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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

QUADRILHEIROS FORAM SÓ O LAMPIÃO E SEUS PARCEIROS!!!


Cá entre nós: não tendo o Lula sido incluído no pólo passivo, condenar os demais configura  tratamento desigual descarado. Ele é o cabeça da quadrilha e nem sequer foi denunciado pelo MPF. Portanto, sirva-se a pizza.

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"É uma tarde triste para o STF", diz Barbosa sobre absolvição de condenados

Oito réus do mensalão, incluindo o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente do PT José Genoino, terão punição total reduzida

Fonte: DC

Presidente do STF, Joaquim Barbosa votou por manter a condenação por formação de quadrilhaFoto: Nelson Jr / SCO/STF


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, criticou a absolvição dos condenados na AP 470, o julgamento do mensalão.

— Esta é uma tarde triste para o Supremo Tribunal Federal, porque, com argumentos pífios, foi reformada, foi jogada por terra, extirpada do mundo jurídico, uma decisão plenária sólida, extremamente bem fundamentada, que foi aquela tomada por este plenário no segundo semestre de 2012 — afirmou.

No início da tarde, por 6 votos a 5, o Supremo absolveu oito condenados por formação de quadrilha. De acordo com o entendimento da maioria, os réus ligados aos núcleos financeiro e político não formaram uma quadrilha para cometer crimes. Os votos pela absolvição foram proferidos pelos ministros Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki,Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Rosa Weber. Pela condenação, votaram Luiz Fux, Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Celso de Mello e Joaquim Barbosa.

Segundo o presidente do Tribunal, a atuação dos condenados em uma quadrilha ficou comprovada, porque a "estrutura delituosa estava em funcionamento" durante o período em que os crimes ocorreram. A estrutura, segundo ele, era operada pelas empresas do publicitário Marcos Valério e pelos condenados ligados ao PT, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

— Como dizer que toda essa trama não constitui quadrilha? Se não fosse a delação feita por um dos corrompidos [ex-deputado Roberto Jefferson] , muitos outros delitos continuariam a ser praticados — disse.

Com a decisão da maioria dos ministros, as penas atuais ficam mantidas porque as condenações por formação de quadrilha não foram confirmadas. Os réus aguardavam o julgamento dos recursos. O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu vai continuar com pena de sete anos e onze meses de prisão em regime semiaberto; o ex-deputado José Genoino, com quatro anos e oito meses, e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, seis anos e oito meses.

O publicitário Marcos Valério foi condenado a 40 anos. Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, ex-sócios dele, cumprem mais de 25 anos em regime fechado. Todos estão presos desde novembro do ano passado, devido às penas para as quais não cabem mais recursos, como peculato, corrupção, evasão de divisas.

A sessão de hoje foi iniciada com o voto do ministro Teori Zavascki, que também absolveu os oito réus. Com o voto do ministro, o placar a favor do provimento dos embargos ficou em 5 a 1. Zavascki argumentou que as penas no crime de quadrilha foi "exacerbada" e sem a devida fundamentação jurídica.

O placar favorável aos condenados foi formado com o voto da ministra Rosa Weber, que reafirmou a posição na definição das penas, em 2012. A ministra reiterou que as provas não demonstraram um vínculo associativo entre os condenados de forma estável, fato de caracteriza uma quadrilha. Segundo ela, é necessário que a união dos integrantes seja feita especificamente para a prática de crimes.

— Continuo convencida de que não se configurou o crime de quadrilha — disse a ministra.

Em seguida, Gilmar Mendes acompanhou Luiz Fux e defendeu a condenação dos acusados. Marco Aurélio acatou em parte os embargos. O ministro considerou que houve o crime de quadrilha, pois "houve permanência e estabilidade na prática, e houve acima de tudo entrosamento" na prática criminosa. Mas, em seu voto, ele discordou da dosimetria da pena dada aos condenados. O ministro votou pela diminuição da pena, conforme votou nos embargos de declaração.

Antes de finalizar o voto, Marco Aurélio fez críticas ao novo entendimento firmado pelo Tribunal.

— A maioria está formada. O Supremo de ontem assentou a condenação, e o fez por 6 a 4, e o de hoje muda a lógica e, com a devida vênia, inverte este placar — disse.

Para o ministro, o resultado dos embargos não levou em consideração as provas do julgamento:

— O nosso pronunciamento se fez a partir da prova. E da prova, a meu ver, contundente, quanto à existência, não de uma simples coautoria, mas quanto à existência do crime previsto no artigo 288 do Código Penal.

Em seguida, Celso de Mello votou contra os embargos e salientou que a decisão do STF de condenar pelo crime foi "corretíssima". O ministro lembrou que o crime dispensa, "como diz a jurisprudência, o exame aprofundado do grau de participação de cada um". E que o vínculo da quadrilha ficou demonstrado por ter se projetado entre 2002 e 2005.

— O reconhecimento desse cenário põe em evidência, de forma clara, a ofensa que esses condenados cometeram contra a paz pública — observou.

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma agora à tarde o julgamento para analisar os recursos de três condenados por lavagem de dinheiro, entre eles o ex-deputado João Paulo Cunha.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Brasil consome 14 agrotóxicos proibidos no mundo




Foto mostra a diferença entre um solo cultivado organicamente (esquerda) e outro que recebeu a adição de adubos químicos ou agrotóxicos. Foto: National Geographic

Especialista indica que pelo menos 30% de 20 alimentos analisados não poderiam estar na mesa do brasileiro

Vasconcelo Quadros, no Último Segundo

Os indicadores que apontam o pujante agronegócio como a galinha dos ovos de ouro da economia não incluem um dado relevante para a saúde: o Brasil é maior importador de agrotóxicos do planeta. Consome pelo menos 14 tipos de venenos proibidos no mundo, dos quais quatro, pelos riscos à saúde humana, foram banidos no ano passado, embora pesquisadores suspeitem que ainda estejam em uso na agricultura.

Em 2013 foram consumidos um bilhão de litros de agrotóxicos no País – uma cota per capita de 5 litros por habitante e movimento de cerca de R$ 8 bilhões no ascendente mercado dos venenos.

Dos agrotóxicos banidos, pelo menos um, o Endosulfan, prejudicial aos sistemas reprodutivo e endócrino, aparece em 44% das 62 amostras de leite materno analisadas por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) no município de Lucas do Rio Verde, cidade que vive o paradoxo de ícone do agronegócio e campeã nacional das contaminações por agrotóxicos. Lá se despeja anualmente, em média, 136 litros de venenos por habitante.

