Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



quarta-feira, 30 de abril de 2014

GM amplia recall de Agile e Classic




Novo chamado inclui unidades feitas até dezembro e remete a um problema nas rodas traseiras


Vitor Matsubara, da

Chevrolet Agile
Chevrolet Agile: foi constatado um “excesso de torque no aperto da porca do cubo da roda, o que pode ocasionar superaquecimento do rolamento”
São Paulo - A General Motors do Brasil ampliou o recall convocado no dia 6 de fevereiro envolvendo os modelos Classic e Agile. No começo do ano, um problema no rolamento do cubo das rodas traseiras fez a empresa chamar 5.325 unidades, fabricadas entre 11 de outubro e 15 de novembro de 2013. Agora, a montadora estendeu a convocação aos veículos fabricados até dezembro do ano passado, embora sem precisar o número extra de carros chamados.
Segundo a GM, foi constatado um “excesso de torque no aperto da porca do cubo da roda, o que pode ocasionar superaquecimento do rolamento”. Neste caso, a roda traseira pode travar ou até se soltar, causando “perda de controle do veículo e risco de colisão e/ou capotamento, podendo causar lesões graves ou até fatais aos ocupantes e a terceiros”. O serviço consiste na verificação e reparo do rolamento do cubo das rodas traseiras, além da aplicação do torque correto na porca de fixação.
Para mais informações e agendamento do serviço, a GM disponibiliza o telefone 0800 702 4200 e seu site oficial.
Veja abaixo os números dos chassis dos veículos chamados para o recall:
Agile 2014: fabricados entre 11 de outubro e 12 de dezembro de 2013, com chassis de ER140857 a ER162697
Classic 2014: fabricados entre 8 de outubro e 13 de dezembro de 2013, com chassis de ER120938 a ER163131


Fonte: http://exame.abril.com.br/

EUA gastam US$1 bilhão por ano para ensinar criacionismo



Acredite: gasto americano para ensinar teoria em escolas é maior que o PIB de 23 países no mundo




Pintura de Michelangelo, "A Criação de Adão", feita por volta de 1511: EUA gastam um bilhão de dólares com teoria criacionista


São Paulo - Quanto pesa no bolso de um país seguir os ensinamentos da Bíblia nas escolas durante as aulas de ciência?


Segundo reportagem do Politico, o governo americano gasta 1 bilhão de dólares por ano para ensinar a teoria do criacionismo nas escolas.

Esse montante é bem significativo: maior que o PIB de 23 países, segundo a ONU, como os orçamentos de Zanzibar e São Tomé e Príncipe.

O recurso é gasto em forma de subsídios públicos destinado a escolas privadas. 

Os programas didáticos de muitas dessas escolas nem incluem, paralelamente aos ensinamentos cristãos, a teoria da evolução ou outros fatos científicos.

E os livros vão além da criação do mundo em sete dias, segundo a reportagem: desdenham do secularismo, desacreditam momentos de descobertas científicas históricas e até hostlizam cientistas famosos.

Leis

Nos EUA, as escolas públicas, por lei, não podem colocar a teoria criacionista no currículo. Mas estados como Louisiana e Tennessee decidiram criar leis próprias para permitir isso.

Um levantamento da Slate achou dezenas de escolas, públicas e privadas, que ensinam criacionismo aos alunos.

Em Indiana, por exemplo, são 37 escolas. Na Flórida, 134.

Fonte: http://exame.abril.com.br/

Evangélicos dizem que novela promove umbanda e boicotam Globo


Este post foi publicado em religiões em 30 de abril de 2014 por Pavarini.


Publicado no UOL [via Tribuna Hoje]

Evangélicos estão promovendo uma campanha na internet contra a novela das seis da Globo, Meu Pedacinho de Chão, que acusam de fomentar a umbanda. Uma publicação com mais de 85 mil compartilhamentos no Facebook diz que a trama é ambientada em umterreiro disfarçado e os nomes dos personagens contêm referências à religião afro-brasileira.

