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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Encontrados em Jilin novos documentos que provam invasão japonesa na China


Foram encontradas no Arquivo da Província de Jilin 89 peças de documentos sobre a invasão japonesa na China durante a Segunda Guerra Mundial. Os documentos demonstram evidências irrefutáveis de vários crimes do exército japonês, incluindo o Massacre de Nanjing, o recrutamento forçado de mulheres para serem escravas sexuais e o tratamento brutal contra os trabalhadores.

A província de Jilin sofreu muito durante a invasão japonesa na China e foi uma das regiões ocupadas pelo Japão por mais tempo. Como a cidade de Changchun, capital da província de Jilin, era a "capital" do Estado fantoche Manchukuo, e sede de comando do Exército Kwantung do Japão, vários documentos durante a invasão japonesa foram deixados ali.

"O Arquivo da Província de Jilin possui cerca de 100 mil peças de documentos sobre invasão japonesa na China, 90% em língua japonesa. Os documentos são preciosos e registram realmente as ações da invasão."

A declaração foi feita pelo vice-diretor do Arquivo, Mu Zhanyi. A partir do ano de 2012, o Arquivo da Província de Jilin começou a tradução e interpretação dos documentos. Das 89 peças recentemente divulgadas, 87 são sobre a sede de comando do Exército Kwantung do Japão e duas sobre Banco Central do Manchukuo.

A funcionária aposentadora do Arquivo, Zhao Sujuan, de 81 anos, disse que no início dos anos 1950, um setor do Exército de Libertação Popular de Changchun descobriu documentos enterrados na sede do comando do Exército Kwantung do Japão, quando reparavam os arames eletrônicos. A maioria dos documentos era em fragmentos e foram entregues para o Arquivo da Província de Jilin em 1982.

Entre esses documentos, seis peças são sobre "transmissão especial" da Unidade 731 do exército japonês durante a invasão. A Unidade 731 foi uma unidade secreta de pesquisa e desenvolvimento de guerra biológica que utilizou seres humanos em experiências secretas. Os prisioneiros da China, da ex-União Soviética e dos Aliados foram vítimas das experiências da Unidade 731.

Cerca de 200 documentos sobre "transmissão especial" foram encontrados no Arquivo da Província de Jilin e demonstram que 277 pessoas foram transferidas para a Unidade 731. A maioria desses prisioneiros era de chineses, coreanos e da ex-União Soviética.

Antes da rendição do Japão durante a Segunda Guerra Mundial, quase todos os documentos sobre Unidade 731 foram destruídos ou transmitidos. Os documentos divulgados pelo Arquivo de Jilin se tornam uma prova direta sobre as experiências secretas do exército japonês.

Os documentos relacionados também mostram que a Unidade 731 realizou guerra biológica por 161 vezes em mais de 20 províncias da China, deixando cerca de 2,4 milhões de enfermos e causando a morte de 270 mil pessoas.

O membro da Academia de Ciências Sociais da China, Jiang Lifeng, que faz pesquisa sobre Japão, indicou que os novos documentos divulgados são significativos para a pesquisa sobre a história do Japão e do militarismo japonês e servem também para responder de forma crítica a retórica de direita do primeiro-ministro japonês Shinzo Abe.

(Tradução: Lucas Xu Revisão: José Medeiros da Silva)


Fonte: http://portuguese.cri.cn/

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