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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O general americano que queria derrubar Fidel a qualquer preço




"Heroi de guerra", "hábil diplomata", "mestre em planejamento". Estes foram alguns dos elogios feitos pelo jornal New York Times em 1988 no obituário que dedicou ao general de quatro estrelas Lyman Lemnitzer, morto aos 89 anos.

Paulo Nogueira (Diário do Centro do Mundo)

Mas há um outro lado de Lemnitizer bem menos admirável. Lemnitzer foi chefe do Estado Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, o posto mais poderoso da hierarquia militar americana. Ele estava neste cargo quando Kennedy assumiu a presidência, em 1961. 

Lemnitizer desprezava Kennedy. Achava-o um fraco, uma presa fácil para os soviéticos na Guerra Fria. Ele o comparava a Neville Chamberlain, o premiê britânico que fracassou ao lidar com Hitler e acabou trocado por Churchill.

Lemnitizer temia que o comunismo triunfasse nos Estados Unidos. Para ele, programas sociais advogados por Kennedy eram passos perigosos rumo à socialização da economia. (É mais ou menos o que pensa Mitt Romney.)

Cuba, sob a órbita soviética, era uma ameaça enorme para o general. Então ele planejou uma ação que só se tornaria conhecida 40 anos depois, quando documentos secretos foram liberados.

Era a Operação Northwoods. Declarar guerra a Cuba era complicado interna e externamente. A invasão da Hungria pelos soviéticos, em 1956, estava fresca na memória do mundo. "Não podemos fazer de Cuba a nossa Hungria", afirmava Kennedy.

Lemnitzer tinha uma saída. Com seus homens do Estado Maior, ele planejou um golpe perfeito. Os Estados Unidos realizariam uma série de atentados terroristas e os atribuiriam ao regime de Fidel Castro.

A base militar americana de Guantánamo seria atacada. Cubanos anticomunistas seriam mortos nos Estados Unidos. Um avião seria sequestrado e derrubado. Americanos morreriam, e assim estariam criadas as condições para uma guerra contra Cuba.

A opinião pública dos Estados Unidos clamaria por retaliação. E ficaria claro para o mundo que não se tratava de uma repetição da tragédia da Hungria.

Tudo isso é tema de um fascinante livro chamado "Body of Secrets", Corpo de Segredos, do jornalista americano James Bamford. Foi Bamford quem descobriu os documentos nos arquivos dos serviços de inteligência americanos.

Não se sabe se o plano do general chegou até Kennedy. O que é certo é que ele foi passado para o secretário da defesa de Kennedy. O projeto foi, enfim, recusado. Ainda na gestão de Kennedy Lemnitzer foi afastado de sua posição. Pouco depois, ele assumiria o comando militar da Otan na Europa.

A descoberta do plano, quatro décadas depois de ser abortado, acabaria atiçando a imaginação dos adeptos da teoria conspiratória segundo a qual o 11 de Setembro foi tramado pelos próprios Estados Unidos.

Pessoalmente, entendo ser uma tolice essa teoria. Mas Lemnitizer, o "heroi de guerra" saudado pelo NY Times, acabaria passando para a história como um símbolo do jeito americano de ver o mundo e cuidar de seus interesses.

Hacker russo ameaça roubar 30 bancos dos EUA




Um hacker russo conhecido pela alcunha de "vorVzakone" ("ladrão de lei" em russo) revelou na Intenet estar planejando um ataque em larga escala ao sistema bancário dos EUA. O FBI ainda não tomou interesse no assunto, mas a imprensa dos EUA comunicou os planos do "gangster russo".

Segundo The Washington Times o hacker chamou a operação de "Projeto Blitzkrieg" que envolverá uma centena de hackers seleccionados por ele mesmo através de um concurso entre os candidatos. Jornalistas americanos acham que se trata das intenções do governo russo e estão muito impressionados com o jeito do hacker falar da sua vida luxuosa em um vídeo publicado na Internet. Nele vorVzakone confessa que já roubou cerca de 5 milhões de dólares das contas bancárias através da Internet. "O vídeo mostra a audácia e a insolência dos criminosos cibernéticos que vivem no exterior e capazes de fraudar clientes de bancos e corporações", lamenta o jornal.

O FBI não comentou de imediato a notícia alarmante da Rússia e é possível, que o departamento não tenha preocupações. Atualmente, o FBI está investigando cerca de 230 casos de fraude eletrônica contra bancos americanos que roubaram mais de US $ 255 milhões por ano, disse o porta-voz do FBI Jenny Shearer. Estima que hackers podem ganhar até US $ 150.000 por mês, sem qualquer risco de prisão.

De acordo com vorVzakone há uma organização na Rússia que ajuda os ciber-criminosos evitar a punição e por isso é que não esconde o seu rosto. Ele assegura que os clientes de bancos dos EUA que "estão em outro país e fazem tudo com cuidado" não devem ter medo de serem roubados. Mas os especialistas russos acham que aparência e maneiras do vorVzakone gera dúvidas sobre o seu gênio computador. Particularmente, parece mais com "o irmãozinho da década de 90", comenta Newsru. com. "A maneira dele de falar e o comportamento dá uma imagem de um narcotraficante de rua e não de um especialista em fraudes on-line," — disse um deles ao jornal.

Em outubro o "Projeto Blitzkrieg" foi diagnosticado pelos especialistas da empresa RSA, líder em questões de segurança. "Vemos pela primeira vez um gangue cibernético dirigindo para as pessoas" — disse Ahuva Mor, um especialista em crimes cibernéticos da RSA. "Portanto, este é um caso especial." Mas há uma versão mais exótica do seu comportamento estranho. Alguns acreditam que " Projeto Blitzkrieg " foi inventado pelos serviços de segurança para interceptar e prender numa vez um forte conjunto de hackers, acredita SoftPedia.

Em todo o mundo os bancos gastam cerca de um bilhão de dólares por ano para melhorar a segurança eletrônica, enquanto os governos gastam mais 400 milhões para encontrar e punir os criminosos. Os investimentos estão dando os resultados e as medidas de segurança estão se tornando mais eficientes. Segundo as estatísticas, apenas 0,1 por cento dos clientes bancários são vítimas de fraude eletrônica.

Lyuba Lulko

Pravda.Ru

Sanduíche com presunto e queijo provoca doenças graves





© Flickr.com/ daveoratox/cc-by-sa 3.0


Apenas um sanduíche com ovo, presunto e queijo, comido ao pequeno-almoço, pode provocar doenças graves, afirmam cientistas canadenses.

Estudando a influência de sanduíches ricos em gordura na saúde de voluntários, os cientistas descobriram que comer estes produtos ao pequeno-almoço complica a atividade de vasos sanguíneos até ao almoço. Para além disso, comer sanduíches de alto teor calórico diariamente pode provocar aterosclerose.

Este estudo lembra-nos que nossos hábitos alimentares são a base da prevenção de doenças cardiovasculares.

Fone: VOZ DA RUSSIA

RINOCERONTE VIRA VÍTIMA DA SUPERSTIÇÃO DOS BROCHAS - PÓ DO SEU CORNO VALE MAIS QUE OURO



Crónica negra



Afrodisíaco sangriento

Por: Javier Valenzuela 



A comienzos de octubre, Deon Meyer estuvo en Madrid presentando Safari sangriento, su última novela traducida al castellano. Los amigos de RBA, su editorial en España, me propusieron que conversara públicamente con el escritor sudafricano en La Central de Callao. Acepté encantado. Amén de un estupendo novelista policiaco, Meyer es un tipo cordial y dice cosas muy interesantes sobre un montón de temas; por ejemplo, sobre la relación entre el auge actual del thriller y la decadencia del periodismo de investigación. El género negro, convenimos, está contando hoy en clave de ficción aquello que los diarios ya no cuentan tanto para no gastar demasiado en pesquisas periodísticas como para no molestar a los poderosos.

