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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Há tucano na lista? E Aécio: Pergunte ao Janot




Josias de Souza


As principais lideranças do PSDB no Senado reuniram-se ao redor de Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo. Trocaram impressões sobre uma conjuntura em que se misturam duas encrencas: a crise ética e a crise econômica. Na saída, os repórteres crivaram os presentes de perguntas sobre a Operação Lava Jato.

Sobre o zunzunzum de que haveria tucanos na lista, os entrevistados desconversaram. “Vamos aguardar a semana que vem”, disse, por exemplo, José Serra. Perguntou-se a Aécio Neves se seu nome poderia estar na relação que será enviada ao STF pelo chefe do Ministério Público.

E ele: “Pergunte ao Janot.” Hummmmm… Esse tipo de pergunta só tem uma resposta aceitável. Podendo, o entrevistado deve dizer: “Me respeite!” Não podendo, é melhor silenciar.

AINDA HÁ JUÍZES NA ARGENTINA? - QUEM NÃO DESEJA QUE O ATENTADO À AMIA SEJA APURADO COM ISENÇÃO?

As inconsistências da denúncia contra a presidenta argentina  




 

Buenos Aires, 27 fev (Prensa Latina) Figuras de vários setores e juristas da Argentina avaliam hoje o ditame do juiz Daniel Rafecas que desconsiderou "por inexistência de delito" a denúncia de que o Executivo acobertou terroristas.Rafecas afirmou que faltam elementos para promover a investigação solicitada pelo promotor Gerardo Pollicita, quem acusou a mandatária e seu Chanceler com base na acusação, lançada por Alberto Nisman, de acobertar os responsáveis do atentado à associação judia AMIA.

"Ficou claro que nenhuma das duas hipóteses de delito apresentadas pelo promotor Pollicita em seu requerimento se sustentam minimamente", argumentou Rafecas.

Esse promotor pode apelar a decisão perante a Câmara Federal, e a oposição, incluída a que está dentro do Poder Judicial, pode ter outras cartas embaixo da manga.

Julio Maier, ex-presidente do Tribunal Superior da Cidade Buenos Aires, concordou com Rafecas que o delito de ação pública não está contido na denúncia.

Por sua vez, o ex-ministro de Justiça, León Arslanián qualificou como inobjetável a decisão do juiz federal que, segundo considerou Maier, está muito bem sustentada.

Inicialmente, Nisman acusou a Presidenta e seu Chanceler de acobertar o suposto envolvimento do Irã no ataque à AMIA em 1994 em troca de petróleo, o que foi usado pela oposição para desatar um escândalo político.

Depois de sua estranha morte, que despertou ainda mais a ofensiva contra o governo, Pollicita apresentou uma denúncia formal e exigiu vênia processual para acometer 50 medidas de prova.

"Fica claro que nenhuma das duas hipóteses de delito sustentada pelo promotor Pollicita em seu requerimento se sustentam minimamente", setenciou o juiz Rafecas que agora muito provavelmente será alvo dos dardos da oposição política e midiática.

Sobre o Memorando de Entendimento com o Irã, o magistrado explicou que "o suposto delito nunca foi cometido". Esse acordo estabeleceria uma Comissão da Verdade para que Nisman e um juiz argentino pudessem interrogar os iranianos envolvidos.

Mas o próprio Nisman foi contra, como o resto da oposição, e uma parte do Poder Judicial, declarando a medida anticonstitucional.

E com respeito à anulação dos "alertas vermelhos" da Interpol, argumentou que "a evidência reunida, longe de sustentar minimamente a versão fiscal, a desmente de um modo rotundo e lapidário, levando também à mesma conclusão da inexistência de um delito".

tgj/mh/cc
Modificado el (viernes, 27 de febrero de 2015)

Fonte: http://www.prensalatina.com.br/

Para 60%, não há democracia verdadeira na Alemanha

É de se perguntar: 

- ONDE HÁ UMA DEMOCRACIA VERDADEIRA? NOS EUA, NA CHINA, NO JAPÃO, NA INGLATERRA, NA FRANÇA, NO BRASIL, EM ISRAEL? 

- ONDE OS INTERESSES ECONÔMICOS NÃO PREVALECEM SOBRE OS INTERESSES SOCIAIS?

O povo é dito "soberano" nas letras das constituições, mas a verdade é muito diferente. O povo não goza nem mesmo de autonomia, muito menos de soberania. 

Soberanos são os que manipulam as mentes das pessoas, apropriando-se das suas consciências, dos seus desejos, mitigando suas resistências e principalmente abocanhando suas riquezas, valendo-se das religiões, de políticas públicas convenientes à minoria dominante, dos juros, de propaganda inescrupulosa, que criam dependências e submissão generalizada.