O texto, publicado em 15 de abril pela evangélica Dayhendyra Alves, faz um “alerta” sobre a novela Meu Pedacinho de Chão. “Descobri que a Vila de Santa Fé [cidade fictícia da novela] é um terreiro e que os nomes dos personagens são de umbanda”, diz a publicação. Coronel Epaminondas (Osmar Prado), chamado de Coronel Epa, seria uma referência à saudação Epa Babá ao Orixá Oxalá, um dos mais cultuados das religiões africanas.

Ainda segundo a publicação, o violeiro Viramundo (Gabriel Sater) seria uma variação do Exu Gira Mundo. O texto termina com uma prece a Jesus contra a trama de Benedito Ruy Barbosa: “Que o Senhor Jesus nos lave com seu poderoso sangue e abra nossos olhos!”.

Telespectadores evangélicos que compartilharam a publicação chamam Meu Pedacinho de Chão de “demônio puro” e prometem boicotar a novela da Globo. “Logo vi por que odiei essa novela. Demônio puro. Deus abra a mente das pessoas para a realidade”, comentou Michelle Araújo. “Depois dessas informações, irei me negar a não mais assistir. Prefiro agradar a meu Deus!”, escreveu Zélia Maria.

Meu Pedacinho de Chão não é a primeira novela da Globo boicotada por religiosos. O caso mais recente aconteceu em 2012, quando fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus fizeram campanha na internet contra Salve Jorge. O bispo Edir Macedo, líder da Universal e dono da Record, escreveu em seu blog que São Jorge, venerado pelo catolicismo e por religiões afro-brasileiras, é um “deus pagão travestido de santo”. Na época, a autora Gloria Perez respondeu ao ataque dos evangélicos. “Não se deve ampliar a voz dos imbecis”, disse em entrevista ao jornal O Globo.

Procurada pelo Notícias da TV, a Federação de Umbanda do Brasil não quis comentar o caso do boicote de evangélicos à novela das seis da Globo, porém ressaltou que não é a primeira vez que a religião afro-brasileira sofre ataques de intolerância.

A Globo esclarece que Meu Pedacinho de Chão não é inspirada na umbanda e não faz nenhuma referência a ela.

Independentemente do boicote de evangélicos, a novela das seis da Globo vem marcando a mais baixa média da história do horário.

Fonte: http://www.pavablog.com/

Trio Corrente hoje, no Teatro Pedro Ivo

O trio estará mostrando porque é um dos mais respeitados, na atualidade, no mundo do jazz.
Ingressos a partir das 14 horas, gratuitos, na bilheteria do teatro.

STF conclui que as provas que condenaram o ex-deputado Nelson Goetten são ilícitas



Destino do ex-deputado federal, que cumpre 28 anos de prisão em Itapema, está nas mãos do Superior Tribunal de Justiça

Colombo de Souza 
FLORIANÓPOLIS


As provas que condenaram o ex-deputado federal Nelson Goetten a 28 anos de reclusão em primeira instância, por suspeita de estupro de adolescente e favorecimento à prostituição, foram consideradas ilegais pelo Supremo Tribunal Federal. Com a decisão, tomada na tarde de terça-feira (29), a liberdade ou permanência do político na cadeia está nas mãos do Superior Tribunal de Justiça.


Fernando Mendes/Arquivo/ND
Nelson Goetten cumpre pena em Itapema


De acordo com o advogado Roberto Brasil Fernandes não há prazo para o recurso especial ser julgado pelo STJ. “Somente o ex-deputado continua preso, os demais já foram absolvidos ou aguardam julgamento em liberdade”, explicou.

Fernandes disse que Vagner Correia e Elisângela Marcola foram absolvidos. Gilberto Orzi, condenado, foi beneficiado pelo indulto pleno, e Cristiane do Carmo Alves Paes aguarda o julgamento em liberdade. “A única testemunha que disse que na polícia ter sido estuprada fez exame de conjunção carnal e o resultado deu negativo”, afirmou o defensor.

O advogado reuniu vários argumentos para tentar livrar seu cliente da cadeia desde o início do processo. “Conforme a Súmula 11, ele não poderia ser algemado, além disso, o processo tramitava em segredo de justiça, mas os nomes das vítimas foram divulgados”.