 

Hablando de esto y aquello, Meyer informó en La Central de que los elefantes no son, ni mucho menos, la especie animal más amenazada de extinción en Sudáfrica y países vecinos. Son los rinocerontes los que, al ritmo actual de matanzas, pueden desaparecer por completo de África meridional en cuestión de pocos años. La causa es que los asiáticos creen en las virtudes afrodisíacas del polvo que se extrae de sus cuernos, y como los asiáticos ahora tienen pasta, ha florecido un turbio negocio de exterminio de rinocerontes africanos para suministrar la demanda de países del Lejano Oriente.

La web en inglés de la cadena Al Yazira (aljazeera.com) acaba de publicar un reportaje estremecedor sobre este asunto. Arranca con el testimonio de Elise Daffue, una activista medioambiental, que nos traslada a la horripilante escena de un joven rinoceronte agonizando en un rincón de la selva después de que cazadores furtivos le hayan disparado a la cabeza y, aún en vida, le hayan serrado los cuernos.

 

El animal, según determinó Louis Greeff, el veterinario del equipo de rescate que dirigía Daffue, llevaba así una semana. Todos los intentos por ayudarle resultaron vanos, así que el mismo veterinario tomó su fusil y le disparó un piadoso tiro de gracia. Ocurrió el pasado febrero en el parque nacional Borakalalo, en el noroeste de Sudáfrica.

En lo que llevamos de año han sido descubiertos en parques de Sudáfrica 455 rinocerontes malheridos o muertos para arrancarles los cuernos, una cifra que ya supera los 448 del año pasado, que a su vez superaba la del anterior. El hermoso parque Kruger es escenario habitual de estas cacerías furtivas.

El polvo del cuerno de rinoceronte cuesta más que el oro en Asia, donde se le atribuyen imaginarias cualidades afrodisiacas y farmacéuticas, incluyendo la cura el cáncer. Una demanda creciente como consecuencia de la emergencia de las clases medias asiáticas ha situado su precio en 65.000 dólares el kilo.

Esta mezcla de superstición y dinero ha generado toda una industria criminal: mafias asiáticas, en particular vietnamitas, compran el producto a cazadores furtivos, que, a su vez, corrompen a los funcionarios encargados de la custodia de los parque sudafricanos para que hagan la vista gorda.

Emerge en Sudáfrica un movimiento ciudadano para combatir esta barbarie. Elise Daffue confiesa enaljazeera.com que, al principio, miraba con cierta comprensión a los cazadores de rinocerontes pensando que podía ser gente pobre de las tribus de la zona. Ahora ha llegado a la conclusión que de eso nada de nada. Estamos, dice, ante auténticos sindicatos del crimen organizado.

Una de las historias entrelazadas de Trackers, la última novela de Deon Meyer, aún no traducida al castellano, versa sobre el rescate de dos rinocerontes amenazados.

Fonte: EL PAIS

Pesticidas podem levar abelhas a fracassar na polinização





MEIO AMBIENTE

Produtos químicos utilizados na agricultura estão reduzindo o número de abelhas e levando ao colapso de colônias vitais para a polinização. As Nações Unidas afirmam que isso pode afetar a produção de alimentos.

Um estudo realizado pela Universidade de Londres mostrou que pesticidas utilizados na agricultura estão matando também abelhas operárias e prejudicando a capacidade natural delas de recolher alimentos, ou seja, colônias de abelhas vitais para a polinização das plantas ficam mais propensas a falhar na presença dos pesticidas.

As Nações Unidas estimam que um terço de todos os alimentos de origem vegetal consumidos no mundo dependem da polinização de abelhas. Por isso, os cientistas estão preocupados com a redução do números de colônias nos últimos anos, principalmente na América do Norte e na Europa.

Um relatório, divulgado em 2011, estima que o trabalho das abelhas e de outros polinizadores, como borboletas, besouros e pássaros, vale 153 bilhões de euros por ano para a economia. Porém, esse trabalho está em declínio em muitas nações.

A pesquisa

Ao longo de quatro semanas, cientistas da Royal Holloway (uma das escolas que formam a Universidade de Londres) liderados por Richard Gill, expuseram 40 colônias de abelhas a produtos químicos, como neonicotinoides e piretroides, muito utilizados ​​para proteger plantações contra gafanhotos, pulgões e outras pragas.

"A exposição crônica aos pesticidas prejudica o comportamento natural e aumenta a mortalidade das operárias, levando a reduções significativas no desenvolvimento das larvas e no sucesso da colônia na polinização", escreveram os cientistas no relatório do estudo para a revista Nature.

Os resultados mostram a importância dos testes para garantir que os pesticidas não tenham as abelhas como alvo.

Gill reforçou, às autoridades europeias para a segurança dos alimentos, a recomendação de que fossem feitos mais testes em abelhas adultas e larvas, para avaliar a exposição cumulativa aos pesticidas e também analisar as reações em diferentes espécies de abelhas.

Ele afirmou que estudos anteriores examinaram o impacto de pesticidas em abelhas individuais, em vez de colônias. "Os efeitos individuais podem ter repercussão nas colônias. Essa é a novidade do estudo", disse Gill.

Preocupados com a questão, as autoridades da França proibiram, em junho, um pesticida feito pela Syngenta, uma empresa suíça de agroquímicos.

Num comentário a parte na revista Nature, Juliet Osborne, da Universidade de Exeter, na Inglaterra, disse que o estudo ressaltou a necessidade de compreender todos os fatores que podem contribuir para prejudicar as abelhas e causar o "colapso da colônia".

"Por exemplo, não temos até agora demonstrações convincentes dos efeitos de pesticidas sobre as colônias de abelhas em comparação com os efeitos de parasitas, patógenos e outros recursos", escreveu Osborne.

AFN/rtr/afp
Revisão: Francis França


Fonte: DEUTSCHE WELLE

Banana será fonte alimentar chave em mundo “aquecido”, diz relatório





Carregadores de banana em Uganda (BBC)

Fruta seria opção em países atingidos por climas extremos

Um relatório recém-divulgado afirma que as mudanças climáticas poderão fazer das bananas uma fonte alimentar crucial para milhões de pessoas.

A conclusão é parte de um relatório elaborado pelo Grupo Consultor de Pesquisas Agrícolas Internacionais (CGIAR, na sigla em inglês), uma entidade que reúne pesquisadores de todo o mundo e que visa reduzir a pobreza rural, aumentar a segurança alimentar e melhorar a saúde e a nutrição humana, fazendo uso de um gerenciamento sustentável de recursos naturais.

De acordo com o CGIAR, a fruta poderá vir a substituir a batata em alguns países em desenvolvimento.
Atendendo a um pedido do Comitê da ONU para Segurança Alimentar, especialistas analisaram os efeitos de mudanças climáticas em 22 das mais importantes commodities agrícolas mundiais.

Eles preveem uma queda na produção de batata, arroz e trigo – três dos produtos agrícolas que mais oferecem fontes de calorias.

Eles afirmam que o cultivo de batata, que cresce melhor em climas temperados, poderá sofrer com aumentos de temperatura e mudanças climáticas.

Os autores afirmam no relatório que estas mudanças poderão oferecer ”uma oportunidade para o cultivo de certas variedades de bananas” em regiões de altitude mais elevada, até mesmo nos locais em que atualmente batatas são cultivadas.

Opção

- Não é necessariamente uma fórmula mágica, mas haverá regiões em que, à medida em que as temperaturas forem aumentando, as bananas poderão ser um opção para os pequenos agricultores – disse, em entrevista à BBC, Philip Thornton, um dos autores envolvidos no estudo.

O documento afirma que o trigo fornece a mais importante proteína e fonte de caloria derivada de um vegetal. Mas acrescentou que o cereal enfrentará dificuldades no mundo emergente, onde preços de algodão, mandioca e soja jogaram o trigo para terras agrícolas mais pobres, o que pode fazer com que o produto esteja mais vulnerável a problemas ligados às mudanças climáticas.

Um possível substituto, especialmente no sul da Ásia, poderia ser a mandioca, que é mais resistente a climas mais intensos.

Mas quão fácil será fazer com que consumidores se adaptem a novos alimentos e novas dietas?