"Coincidentemente" a pesquisa e a revelação dos resultados ocorre agora que a chefona dos alemães e da "troika" é sabidamente judia. Ângela Merkel nem ganhou tal nome ao ser parida. Em verdade foi chamada de ANGELA DOROTHEA KASNER, conforme a influente revista alemã Der Spiegel,  edição publicada com esta capa (a alemã e o dirigente israelense).




Segundo outra fonte, seu verdadeiro nome é REBBEKAH KASNER JENTSCH.




Na foto, ela admira o candelabro judaico (Menorah)

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Estudo mostra que um em cada quatro cidadãos acredita que o país está no caminho de uma nova ditadura.

Para um terço dos entrevistados, capitalismo inevitavelmente leva à pobreza e à fome.




Cartazes da propaganda eleitoral na Alemanha



Mais de 60% dos alemães consideram que não há uma democracia verdadeira na Alemanha. A culpa seria da influência da economia, que teria mais força do que os eleitores. Esse é o resultado de uma pesquisa de opinião realizada pelo instituto Infratest Dimap, a pedido da Universidade Livre de Berlim, e publicada nesta terça-feira (24/02).

Segundo o relatório, uma a cada três pessoas está convencida de que o capitalismo inevitavelmente leva à pobreza e à fome. Além disso, 37% dos residentes do lado ocidental da Alemanha e 59% do lado oriental classificam o comunismo e o socialismo como uma boa ideia, mas que, até agora, foi mal executada.

Um quinto da população alemã pede por uma revolução, sob o argumento de que as reformas políticas não melhoraram as condições de vida. Devido ao aumento da vigilância dos cidadãos, a Alemanha estaria no caminho de uma nova ditadura, responderam 27% dos entrevistados.

No entanto, de acordo com os autores do estudo, o resultado mais surpreendente é que apenas 46% dos entrevistados são favoráveis à manutenção do "monopólio de violência" – que reserva ao Estado o uso ou a concessão do emprego da força.

Além disso, o estudo chegou à conclusão de que 14% dos alemães no lado ocidental e 28% dos do lado oriental mantêm uma postura de esquerda radical ou esquerda extremista, somando um total de 17% da população do país.

Avaliados como extremista pelos pesquisadores são aqueles que desejam instaurar comunismo ou "democracia real" em detrimento do pluralismo e da democracia parlamentar. Aproximadamente 1.400 pessoas participaram da pesquisa. O estudo completo foi impresso em um livro.


Fonte: DEUTSCHE WELLE

Cientista prevê transplante de cabeça em dois anos


Pesquisa científica para transplante de cabeça enfrenta dificuldades técnicas e éticas

O primeiro transplante de cabeça da história poderia ocorrer em dois anos, segundo uma reportagem publicada nesta semana pela revista NewScientist.

É a possibilidade que estuda uma equipe liderada pelo cirurgião italiano Sergio Canavero, do Grupo de Neuromodulação Avançada de Turim. O grupo deve apresentar a proposta durante uma conferência médica nos Estados Unidos neste ano.

A técnica consistiria em implantar a cabeça de um paciente de doença grave no corpo de um doador que tenha tido morte cerebral.

Em entrevista à NewScientist, Canavero disse que a cirurgia poderia prolongar a vida de pessoas que sofrem de degeneração dos músculos e nervos ou que tenham câncer.

Ele disse, porém, estar ciente de que a proposta gera muita polêmica e que entraves éticos podem ser uma grande barreira. Canavero prevê ainda que sua equipe enfrenta dificuldades para conseguir autorização para desenvolver a técnica nos Estados Unidos.

"Se a sociedade não quiser isso, eu não vou fazer. Mas se as pessoas não quiserem nos Estados Unidos ou na Europa, não significa que não será feito em outro lugar. Estou tentando fazer da forma correta. Antes de você ir à lua, tem que ter certeza que as pessoas o seguirão", disse Canavero à NewScience.
Técnica

O cirurgião italiano publicou neste mês uma lista de técnicas que tornariam o transplante possível.

Elas incluem procedimentos como resfriar a cabeça do receptor e o corpo do doador para evitar que as células morram sem oxigênio, cortar os tecidos do pescoço e conectar as veias e artérias maiores a tubos finos e seccionar os nervos da espinha.

Especialistas temem que, se técnica funcionar, possa ser usada para fins estéticos

Uma das partes mais complicadas da eventual cirurgia seria conectar os nervos da espinha do corpo aos nervos da cabeça. O cirurgião usaria uma substância química com polietileno para fazer as conexões e eletrodos para estimular as novas conexões nervosas.

Canavero disse também à NewScience que logo após a cirurgia o paciente passaria semanas em coma e inicialmente seria capaz de mover os músculos do rosto e falar com a mesma voz que tinha antes. Porém, seria necessário pelo menos um ano de fisioterapia para que pudesse andar.

Segundo ele, diversas pessoas já teriam se candidatado ao procedimento.