No início do processo o advogado impetrou recurso no Fórum de Itapema arguindo que não havia provas suficientes para condenar Goetten, mas a juíza Marvione de Abreu não reconheceu a nulidade. Então, a defesa do ex-deputado federal impetrou uma ação constitucional no Superior Tribunal de Justiça, em agosto de 2011. O recurso foi julgado somente na terça-feira.


Publicado em 30/04/14-10:03

Fonte: http://ndonline.com.br/

Novo sistema de transporte coletivo de Florianópolis terá mudanças a partir desta quinta-feira

Contrato foi assinado nesta manhã pela Prefeitura de Florianópolis e o Consórcio Fênix

Felipe Alves
FLORIANÓPOLIS

A Prefeitura de Florianópolis e o Consórcio Fênix assinaram o contrato para o novo sistema de transporte coletivo da cidade na manhã desta quarta-feira (30). De forma gradual, o novo sistema será implementado completamente até outubro de 2015 pelo consórcio, que terá 20 anos para explorar o serviço.

Daniel Queiroz/ND

Usuários terão duas horas para fazer a integração

A primeira medida já será implantada nesta quinta-feira (1º/5), e possibilitará aos usuários do transporte maior integração entre os ônibus. Ao invés de 30 minutos para fazer a integração, agora as pessoas terão duas horas e não precisarão ir aos terminais para isso.
A redução das tarifas, prevista no contrato, será feita até 1º de agosto e, com o novo sistema, haverá ampliação da tarifa social. A aposta do novo sistema é na tecnologia, com a criação de um SAO (Sistema de Apoio à Operação), no Itacorubi, que deverá planejar, otimizar e programar as linhas de ônibus. Ainda neste ano, segundo o prefeito, começam as obras que destinarão corredores exclusivos e preferenciais para ônibus na cidade.
Daniel Queiroz/ND

Novos ônibus do transporte coletivo
A assembleia realizada na terça-feira (29) por cobradores e motoristas de ônibusdecidiu que, se o contrato fosse assinado hoje, prevendo a redução de 50% do número de cobradores, a categoria iria paralisar os serviços entre 6 e 9 de maio.
“Não haverá demissão de funcionários a não ser por justa causa. O consórcio terá que absorver estes trabalhadores de outra forma, ou promovendo-os a motoristas ou recolocando-os para trabalhar de forma administrativa”, enfatizou o prefeito nesta manhã.
O consórcio Fênix é formado pelas empresas que atualmente atuam no transporte coletivo da Grande Florinaópolis, Transol, Estrela, Emflotur, Insular e Canasvieiras.
Publicado em 30/04/14-11:40

Fonte: http://ndonline.com.br/

TRABALHISMO - Salário mínimo na ditadura e hoje


Ele é um vetor de enorme importância para a sociedade brasileira. Quando é reduzido, promove degradação distributiva e desigualdade social
por João Sicsú — publicado 29/04/2014 16:28, última modificação 30/04/2014 10:14


O salário mínimo foi instituído por Getúlio Vargas em 1940. A cada 1º de maio é comemorado o dia do trabalhador e também o dia do salário mínimo. Há 74 anos, em discurso na cidade do Rio de Janeiro, o presidente anunciou: “...assinamos hoje um ato de incalculável alcance social e econômico: a lei que fixa o salário mínimo para todo o país”.

Desde a sua criação até o golpe de 1964, três presidentes defenderam o valor real do salário mínimo: Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart. Neste período, Eurico Gaspar Dutra, que governou o Brasil de 1946 a 1951, foi o grande adversário do salário mínimo, deixando o seu valor ser corroído pela inflação. No governo de Gaspar Dutra, não foi concedido qualquer reajuste ao salário mínimo, que perdeu 40% do seu valor real.

O salário mínimo alcançou um de seus valores reais mais altos exatamente um mês antes do golpe de março de 1964. Seu valor em fevereiro daquele ano, corrigido monetariamente para os dias de hoje, era um pouco superior a mil reais. Desde o início da ditadura até o seu fim, a tendência foi de perda do poder de compra do salário. Durante a ditadura, os ministros da Fazenda mais proeminentes foram: Otávio Gouveia de Bulhões, Antônio Delfim Netto e Mário Henrique Simonsen.