Bruce Campbell, o diretor do Programa de Mudanças Climáticas, Agricultura e Segurança Alimentar (CCAFS, na sigla em inglês) disse à BBC que as mudanças que estão ocorrendo agora já se deram também no passado.

- Há duas décadas não havia quase qualquer consumo de arroz em certas partes da África, agora existe. Os hábitos das pessoas mudaram devido ao preço. É mais fácil adquirir arroz, é mais fácil de cozinhar. Eu creio que mudanças acontecem normalmente e elas acontecerão no futuro – disse.

Uma das principais preocupações dos pesquisadores é como obter fontes de proteínas que compõem a dieta alimentar. Soja é uma das principais fontes de proteína, mas ela é suscetível às mudanças climáticas.

Cientistas afirmam que o feijão fradinho, conhecido na África subsaariana como ”carne de pobre” é resistente a secas e se adapta melhor a climas quentes e, portanto, poderia ser uma boa alternativa à soja. Folhas de feijão também podem ser usadas como alimento para gado.

Em alguns países, como a Nigéria e o Níger, fazendeiros já estão trocando a produção de algodão pela de feijão fradinho.

De acordo com o estudo, é provável que também se deem nos próximos anos avanços na produção de fontes de proteína animal, como uma transição para uma pecuária extensiva para a intensiva.

- Isso é um exemplo de algo que já está acontecendo. Houve uma grande transição de criação de gado bovino para a criação de cabras no sul da África, algo que ocorreu em decorrência das secas. Quando fazendeiros percebem que há problemas em suas produções, eles realmente se dispõem a mudar. A mudança é realmente possível, não é apenas uma ideia louca – disse Campbell.

Para os pinguços - Cirurgião plástico cria adesivo que promete curar a ressaca



Inglaterra - Com a proximidade das festas de fim de ano, um adesivo que cura a ressaca promete ser a salvação para aqueles que gostam de exagerar no álcool. Semelhante ao de nicotina, o adesivo faz com que a pessoa recupere as energias em poucos instantes.

Usuário deve colar o adesivo antes de começar a beber | Foto: Reprodução Internet

Criador do produto, o cirurgião plástico americano Dr. Leonard Grossman afirma que sua invenção funciona como um gotejamento intravenoso. Os usuários são instruídos a colar o adesivo - que contém açaí e vitaminas do complexo B - em seus braços por 45 minutos antes de cair na "bebedeira". O usuário tem que deixar o adesivo colado no braço até o dia seguinte, ou por cerca de oito horas, após ingerir bebida alcoólica.

Embora não tenha sido aprovado pela comunidade médica, o adesivo está à venda no Reino Unido por 12,99 euros (cerca de R$ 34,27), a embalagem com cinco unidades. O lançamento nos Estados Unidos aconteceu no fim do ano passado.

Os consumidores dos EUA e do Reino Unido aprovaram o produto. "Depois de beber nove ou 10 Martinis, eu continuo respondendo por mim. Ele funciona muito bem", disse um usuário.

No Reino Unido, o produto está sendo comercializado pela Firebox. "A razão para o sucesso do adesivo é que ele corta a ressaca antes dela começar", disse um porta-voz da empresa. "Facil de aplicar, composto por uma mistura de vitaminas, nutrientes e antioxidantes que são absorvidos, enquanto o organismo absorve álcool, o que significa um tempo de recuperação mais rápido", disse o porta-voz.
Adesivo é vendido nos Estados Unidos e no Reino Unido | Foto: Reprodução Internet

O inventor americano, Dr. leonard Grossman, adverte: "O adesivo não vai impedir que você fique bêbado e definitivamente não vai impedir o comportamento vergonhoso e lamentável, mas evita a ressaca do dia seguinte". Os adesivos ainda não são comercializados no Brasil. As informações são do Sun.

Fonte: O DIA

Revoltados com reajuste, juízes boicotam evento da categoria


Luiz Orlando Carneiro


As associações dos juízes trabalhistas (Anamatra) e federais (Ajufe) confirmaram que não vão participar da Semana de Conciliação, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça, de 7 a 14 deste próximo mês de novembro.

Trata-se de um protesto contra a proposta de reajuste de seus vencimentos em apenas 15,8%, mesmo assim em parcelas, durante os próximos três anos, incluída no orçamento pelo Governo Federal. Os magistrados alegam que a Constituição foi descumprida, em face do dever de recomposição do valor dos subsídios, que já estão depreciados em 30%.

Balanço positivo

No ano passado, a 6ª Semana Nacional de Conciliação superou a marca de R$1 bilhão em valores de acordos homologados, e contou com a participação de 53 tribunais – estaduais, federais e trabalhistas. Foram realizadas mais de 340 mil audiências e efetuados mais de 164 mil acordos. A maioria dos acordos foi na área trabalhista.

Apesar do boicote

O presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal, ministro Ayres Britto, já foi informado pelos presidentes da Anamatra e da Ajufe da decisão dos juízes. Mas o CNJ – de acordo com o porta-voz da presidência do Conselho - mantém a semana, e acredita que os magistrados ligados à “turma da conciliação” não vão aderir ao boicote. O conselheiro José Roberto Neves Amorim, coordenador do comitê gestor do Movimento Conciliar é Legal, ressalta que a 7ª Semana Nacional é mais “um estímulo para que o Judiciário torne a conciliação uma prática durante todo o ano, aproximando-se das pessoas".

CPMI do Cachoeira ganha apenas 48 dias; políticos falam em "pizza"


Decisão beneficia Sérgio Cabral, que não terá sua relação com a Delta investigada

Tal como o Jornal do Brasil anunciara, a volta do Congresso depois das eleições provocou uma queda de braço em torno da prorrogação dos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) do Cachoeira.

O primeiro round parece ter sido ganho pelo grupo governista, tendo à frente o relator da Comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG)

Mais ágil, ele protocolou na manhã desta quarta-feira (31) um requerimento com as assinaturas necessária para prorrogar por apenas 48 dias os trabalhos da comissão. O pedido foi oficialmente apresentado à mesa do Congresso Nacional e basta ser lido em Plenário à tarde para que o prazo seja automaticamente estendido.

O pedido colide com os interesses do chamado grupo independente da CPMI que abriga deputados e senadores de diversos partidos, inclusive o carioca Miro Teixeira e o mato-grossense Pedro Taques, ambos do PDT, partido da base do governo. Eles defendem a prorrogação por um tempo maior – 180 dias – de forma a aprofundarem as investigações, notadamente em torno do envolvimento da Delta Construções com políticos e governos estaduais. Um dos alvos seria o governador do Rio, Sérgio Cabral.

Com a prorrogação por apenas 48 dias, como informa a Agência Senado, os trabalhos vão até 22 de dezembro, quando termina a sessão legislativa de 2012. Desta forma, haverá tempo basicamente para preparar e discutir o relatório final.

Molho de pizza

A decisão provocou a revolta dos que defendem 180 dias de prorrogação. Os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Álvaro Dias (PSDB-PR) já estão desistindo de buscar assinaturas pela prorrogação maior. Para Rodrigues, foi o “molho da pizza” servida pela comissão de inquérito. Dias, por sua vez, lamentou a chance perdida pelo Congresso de recuperar a “credibilidade” da instituição.

- Os parlamentares se transformaram em verdadeiros pizzaiolos. Hoje foi decretado o sepultamento da CPI, com este enterro medíocre. Não temos mais esperança. O governo passou o rolo para valer, tem maioria esmagadora e a prorrogação de 48 dias significa o fim da CPI agora, pois não há tempo de receber mais informações nem disposição para mais quebras de sigilo. Isso confirma que o propósito desta CPI desde o início foi atacar o PSDB e não investigar este monumental escândalo de corrupção – afirmou o parlamentar tucano.

O senador Taques também não concordou com a prorrogação de 48 dias e afirmou que a comissão está “jogando o lixo para baixo do tapete”. O parlamentar é um dos que defendem novas quebras de sigilos bancários, fiscais e telefônicos de dezenas de empresas que teriam recebidos recursos públicos supostamente desviados pela empreiteira Delta.