Na pesquisa coordenada pelo médico professor da UFMT Wanderlei Pignati, os agrotóxicos aparecem em todas as 62 amostras do leite materno de mães que pariram entre 2007 e 2010, onde se destacam, além do Endosulfan, outros dois venenos ainda não banidos, o Deltametrina, com 37%, e o DDE, versão modificada do potente DDT, com 100% dos casos. Em Lucas do Rio Verde, aparecem ainda pelo menos outros três produtos banidos, o Paraquat, que provocou um surto de intoxicação aguda em crianças e idosos na cidade, em 2007, o Metamidofóis, e o Glifosato, este, presente em 70 das 79 amostras de sangue e urina de professores da área rural junto com outro veneno ainda não proibido, o Piretroides.

Na lista dos proibidos em outros países estão ainda em uso no Brasil estão o Tricolfon, Cihexatina, Abamectina, Acefato, Carbofuran, Forato, Fosmete, Lactofen, Parationa Metílica e Thiram.

Chuva de lixo tóxico

“São lixos tóxicos na União Europeia e nos Estados Unidos. O Brasil lamentavelmente os aceita”, diz a toxicologista Márcia Sarpa de Campos Mello, da Unidade Técnica de Exposição Ocupacional e Ambiental do Instituto Nacional do Câncer (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde. Conforme aponta a pesquisa feita em Lucas do Rio Verde, os agrotóxicos cancerígenos aparecem no corpo humano pela ingestão de água, pelo ar, pelo manuseio dos produtos e até pelos alimentos contaminados.

Venenos como o Glifosato são despejados por pulverização aérea ou com o uso de trator, contaminam solo, lençóis freáticos, hortas, áreas urbanas e depois sobem para atmosfera. Com as precipitações pluviométricas, retornam em forma de “chuva de agrotóxico”, fenômeno que ocorre em todas as regiões agrícolas mato-grossenses estudadas. Os efeitos no organismo humano são confirmados por pesquisas também em outros municípios e regiões do país.

O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), segundo a pesquisadora do Inca, mostrou níveis fortes de contaminação em produtos como o arroz, alface, mamão, pepino, uva e pimentão, este, o vilão, em 90% das amostras coletadas. Mas estão também em praticamente toda a cadeia alimentar, como soja, leite e carne, que ainda não foram incluídas nas análises.

O professor Pignati diz que os resultados preliminares apontam que pelo menos 30% dos 20 alimentos até agora analisados não poderiam sequer estar na mesa do brasileiro. Experiências de laboratórios feitas em animais demonstram que os agrotóxicos proibidos na União Europeia e Estados Unidos são associados ao câncer e a outras doenças de fundo neurológico, hepático, respiratórios, renais e má formação genética.

Câncer em alta

A pesquisadora do Inca lembra que os agrotóxicos podem não ser o vilão, mas fazem parte do conjunto de fatores que implicam no aumento de câncer no Brasil cuja estimativa, que era de 518 mil novos casos no período 2012/2013, foi elevada para 576 mil casos em 2014 e 2015. Entre os tipos de câncer, os mais suscetíveis aos efeitos de agrotóxicos no sistema hormonal são os de mama e de próstata. No mesmo período, segundo Márcia, o Inca avaliou que o câncer de mama aumentou de 52.680 casos para 57.129.

Na mesma pesquisa sobre o leite materno, a equipe de Pignati chegou a um dado alarmante, discrepante de qualquer padrão: num espaço de dez anos, os casos de câncer por 10 mil habitantes, em Lucas do Rio Verde, saltaram de três para 40. Os problemas de malformação por mil nascidos saltaram de cinco para 20. Os dados, naturalmente, reforçam as suspeitas sobre o papel dos agrotóxicos.

Venenos como o Glifosato são despejados por pulverização aérea ou com o uso de trator, contaminam solo, lençóis freáticos, hortas e áreas urbana. Foto: Isabela Kassow

Pingati afirma que os grandes produtores desdenham da proibição dos venenos aqui usados largamente, com uma irresponsável ironia: “Eles dizem que não exportam seus produtos para a União Europeia ou Estados Unidos, e sim para mercados africanos e asiáticos.”

Apesar dos resultados alarmantes das pesquisas em Lucas do Rio Verde, o governo mato-grossense deu um passo atrás na prevenção, flexibilizando por decreto, no ano passado, a legislação que limitava a pulverização por trator a 300 metros de rios, nascentes, córregos e residências. “O novo decreto é um retrocesso. O limite agora é de 90 metros”, lamenta o professor.

“Não há um único brasileiro que não esteja consumindo agrotóxico. Viramos mercado de escoamento do veneno recusado pelo resto do mundo”, diz o médico Guilherme Franco Netto, assessor de saúde ambiental da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz). Na sexta-feira, diante da probabilidade de agravamento do cenário com o afrouxamento legal, a Fiocruz emitiu um documento chamado de “carta aberta”, em que convoca outras instituições de pesquisa e os movimentos sociais do campo ligados à agricultura familiar para uma ofensiva contra o poder (econômico e político) do agronegócio e seu forte lobby em toda a estrutura do governo federal.

Reação da Ciência

A primeira trincheira dessa batalha mira justamente o Palácio do Planalto e um decreto assinado, no final do ano passado, pela presidente Dilma Rousseff. Regulamentado por portaria, a medida é inspirada numa lei específica e dá exclusividade ao Ministério da Agricultura _ histórico reduto da influente bancada ruralista no Congresso _ para declarar estado de emergência fitossanitária ou zoossanitária diante do surgimento de doenças ou pragas que possam afetar a agropecuária e sua economia.

Essa decisão, até então era tripartite, com a participação do Ministério da Saúde, através da Anvisa, e do Ministério do Meio Ambiente, pelo Ibama. O decreto foi publicado em 28 de outubro. Três dias depois, o Ministério da Agricultura editou portaria declarando estado de emergência diante do surgimento de uma lagarta nas plantações, a Helicoverpa armigera, permitindo, então, para o combate, a importação de Benzoato de Emamectina, agrotóxico que a multinacional Syngenta havia tentado, sem sucesso, registrar em 2007, mas que foi proibido pela Anvisa por conter substâncias tóxicas ao sistema neurológico.

Na carta, assinada por todo o conselho deliberativo, a Fiocruz denuncia “a tendência de supressão da função reguladora do Estado”, a pressão dos conglomerados que produzem os agroquímicos, alerta para os inequívocos “riscos, perigos e danos provocados à saúde pelas exposições agudas e crônicas aos agrotóxicos” e diz que com prerrogativa exclusiva à Agricultura, a população está desprotegida.