No início dos anos 1960, apesar da inflação, João Goulart promoveu reajustes para defender o salário mínimo. No dia 24 de fevereiro de 1964, dias antes do golpe, o presidente João Goulart deu aumento de 100% para o valor do salário mínimo. No ano de 1963, já havia concedido aumento superior a 56%. Contudo, acreditava que o remédio definitivo seria a derrubada da inflação. No histórico comício de 13 março de 1964 na Central do Brasil, bradou:

“Governo nenhum, trabalhadores, povo nenhum, por maior que seja seu esforço, e até mesmo o seu sacrifício, poderá enfrentar o monstro inflacionário que devora os salários, que inquieta o povo assalariado, se não forem efetuadas as reformas de estrutura de base exigidas pelo povo e reclamadas pela Nação.”

Com o golpe de 1964 e a implantação da ditadura, um novo modelo econômico foi imposto. O pacto entre os militares e os empresários era pela promoção do crescimento econômico e realização de investimentos públicos e privados. E assim foi feito. Mas foi um modelo concentrador de renda que dilapidou o salário mínimo. A ideia que justificava esse modelo foi expressa pelo então ministro Delfim Neto que dizia que era necessário, primeiro, fazer o bolo crescer para, depois, distribuí-lo.

O ambiente de repressão política e de sindicatos sufocados favoreceu o arrocho salarial, incluindo aí o salário mínimo. E, de fato, o bolo sugerido pelo ministro Delfim cresceu. O setor público fez grandes investimentos à custa da elevação do endividamento externo. O setor privado também fazia grandes investimentos financiados pela folga financeira devido à redução de custos que representava a folha de pagamento – além de favores concedidos pelos militares a determinados setores econômicos. O arrocho salarial não era uma maldade a mais do regime ditatorial, era sim um vetor importante do modelo econômico de crescimento e investimento. A ditadura durou 21 anos e, neste período, o salário mínimo perdeu, em termos reais, mais de 50% do seu valor.

Durante a ditadura, a concentração de renda aumentou de forma extremamente significativa. A inflação, que era alta nos tempos de João Goulart, disparou. Além disso, o Brasil vivenciou grandes movimentos migratórios, do norte e do nordeste para São Paulo e Rio de Janeiro e do campo para as cidades. Sem empregos, renda e direito à moradia nas cidades, que representavam sonho e esperança, as favelas surgiram como alternativa e como problema urbano e social.

O salário mínimo é um vetor de enorme importância para a sociedade brasileira. Quando é reduzido, promove degradação distributiva e desigualdade social. E o contrário é verdadeiro. Portanto, grande parte das conquistas sociais dos anos 2000 pode e deve ser atribuída à política atual de recuperação e valorização do salário mínimo, que hoje está no patamar do início dos anos 1960. Apesar da boa política de valorização do seu valor, ainda está no meio do caminho de sua recuperação e está longe do patamar da dignidade.

Existe uma ameaça no ar. A regra atual de reajuste do salário mínimo terminará em 2015. Conselheiros do PSDB e da oposição orientam seus seguidores para pressionar pela quebra da regra porque o salário mínimo estaria alto demais. Estaria retirando competitividade das empresas. Pode-se perceber: o vocabulário é mais moderno. Mas é a velha ideia dos tempos da ditadura: menos salários para haver mais investimentos.

Última mensagem: qualquer central sindical somente deveria apoiar um candidato a presidente em 2014 se e quando houvesse o compromisso de manutenção da regra atual que recuperou, nos últimos 10 anos, em mais de 70% o valor real do salário mínimo. O objetivo: manutenção da trajetória de recuperação do salário mínimo. A meta: um salário mínimo digno como vetor de mais justiça e igualdade social.

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/

Brasil teve 45 violações graves à liberdade de expressão em 2013


Desses casos, 12 terminaram com morte. Para a ONG Artigo XIX, esse é um número incompatível com o Estado democrático de Direito
por Piero Locatelli — publicado 30/04/2014 10:38




Relatório da ONG aponta que comunicadores foram o principal alvo

Denunciar a posse irregular de terras, o extrativismo ilegal, crimes ambientais e o contrabando foram alguns dos motivos que levaram ativistas a serem assassinados no Brasil em 2013. Doze pessoas foram mortas em um total de 45 ataques graves à liberdade de expressão no último ano, de acordo com o relatórioViolações à liberdade de expressão da ONG Artigo XIX. Para a entidade, “esse é um número incompatível com o Estado democrático de Direito”.