Defesa dos trabalhos

O deputado Odair Cunha rebateu as críticas. Para ele, haveria enterro da CPI se o relatório não fosse finalizado.

- Nós estamos fazendo uma investigação aprofundada no prazo que o Congresso Nacional nos deu, que foi de seis meses. Essa prorrogação de 48 dias é necessária para uma discussão transparente de todos os pontos do relatório – disse o relator.

Para o deputado, a CPI conseguiu desmontar uma organização criminosa infiltrada no aparelho estatal, corrompendo parlamentares e agentes do Executivo. Na opinião dele, outras linhas de investigação abertas pela comissão devem ser investigadas por outros órgãos.

- Um processo de investigação sempre leva a outro. A operação Monte Carlo [responsável pela prisão de Cachoeira em 29 de fevereiro], por exemplo, levou a oito novas linhas investigatórias. Com certeza, nosso relatório vai produzir novas frentes, que poderão até mesmo resultar na criação de novas CPIs. Todas as movimentações suspeitas da Delta constarão no relatório – argumentou.

Cabral gera bate-boca

A reunião desta quarta-feira (31) foi marcada por discussões entre os integrantes da comissão. Uma possível convocação do governador Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro, terminou em bate-boca entre dois deputados. Leonardo Picciani (PMDB-RJ) e Rubens Bueno (PPS-PR) discutiram rispidamente sobre a questão. Rubens Bueno reclamou que a Delta foi blindada por tudo e por todos, assim como Sérgio Cabral.

- Estamos há 60 dias sem tomar nenhuma decisão ou atitude. O principal suspeito desta CPI é o Cabral. O que ele tem a esconder? – indagou.

Ao defender o chefe do Executivo fluminense, Picciani chamou Bueno de leviano.

- Cabral não foi convocado porque o nome dele não foi citado sequer uma vez nas milhares de gravações. Relação com o dono da Delta era no plano pessoal e o governador jamais a escondeu.

Requerimento

A pedido do relator e com a concordância de 17 integrantes, os 533 requerimentos constantes em pauta não foram avaliados pela comissão, que volta a se reunir na próxima semana, com data a ser definida pelo presidente, Vital do Rêgo (PMDB-PB).

Com informações da Agência Senado, via JORNAL DO BRASIL

O sucesso do judeu: teoria genética é um detalhe; educação é tudo.





Postado por Noel Carlos de Souza 

O artigo do rabino chefe da Inglaterra logo abaixo, demonstra com muita clareza, a importância da continuidade judaica, e desta forma podemos superar e até questionar as teorias racistas, quando a progresso e sucesso, do nosso povo, considerando a religião e a educação também como cultura, dentro deste caldeirão cultural judaico....podemos encontrar mutias respostas quanto as interrogações, quando nos referimos ao brilhantismo e sucesso da continuidade judaica.

Colegas, é um valioso artigo. boa leitura,

shalom!!


por Rabino Chefe da Inglaterra, Professor Jonathan Sacks



"Se as estatísticas estão corretas, os judeus constituem apenas um por cento da raça humana. Isso sugere um nebuloso grãozinho de pó de estrela perdido na imensidão na Via Láctea. Adequadamente, jamais se ouviria falar do judeu; porém se fala, e sempre se ouviu falar dele. Ele é tão proeminente no planeta quanto qualquer outro povo, e sua importância comercial é bastante fora de proporção com a pequenez de seu grupo. Suas contribuições aos grandes nomes do mundo na literatura, ciência, arte, música, finança, medicina também estão fora de proporção com seu pequeno número. Tem feito uma luta maravilhosa no mundo, em todas as épocas; e o tem feito com as mãos atadas nas costas. Os egípcios, os babilônios, os persas surgiram, encheram o planeta com som e esplendor, depois evaporaram como num sonho e sumiram; os gregos e os romanos também, fizeram muito barulho, e agora estão acabados; outros povos brotaram e levantaram sua tocha bem alto por um tempo, mas ela se queimou, e agora estão na obscuridade, ou simplesmente desapareceram. O judeu viu a todos eles, venceu a todos, sem enfraquecer suas partes, sem esmorecer suas energias, sem embotar sua mente alerta. Todas as coisas são mortais, as outras forças passam, mas ele permanece. Qual o segredo de sua imortalidade?"

Assim escreveu Mark Twain em 1898. É um belo tributo, mas termina com uma pergunta, a pergunta certa. 

Qual é o segredo da continuidade judaica? 

Nenhuma resposta comum será suficiente, porque a história judaica tem sido totalmente extraordinária. Os judeus permaneceram uma nação distinta sem país, poder, território, ou cultura partilhada. Foram dispersos e quase sempre uma minoria. Na maior parte recusaram os esforços ativos para convertê-los, e resistiram à assimilação. Nenhum outro povo tem mantido sua identidade intacta por tanto tempo sob tais circunstâncias. Ora, como eles puderam fazê-lo?

Uma religião de Continuidade

Muitas teorias têm sido oferecidas, mas somente uma é convincente. O segredo da continuidade judaica é que nenhum outro povo devotou mais suas energias à continuidade. O ponto focal da vida judaica é a transmissão de um legado através das gerações. O Judaísmo se concentra um seus filhos. As primeiras palavras de Avraham a D’us foram: "Dá-me filhos, pois sem eles é como se eu estivesse morto." 

Ser judeu é ser um elo na cadeia de gerações. É ser um filho e depois um pai, receber um legado e passá-lo adiante. Moshê "recebeu a Torá no Sinai e passou-a adiante…" e assim devemos nós..
O Judaísmo é uma religião de continuidade.

Nós que crescemos com o Judaísmo estamos tão familiarizados com esta idéia que a aceitamos como evidente em si, mas não é. É excepcional, até mesmo única. A primeira ordem na Torá não é crer, mas ter filhos. Avraham é escolhido não por ser justo (somente Nôach é descrito como tal) mas porque "ele instruirá seus filhos e sua família depois dele." Na iminência do êxodo do Egito, Moshê não despende tempo falando ao povo judeu sobre a terra de leite e mel que os aguarda do outro lado do Jordão. Em vez disso, ele os instrui como deveriam ensinar as futuras gerações. 
Três vezes ele retorna ao tema: "E quando seus filhos perguntarem…" "Nos dias que virão, quando seus filhos perguntarem…" "Naquele dia vocês dirão aos seus filhos…" Não ainda libertados, eles estão para se tornar uma nação de educadores.

Desde o início, o Judaísmo baseou sua sobrevivência na educação. Não educação no sentido estreito e formal de aquisição de conhecimento, porém algo mais vasto. Na verdade, a palavra "educação" é inadequada para descrever a cultura de estudo e debate do Judaísmo, sua absorção em textos, comentários e contra-comentários, sua devoção à instrução e ao aprendizado a longo prazo. Descartes disse: "Penso, logo existo." Um judeu teria dito: "Aprendo, portanto existo." Se há um motivo condutor, um tema dominante conectando as várias eras do povo de Israel, é a entronização do estudo como valor judaico soberano.

Em um dos versículos mais famosos da Torá, Moshê ordena: "Ensinareis estas coisas diligentemente a vossos filhos, falando delas quando estiverem em casa ou quando viajarem, quando se deitarem e quando se levantarem." O primeiro Salmo descreve o ser humano feliz como aquele que "estuda Torá dia e noite". Num surpreendente comentário, os rabinos disseram: "Mais vale um erudito ilegítimo que um sumo sacerdote ignorante." 

A paixão principal, ardente, incandescente dos judeus foi o estudo. Suas cidadelas eram escolas. Seus líderes religiosos foram sábios; a palavra rabi não significa sacerdote ou homem sagrado, mas mestre. Mesmo quando estavam assolados pela pobreza, asseguraram que seus filhos fossem educados. 

Na França do século doze um erudito cristão declarou: "Um judeu, embora pobre, se tiver dez filhos coloca a todos no estudo, não para ganhar como fazem os cristãos, mas pela compreensão da lei de D’us – e não somente os filhos mas também as filhas."