Níveis fortes de contaminação em produtos como o arroz, alface, mamão, pepino, uva e pimentão, este, o vilão, em 90% das amostras coletadas. Foto: Divulgação

A entidade denunciou também os constantes ataques diretos dos representantes do agronegócio às instituições e seus pesquisadores, mas afirma que com continuará zelando pela prevenção e proteção da saúde da população. A entidade pede a “revogação imediata” da lei e do decreto presidencial e, depois de colocar-se à disposição do governo para discutir um marco regulatório para os agrotóxicos, fez um alerta dramático:

“A Fiocruz convoca a sociedade brasileira a tomar conhecimento sobre essas inaceitáveis mudanças na lei dos agrotóxicos e suas repercussões para a saúde e a vida.”

Para colocar um contraponto às alegações da bancada ruralista no Congresso, que foca seu lobby sob o argumento de que não há nexo comprovado de contaminação humana pelo uso de veneno nos alimentos e no ambiente, a Fiocruz anunciou, em entrevista ao iG, a criação de um grupo de trabalho que, ao longo dos próximos dois anos e meio, deverá desenvolver a mais profunda pesquisa já realizada no país sobre os efeitos dos agrotóxicos – e de suas inseparáveis parceiras, as sementes transgênicas – na saúde pública.

O cenário que se desenha no coração do poder, em Brasília, deve ampliar o abismo entre os ministérios da Agricultura, da Fazenda e do Planejamento, de um lado, e da Saúde, do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário, de outro. Reflexo da heterogênea coalizão de governo, esta será também uma guerra ideológica em torno do modelo agropecuário. “Não se trata de esquerdismo desvairado e nem de implicância com o agronegócio. Defendemos sua importância para o país, mas não podemos apenas assistir à expansão aguda do consumo de agrotóxicos e seus riscos com a exponencial curva ascendente nos últimos seis anos”, diz Guilherme Franco Netto. A queda de braços é, na verdade, para reduzir danos do modelo agrícola de exportação e aumentar o plantio sem agrotóxicos.

Caso de Polícia

“A ciência coloca os parâmetros que já foram seguidos em outros países. O problema é que a regulação dos agrotóxicos está subordinada a um conjunto de interesses políticos e econômicos. A saúde e o ambiente perderam suas prerrogativas”, afirma o pesquisador Luiz Cláudio Meirelles, da Fiocruz. Até novembro de 2012, durante 11 anos, ele foi o organizador gerente de toxicologia da Anvisa, setor responsável por analisar e validar os agrotóxicos que podem ser usados no mercado.

Meirelles foi exonerado uma semana depois de denunciar complexas falcatruas, com fraude, falsificação e suspeitas de corrupção em processos para liberação de seis agrotóxicos. Num deles, um funcionário do mesmo setor, afastado por ele no mesmo instante em que o caso foi comunicado ao Ministério Público Federal, chegou a falsificar sua assinatura.

“Meirelles tinha a função de banir os agrotóxicos nocivos à saúde e acabou sendo banido do setor de toxicologia”, diz sua colega do Inca, Márcia Sarpa de Campos Mello. A denúncia resultou em dois inquéritos, um na Polícia Federal, que apura suposto favorecimento a empresas e suspeitas de corrupção, e outro cível, no MPF. Nesse, uma das linhas a serem esclarecidas são as razões que levaram o órgão a afastar Meirelles.

As investigações estão longe de terminar, mas forçaram já a Anvisa – pressionada pelas suspeitas –, a executar a maior devassa já feita em seu setor de toxicologia, passando um pente fino em 796 processos de liberação avaliados desde 2008. A PF e o MPF, por sua vez, estão debruçados no órgão regulador que funciona como o coração do agronegócio e do mercado de venenos.

Fonte: PAVABLOG

Procuradoria recomenda retirar vídeos do YouTube que atacam igrejas


Este post foi publicado em Crentes no lance em 26 de fevereiro de 2014 por Cristina Danuta.


Publicado na Folha de S.Paulo

O Ministério Público Federal no Rio expediu recomendação para que o Google do Brasil retire do YouTube 15 vídeos com mensagens que, segundo a procuradoria federal, promovem a discriminação e a intolerância a religiões de matrizes africanas.

Segundo nota divulgada pelo MPF no Rio, o Google tem dez dias para enviar relatório com as providências adotadas para o cumprimento da recomendação. O pedido partiu de denúncia da Associação Nacional de Mídia Afro à Procuradoria-Regional de Direitos Humanos do MPF. Foi instaurado procedimento administrativo para apurar o assunto.

De acordo com decisão do MPF que embasou a recomendação, “a liberdade de manifestação do pensamento não é um escudo para acobertar violações de direitos humanos”. O MPF entende que cabe ao Estado organizar o espaço onde ocorrer essas manifestações, “de modo que sejam ponderados e harmonizados os direitos de quem se manifesta com aqueles de quem eventualmente seja agredido pelo abuso das liberdades públicas”.

A maior parte dos vídeos constantes da lista em que o MPF entendeu haver irregularidades é pastores e fiéis de igrejas evangélicas atacando religiões como candomblé e umbanda. Entre os títulos estão: “bispo Macedo entrevista o ex-pai de santo que o desafiou”; “entrevista com encosto – demônio na criança sexta-feira forte”; “ex-macumbeiro, hoje liberto pelo poder de Deus parte 1″; “Ex-mãe de santo Sara Capeta – Testemunho”.

“Para dar vazão a pregações, seus autores e divulgadores descambam para a demonização de símbolos, ritos e liturgias de outras religiões, vinculando-as, distorcidamente, a problemas de saúde, vícios, crimes praticados, atacando frontalmente a consciência religiosa de milhões de pessoas”, disse por meio de nota o procurador-regional dos Direitos do Cidadão, Jaime Mitropoulos.

Fonte: PAVABLOG

A Chrysler, Univeler e BRP Brasil foram punidas não realizar recall nos termos do Código de Defesa do Consumidor

Ministério da Justiça multa três empresas por desrespeito ao consumidor




A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, multou a Chrysler, a Univeler e a Bombardier Recreational Products Motores do Brasil (BRP Brasil) por não realizar recall nos termos do Código de Defesa do Consumidor. As punições foram de R$ 1,9 milhão, R$ 981 mil e R$ 654 mil, respectivamente.

A Unilever deixou de realizar o recall para o sorvete Kibon Cornetto Chococo, que, apesar de apresentar glúten, foi comercializado com a informação de que não possuía a proteína. A empresa informou que vai recorrer da decisão e ressaltou que "cumpre com todas as leis aplicáveis no país, conduzindo suas operações com integridade, honestidade e transparência".


A BRP também não fez o chamamento mesmo após detectar defeito no módulo de direção assistida dos veículos de marca Can-Am, modelos Outlander e Renegade, de 2010. A falha poderia levar a perda de controle da direção do veículo e eventual acidente. O Correio entrou em contato com a empresa e aguarda um posicionamento.

