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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

MEMÓRIA DO JORNALISMO - A morte de JOSEPH PULITZER



Max Altman | São Paulo

Hoje na História: 1911 - Morre o jornalista norte-americano Joseph Pulitzer
Mais do que criar os prêmios que levam seu nome, ele também foi uma referência pioneira do jornalismo mundial


Wikimedia Commons
Joseph Pulitzer, magnata dos meios impressos de comunicação dos Estados Unidos, cuja visão se deteriorou rapidamente durante seus últimos anos de vida, morre em 29 de outubro de 1911. Em seu testamento deixou dois milhões de dólares para a criação de uma escola de jornalistas na Universidade Columbia. Deixou fundos para também financiar prêmios para literatura, dramaturgia, música e jornalismo.

Nascido no seio de uma família judia abastada - seu pai era um influente comerciante de grãos - em Budapeste, então Império Austro-Húngaro, em abril de 1847. Com 17 anos decidiu tornar-se soldado e tentou ingressar nos exércitos austríaco e britânico, não tendo êxito devido à frágil saúde e débil visão. Em 1864 decidiu emigrar para os Estados Unidos, onde serviu nas fileiras de um regimento de cavalaria, durante a Guerra de Secessão.

Pulitzer falava fluentemente alemão, francês e húngaro. Depois da guerra, trabalhou em Saint Louis, tendo trabalhado como carregador, bagageiro e garção, enquanto estudava inglês e direito.

Em 1866 conseguiu seu primeiro emprego como repórter no Westliche Post, um jornal em idioma alemão e, cinco anos depois, adquiriu uma parte desse jornal. Com 25 anos, torna-se editor e, em 1874, morando em Washington, trabalha como correspondente para o New York Sun. Em 1878, criou em Saint Louis, pela fusão de dois jornais, o Dispatch e o Evening Post, o Post-Dispatchs, tornando-se uma figura proeminente na cena jornalística. No mesmo ano casa-se com Kate Davis, mulher da alta sociedade, o que lhe confere um status social elevado e um maior reconhecimento entre a elite de Saint Louis.

Dono de respeitável riqueza, muda-se para Nova York, onde compra, em 1883, o jornal The New York World, centrado em escândalos e matérias sensacionalistas, por 346 mil dólares, que se tornou um dos mais importantes da época. Pulitzer anunciou então que seu jornal seria "verdadeiramente democrático, dedicado à causa popular em vez da dos potentados da Bolsa”.

Pulitzer filiara-se ao Partido Republicano, sendo eleito para a assembleia do Estado de Missouri. Em 1872, a exemplo de muitos republicanos radicais, defendeu Horace Greeley contra Ulysses Grant, sagrado candidato oficial republicano na eleição presidencial e que acabou conquistando a Casa Branca.




Pulitzer valeu-se também do New York World para defender um programa de reformas de dez pontos: imposto sobre o luxo; imposto sobre a herança; imposto sobre grandes rendas; imposto sobre monopólios; imposto sobre as corporações privilegiadas; imposição de tarifa sobre o petróleo; reforma do funcionalismo civil; punição aos corruptos; punição para a compra de votos; punição aos empregadores que coagem seus empregados nas eleições; cruzada contra as loterias, o jogo e a sonegação de impostos.

Em 1887, Pulitzer contratou Nellie Bly, jornalista que trabalhava para o Pittsburgh Dispatch. Nos anos que se seguiram tornou-se o pioneiro do jornalismo investigativo, escrevendo artigos sobre as condições de pobreza, trabalho e habitação em Nova York.

Sete anos depois, ele deixou a direção editorial do New York World. Embora tivesse apenas 43 anos, estava praticamente cego, incapaz de retornar a sua mesa na redação. Continuou, porém, a chefiar os negócios e a determinar a linha editorial de suas publicações.

Em 1896, o jornal começou a editar um suplemento a cores. O jornalista Richard Outcault criou um personagem jovem que vestia uma camisola amarela. Conhecido como Yellow Kid, esse ‘cartoon’ tornou-se tão popular que outro magnata da imprensa, Wlliam Randolph Hearst, dono do New York Journal, ofereceu-lhe soma considerável para trabalhar para ele.

Hearst reduziu o preço de seu jornal para um cent e incluiu seções e encartes a cores. O rival, provocado, deu início a uma guerra de circulação, que envolveu esquemas promocionais e matérias sensacionalistas. Tudo isto levou ao que se tornou conhecido como jornalismo amarelo.

Fonte: OPERA MUNDI

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