No shtetl da Europa Oriental, o estudo conferia prestígio, status, autoridade, respeito. Os eruditos ocupavam os assentos nobres na parede leste da sinagoga. Em seu delicioso estudo sobre a cultura do shtetl, A Vida é com Pessoas, Zborowski e Herzog descrevem as prioridades da família judaica: "A mãe, que controla o orçamento da família, corta os custos da comida ao limite se necessário, para pagar pelos estudos dos filhos. Se o pior acontecer, ela empenhará suas queridas pérolas para pagar a mensalidade escolar. O menino deve estudar, tornar-se um bom judeu – para ela os dois são sinônimos."

O resultado foi que os judeus sabiam. Sabiam quem eram e por quê. Conheciam sua história. Conheciam suas tradições. Sabiam de onde vieram e onde tinham deixado o coração. Tinham um senso de identidade e orgulho. Conheciam Avraham, Moshê, Yeshayáhu, Hilel, Akiva, Rashi e Maimônides, pois tinham estudado suas palavras e debatido seu significado. A Torá foi o lar portátil do judeu, e ele conhecia sua paisagem, suas montanhas e vales, até melhor que a paisagem do lado de fora de suas janelas.

Jerusalém jazia em ruínas, mas eles estavam familiarizados com suas ruas pelo Talmud e pelos Profetas, e caminhavam na cidade dourada da mente.

Em nenhum outro lugar o estudo, a erudição e a cultura eram tão largamente difundidas, tão valorizadas como entre o povo do Livro. Paul Johnson descreve a vida judaica tradicional como uma "antiga e eficiente máquina social para a produção de intelectuais." Era uma aristocracia do espírito e da mente. Nem todo mundo – disse Maimônides – pode ser um cohen - sacerdote. Mas a coroa da Torá – a mais valiosa de todas as coroas – está disponível para todos.

A formação da identidade

A identidade é uma coisa delicada. É a realidade interiorizada, como nos vemos em relação ao mundo que nos cerca. Para a maioria das pessoas na maior parte do tempo, a identidade não é um problema. É fornecida pela cultura circundante e suas instituições. Para os judeus, no entanto, ela tem sido um problema na maior parte dos tempos e dos lugares no decorrer de nossa história. O motivo é simples. A identidade judaica não era fornecida pela cultura circundante, pois os judeus eram uma minoria num ambiente não-judeu. Geralmente as minorias desistem de sua luta desigual para manter sua identidade. Embora estejam baseadas em tradição, memória e hábito, gradualmente se assimilam à medida que a tradição enfraquece, a memória se embota e os hábitos são eclipsados por um ajustamento aos modos da maioria. Leva tempo – diversas gerações – para isso acontecer. Mas quase invariavelmente acontece.

Os judeus eram diferentes, pois viam sua identidade não como um acidente da história (quem eles aconteceram de ser) mas como uma vocação religiosa (quem eles foram chamados a ser). Desde o início não se contentaram com tradição, memória e hábito, a herança do passado. Eles recriaram o passado em cada geração sucessiva. Uma criança judia, em Pêssach, saboreia o pão ázimo e as ervas amargas da escravidão egípcia. Em Sucot ela se reúne aos seus ancestrais em seus tabernáculos enquanto eles viajam precariamente através do deserto. Em Tisha be’Av ela se senta com o autor de Lamentações e pranteia a destruição do Templo. Da maneira mais vívida, os judeus transmitiram suas memórias aos seus filhos.

Não somente suas memórias, mas também seu estilo de vida. Desde os dias de Moshê, os judeus têm vivido segundo as leis estabelecidas na Torá. Se isso se apoiasse apenas no hábito, teria aos poucos desaparecido quando os judeus foram exilados e dispersos. Mas os judeus jamais se contentaram com o hábito. Acreditavam não apenas em manter a lei mas também em estudá-la. O Judaísmo Rabínico é a única civilização no mundo na qual se espera que cada cidadão não apenas obedeça à lei, como também se torne um advogado, um estudante e expoente da lei. Os judeus eram – para usar os termos de David Reisman – não voltados para a tradição, mas indivíduos voltados para seu interior. Os "faças" e "não faças" da Torá não eram um código externo, mas uma disciplina interiorizada, parte da identidade em si. Foi assim que os judeus puderam transmitir seu estilo de vida aos seus filhos.

Nem mesmo isso teria sido suficiente se não fosse por algo mais. Talvez o legado mais precioso que os judeus deixaram aos filhos seja a esperança. Desde o início, Israel tem sido um povo notavelmente orientado para o futuro. A história de Avraham começa com a promessa de um país, mas ao final do Livro de Bereshit ela ainda não tinha sido cumprida. O Livro de Shemot começa com os judeus deixando o Egito e viajando rumo à terra de leite e mel, mas pelo final de Devarim eles ainda não tinham chegado. Em contraste com quase qualquer outra fé, a idade de ouro do Judaísmo não está no passado, mas no futuro, logo acima do horizonte. 

Como resultado, em todo momento de crise – o exílio da Babilônia, a destruição Romana, a expulsão da Espanha – profetas, sábios e místicos puderam resgatar um povo do desespero por meio de intimações messiânicas. Os judeus recordaram seu futuro tão ativamente como se lembravam do passado. Rezavam voltados para Jerusalém e a mencionavam constantemente porque sabiam que um dia a cidade seria reconstruída, e eles ou seus filhos voltariam. Diz-se que Napoleão, ao passar por uma sinagoga em Tisha be’Av de 1806 e escutar sons de lamentos, perguntou que tragédia tinha ocorrido. Foi informado: a destruição de Jerusalém há mil e setecentos anos. Ele replicou: uma pessoa que pode prantear uma cidade por tanto tempo, um dia a terá restaurada. Ele estava certo. A memória judaica, devido ao seu caráter peculiar, manteve viva a esperança dos judeus. Isso também levou os judeus a viverem para o futuro, o que significava para e por meio de seus filhos.

A Identidade Judaica na Diáspora

Não há nada inevitável sobre a identidade judaica na diáspora, e jamais houve. Em Israel as coisas são diferentes. Ali, alguém é judeu por viver num estado judaico, cercado por cultura e instituições judaicas. O idioma é o hebraico. O calendário é judaico. Os dias de descanso e celebrações são aqueles da Torá. "O ar de Israel" – dizem os sábios – "tornam a pessoa sábia" – porque o próprio ar de Israel está saturado com o passado judaico. Aqui estão as cidades nas quais Avraham, Yitschac e Yaacov armaram suas tendas. Há Jerusalém, a cidade de David. E ali adiante está a paisagem dos Salmos. Somente em Israel ser judeu significa estar imbuído na própria cultura do povo. Somente em Israel o Judaísmo é uma questão do que você pode ver, tocar e respirar.

Na diáspora, ser judeu sempre significou ir contra a corrente, ser contra-cultural. A forma mais natural de identidade é dizer: eu pertenço ao aqui-e-agora, ao povo que me cerca e à paisagem que posso ver toda manhã. Os judeus escolheram uma identidade mais complexa, e se não tivessem feito isso teriam desaparecido. Desde os dias de Yirmiyáhu, eles sabiam que sua responsabilidade como cidadãos era "buscar a paz da cidade à qual Eu os exilei, e rezar ao Eterno por ela, porque se ela prosperar, vocês também prosperarão." Assim, sempre que permitido, eles entraram na vida de Cairo e Córdoba, Vilna e Vitebsk e a enriqueceram. Mas isso era onde eles estavam, não quem eles eram. Quem eles eram foi o próprio oposto do aqui-e-agora.
Foi uma identidade de tirar o fôlego, abrangendo tempo e espaço, séculos e continentes. Os judeus foram definidos por uma rede de relacionamentos remontando ao passado bíblico e viajando até o futuro messiânico, unidos por um destino comum com judeus de todo o mundo.