Já a Chrysler não fez o recall adequado, nos moldes estabelecidos pela Senacon, para os carros Town & Country, Jeep Wrangler e Dodge RAM 2500. A empresa havia detectado a falha muito antes de acionar o recall. No caso da Dodge Ram, por exemplo, apesar de o defeito ter sido reconhecido em fevereiro, o chamamento só foi realizado seis meses depois. A empresa informou que ainda analisa o caso.

Fonte: CORREIO BRAZILIENSE

Começou a "descondenação" dos réus do mensalão

A pizza está no forno, como já era de se esperar.
Vamos aguardar o resultado final, para ver se irão servi-la com alguma erva amarga ao povo brasileiro, ou não.


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Luís Roberto Barroso vota pela aceitação dos embargos infringentesSegundo o ministro, o tribunal exacerbou na pena para o crimes de formação de quadrilha ou bando para evitar que elas prescrevessem


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, aceitou os embargos infringentes e votou pela absolvição da pena de formação de quadrilha de oito réus dos condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Barroso foi o segundo ministro a proferir o seu voto, em seguida foi a vez do relator dos embargos infringentes, ministro Luiz Fux. O presidente da Corte, Joaquim Barbosa encerrou a sessão, que continuará quinta-feira (27/2), às 10h.

Segundo o ministro, o tribunal exacerbou na pena para o crimes de formação de quadrilha ou bando para evitar que elas prescrevessem. "Considero, com todas as vênias de quem pense diferentemente, que houve uma exacerbação nas penas aplicadas de quadrilha ou bando. A causa da discrepância foi o impulso de superar a prescrição do crime de quadrilha e até de se modificar o regime inicial de cumprimento das penas", disse Barroso. "Por isso considero a questão passiva de ser conhecida em embargos infringentes".


A sessão deve começar com o voto do ministro Teori Zavacki. Em seguida votam Rosa Weber, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio, Celso de Mello e o presidente, Joaquim Barbosa.

"ROBILDO" AFASTADO DA PRESIDÊNCIA DA ALESC


Justiça afasta Titon da presidência da Assembleia Legislativa

Romildo Titon assumiu o cargo no início do mês e teve seu nome envolvido na Operação Fundo do Poço

Lúcio Lambranho 
FLORIANÓPOLIS

O desembargador José Trindade dos Santos determinou no final da tarde desta quarta-feira (26) o afastamento do deputado Romildo Titon (PMDB) da presidência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. O magistrado, relator do inquérito criminal sobre a Operação Fundo do Poço, atendeu a um pedido feito pelo Ministério Público de Santa Catarina.

Trindade dos Santos afirma que as provas até agora incluídas no processo mostram que o deputado "praticou por conta do cargo público em que foi investido, crimes contra administração pública: recebimento de vantagens indevidas, caracterizadoras de corrupção passiva, por quatro vezes, além de advocacia administrativa."

Fernando Mendes/Arquivo/ND
Mesmo denunciado, Titon assumiu presidência da Alesc


O relator do caso também destaca o diálogo registrado em novembro de 2013 entre o deputado e o empresário Luciano Dal Pizzol, um dos acusados de fraudes em licitações de obras públicas de perfuração de poços artesianos. Como mostrou o ND, o magistrado narra que neste diálogo o empresário fala com um advogado de nome Cláudio e que assim que assumisse a Alesc, o parlamentar "passaria a exercer mais diretamente influência junto aos órgãos estaduais, quando então poderiam os interesses da empresa de perfuração de poços de sua propriedade ser melhor preservados."

Segundo os áudios e os documentos anexados à denúncia, Titon passou, desde 2012, a fazer “veementes esforços” para patrocinar os interesses das empresas de poços artesianos junto às autoridades, visando alterar as normas ambientais para facilitar ainda mais a atuação dos dois grupos e em “detrimento do meio ambiente”. 

A primeira organização criminosa, segundo a investigação, tinha como núcleo a Água Azul Poços Artesianos Ltda., a Catarinense Poços Artesianos Ltda. e a Cristal Poços Artesianos Ltda., todas “comandadas” pelo empresário Luciano Dal Pizzol. Isso ocorria embora o empresário só conste formalmente como sócio da Água Azul. A segunda organização criminosa tem como núcleo, ainda segundo a investigação, as empresas Hidroani Poços Artesianos Ltda. e Roani Comércio de Máquinas Ltda., de propriedade e comandadas pelo empresário Miguel Atílio Roani. 

Os dois núcleos empresariais que cometeram as fraudes, diz a ação, contam “com a decisiva participação” do deputado Titon, auxiliado por Evandro Carlos dos Santos, que trabalhou no gabinete do parlamentar do PMDB e atualmente é diretor de Tecnologia e Informação da Assembleia Legislativa. Os dois núcleos, diz a ação, contam “com a decisiva participação” do deputado Titon, auxiliado por Evandro Carlos dos Santos, que trabalhou no gabinete do parlamentar do PMDB e atualmente era diretor de Tecnologia e Informação da Assembleia Legislativa.

A relação com Evandro dos Santos, também denunciado pelo MP-SC, é um dos motivos alegados para o afastamento. Titon nomeou a esposa dele, Lissandra Duwe Passeto, como chefe de gabinete da Presidência da Alesc. 

Segundo a denúncia, o ex-diretor da Alesc foi intermediário da entrega de propina para o deputado. A denúncia destaca o encontro do parlamentar com Dal Pizzol que teria acontecido, segundo fotos e áudios coletados pelo Gaeco, no dia 23 de julho de 2012 na casa do deputado em Campos Novos. No dia 31 julho, outra conversa trata da entrega de dois “poços” a Titon com valor de R$ 10 mil cada um, em 15 de agosto e 15 de setembro de 2012. Já no dia 21 de fevereiro de 2013, o empresário telefona para uma funcionária informando a necessidade de entrega de R$ 20 mil.

As conversas entre o deputado e o empresário mostram que a transferência do dinheiro seria feita por intermediação de Evandro Carlos dos Santos. “Entrega efetivamente ocorrida entre os dias 22 e 24 de fevereiro”, diz a denúncia. "Tal circunstância, aliada à exoneração do próprio Evandro Carlos dos Santos do cargo que ocupava na Alesc, na mesma data, indica claramente a ocorrência de ajuste ou composição entre este e o ora requerido", afirma Trindade dos Santos. 

Caso de Ouro

Além de R$ 60 mil e da promessa de construção de um poço artesiano em seu sítio, no valor de R$ 275 mil, segundo o inquérito criminal, o deputado Romildo Titon teria recebido mais R$ 10 mil após conseguir recursos para novas escavações no município de Ouro, no Meio-Oeste catarinense. 