Jornalistas, blogueiros e comunicadores em geral foram um alvo mais comum do que defensores de direitos humanos em geral. Segundo o relatório, comunicadores sofreram 15 ameaças de morte, 2 sequestros, 8 tentativas de assassinato e 4 homicídios. Defensores de direitos humanos, porém, foram vítimas de mais homicídios – oito foram assassinados no último ano. Além disso, houve uma tentativa de assassinato e 7 ameaças de morte.

Para a entidade, as consequências dos ataques não se resumem àqueles sofridos pelos seus alvos diretos. “Impedir a liberdade de expressão de um defensor de direitos humanos não é somente uma ameaça individual, mas também funciona como uma maneira de desviar a atenção do tema da mobilização e do ativismo político desses defensores, ou seja, impedir que pautas maiores e de maior complexidade social sejam discutidas pela sociedade e possivelmente abordadas de maneira transformadora,” diz o relatório da entidade.

Funcionários públicos foram a maioria entre mandantes

Políticos, policiais e outros funcionários públicos são suspeitos de serem os mandantes na maioria dos atentados relacionados a comunicadores, em 23 dos casos. Em outras quatro ocorrências há pessoas ligadas ao crime organizado e, em duas delas, empresários são suspeitos. No caso dos defensores de direitos humanos, em 11 dos casos a suspeita é a de que os mandantes tenham sido produtores rurais ou extrativistas.

Os dados foram coletados a partir de matérias publicadas em diversos veículos de comunicação e outras redes, além de relatos de testemunhas dos casos. Depois, a ONG se aprofundou em cada caso, fazendo entrevista com as vítimas, pessoas próximas a elas, ativistas e autoridades. A íntegra do relatório pode ser acessado no site da entidade.


Fonte: http://www.cartacapital.com.br/

“Somos todos macacos”. E somos todos espontâneos?





29/04/2014 - 15:38


Afinal, há uma campanha publicitária por trás do gesto de Dani Alves comer a banana racista que lhe atiraram.Neymar teve a ideia, Dani Alves colocou-a em prática 
ALBERT GEA/REUTERS




A atitude, tão inesperada quanto incisiva, colheu elogios vindos de todas as partes do mundo: Dani Alves pegou na banana que lhe tinha sido atirada como insulto racista e comeu-a, prosseguindo o jogo como se nada tivesse acontecido. E não demorou até que a campanha #somostodosmacacos, lançada por Neymar, incendiasse as redes sociais.

Milhares de pessoas associaram-se espontaneamente ao movimento mas, segundo revelou nesta terça-feira a revista brasileira Veja, houve uma campanha publicitária por trás do gesto de Dani Alves. Os autores defendem-se, sublinhando que o principal objectivo foi alcançado: demonstrar que o racismo é um sentimento absurdo.

Tudo começou no final de Março, quando o Barcelona foi jogar ao terreno do rival Espanyol. Um adepto do Espanyol terá atirado uma banana para insultar Neymar e Dani Alves. Os dois internacionais brasileiros não se aperceberam disso, mas alguns dias depois, em conversa, ironizavam sobre a situação: “[Neymar] brincou que se tivesse visto a banana, a teria comido”, contava Dani Alves.

A conversa entre os dois não passou disto. Mas Neymar procurou ajuda profissional junto da agência de publicidade Loducca. “Neymar e seu pai me procuraram para dizer que precisavam se posicionar em relação às manifestações racistas. Queriam resolver isso de uma forma que colocasse a mensagem do Neymar de maneira forte. E decidimos trabalhar a ideia de que a melhor maneira de acabar com o preconceito é tirar a força dele e fazer com que a pessoa não repita o acto. Foi aí que criamos #somostodosmacacos. A ideia era começar com o Neymar comendo a banana e isso se tornar um movimento”, admitiu Guga Ketzer, sócio da agência, à revista Veja.