A identidade judaica na diáspora foi e é uma questão da mente, não dos sentidos. É para nutrir. Vivemos através daquilo que aprendemos. Se não aprendermos o que é ser judeu, nada em nosso ambiente, exceto o anti-semitismo, nos dirá. E o anti-semitismo, embora possa nos lembrar que somos judeus, não fornece um motivo para querermos que nossos filhos o sejam. Os judeus sobreviveram, simplesmente, porque devotaram suas melhores energias à educação, seu dinheiro a escolas, sua admiração aos eruditos, suas horas livres ao estudo, e sua primeira preocupação com a matrícula de seus filhos. Sua identidade foi constantemente aprendida e reaprendida, encenada e reforçada, e passada adiante como um presente valioso para a próxima geração.
O segredo da continuidade judaica é que os judeus se importam com isso. Criaram a continuidade ao tornar a transmissão da tradição seu primeiro dever e maior alegria.

Testando a hipótese

A hipótese, portanto, é esta: que a continuidade judaica na diáspora depende da educação judaica. Isso, para nossos ancestrais, era um item da fé. A questão é: podemos submetê-la à avaliação crítica? O que constituiria testar a conjectura? Deixe-me sugerir dois critérios: o teste da história, e o teste da pesquisa mais recente disponível. Primeiro, a história.

O povo judeu sobreviveu. Porém em momentos importantes aquela sobrevivência estava em dúvida. A catástrofe se abateu e não havia uma rota óbvia para um futuro seguro. Os profetas tinham declarado que Israel seria um povo eterno. Mas houve vezes em que isso parecia desesperadamente improvável. Houve momentos em que parecia ser de outra forma. Estas conjunturas críticas merecem atenção. O que salvou o povo e a fé de Israel do que poderia ter sido o esquecimento? Considere estes três momentos.

A primeira vez foi no quinto século AEC. Vários séculos antes, o reino de Israel tinha sido destruído pelos Assírios. A população foi dispersada e rapidamente assimilou as culturas vizinhas. Dez das doze tribos desapareceram da história. Em 586 AEC, o reino de Yehudá também foi dominado, desta vez pelos Babilônios. O Templo foi destruído e a elite do povo aprisionada. Ali também eles poderiam ter se desintegrado como povo, não fosse a insistente mensagem dos profetas insistindo que a esperança não estava perdida.

Sob Ciro, Rei da Pérsia, um regime novo e mais benigno tomou forma e alguns dos exilados tiveram permissão de regressar. Por fim, sob a liderança de Nehemiah, o governador, e Ezra, o escriba sacerdotal, um renascimento judaico começou a surgir. Porém eles enfrentaram imensas dificuldades. Quando chegaram a Israel, os dois líderes encontraram um situação desoladora. 
Aqueles que tinham permanecido haviam perdido sua identidade. Tinham feito casamentos mistos. O Shabat era profanado publicamente. As leis religiosas caíram em desuso.

O Livro de Nehemiah descreve o evento que se provaria como a virada. As pessoas se reuniam em Jerusalém onde Ezra, sobre uma plataforma de madeira, lia a Torá para a multidão. Um grupo de levitas agia como instrutores para o povo, "lendo o Livro da Lei de D’us, deixando-o claro e dando um significado, para que as pessoas pudessem entender o que estava sendo lido." A População entrou num acordo para manter os termos da Torá. O pacto, que correra o perigo de ser esquecido, foi renovado. Uma nova era da História Judaica começou. A partir de então, pelos cinco séculos seguintes, embora houvesse crises nas quais significativas partes da população se tornaram aculturadas e o Judaísmo corria o perigo de se dissolver devido à helenização, sempre houve um grupo leal aos princípios judaicos que terminaram por prevalecer.

Ezra representou um novo tipo de personalidade judaica, que deveria moldar o caráter do povo judeu de lá para cá. Não um legislador ou um profeta, um rei ou juiz, nem sequer um político ou líder militar. Ezra era o protótipo do professor como herói. Sob sua influência, o antigo ideal de um Povo da Torá tornou-se institucionalizado. Leituras públicas e explicações dos textos sagrados foram mais divulgadas. Por volta do século II AEC, um sistema de escolas comunitárias tinha se desenvolvido. A educação universal, a primeira desse tipo no mundo, tinha começado.

Fica claro o que poderia ter acontecido. As duas tribos poderiam ter seguido o caminho das outras dez. Elas também foram conquistadas, exiladas e expostas ao perigo da assimilação num império maior. Mas não o fizeram. Permaneceram distintas, intactas, um povo singular. 
Como "o que poderia ter sido" foi evitado? 

A lição das dez tribos perdidas tinha sido aprendida. Se o povo judeu queria sobreviver, precisava criar um conjunto de instituições pelas quais seu caráter pudesse ser sustentado contra o atrito das outras culturas. Era procurar e encontrar as estruturas da continuidade. Os judeus descobriram uma verdade fundamental, que tem preservado sua característica única entre as civilizações religiosas. A melhor, na verdade a única, defesa de um povo religioso não é militar ou política, mas educacional.

Sobrevivendo à destruição

No primeiro século E.C. uma segunda crise ocorreu com força devastadora. Uma rebelião mal planejada contra Roma trouxe uma selvagem retaliação. As forças romanas, lideradas por Vespasiano atacaram os centros de resistência judaica. 

Em 70 EC, o filho de Vespasiano, Tito, levou a campanha ao auge com um cerco contra Jerusalém. A cidade foi capturada. O Segundo Templo foi destruído. Foi um momento fatídico, embora poucos daqueles que passaram por ele pudessem ter sabido por quanto tempo os judeus sofreriam suas conseqüências. Foi o início do mais longo exílio que Israel jamais conheceu. Somente no século vinte os judeus saberiam novamente o que era ser um povo soberano em seu próprio país.

A catástrofe, enfatizada sessenta e seis anos depois com a supressão da rebelião Bar Kochba, foi quase total. A base da vida judaica jazia em ruínas. O Templo, símbolo e centro da nação, se fora. Não haveria mais reis ou profetas, sacerdotes ou sacrifícios dentro de um futuro previsível. A perda do Primeiro Templo tinha sido seguida pela esperança. Havia profetas que prenunciaram retorno e reconstrução. Agora não havia mais estas visões, pelo menos nenhuma que encerrasse uma promessa imediata. A perda do Segundo Templo trouxe o perigo da desesperança.

A tradição judaica identificou corretamente um momento como símbolo da virada. O Talmud relata como o sábio Jonathan ben Zakkai enfrentou os judeus de sua época. Durante o cerco a Jerusalém, líderes dentro da cidade acreditavam que podiam prevalecer contra Roma. Jonathan sabia que estavam enganados e argumentou sem sucesso pela paz. Outros acreditavam que seriam salvos por intervenção Divina. O Mashiach estava para chegar. Novamente, Jonathan ensinou: "Se vocês têm uma muda de planta nas mãos, e as pessoas disserem: ‘Olhe, ali está o Mashiach!’ – continuem com o plantio e só depois saiam para recebê-lo." Jonathan era um realista religioso, numa era de perigosos sonhos militares e apocalípticos.

Jonathan, segundo o Talmud, foi contrabandeado para fora de Jerusalém e levado até Vespasiano.
Ele contou ao general que este logo atingiria a grandeza (em 69 EC, Vespasiano foi feito Imperador de Roma) e fez um pedido. "A única coisa que peço é Yavne, onde eu poderia ir e ensinar meus discípulos, estabelecendo ali uma casa de estudos e para cumprir todos os mandamentos." Jonathan baseava a sobrevivência judaica não na vitória militar ou na era messiânica, mas numa casa de estudos e num grupo de professores: Yavne e seus sábios.
Poucas decisões têm tido efeito mais duradouro. Durante 1700 anos os judeus se tornaram um povo mantido coeso por um único fio: o estudo dos textos sagrados do Judaísmo. No lugar do Templo vieram a sinagoga, a yeshivá e o beit midrash. No lugar dos sacrifícios vieram a prece, o estudo e a realização de boas ações. O manto da liderança passou dos reis, sacerdotes e profetas para o sábio, o mestre que "criou muitos discípulos". Exilada, dispersa e privada de poder, uma nação estraçalhada foi reconstruída por meio de um instrumento: a educação.