Como já mostrou o ND, o pagamento de mais R$ 10 mil pelo esquema ao deputado estadual Romildo Titon é decorrente do contrato fechado entre a Água Azul e a prefeitura de Ouro, de R$ 125 mil. Luciano Dal Pizzol, dono a Água Azul, ofereceu “vantagem indevida de aproximadamente R$ 20 mil ao deputado e ao então prefeito”. A negociação, conforme narra a denúncia, foi intermediada pelo então secretário municipal de Agricultura, Rodrigo José Neis e teria a participação do então prefeito da cidade Neri Luiz Miqueloto. “Como condição para o pagamento da vantagem indevida acima noticiada, ficou acordado que Luciano Dal Pizzol somente efetivaria o pagamento da ‘propina’ após a liberação dos débitos da empresa com a prefeitura.”

Para o Ministério Público, o deputado Romildo Titon “efetivamente liberou a emenda parlamentar” em favor do município. Neis teria ido até a sede da Água Azul em Videira no dia 12 de novembro para buscar R$ 10 mil que deveriam ser entregues ao deputado. Segundo a ação, o fato foi monitorado e fotografado pelos policiais do Gaeco em nove fotos que estão anexadas no relatório final da investigação policial. Depois de pegar um envelope com o dinheiro na empresa, Neis entregou a propina no comitê de campanha eleitoral do PMDB, localizado no centro de Ouro, segundo do Gaeco. O pacote teria sido entregue por uma pessoa ainda não identificada, mas “a mando e benefício do deputado Romildo Titon”, já que a quantia “era a ele identificada”.

Desta maneira, Titon e o prefeito Neri Luiz Miqueloto receberam R$ 10 mil em espécie do empresário Luciano Dal Pizzol. “Vale ressaltar que ainda restaram R$ 10 mil em propina a serem pagos pelo empresário aos denunciados Romildo Titon e Neri Luiz Miqueloto, o que somente não se concretizou em razão da deflagração da Operação Fundo de Poço. No entanto, ambos os denunciados aceitaram a promessa de tal vantagem indevida”, conclui a ação assinada pelo procurador-geral, Lio Marin.

Em depoimento ao qual o ND também teve acesso concedido após a sua prisão, Miqueloto incrimina ainda mais o deputado Romildo Titon. Ele confirma que o dinheiro era para Titon e que ele não era destinatário da propina. Depois de ter conhecimento do depoimento, o deputado entrou com uma ação contra o ex-prefeito e, segundo o MP-SC, buscou e obteve retratação em relação às suas declarações que comprometiam o parlamentar. O MP-SC alega, e isso foi acatado pelo desembargador, que a ação foi um "franco ato de intimidação". 


Leia abaixo os motivos alegados pelo MP-SC:

- que logo após a assunção ao cargo de Presidente da ALESC, o denunciado nomeou para a função de Chefe de Gabinete daquela Presidência, a pessoa de Lissandra Duwe Passeto, esposa do co-réu Evandro Carlos dos Santos, exonerado de forma simultânea do cargo que antes exercia naquela Casa Legislativa e dito como o principal interlocutor do denunciado Romildo Luiz Titon junto às municipalidades e empresas de perfuração de poços artesianos para a articulação doe recebimentos indevidos de valores pelo parlamentar em troca do favorecimento resultante de sua interferência política na liberação de verbas, para posterior realização de obras que eram realizadas pelas mesmas empresas, cujo depoimento será fundamental para o andamento do feito;

- disse que o Deputado Estadual em referência, no incidente de falsidade em apenso (n. 2013.088693-6/0008.00), deixou registrado na interpelação judicial que moveu na comarca de Capinzal em desfavor de Neri Luiz Miqueleto - buscou e obteve - retratação deste em relação às suas declarações que comprometiam o Parlamentar, quando da realização do Procedimento Investigatório Criminal que instruiu o presente inquérito, em franco ato de intimidação;

- que a maioria dos denunciados e testemunhas arrolados na denúncia são pessoas que possuem atividade política ou algum grau de comprometimento político, situação na qual a permanência do denunciado na condição de Chefe do Poder Legislativo local coloca em risco a ordem pública e a isenção na coleta da prova no decorrer da instrução criminal;

- que a permanência do denunciado na Presidência da ALESC permitirá a este o prosseguimento das atividades delituosas descritas na denúncia, mormente no que tange à advocacia administrativa, em relação a qual há menção expressa em diálogos interceptados, da intenção de uso do cargo de Chefe do Legislativo para tal interferência;


- que a prova a ser produzida no decorrer da instrução probatória presumivelmente demandará requisições futuras de informações e, eventualmente, de documentos à Assembleia Legislativa de Santa Catarina, hipótese na qual não seria admissível que estes fossem fornecidos pelo denunciado, na condição simultânea de réu e Presidente daquele Poder.

Fonte: http://ndonline.com.br/

Mais um Luiz Inácio - Brasil, colônia de banqueiros, com defensores do governo

Traidores dos interesses, os representantes da AGU e do Banco Central, não demonstram a menor vergonha na cara. Corja!!!

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AGU e BC assinam petição que pede adiamento do julgamento das poupanças

FELIPE PATURY

 
Luís Inácio Adams (Foto: José Cruz/ Agência Brasil)

Acaba de ser assinada a petição elaborada pela Advocacia Geral da União e pelo Banco Central para pedir ao Supremo Tribunal Federal adiamento do julgamento das perdas inflingidas pelos planos econômicos aos detentores de cadernetas de poupança. Em reunião recém concluída, o ministro da AGU, Luís Inácio Adams, e o procurador-geral do Banco Central, Isaac Ferreira, chegaram a um consenso sobre o texto da petição que será entregue em instantes aos ministros do Supremo Ricardo Lewandowski, José Antônio Dias Toffoli e Gilmar Mendes. O documento será protocolado na corte em instantes.
Fonte: ÉPOCA

CELESC - A falácia do sobreaviso

Servidores da CELESC estão inconformados com  o descaramento de certos setores da empresa, que são remunerados como se tivessem trabalhado, sob o rótulo falacioso de que ficam de "sobreaviso". E olha que os ganhos dos apaniguados, segundo as mesmas fontes, não são nada modestos.

Vaticano se destaca como maior consumidor de vinho do mundo



Elevado consumo da bebida não se deve 
apenas ao fato de ela fazer parte dos rituais

O consumo anual per capita de vinho no Vaticano é de 75 litros (ou 105 garrafas) por ano — o maior do mundo. Trata-se do dobro do consumo na França ou na Itália e o triplo em relação ao Reino Unido.

O estudo comparativo foi feito pelo California Wine Institute com base em dados de 2012.

O país que aparece em segundo lugar na lista dos maiores consumidores — Andorra — apresenta a média de apenas 46 litros per capita.