“Aí, quando o Dani [Alves] comeu a banana, soltámos a campanha. Não foi combinado. O Neymar ia comer, mas como foi o Dani, maravilha também”, explicou o publicitário, sublinhando que o importante foi o envolvimento espontâneo das pessoas. “Eles abriram a discussão e colocaram as coisas de uma forma que fez as pessoas discutirem o assunto”, acrescentou.

O facto de a campanha ter começado com o impulso de uma agência publicitária não desvaloriza o movimento, disse ainda Guga Ketzer: “Tentar desmerecer o movimento pelo facto de ter uma agência por trás é tão preconceituoso quanto o adepto que lança a banana. Por que não podemos ajudar com uma ideia? Não é uma campanha para vender nada. Fizemos conforme a necessidade do Neymar de mostrar que o racismo é uma situação completamente absurda. E deu certo”, concluiu.

T-shirts da polémica
O objectivo da agência de publicidade Loducca não foi vender nada. Mas há quem esteja a tentar tirar partido do movimento gerado para fazer negócio. O apresentador de televisão brasileiro Luciano Huck lançou uma linha de t-shirts com o slogan “Somos todos macacos”, mas as reacções foram muito negativas. As acusações a Huck de estar a lucrar com todo o incidente sucedem-se. As camisolas custam 69 reais (22,5 euros).

Vários utilizadores citados pelo portal Terra contestavam também o facto de no site de Huck não aparecerem modelos negros a promover as t-shirts em causa: “Grande campanha de combate ao racismo de um site que não tem modelos negras ou negros”, apontou Henrique Kopittke. “No site só tem modelos brancos, está bem bonita essa diversidade mesmo”, ironizou André Braga.

Fonte: http://www.publico.pt/

Som em bar só é permitido com autorização e laudo acústico




Foi mantida em segundo grau a sentença obtida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) que proibiu um bar no município de São José de realizar qualquer atividade que utilize som mecânico ou ao vivo até que esteja de acordo com o especificado nas normas ambientais.

A ação civil pública foi ajuizada pela 10ª Promotoria de Justiça de São José, com atuação na área do meio ambiente, contra o Marca Bar e Restaurante, conhecido como Praça XI. Na ação, o MPSC alega que o estabelecimento promovia festas com a utilização de som ao vivo e mecânico ao ar livre, nos fundos de suas instalações, causando poluição sonora que prejudicava a vizinhança.

De acordo com o Promotor de Justiça Raul de Araújo Santos Neto, os eventos eram promovidos sem as autorizações ambientais necessárias, como Certidão de Isolamento Acústico e Estudo de Impacto de Vizinhança. Acrescentou, ainda, que o estabelecimento possuía alvará para funcionar apenas como restaurante, o que não inclui atividade sonora, e que, apesar de duas notificações da Fundação Municipal do Meio Ambiente, continuou a promover festas.

Diante dos fatos apresentados pelo Ministério Público, o Juízo de primeiro grau condenou o bar a suspender toda e qualquer atividade que utilizasse som ao vivo ou mecânico até sua total regularização às normas ambientais.

Insatisfeito com a decisão, o estabelecimento recorreu ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), alegando que obteve a certidão de tratamento acústico. No entanto, a certidão condicionava sua validade a uma série de exigências que em momento algum foram comprovadas no processo. A Quarta Câmara de Direito Público julgou, então, por unanimidade, manter a suspensão até que seja comprovada a regularização do local. A decisão é passível de recurso. (Apelação n. 2012080863-0)

Redação: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC

BRASIL - É, OU NÃO, REPÚBLICA DAS BANANAS?


República das Bananas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Bandeira humorística da república bananeira.
República das bananas é um termo pejorativo para um país, normalmente latino-americanopoliticamente instável, submisso a um país rico e frequentemente com um governador corrompido e opressor. Sua economia é em grande parte dependente da exportação de um único produto limitado de recursos, tais como bananas. Normalmente tem classes sociais estratificadas, incluindo uma grande e empobrecida classe trabalhadora e uma plutocracia que compreende as elites de negócios, política e militares.1 Esta oligarquia político-econômica controla as produções do setor primário e, assim, explora a economia do o país. 2
O termo foi cunhado por O. Henry, um humorista e cronista estadunidense. Originalmente, o termo referia-se a Hondurase foi apresentado no livro de contos curtos Cabbages and Kings, de 1904, ambientados na América Central. República, nessa época, era também um eufemismo de ditadura. Alguns trechos do livro nos quais o termo é usado são:
In the constitution of this small, maritime banana republic was a forgotten section…nota 1

e
At that time we had a treaty with about every foreign country except Belgium and that banana republic, Anchuria.nota 2