Estamos numa posição muito boa para testar a estratégia de Jonathan ben Zakkai, porque a dele não foi a única versão da vida judaica. Sabemos por Josephus e outras fontes que houve diversas tendências na vida judaica na Segunda Comunidade. Jonathan representou o grupo conhecido como os Fariseus, que deram origem a rabinos do Talmud. Houve um segundo grupo, mais poderoso, conhecido como os Saduceus, que em geral eram mais abastados e mais intimamente ligados ao Templo e ao sacerdócio. Josephus chama o terceiro grupo de os Essênios. Eles tiveram vidas quase monásticas em pequenas comunidades separatistas das quais a seita Quaram, conhecida por nós através dos Manuscritos do Mar Morto, pode ter sido uma delas.

Para os Saduceus, a dimensão central da vida judaica foi o Estado e suas instituições: o Sanhedrin e o Templo. Para os Essênios foi a Era Messiânica, pois aparentemente eles viveram numa expectativa iminente de um apocalipse que abalaria os alicerces do mundo. Para os Fariseus, como já vimos, foi a educação. A instituição chave era a escola. A figura de autoridade era o erudito. Sua base da identidade judaica era o estudo individual e a observância da Torá. Nem os Saduceus nem os Essênios sobreviveram. De sua memória, somente os traços mais fragmentados permanecem. Houve um tempo em que ambos os grupos floresceram e cada qual estava convencido de ter a chave para o futuro judaico. 

Porém a História decretou de outra forma. Mais uma vez, a educação provou ser a única rota para a continuidade.

Depois de Auschwitz

A terceira crise nos leva ao século vinte e àquilo que, em termos humanos, é a maior tragédia que já se abateu sobre o povo do Pacto: o Holocausto. No início do século 20, quatro de cada cinco judeus viviam na Europa. Ao final da Segunda Guerra, as vastas comunidades do Judaísmo europeu tinham sido destruídas. As grandes usinas do estudo rabínico – Vilna, Volozhyn, Ponevez, Mir – se foram. As cidadelas do espírito judaico tinham sido reduzidas a cinzas. Os líderes religiosos e as comunidades de onde eles vinham tinham sido assassinados. Na maioria, os sobreviventes eram "um punhado resgatado do fogo". Nunca antes a luz duradoura do Judaísmo chegara tão perto de ser extinta.

O que sobrou, espiritualmente falando? O Judaísmo russo, o maior grupo judaico sobrevivente na Europa, vivia sob repressão política e religiosa. Os Estados Unidos, embora fossem tolerantes com os judeus, tinham se provado desastrosos para o Judaísmo. Uma onda após outra de imigrantes judeus – primeiro espanhóis, depois alemães, depois Europa Oriental – tinham se aculturado, assimilado e desaparecido. O novo Estado de Israel, embora significasse tudo em termos políticos e físicos, era agressivamente secular. Ben Gurion tinha feito concessões a grupos religiosos, mas estava confiante de que em uma geração eles teriam desaparecido.

O que aconteceu em seguida um dia será contado como um dos mais notáveis atos de reconstrução na história religiosa da humanidade. Um punhado de sobreviventes do Holocausto e refugiados começaram a reconstruir em solo novo o mundo que eles tinham visto desaparecer nas chamas. 

Os rabinos Menahem Mendel Schneerson, Aaron Kotler, Jacob Kamenetzky, Shragai Mendlowitz, Joseph Soloveitchik e outros como eles recusaram-se a ceder ao desespero. Enquanto outros reagiam ao Holocausto construindo memoriais, eles insistiram para que seus seguidores se casassem e tivessem filhos. Construíram escolas e yeshivot. Disseram: nosso mundo foi abalado, mas não destruído. Disseram: Hitler trouxe morte ao mundo, portanto vamos trazer vida. Dentro de uma geração, Mir e Ponevez, Lubavitch e Belz viviam novamente, não mais na Europa mas em Israel e na América.

Nos últimos cinqüenta anos, o Judaísmo tradicional se ergueu das cinzas para se tornar a força mais influente e de mais rápido crescimento na vida judaica. Atingiu aquilo que os observadores tinham considerado impossível. Mostrou que a Torá pode florescer num Israel secular e numa América aberta. Provou que os judeus na Diáspora atual podem experimentar o crescimento demográfico. Provocou um renascimento do estudo talmúdico sem precedentes desde os grandes dias dos judeus da Babilônia. Mas tem feito ainda mais. Tem demonstrado em nosso tempo que a reação clássica dos judeus à crise permanece sendo a mais poderosa. 

Como Ezra, a yeshivá e os líderes chassídicos se concentram em ensinar. Como Jonathan ben Zakkai, eles se devotaram a criar discípulos. A reação deles – repito – não foi a única resposta ao Holocausto. Outros grupos reagiram de maneira diferente. Construíram museus e monumentos, fundaram jornais, escreveram teologia do Holocausto e patrocinaram visitas a Auschwitz. Uma geração de judeus jovens, aqueles que cresceram nos anos setenta e oitenta, tem sido fartamente exposta a filmes, literatura e palestras sobre o Holocausto, e é esta geração que está escolhendo casar-se fora do Judaísmo na proporção de um em dois. 

O motivo não é difícil de encontrar. Como disse um historiador do Holocausto, perturbado pelo interesse obsessivo no Shoá: nossos filhos aprenderão sobre os Gregos e como eles viveram; sobre os Romanos e como viveram; sobre os judeus e como eles morreram. Ao contrário da educação judaica tradicional, a educação do Holocausto em si mesma não oferece um sentido, uma esperança, um modo de vida. Sem a fé, ela recapitula o erro da mulher de Lot. O Holocausto é um buraco negro na história humana, e se olharmos para ele durante muito tempo nos transformaremos em pedra.

Os judeus jamais esqueceram a destruição do Primeiro Templo, ou do Segundo. Nós os pranteamos a 9 de Av, e em todo casamento judaico quebramos um copo em sua memória. O primeiro evento foi há 2.500 anos, o segundo há 1.900. Assim também, enquanto os judeus viverem, se lembrarão de Auschwitz e Treblinka, Bergen Belsen e Sobibor. Porém há uma maneira judaica de lembrar. Para cada tragédia há uma promessa de redenção. Todo pesadelo é sucedido pela esperança. Nunca fomos paralisados pelo nosso passado, porque vivemos de olho no futuro. Eis por que a reação judaica à catástrofe foi ter filhos, construir escolas e criar um futuro judaico. 
Os filhos da yeshivá e comunidades chassídicas são seus memoriais do Holocausto, feitos não de pedra, mas de vida nova.

Estes três momentos são básicos para se entender a história judaica. A cada um deles, o povo judeu enfrentou sua própria mortalidade. Em nenhum deles a reação óbvia foi a que se provou bem-sucedida. Quem, em sã consciência, teria sugerido que a resposta à conquista da Babilônia, o poder de Roma ou ao Holocausto está nas escolas, professores e casas de estudo? 

Porém os grandes visionários do Judaísmo, os arquitetos de sua sobrevivência, disseram exatamente isso. Alternativas foram tentadas. Falharam. As dez tribos do reino do Norte desapareceram. Assim também os saduceus e essênios. Em nosso tempo, aquelas comunidades da Diáspora que não conseguiram colocar a educação judaica no centro de suas vidas estão desaparecendo também. Em cada caso, os sobreviventes foram ostensivamente o grupo mais fraco. O reino de Yehuda, ao sul, era pequeno em comparação ao reino do norte. Os fariseus eram mais pobres e tinham menos poder que os saduceus. Depois do Shoá, as comunidades e yeshivot chassídicas foram um fragmento de sua antiga glória. Mas em cada caso a máxima profética de Zechariah se provou verdadeira. A continuidade judaica acontece "não por força, nem pelo poder, mas por Meu espírito."

Pesquisas 

Até agora vimos o teste da história. Mas e quanto à pesquisa? Podemos quantificar o impacto da educação judaica na identidade judaica? A resposta é sim, podemos.