De acordo com o estudo, só o fato de o vinho fazer parte do ritual da missa não explica o elevado consumo de vinho no Vaticano.

Outros fatores contribuem para o consumo: a maior parte da população é de idosos, as taxas sobre os preços dos vinhos são mais baixas em relação à Itália, a oferta da bebida é variada e de qualidade (há vinhos das melhores vinícolas do mundo) e turistas que passam pelo Vaticano costumam tiram proveito dessas vantagens, não deixando de comprar a bebida.

Com informação das agências.


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Pastor de surdos anuncia em vídeo que se tornou ateu



Vollmar disse que estudos o levaram para a descrença

Justin Vollmar (foto) publicou artigo no site da CNN no dia 10 de fevereiro com uma revelação que teve grande repercussão entre cristãos e céticos: depois de alguns anos de dúvidas, ele, um pastor batista de surdos, se tornara ateu.

“Depois de estudar teologia e filosofia, percebi que a Bíblia não era a palavra de Deus. Não houve milagres sobrenaturais. Jesus Cristo foi uma figura mítica que não ressuscitou dentre os mortos”, escreveu. 

“Minha fé se desmoronou, mas as dúvidas do meu coração se resolveram completamente.” 

Depois, no Youtube, Vollmar, que é surdo de nascença, usando a linguagem dos sinais, disse que "não existe tal coisa como Espírito Santo, e a Igreja é invenção dos homens". "Tudo em que eu acreditava como cristão virou de cabeça.”

Vollmar escreveu que começou a perceber que havia algo de errado com a religião quando foi pastor por sete anos em uma igreja de Silver Spring, Maryland. 

Afirmou que trabalhava muito e ganhava pouco, enquanto o líder da igreja recebia US$ 80.000 por ano e jogava golfe duas vezes por semana. “Meu pastor era um tirano e cruel, me xingava e sempre me empurrava mais trabalho.”

O pastor mudou de Igreja e de Estado e abriu uma Igreja Virtual de Surdos.

As dúvidas sobre a existência de Deus já estavam em seu coração, como ele diz, mas o que o levou a se assumir como ateu foi um curso de mestrado de artes em teologia. “Como parte do meu estudo, li muitas críticas contra a crença em Deus.”

O pastor Terry Michael Buchholz disse ter ficado surpreso com as “mentiras” publicadas por Vollmar sobre ele. Afirmou ter provas de que ganha menos de US$ 80.000 por ano que Vollmar trabalhava 45 horas por semana, que não havia, portanto, sobrecarga de trabalho. “Ele [Vollmar] é mentiroso, vingativo e patológico, e precisa se arrepender de seus pecados em sua antiga igreja.”

Para Buchholz, Vollmar seguiu o pior caminho, o do diabo.

O ex-pastor está recebendo apoio, inclusive financeiro, do Projeto Clero, mantido pela Fundação Richard Dawkins. “[No projeto] encontrei colegas ministros que duvidaram da existência de Deus. Eles me ajudaram a lidar com as minhas emoções e a definir novas metas para a minha vida.”


“Minhas dúvidas me levaram para o ateísmo” 

por Justian Vollmar 
para CNN 

Quando tinha 18 anos, fui atraído por uma rigorosa seita cristã conhecida como Batistas Independentes Fundamentais. Eles me convenceram de que eram a única igreja verdadeira, e eu me tornei um cristão renovado.

Deixei Universidade Gallaudet, escola para surdos, para me inscrever no Colégio Batista de Surdos, onde me formei bacharel em estudos pastorais. 

Após a formatura, por sete anos fui pastor em Silver Spring, Maryland, trabalhando 60 horas por semana por pouco dinheiro. 

Meu pastor era um tirano cruel, me xingava e sempre me empurrava mais trabalho. Enquanto isso, ele ganhava US$ 80.000 por ano e jogava golfe duas vezes por semana. Eu vivia na pobreza e não via muito meus filhos. Fiquei revoltado”. 

Eu renunciei a minha posição de pastor e fui afastado pela Igreja. Minha fé em Deus foi severamente abalada. Eu comecei a ter dúvidas sobre as afirmações da Bíblia. Questionei se o amor de Deus era real. 

Ainda assim, não tinha desistido da igreja. Em vez disso, por dois anos, eu me tornei um pastor em uma igreja que faz parte da Convenção Batista do Sul, a megaigreja de Rick Warren. Eu me chamava de "Batista contemporâneo". 

Durante esse período, criei um ministério de pregação on-line, a Igreja Virtual de Surdos, para pessoas como eu. Eu tinha um público considerável, a média de 3.000 espectadores para cada vídeo ou vlog — aproximadamente o mesmo número de fiéis de uma congregação não virtual. 

Mas eu ainda tinha muitas perguntas espirituais e estudei prateleiras de livros teológicos em busca de respostas. Eu acabei descobrindo muitas contradições. 

Exemplos: Por que dezenas de denominações cristãs lutam entre si sob o argumento de as outras são igrejas falsas? Por que existem milhares de interpretações conflitantes entre os cristãos? Como Deus poderia ser tão amoroso se ele envia milhões para o inferno? 

Mudei-me para o ecumenismo que tenta promover a unidade entre as igrejas. No entanto, as dúvidas ainda permaneciam em meu coração. 

Um dia, em 2011, enquanto eu estava pregando em minha antiga igreja em College Park, Maryland, eu tive um momento surreal, e as minhas dúvidas se consolidaram. Então decidi que não poderia mais ser pastor. 

Pedi demissão da minha igreja e me mudei para outro Estado, e eu tenho vivido uma vida de ex-pregador, nos últimos dois anos. 

Mas eu ainda tinha os vlogs, continuava pregando, de certa forma, sobre a religião da qual estava me afastando. 

Eu me matriculei em Liberty University com a esperança de obter um doutorado em história da igreja. Eu me formei em mestrado de artes em teologia em dezembro. 

Mas, para minha surpresa completa, descobri que as minhas dúvidas me levaram para o ateísmo. Como parte do meu estudo, li muitas críticas contra a crença em Deus. 

Depois de estudar teologia e filosofia, percebi que a Bíblia não era a palavra de Deus. Não houve milagres sobrenaturais. Jesus Cristo foi uma figura mítica que não ressuscitou dentre os mortos. 

Minha fé se desmoronou, mas as dúvidas do meu coração se resolveram completamente. 

Compreendi que Deus é uma antiga, mas poderosa superstição. Eu me inscrevi para o Projeto Clero, onde encontrei colegas ministros que duvidaram da existência de Deus. Eles me ajudaram a lidar com as emoções que eu senti e a definir novas metas para a minha vida. 

Depois de meses em segredo, revelei que me tornara ateu porque quero dar aos cristãos a oportunidade de se libertarem de suas tradições e superstições. 