O termo fortaleceu-se devido à forte presença das empresas estadunidenses United Fruit Company e Standard Fruit, que dominavam a produção de frutas comobananas e abacaxis nos países do Caribe. Na época, a exportação de frutas era a grande fonte de riqueza destes países. Assim, as companhias tinham grande poder sobre a economia local destes países, e quando não respondiam a seus interesses, utilizavam-se da força para garanti-los.3 Exemplo disso foi quando, em 1910, um barco partiu de Nova Orleans rumo a Honduras com o objectivo de instalar um novo presidente pela força, pois o governo daquele país não cortara nos impostos em favor da companhia. O novo presidente empossado permitiu que a empresa ficasse livre de pagar impostos durante 25 anos.4 5
O conceito também foi explorado pelo cineasta Woody Allen no filme Bananas, de 1971, que se passa na fictícia San Marcos.

Notas

  1. Ir para cima Em portuguêsNa constituição desta pequena e marítima república bananeira havia uma secção esquecida…
  2. Ir para cima Em portuguêsNesses tempos tínhamos tratados com quase todos os países estrangeiros excepto Bélgica e essa república bananeira, Anchuria

Referências

  1. Ir para cima Richard Alan White. The Morass. United States Intervention in Central America. New York: Harper & Row, 1984. 319 p. P. 95ISBN 0-060-91145-XISBN 978-0-06091-145-4.
  2. Ir para cima (Saturday 24 May 2008) "Big-business Greed Killing the Banana (p. A19)". The Independent, via The New Zealand Herald'.
  3. Ir para cima [http://www.informationclearinghouse.info/article23211.htm Honduras: Military Coup Engineered By Two US Companies?] - Information Clearing House
  4. Ir para cima Honduras: The Expanded Role of the United States - Country Studies
  5. Ir para cima The United Fruit Company in Latin America - Internet Archive

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

União político-sindical-empresarial chantageia por bondades às montadoras

indústria, Brasil

Em 2013, as montadoras brasileiras bateram uma alta de quase 10% na produção de unidades sobre 2012, totalizando 3,74 milhões de veículos. Quatro meses depois, uma queda de 2,1% nas vendas do primeiro trimestre já faz o setor correr atrás das bondades do governo.

