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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

POR QUE CIGANOS AINDA ENFRENTAM PRECONCEITOS NA ALEMANHA, COMO NO RESTO DO MUNDO, ALIÁS?



Ciganos mortos no Holocausto recebem homenagem na Alemanha
Enquanto isso, jornais alemães denunciam discriminação de governo
 
 


Agência Efe (24/10)
Autoridades alemãs e sobreviventes do Holocausto participam de cerimônia de inauguração de memorial em homenagem aos ciganos mortos pelo regime nazista

As autoridades alemãs inauguraram nesta quarta-feira (24/10) o primeiro memorial em homenagem aos milhares de ciganos perseguidos e mortos pelo regime nazista de Adolf Hitler na capital alemã. Estima-se que de 220 a 500 mil membros da comunidade cigana foram executados no Holocausto.

A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente do país, Joachim Gauck, se uniram a cem ciganos sobreviventes do massacre na cerimonia de abertura. Uma flor foi erguida em um pedestal triangular no meio da piscina circular e os presentes fizeram dois minutos de silêncio em memória das vítimas.


“Para mim, é muito importante que nós tenhamos uma cultura da lembrança”, afirmou Merkel segundo a rede britânica BBC. “Todas as gerações devem confrontar a sua própria história. E, para isso, nós devemos ter espaços adequados para as pessoas irem, no futuro, quando as testemunhas daquele tempo não estiverem mais vivas”. 

O poema "Auschwitz" escrito pelo poeta italiano Santino Spinelli está cravado em torno da borda da piscina e a cronologia do regime nazista exposta em suas cercanias. O memorial, localizado no parque Tiergarten próximo ao parlamento alemão, foi construído depois de anos de discussão sobre seu custo e projeto arquitetônico. 

Merkel recordou que a homenagem aos judeus assassinados por Hitler também levou anos para sair do papel e justificou a demora do governo alemão. 

A inauguração vem no mesmo dia em que jornais alemães acusam o ministro do Interior, Hans-Peter Friedrich, de discriminar os ciganos e dificultar a entrada de imigrantes, mesmo como refugiados, no país. Organizações de direitos humanos, jornalistas e ciganos aproveitaram a oportunidade para denunciar o preconceito que os ciganos ainda enfrentam no país. 

“A abertura do memorial manda uma importante mensagem para a sociedade de que sentimento contra ciganos é tão inaceitável quanto o antissemitismo”, afirmou Romani Rose, líder da comunidade na Alemanha. 

“Apesar de o memorial reconhecer finalmente o genocídio nazista dos ciganos na Europa, ele não mostra uma solução para o dilema da exclusão e segregação que as gerações futuras dos ciganos enfrenta”, analisa o jornal alemão Der Tagesspiegel.

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