A reação até agora tem sido explosiva. Os cristãos foram abalados e os céticos, encantados. Recebi centenas de comentários negativos e e-mails de cristãos e centenas de comentários positivos e e-mails dos céticos. 

Por enquanto, vou continuar fazendo vlogs, só que agora a partir de um ponto de vista cético.





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A direita se impõe nas cidades mais importantes do Equador



Mauricio Rodas será o novo prefeito de Quito. Guayaquil e Cuenca também deram seu voto à oposição




Mauricio Rodas comemora sua vitória em Quito. / R. BUENDIA (AFP)

Quito, Guayaquil e Cuenca, as três principais cidades do Equador, deram seu voto à oposição nas eleições locais que tiveram lugar nesse domingo. Isso pode ser interpretado como uma rejeição ao partido do governo, Aliança País, que procurava consolidar seu poder nas circunscrições regionais. Para o consultor político Decio Machado esses resultados são os um aviso vindo desde o âmbito local. “Parte dos cidadãos disse não ao poder absoluto e à prepotência do poder central, eu me pergunto se o governo é capaz de entender essa mensagem”.

Os três projetos políticos que se impuseram nas urnas dessas cidades devem seu triunfo às alianças políticas que fizeram para essas eleições. Mauricio Rodas, que com 58% dos votos se converteu no futuro prefeito da capital, foi impulsionado pela aliança dos movimentos Soma e Vive. Jaime Nebot, que se reelegeu em Guayaquil com 60% dos votos, representou a aliança do Partido Social Cristão e o movimento Madeira de Guerreiro, e Marcelo Cabrera, que obteve 44% dos votos em Cuenca, foi o candidato da aliança Igualdade-Participa.

O presidente Rafael Correa, que também lidera Aliança País, reconheceu que um dos erros de seu movimento foi não ter buscado alianças com outros setores políticos. “Acho que estamos caindo no sectarismo. Não posso me ocupar do dia a dia do movimento, mas acho que esse sectarismo está nos passando a conta”, disse depois da divulgação dos resultados das eleições.

Ele negou, entretanto, que os resultados adversos em Quito, Guayaquil e Cuenca sejam uma derrota para o seu movimento porque obtiveram bons resultados em outros lugares do país. “Foi uma vitória do oficialismo, mas com reveses”. A principal contrariedade foi a perda da capital. “Quito é importante pela governabilidade, não conheço (Mauricio) Rodas, mas conheço as pessoas que estão por trás dele, gente que está contando os dias para que o governo caia. Essas pessoas estão em contato com a direita fascista da Venezuela”, disse Correa, acrescentando que “trabalhar com adversários políticos é uma coisa, outra é trabalhar com inimigos”.

A reação dos moradores de Quito nas ruas não se fez esperar. A sede do movimento Soma se abarrotou de gente assim que se soube do resultado das três empresas de pesquisa que fizeram a contagem dos votos na boca de urna. O tráfego na área foi limitado e abriu espaço para um carnaval adiantado, no qual soava ao fundo a versão que Soma fez da canção Vivir mi vida, de Marc Anthony. “Podemos sim viver melhor/sem tantas multas e impostos”, rezava a estrofe.

Mauricio Rodas chegou com sua esposa e agradeceu aos eleitores discursando da carroceria de um caminhão colocado de improviso em frente à sede do movimento. “Hoje triunfou a dignidade dos cidadãos de Quito, farei uma nova prefeitura, que leve em conta todas as demandas e solicitações, tenho entusiasmo por servir e me comprometo com paixão”, disse brevemente.

A reação do Facebook e do Twitter também foi eufórica e se chegou a comparar os resultados dessas eleições com a revolta de Quito de 1809, quando se deu o primeiro grito de independência. Por esse fato histórico, a capital do Equador leva o qualificativo de “Quito, Luz da América” e essa frase foi recorrente nas redes sociais.

O historiador Juan Paz y Miño, entretanto, contextualiza os fatos. “Quito foi a consciência política do país e isso já se advertia no século XIX. Também foi o eixo de ações e reações frente a governos e prefeitos, lembremos que de 1996 a 2006 Quito foi determinante para a saída de três governantes eleitos democraticamente, mas não se pode comparar o triunfo eventual da velha e nova direita equatoriana com um triunfo da liberdade”.

Os resultados do conjunto do país não foram conhecidos até as 22h00. A contagem rápida que o Conselho Nacional Eleitoral fez só levou em conta 70% das atas até essa hora e o relatório seguinte só será divulgado na segunda-feira. Não há resultados oficiais para todo o país, mas as informações que vazaram mantêm Aliança País como a primeira força política, apesar a perda das grandes cidades.

Fonte: EL PAIS

Europa aprova a lei mais dura do mundo contra a emissão de CO2 por carros




O Parlamento europeu reduz a 95 gramas de CO2 por quilômetro as emissões a partir de 2020, apesar das pressões da Alemanha




Um painel recomenda redução da velocidade para se poluir menos em Paris. / FREDERICK FLORIN (AFP)


O Parlamento Europeu aprovou o regulamento mais severo do mundo contra as emissões de dióxido de carbono (CO2) originadas por automóveis. Os carros fabricados a partir de 2020 só poderão emitir um máximo de 95 gramas de CO2 por quilômetro, 25% menos que os 130 fixados pelo limite atual (para 2015). Apesar da aparente ambição da norma aprovada, as pressões da Alemanha obrigaram a Eurocâmara a reduzir as expectativas da proposta saída da Comissão Europeia, tanto no prazo de aplicação como nos incentivos aos fabricantes pela produção de veículos mais limpos.

O novo objetivo ratificado ontem foi acordado em novembro pelos 28 Estados-membros, o Parlamento e a Comissão, e representa uma redução absoluta de 50 milhões de toneladas de emissões de CO2 por ano, segundo cálculos divulgados pelo promotor da medida, o democrata-cristão alemão Thomas Ulmer. A UE já definiu há seis anos que o limite de CO2 dos carros para 2020 fosse de 95 gramas, mas na ocasião não detalhou medidas especificas para conseguir esse objetivo.

As pressões da Alemanha, cujo poderoso lobby automobilístico empurrou o Governo de Angela Merkel a solicitar uma ampliação no prazo de aplicação da medida até 2024, conseguiram fazer com que a resolução final aprovada ontem contenha certas concessões. Em primeiro lugar, o novo regulamento incluirá um generoso programa de incentivos para a produção de veículos menos poluentes —os chamados supercréditos—. Em concreto, por cada carro produzido que emita menos de 50 gramas de CO2 por quilômetro, o fabricante conseguirá uma redução na cota total de emissões de sua frota, compensando as emissões dos veículos mais poluentes que produza com as dos mais limpos. Na prática, esse limite só é cumprido pelos veículos elétricos e os híbridos. Em segundo lugar, o regulamento contempla uma margem adicional de um ano (até 2021) para que entre em vigor para 100% dos carros novos, frente aos quatro que pedia o Governo alemão.