O roteiro é velho conhecido: o inchaço no comércio em 2013, como em outros anos, sempre é garantido à base de uma ajuda extra, como a que agora se discute.
Às custas do contribuinte, no último ano fiscal a renúncia na arrecadação com o prorrogamento da redução do Imposto sobre Produtos Industrializado (IPI), de abril a dezembro, alcançou R$ 2,2 bilhões. Não que esse dinheiro, no cofres do Tesouro Nacional, necessariamente todo ele seria melhor empregado. O governo gasta mal, outra parte se perde nos ralos da pouca vergonha, mas que ao menos as contrapartidas fossem exigidas – e cobradas.
Tanto é verdade que o pequeno freio no mercado de janeiro a março – sobre o recorde de produção em 2013, reitera-se –, já foi motivo de férias coletivas, suspensão de contrato de trabalho, redução de jornada e folgas programadas sobre a população de mais de 150 mil empregados. Gatilho da chantagem: demissões à frente se nada for feito a favor da indústria.
Como se a única contrapartida que interessa é a manutenção do emprego, ainda que não haja justificativa para demissões, como antes, desde que as empresas se dispusessem a espremer um pouco mais a suas margens. E também diminuíssem o repatriamento de lucros e dividendos às matrizes, que em 2013 chegou a US$ 3,3 bilhões, nada igual aos US$ 5,6 bilhões de 2011, mas novamente em ritmo de elevação na comparação com 2012.
Porém, eis aí um componente político na questão dos postos de trabalho. Com tamanha massa de mão-de-obra direta, mais a agregada na cadeia automobilística com destaque para as empresas de autopeças, além da indireta que gravita em torno do setor, o governo teme a repercussão negativa nas urnas, ainda mais que os índices de emprego são dos poucos motivos que hão para comemorar. Leva-se em conta que a hoje mais pulverizada nacionalmente indústria automotiva ainda tem boa concentração nas cidades do ABC paulista, berço do movimento sindical que deu vida ao PT e ainda o sustenta na região.
Então, esse mesmo lado político-sindical, que ainda mantém o insosso discurso de fachada contra o capital, na falta de coisa melhor a fazer, mancomuna-se com os capitalistas internacionais na chantagem. E passam o chapéu em Brasília para ajudar os símbolos do capitalismo brasileiro desde os tempos de Juscelino Kubitschek, o pai da indústria automobilística nacional. Às custas do contribuinte, é claro, às favas com a ideologia e com o resto da classe trabalhadora de setores não bafejados pela sorte política e que vão minguando.
Reconhece-se que não é de agora essa aliança, muito menos o amém do governo. Vem de longe, de todos os matizes. Brasília sempre se rendeu. Nos últimos 11 anos, no entanto, a situação – amparada por esse suporte político-sindical –, foi longe demais, com a escandalosa ajuda dos governos estaduais que concorrem com terrenos e subsídios para a instalação de fábricas.
A participação das montadoras – 26, com 53 plantas, segundo a Anfavea, entidade setorial –, foi de 12,5% para 18,2% do PIB, de acordo com estudo de Nara Simone Roeche, especialista em políticas industriais para a cadeia automotiva e professora da PUC do Rio Grande do Sul. Nada menos que 45,6% de expansão, na contramão do encolhimento do setor industrial como um todo, que de 27,2% de peso no produto nacional voltou aos patamares de antanho, valendo 13,3%, em cômputo feito pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Se os números não são exatamente assim, estão perto disso.
Pari passu, o ganho de eficiência e competitividade, a incorporação de mais tecnologia e melhoria da segurança dos veículos de passeio e de carga aqui produzidos foram sofríveis. Nem os índices de emissão de monóxido de carbono, iguais aos que as mesmas montadoras oferecem nas suas matrizes foram atingidos; até há pouco quase que as montadoras conseguem protelar a exigência de air bags em todas as unidades não fosse a gritaria geral dos órgãos de segurança; e agora as empresas já querem empurrar para a frente colocação de rastreadores.
A lista de contrapartidas corriqueiramente anunciadas e nunca atingidas é enorme.
A desculpa maior dos últimos meses: em paralelo à redução das vendas no mercado brasileiro, a Argentina está deixando de comprar. Ora, que cobrem do governo medidas para destravar as exigências do parceiro, no âmbito do Acordo Automotivo do Mercosul que dá vantagens às montadoras (as mesmas, claro) de lá, que, junto com a crise econômica, empacam as importações de carros do Brasil. Que cobrem também, por exemplo, uma profunda reforma fiscal no País, derrubando custos de produção em cascata.
Quando o mercado ia bem, as multinacionais sobre rodas não reclamavam, relegaram ganhos de competitividade e praticamente saíram dos mercados mais exigentes. Conclusão: cerca de 80% das exportações seguem para o complicado vizinho.
Se o pacote de bondades que pode sair nos próximos dias se restringir às medidas de oxigenação do crédito bancário, como a flexibilização da exigência feita aos bancos de provisionamento de 75% do valor dos financiamentos de prazos mais longos, e, portanto, redução dos juros, menos mal. Não haverá sangramento do erário público. O problema é do consumidor.
A questão é que isso não é garantia de retomada das vendas. E aí a chantagem pode recomeçar em plena safra de eleições. E novos mimos podem ser sacados – ou rediscutidos. Pouco debatido na imprensa foi, há alguns dias, a indecência de se usar o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para pagar fração dos salários dos funcionários com jornada reduzida, conhecido pelo pomposo anglicanismo de lay-off.
Por sinal, ninguém garante que nos bastidores desse conluio político-sindical com o capital essa proposta indecorosa foi abortada.