A Pesquisa Nacional Sobre a População Judaica nos Estados Unidos, feita em 1990, é o estudo mais abrangente de uma comunidade na diáspora feito nos últimos anos. Os resultados ainda estão sendo analisados. Porém em março de 1993 emergiram as primeiras conclusões sobre o efeito da educação no engajamento judaico, usando os dados da pesquisa. O estudo, feito por Silvia Barack Fishman e Alice Goldstein, dividiram a experiência educacional em quatro categorias: [1] Nenhuma educação judaica; [2] mínima educação (menos de três anos de escola judaica ou até 5 anos de aulas somente aos domingos); [3] educação moderada (três a cinco anos de escola integral ou suplementar, ou seis anos de aulas somente aos domingos) e [4] educação substancial (seis ou mais anos de escola integral ou suplementar).

Suas descobertas foram essas. 
No grupo com 25 a 44 anos de idade, aqueles que tiveram educação judaica substancial estavam entre seis e dez vezes mais propensos a observar o ritual judaico que aqueles cuja educação judaica era mínima ou inexistente. Tinham três vezes mais chances de pertencer a uma organização judaica, três vezes mais chances de serem membros de uma sinagoga e vinte por cento mais chances de contribuir para causas judaicas. Eles têm mais amigos judeus, são mais contrários ao casamento misto, e têm muito menos chances de fazerem casamentos mistos. Daqueles sem nenhuma educação judaica, somente três em dez se casaram com judeus. Daqueles com educação judaica substancial, o número é oito em cada dez. As autoras concluem:
Os dados de 1990 mostram a forte correlação entre a educação judaica e a forte identificação judaica. O simples fato de ter recebido alguma educação na infância tem pouco impacto sobre as atitudes e comportamentos durante os anos adultos. No entanto, a maciça educação judaica está definitivamente associada a medidas mais elevadas de identificação judaica nos adultos. Seu impacto é demonstrado em quase toda área da vida pública e pessoa.

Esta é mais uma confirmação da tese de que o destino dos judeus na Diáspora foi, e previsivelmente será, determinado por sua atitude quanto à educação. Esta proposição tem sido sujeita a dois testes, um envolvendo momentos críticos na história judaica, o outro usando a pesquisa melhor e mais recente disponível. Juntas, elas mostram que os triunfos dos judeus são triunfos da educação. Nossa renovação depende da educação. Nossa força tradicional, nosso maior dom, nosso valor mais alto é a educação.

Professor Daniel Elazar, em sua pesquisa enciclopédica do mundo judaico, People and Polity, chega à esta conclusão:
A história dos judeus tem sido uma história de comunidades construídas ao redor de escolas. Elas são a chave, porque transmitem o saber. A civilização grega sobreviveu por quinhentos anos depois da conquista romana das cidades-estado gregas, porque os gregos, como os judeus, tinham desenvolvido academias e puderam viver ao redor dessas academias. Quando as academias terminaram, a civilização grega desapareceu. 

O povo judeu jamais permitiu que suas academias terminassem. 
Este é o segredo de nossa imortalidade coletiva.

Pensamentos Avulsos...




Judeu sem Retidão - é Filisteu.
Judeu sem Humanismo - é malformado.
Judeu Medroso – é Eunuco.
Judeu Covarde – é fertilizante de holocaustos.
Judeu Neutro, em cima do muro – é alvo de franco atirador.
Ser Humanista não significa ser apático ou cego.

Israel e Nasa criam "forma ecológica e rápida" de transporte público




Posted by Jorge Magalhães


Um projeto-piloto feito em colaboração com a Nasa (agência espacial americana) deve levar às ruas de Tel-Aviv, em Israel, um trem aéreo elétrico, com trilhos de alumínio, que está sendo promovido como uma "forma ecológica e rápida" de facilitar o transporte público. O prefeito Ron Huldai afirmou que o chamado "trem aéreo" terá uma primeira fase com uma linha de 7 km, perto do porto (norte da cidade), concluída em dois anos.

Os veículos poderão alcançar uma velocidade de 240 km/h e "voarão" em uma altura de 7 metros, presos sob trilhos suspensos no ar. O sistema será movido a eletricidade, parte da qual será "produzida pelo próprio sistema", explicou Jerry Senders, diretor da empresa Skytran, responsável pela tecnologia. Segundo ele, dentro de cada veículo haverá um "motor linear" que será movido por um misto de eletricidade e ondas magnéticas. "A principal inovação do projeto é o movimento por intermédio de ondas magnéticas, e essa é a contribuição tecnológica da Nasa. "Não haverá atrito entre o veículo e o trilho de alumínio já que, a partir do momento em que o veículo começar a se mover, se criará, por meio da onda magnética, uma especie de travesseiro de ar e cada bondinho navegará no ar".
O único momento em que haverá atrito com o cabo de alumínio será quando o veículo parar nas estações. Para o especialista, "trata-se de uma maneira econômica, rápida e ecológica de resolver o problema do transporte público", já que o projeto custará apenas US$ 6 milhões por cada quilômetro. Para efeitos comparativos, a prefeitura de Jerusalém concluiu recentemente a construção de um bonde que cruza a cidade, que durou 12 anos e custou mais de dez vezes o preço por quilômetro. E estima-se que o custo por quilômetro do metrô de São Paulo seja de US$ 60 milhões a US$ 100 milhões.
Os trilhos de alumínio do trem aéreo de Tel-Aviv serão erguidos entre postes, que também servirão como fonte de energia. "O sistema aproveitará ondas magnéticas que serão geradas pelo próprio movimento dos veículos sob os trilhos de alumínio", afirma a prefeitura. Os veículos serão leves e pesarão apenas 200 kg cada, e poderão transportar dois passageiros por vagão. Mas, segundo Sanders, poderão transportar até 11 mil pessoas por hora. Os passageiros que entram nos bondinhos podem apertar um botão indicando em qual estação querem parar, como em um elevador. O presidente de Israel, Shimon Peres, já pediu que a empresa prepare planos para ampliar a rede aérea para as periferias de Israel, chegando até Eilat, no sul do país. "O sistema tem características de uma espécie de Internet física", explica Senders, "uma rede ilimitada de linhas aéreas, que poderá, inclusive, ter estações dentro de edifícios e sobre os prédios".


Fonte: COISAS JUDAICAS

O pensamento de Clara Becker a respeito do mensalão e Lula


Ex-mulher afirma que José Dirceu está pagando por Lula no caso do mensalão
Clara Becker critica parlamentares que teriam exigido pagamento para apoiar o governo e diz temer que o ex-marido se mate na prisão

Clara Becker, 71 anos, primeira mulher do ex-ministro José Dirceu e mãe de seu filho mais velho, o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), falou ao jornal O Estado de São Paulo sobre a condenação do ex-marido. Ela disse duvidar da tese de que o ex-presidente Lula desconhecia o esquema do mensalão e afirmou que Dirceu e outros réus petistas estão sendo sacrificados.

— Eles estão pagando pelo Lula. Ou você acha que o Lula não sabia das coisas, se é que houve alguma coisa errada? Eles assumiram os compromissos e estão se sacrificando — indigna-se.

Ao falar sobre a participação de José Dirceu no esquema, Clara critica parlamentares que acusa de exigirem pagamento para apoiarem o governo.

— Se ele [Dirceu] fez algum pecado, foi pagar para vagabundo que não aceita mudar o país sem ganhar um dinheiro. (...) Se ele pagou, foi pelos projetos do Lula, que mudou o Brasil em 12 anos — diz.

Clara afirma que a família já se prepara para o pior: a condenação de Dirceu ao regime fechado por envolvimento com o mensalão. Enquanto o Supremo Tribunal Federal não decide a pena, parentes já cogitam como serão as visitas na cadeia. A refeição da penitenciária é uma das preocupações, pois ele é reconhecido como um sujeito bom de garfo.

— Meu medo é que ele se mate na prisão — afirma ela.

Casados por apenas quatro anos na época da ditadura militar, ela é amiga próxima do ex-marido há mais de três décadas e tem certeza de que "Dirceu não é ladrão".

— Sabe, é muito sofrimento. Uma vez peguei meu filho chorando de preocupação com o pai. E minha neta, Camila, também sente muito.




AGÊNCIA ESTADO