Fontes da UE admitem que o regulamento é “mais flexível” que o texto que o Executivo comunitário encaminhou ao Parlamento, mas mostram sua satisfação por um acordo que qualificam de “bom e ambicioso”. Os ecologistas se dividem entre os que veem a medida como “insuficiente”, como Franziska Achterberg, do Greenpeace, e os que chamam o acordo de “positivo” apesar das pressões dos fabricantes alemães, como Greg Archer, da organização Transport & Enviroment. Os legisladores da bancada verde recusaram o texto na votação da Eurocâmara.

O texto, que ainda deve ser ratificado pelo Conselho de Ministros da UE, prevê futuras reduções adicionais depois de 2020 e a introdução de novas provas que registrem melhor o nível de emissões sob condições reais de condução. As empresas que não consigam cumprir o novo objetivo deverão pagar por cada grama por quilômetro que exceda o limite. Os fabricantes que produzam menos de 1.000 unidades estarão isentos de cumprir a norma. Atualmente, um quinto das emissões de CO2 na Europa tem origem nos carros particulares que, entre 1990 e 2008, aumentaram 26%.


Os mais vendidos e o CO2

Um Volkswagen Golf, o carro mais vendido na Europa no ano passado emite, em sua versão média de combustível, 125 gramas de CO2 por quilômetro percorrido, com o que estaria pouco menos de 25% acima das novas exigências comunitárias. O segundo veículo de passeio mais vendido na Europa em 2013, o Renault Clio, em uma versão equivalente, emite cerca de 100 gramas de CO2 por km, 5% a mais que o permitido pela norma aprovada pelo Parlamento Europeu.

“Há de se ter em conta que esses modelos não são os que mais CO2 geram”, destaca o presidente da Automobilistas Europeus Associados, Mario Arnaldo, que dá as boas-vindas às medidas embora alerte que, na atual situação de crise, não será fácil adotá-las. Segundo ele, os Estados-membros deveriam somar medidas não penalizadoras que apoiassem o rejuvenescimento do parque automobilístico. “É inegável que um carro fabricado hoje é muito menos poluente que outro produzido há apenas cinco anos”, conclui.

Fonte: http://brasil.elpais.com/

Mundo musical está de luto - Morreu PACO DE LUCIA

Paco de Lucía morre aos 66 anos

O violonista flamenco faleceu em Cancún (México), onde se sentiu repentinamente indisposto

A prefeitura de Algeciras, sul da Espanha, prepara os trâmites para sua possível repatriação

O dedilhar genial do violão de de Paco de Lucía ficou mudo. O intérprete flamenco morreu no México aos 66 anos, segundo confirmam fontes de seu meio e da Prefeitura de Algeciras (Cádiz, sul da Espanha), sua cidade natal e cujo perfil portuário estará para sempre associado a seu inigualável som com seis cordas. De Lucía estava brincando com seus filhos em uma praia em Cancún, onde possuía uma casa, quando se sentiu repentinamente indisposto, segundo um amigo íntimo do músico, Victoriano Mera.
O artista morreu a caminho do hospital. As primeiras suposições indicam que o violonista, premiado  com o Príncipe de Astúrias de Artes em 2004, que guiou a arte flamenca por novos e inexplorados caminhos à frente de seu sexteto com pitadas jazzísticas e eternamente lembrado por sua associação no Olimpo do flamenco ao lado do cantor Camarón durante os anos 60 e 70, faleceu por causa de um infarto. 
O músico vivia há anos em Palma de Maiorca, ilhas Baleares, depois de passar por locais como a Península de Yucatán ou Toledo, onde era visto (pouco), com uma mistura irresistível de cordialidade e reclusão. Nos últimos tempos fixou sua residência em Cuba. Os que cuidaram dele em Maiorca  lembram de seu violão com uma verdadeira alergia, que deixou de tocar durante um tempo, com vontade de compartilhar momentos com pessoas simples, afastado dos cenários artísticos e intelectuais e dedicado a seus dois filhos pequenos.
Era a forma que Francisco Sánchez Gómez, seu nome real, fugia de sua própria lenda. Um mito que também obteve suas recompensas comerciais; em 1975, sua rumba célebre Entre dos aguas o levou ao mais alto das listas de sucessos, como o próprio enredo das coincidências. A composição foi a última a entrar no repertório daquele disco que acabaria invadindo milhares de lares naquele ano no qual a Espanha tirava o pó negro da ditadura.
Apenas sua associação com Camarón de la Isla, dois amigos de infância curtidos nos tablaos que naqueles setenta estavam nas últimas, já teria sido suficiente para entrar nas enciclopédias da música popular. Mas foi bem mais. Suas primeiras preliminares com o jazz, acusado pelos puristas de abastardar a arte flamenca, foram no final da década anterior, quando colaborou, embora sem aparecer, nos discos de flamenco-jazz do saxofonista de Navarra (norte da Espanha) Pedro Iturralde. A meados dos anos 70 foi dando forma a uma banda extraordinária, nutrida do talento de seus irmãos, Pepe de Lucía e Ramón de Algeciras, e os jovens Jorge Pardo, Carles Benavent e Rubem Dantas, com quem introduziu a 'gaveta peruana' (cajón) na equação flamenca. A cristalização da lenda daquela banda única aconteceu a princípios dos anos 80, com os discos Solo quiero caminar(1981) e Live... One summer night (1984).
Na mesma década ocorreu também sua associação com dois titãs da improvisação às seis cordas: Al di Meola e John McLaughlin. Juntos rodaram o mundo impressionando auditórios de todas as classes e tamanhos com seu virtuosismo contagioso. 
Além de cruzar flamenco com jazz, De Lucía fez o próprio com o blues, a música indiana, a salsa, a bossa nova ou a música árabe. Também contribuiu para desvanecer a fronteira entre a música culta e a popular com registros históricos no Teatro Real.
Doctor honoris causa pela Universidad de Cádiz e no Berklee College of Music, o júri dos Prêmios Príncipe de Astúrias reconheceu sua "honra interpretativa" e sua capacidade de transcender "fronteiras e estilos" que lhe converteram em "um músico de dimensão universal". "Tudo aquilo que pode ser expressado com as seis cordas de um violão está em suas mãos", destacou o resultado.
A prefeitura de Algeciras, que decretou três dias de luto oficial, está fazendo os trâmites, em contato com a família, para facilitar a possível repatriação do cadáver.

Fonte: EL PAIS

Uma pequena amostra da enorme capacidade artística do falecido: