e declarou que o seu marido “cheirava a sexo” quando o ia buscar ao trabalho. Terá contactado um dos responsáveis do condado de Hamilton, mas os seus avisos foram ignorados. “Os responsáveis foram várias vezes alertados para as ações de Douglas, que chegava ao trabalho sob o efeito de álcool ou drogas”, disse um dos advogados envolvidos no processo. “Se ele tivesse sido despedido, estas mulheres não teriam sido vítimas de abuso”. Uma das irmãs de April Hicks disse à Associated Press que imaginava "Kenneth Douglas a puxá-la da arca frigorífica, subir para cima dela tal como ele descreveu e violá-la", acrescentando que "estas ações nojentas" vão persegui-la até à morte.

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Google vs tubarões - Tubarões atacam cabos de Internet

Animais mordem e danificam cabos submarinos de fibra ótica, que são usados para fazer ligação transoceânica. 

 Por:J.F. 

Quando as comunicações são estabelecidas por fibra ótica, através de cabos que se estendem por milhares de quilómetros ao longo dos oceanos, muita coisa pode correr mal. Terramotos, navios de pesca e fenómenos naturais podem destruir estes cabos. Mas agora é conhecida uma nova ameaça: tubarões. Os peixes gigantes que ficaram com muito má fama desde que Steven Spielberg realizou o épico 'O Tubarão', em 1977, mordem os cabos de fibra ótica e podem danificar estas infraestruturas (veja o vídeo no final do texto). Mas agora a Google contra-ataca. Segundo o site Network World, durante a semana passada a Google terá anunciado que os cabos submarinos, que fazem a ligação dos EUA à Ásia pelo Oceano Pacífico, têm sido afetados por mordidas de tubarões. A solução passa por cobrir estes cabos com kevlar, material sintético que é mais resistente que o aço, ou pelo menos algo semelhante. É que a gigante da informática detém a patente de um material a que chama “fio de proteção de polietileno”. Não se sabe a razão da atração dos tubarões pelas infraestruturas submarinas, mas, além da simples curiosidade, poderá passar pelo facto de estes sentirem os campos eletromagnéticos da fibra ótica. Um relatório de 2009, do Programa Ambiental das Nações Unidas, refere que inúmeros cabos debaixo de água sofreram falhas por serem mordidos por peixes, incluindo tubarões. NOVA LIGAÇAÕ SERÁ DE 60 TERABITS POR SEGUNDO Ajudar a solucionar este problema é essencial para a Google. A empresa tem de contar com infraestruturas físicas em perfeitas condições para apresentar, em milissegundos, todo o tipo de resultados que os internautas procuram no motor de busca Google ou para fazer streaming no Youtube. Esta segunda-feira foi anunciado que será estabelecida uma nova ligação ao longo do Pacífico, que permitirá conectar os Estados Unidos ao Japão a uma velocidade de 60 terabits por segundo, “cerca de 10 milhões de vezes mais rápido que o cabo moderno atual”, disse Urs Holzle, o responsável pelas infraestruturas Google. As empresas de telecomunicações China Mobile e SingTel, de China e Singapura, respetivamente, são parceiras neste investimento. Os mais fanáticos pela tecnologia podem lutar entre si, e trocar argumentos nas rivalidades entre Google e a Apple ou a Google e o Facebook, mas no conflito Google vs Tubarões, terão de se unir no mesmo lado das trincheiras. CorrigirFeedback 


Religiosite aguda - Uma doença mental não catalogada pela OMS


Acomete e anula a capacidade de raciocinar de incontáveis pessoas mundo afora, vítimas da lábia peçonhenta de pregadores e estelionatários dos mais variados cultos. A doença tem outro efeito deletério: atinge também inocentes que se relacionam com as pessoas portadoras do quadro psiquiátrico sob comento.

A mãe abaixo referida - e sua inocente filhinha -  são prováveis vítimas de um ou vários falsários que se dizem padres e pastores.

Um dos malandros que vivem da exploração da ingenuidade alheia - um tal de "pastor Everaldo" - é tão confiante na sua charlatanice e no despreparo político das pessoas que até se candidatou à Presidência da República.

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Mãe mata filha em ritual de exorcismo

Ela confessou que espancava a criança para tirar os demônios e fazer a “vontade de Deus”

por Leiliane Roberta Lopes

Em depoimento à Polícia Civil do Paraná, Vanessa Aparecida Ramos do Nascimento 25 anos, confirmou que matou a filha de 6 anos em um ritual de exorcismo.

Vanessa e uma amiga, Giulia Albuquerque, prenderam a criança no porta-malas do carro para que ela fosse liberta dos demônios, no dia seguinte elas foram retirar a criança e ela já estava sem vida.

“Ela (Giulia) dizia que Deus tinha um plano na minha vida e que Deus ia mudar a minha história, que eu ia ter marido, prosperidade e toda essa história, só que para eu receber isso tinha um plano espiritual que eu tinha que fazer. E esse plano era corrigir os meus filhos e que se eles fizessem alguma coisa errada tinham que ser castigados”, disse.

A mãe de Maria Clara Zortea Ramalho confessou que espancou a criança antes de colocá-la dentro do carro durante o “processo de purificação”. A menina foi colocada no porta-malas durante a madrugada, pela manhã Vanessa tentou tirá-la, mas Giulia não deixou.

A amiga teria dito que “Deus quer que ela fique um pouco mais” e então Maria Clara continuou presa até que no outro dia foi retirada, mas já não tinha mais vida. “Tiramos Maria Clara do carro e levamos para casa. Ela me disse para sair e deixar ela fazer respiração boca a boca. Depois de dez minutos voltei para o cômodo e vi que ela estava morta”, disse Vanessa durante o depoimento.

Para esconder o corpo as duas mulheres foram até Santa Tereza do Oeste e cavaram uma cova de 50 centímetros de profundidade. O crime aconteceu em 5 de março, nessa época o pai da criança denunciou o desaparecimento e procurou o Conselho Tutelar.

Os fatos só foram descobertos nesta segunda-feira (27), na terça as mulheres foram chamadas para depor e o corpo da criança foi encontrado e está no Instituto Médico Legal (IML) de Cascavel e só será liberado depois dos resultados no exame de DNA, o que deve demorar dois meses.
Com informações Revista Veja.

Menorá do Templo de Salomão estaria escondida no Vaticano


Estudiosos divergem sobre a veracidade das informações

por Jarbas Aragão


Arco de Tito.


Existem muitas lendas relacionadas com o templo construído por Salomão segundo a direção de Deus e sua versão ampliada, obra de Herodes, que governava a Judeia na época de Cristo. O assunto voltou a ser amplamente debatido após o sucesso do filme “Os Caçadores da Arca Perdida” na década de 1980.

Ao longo de quase 2.000 anos, diferentes histórias sugerem os prováveis destinos dos objetos judaicos sagrados que foram pilhados do Templo pelo general romano Tito no ano 70. A peça mais vistosa era uma Menorá de ouro maciço com o tamanho aproximado de um homem.

Uma das teorias mais amplamente divulgada entre grupos judeus é que esses artefatos estão escondidos dentro do Vaticano, que teria herdado muito da riqueza do Império Romano. Há apenas um problema, dizem os estudiosos: Isso não é verdade.

Steven Fine, professor de história judaica na Universidade Yeshiva, dedicou as últimas duas décadas desmentindo essas histórias. Escreveu inclusive um livro sobre o assunto, que deve lançar em breve. Nos últimos meses, mais um capítulo dessa teoria foi acrescentado. No final de maio, Fine tomou conhecimento de uma carta aberta de Yonatan Shtencel, um dos mais influentes rabinos de Israel, ao então presidente Shimon Peres. Nele, havia o pedido para que Peres pedisse formalmente ao Vaticano para devolver a Menorá.

De modo oficial, o assunto não foi levantado por Peres e sua comitiva na visita do papa Francisco a três meses atrás. Mas Shimon Shetreet, ex-ministro israelense de Assuntos Religiosos, veio a público dizer que falou sobre os artefatos durante um encontro com o Papa João Paulo II, em 1996. Também pediu uma posição do secretário de Estado do Vaticano na época, mas jamais obteve resposta.

Na verdade, o Vaticano respondeu formalmente ao The Wall Street Journal, negando tais acusações. “Eu já tinha ouvido uma vez rumores sobre a tal história. Mas nunca pensei que fosse algo digno de atenção”, disse Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano.

Paolo Liverani, professor da Universidade de Florença, afirma que recebia cartas todos os anos perguntando sobre a Menorá, quando trabalhava como curador no museu do Vaticano, mas afirma que jamais viu os artefatos sagrados no acervo do Vaticano.

O fundamento para acusar o Vaticano de estar com a Menorá é bastante frágil. Existe um monumento antigo, bastante conhecido, chamado “o Arco de Tito”. Ele mostra um desfile que ocorreu nas ruas de Roma no ano 71, em comemoração à vitória do exército do general em Jerusalém. Nele pode ser visto claramente a Menorá sagrada sendo carregada.

“Ninguém pode negar que eles foram levados para Roma”, enfatiza Shetreet. “A questão é o que aconteceu depois. O assunto se encaixa mais na categoria de lendas e rumores”.

Estudiosos dizem que a ideia de que o Vaticano poderia estar com peças do Templo surgiu durante as décadas de 1950 e 60, quando a Santa Sé procurava melhorar suas relações com os judeus. Especialmente por causa de eventos ocorridos durante a Segunda Guerra Mundial.

“Há milhares de manuscritos e antiguidades perdidas”, disse o professor Lawrence Schiffman, diretor do Instituto Mundial de Pesquisa Avançada em Estudos Judaicos da Universidade de Nova York. “Muitos são reais, mas essa do Vaticano não é”, ressalta. Para ele, não há evidências históricas concretas.

Embora o Arco de Tito e antigas fontes rabínicas confirmem que peças do Templo foram para Roma, isso não significa que acabaram em algum depósito do Vaticano, instituição que seria fundada séculos mais tarde.

Existem várias outras versões para o destino final do Menorá, pois a restauração do Templo está relacionada com a vinda do Messias segundo a tradição judaica. Alguns estudiosos apontam que ele estaria escondido em uma caverna na Galileia; outros dizem que está submerso na lama sob o rio Tibre, em Roma, um grupo afirma ainda que ele está enterrado sob um mosteiro na Cisjordânia.

É Inegável o fato que o Terceiro Templo tem recebido muita atenção nos últimos anos, possivelmente desde a formação do Estado de Israel (em 1948) não se falava tanto no assunto. Disposto a não esperar pela recuperação da Menorá original, o Instituto do Templo tem investido na formação dos levitas e já fez todas as peças necessárias para seu interior, seguindo rigorosamente as indicações bíblicas. No momento,estão inclusive arrecadando fundos para sua construção.

Fonte: GOSPEL PRIME

Crianças expostas à religião têm dificuldade de saber o que é real

Não só crianças, mas a grande maioria dos adultos fundamentalistas também, à exceção dos pregadores, é claro, que possuem perfeito discernimento sobre as falsidades que pregam.

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Crianças religiosas confundem o 
real com o fantástico, diz estudo


Crianças mais expostas aos ensinamentos religiosos têm maior grau de dificuldade de distinguir entre ficção e realidade, sugere estudo publicado na edição de julho de 2014 da revista científica Cognitive Science.

O estudo foi feito com 66 crianças de cinco e seis anos de escolas públicas e paroquiais. Elas foram submetidas a histórias religiosas, fantásticas e reais. 

As crianças que frequentavam igreja ou escola paroquial foram menos capazes de associar, por exemplo, animais falantes à ficção. Elas tendiam a relacionar personagens de histórias fantásticas à realidade.

Já as crianças seculares identificaram com maior frequência histórias bíblicas — a Arca de Noé, por exemplo — como ficcionais.

Os autores do estudo são Kathleen H. Corriveau, Eva E. Chen e Paul L. Harris. Eles concluíram que não há respaldo para a hipótese de que as crianças já nascem com uma predisposição para fé. 

Para o biólogo evolucionista e ateu militante Richard Dawkins, o correto não é afirmar que crianças têm religião, mas, sim, que elas são filhos de pais que seguem uma crença. Assim, no entender dele, não existe, por exemplo, crianças católicas, mas filhos de católicos.

Ele defende que os pais não imponha nenhuma religião aos filhos, os quais, acrescenta, poderão decidir por qual crença optar ou não escolher nenhuma quando tiverem maturidade suficiente para tanto.

Com informação da Cognitive Science e outras fontes.


Leia mais em http://www.paulopes.com.br

“Os defensores do Estado de Direito estão perdendo a batalha no Brasil”


A maioria dos crimes policiais termina impune, favorecidos por um ambiente institucial que é permissivo com a prática da tortura


A.

Imagem do vídeo dos cabos da PM acusados de executar menores no Rio.

Em 16 de março deste ano, uma operação da Polícia Militar na favela da Congonha, na zona norte do Rio de Janeiro, acabou com a vida de Cláudia Silva Ferreira. A mulher, uma doméstica de 38 anos e mãe de quatro filhos, deparou-se com um grupo de policiais em plena perseguição a suspeitos e, aparentemente por erro, dispararam contra ela ferindo-a gravemente. Depois a colocaram dentro do porta-malas de uma viatura com a intenção de prestar socorro no hospital mais próximo.

Um vídeo gravado naquele dia mostra a grotesca realidade dos procedimentos empregados pelos policiais. A caminho do pronto-socorro, o porta-malas abriu de repente e o corpo de Cláudia, preso pela roupa, caiu no asfalto. Por 350 metros, a mulher foi arrastada a uma velocidade considerável, até que alguns motoristas alertaram os policiais de que estavam dirigindo com um corpo suspenso no para-choque traseiro. As imagens comoveram o Brasil. Foi declarada a prisão preventiva dos seis agentes envolvidos no ocorrido.


Pouco depois os legistas concluíram que Cláudia morreu devido aos disparos recebidos e não ao ser arrastada. O então Governador do Rio, Sergio Cabral, disse que a atitude dos policiais foi "desumana" e que deveriam ser julgados e expulsos da instituição. Cinco meses depois, nada disso aconteceu. Cláudia continua morta e seus filhos órfãos, mas os seis acusados, à espera de julgamento, saíram da prisão e voltaram a vestir o uniforme da PM. Segundo os investigadores da Polícia Civil, um dos policiais, o subtenente Adir Machado, tem anotados em sua ficha 13 homicídios provocados por intervenções como a que tirou a vida de Cláudia.

Mais sangrento foi o processo que julgou o assassinato da juíza Patrícia Acioli. Na noite de 11 de agosto de 2011, a magistrada foi literalmente crivada de balas por dois encapuzados na porta de sua casa em Niterói. A juíza, que tinha 47 anos na época de sua morte e era mãe de três filhos, há três anos estava cutucando o esquema de corrupção da Polícia Militar, um lugar onde poucos juízes brasileiros se atreveram a entrar; Acioli transformou-se no flagelo do submundo policial que naquela época impunha sua sinistra lei no município de Niterói e arredores.

As investigações do assassinato levaram rapidamente à prisão de onze policiais, que foram severamente julgados por um crime que, uma vez mais, revelou o problema da barbárie policial no Rio de Janeiro. O então comandante da PM no Estado do Rio teve que abandonar o cargo. Mas a história não acaba aí. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, todos os condenados, recorrendo a uma sequência interminável de recursos judiciais, ainda não foram expulsos da PM e continuam recebendo salário. O tenente-coronel Cláudio Oliveira, considerado pelo tribunal o mentor do assassinato de Acioli, continuará recebendo mensalmente 26.295 reais, até que sua condenação seja comunicada oficialmente pelo comando da PM.

Mais recentemente, em 11 de junho, dois agentes da PM carioca, os cabos Fábio Magalhães e Vinícius Lima, colocaram em sua viatura três adolescentes e os levaram até uma área cheia de bosques na colina de Sumaré. Em uma das impactantes imagens registradas pela câmara interna do veículo, um dos policiais disse a seu companheiro: "Vamos descarregar a arma". E foi exatamente o que fizeram com dois dos três rapazes. Mateus Alves dos Santos, de 14 anos, perdeu a vida e outro jovem de 15 anos, que recebeu dois disparos, sobreviveu à execução porque teve o reflexo de fingir sua própria morte. O terceiro fugiu. Uma vez perpetrada a barbárie, o cabo Lima voltou ao veículo e comentou ao comparsa, visivelmente satisfeito: "Dois menos. Se fizermos isso todas as semanas podemos alcançar a meta". Ambos os agentes estão presos e aguardando julgamento. As autoridades também encheram a boca falando da expulsão imediata dos agentes da polícia, o que até o momento não ocorreu. No entanto, o carro onde foram registradas todas as imagens que incriminam os policiais foi repentinamente transferido a uma oficina onde várias peças foram retiradas. A promotora que investiga o caso, Carmen Eliza Bastos de Carvalho, pediu explicações imediatas à polícia já que, segundo ela, a manipulação do veículo dificulta o esclarecimento de todos os fatos. A polícia, por sua vez, nega.

Os três casos anteriores são exemplos da impunidade ou os dois pesos e duas medidas com que frequentemente os crimes cometidos pelos policiais do Estado do Rio são tratados. O último relatório da Human Rights Watch que denuncia a prática de tortura no Brasil por parte dos policiais e agentes penitenciários dedica uma seção ao espinhoso assunto da impunidade, destacada por muitos especialistas como uma das razões pelas quais a corrupção e o crime estão tão arraigados na polícia.

"A Human Rights Watch examinou dados oficiais que sugerem que a impunidade é a norma nos casos de graves abusos cometidos por policiais e agentes penitenciários. A justiça militar conduziu pelo menos 4.000 investigações sobre supostos casos de lesões corporais entre janeiro de 2011 e julho de 2013 e apenas 53 agentes foram condenados neste período", destaca o texto. "Por mais medidas que o Estado brasileiro tenha tomado, ainda permanece um ambiente institucional que favorece a prática da tortura, principalmente pela impunidade", afirma a diretora da Human Rights Watch no Brasil, Maria Laura Canineu. A ONG propôs ao Congresso brasileiro que aprove o quanto antes um projeto de lei que obrigue a polícia a apresentar os presos em flagrante diante de um juiz num prazo máximo de 24 horas, depois de sua detenção. Segundo a HRW, este procedimento evitaria a prática de torturas para a obtenção de confissões ou o desaparecimento de provas essenciais.

Segundo o cientista político João Trajano, coordenador do Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro(UERJ), "as autoridades policiais se sentem autorizadas a atuar de determinada forma quando realizam batidas nas favelas ou quando interrogam um jovem negro e pobre no meio da rua. Nossa sociedade demonstrou que sua capacidade para indignar-se e reagir diante desse tipo de situação é muito limitada. Os defensores dos direitos humanos e do Estado de Direito estão perdendo a batalha".

Fonte: http://brasil.elpais.com/