Segundo a NewScience, um procedimento similar foi testado em um macaco nos anos 1970 por outra equipe. O animal conseguia respirar com ajuda de aparelhos mas não podia se mover, pois sua cabeça não havia sido conectada aos nervos da espinha.

O animal morreu dias depois devido à rejeição de tecidos.

Chances

A revista ouviu diversos especialistas na área que se disseram céticos em relação à viabilidade da técnica. Alguns ressaltaram pontos técnicos difíceis de resolver, tais como a dificuldade de fazer o paciente passar pelo coma de forma saudável.

Outros levantaram dilemas éticos, como a possibilidade de que, se der certo, a cirurgia seja usada para fins cosméticos. Ou disseram que o procedimento pode até se tornar realidade, mas não em um prazo tão curto.

Fonte: BBC

Líder da oposição na Rússia é morto a tiros

A morte do opositor de Putin cheira mais a coisa de quem quer manchar a imagem do governante, a exemplo do que ocorreu na Argentina. Duvido que o dirigente russo, sabendo que está na mira dos críticos ocidentais e dos judeus, fosse se expor mandando assassinar o seu oponente.
Não duvido que, em breve, adotem o mesmo procedimento no Brasil, mandando trucidar um crítico do governo Dilma, pois os países do BRICS estão na mira dos imperialistas de direita.

Mas, aguardemos ....

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Boris Nemtsov disse em entrevista recente temer por sua vida



Um dos principais líderes da oposição na Rússia, o ex-vice-premiê Boris Nemtsov, de 55 anos, foi morto a tiros em Moscou na noite desta sexta-feira, segundo autoridades do país.

Segundo a polícia, um atirador não identificado fez quatro disparos de dentro de um carro branco por volta das 23h40 do horário local (19h40 no horário de Brasília), quando Nemtsov cruzava uma ponte próxima ao Kremlin.


“Opositor ferrenho da guerra na Ucrânia e da anexação da Crimeia, Nemtsov vinha sendo ameaçado de morte pelas redes sociais. Até agora, porém, suspeitas sobre o motivo do assassinato não passam de especulação. Desde que sua morte foi anunciada, as mídias sociais foram inundadas com tributos ao homem visto por seus amigos como uma pessoa honesta e justa. E apesar de ter sido marginalizado politicamente na Rússia de Vladimir Putin, ele ainda tinha força o suficiente para que alguém o quisesse morto.Sarah Rainsford, correspondente da BBC em Moscou

Ele foi morto horas depois de pedir apoio para o protesto marcado para domingo contra a guerra na Ucrânia.

O presidente russo, Vladimir Putin, condenou o assassinato do poítico, disse o Kremlin.



O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama condenou o “assassinato brutal” e pediu que o governo russo conduza “uma investigação rápida, imparcial e transparente”.

Thorbjorn Jagland, secretário-geral do Conselho da Europa, também condenou o crime, dizendo que estava “chocado” e pedindo que os assassinos sejam levados à Justiça.

Flores e outras homenagens tomavam o local onde ele foi morto.
Voz da oposição

Boris Nemtsov foi um dos líderes das reformas econômicas realizadas na Rússia nos anos 1990.

Em uma entrevista recente, ele disse que temia ser morto por Putin em retaliação à sua oposição à guerra na Ucrânia.

Nemtsov exerceu o cargo de vice-primeiro-ministro quando Boris Yeltsin era presidente na década de 1990.

Ele tornou-se conhecido como promotor de reformas econômicas quando governou uma das maiores cidades russas, Nizhny Novgorod.

Por desavenças com Putin, que sucedeu Yeltsin, Nemtsov se tornou das principais vozes da oposição.
Último tuíteNemtsov foi baleado quando cruzava uma ponte próxima ao Kremlin

Em seu último tuíte, ele fez um apelo para que a oposição russa, hoje dividida, se unisse na marcha prevista para este domingo na capital do país.

"Se você apóia que a guerra da Rússia com a Ucrânia acabe, se você acabar com a agressão promovida por Putin, venha à Marcha da Primavera", ele escreveu.

No início do mês, ele disse em entrevista ao site de notícias Sobesednik que temia por sua vida.

"Tenho medo que Putin me mate", ele escreveu em um artigo publicado em 10 de fevereiro.

"Acredito que foi ele que deu início à guerra na Ucrânia. Não poderia detestá-lo mais."

Putin tem sido amplamente acusado de ajudar à rebeldes no leste da Ucrânia - algo que ele nega.

O governo ucraniano, líderes ocidentais e a Otan dizem haver evidências claras de que russos estão combatendo ao lado de rebeldes.

Especialistas independentes endossam a acusão, mas Moscou a refuta, insistindo que os russos envolvidos no combate estão lá como "voluntários".

Cerca de 5,8 mil pessoas foram mortas no conflito até agora e ao menos 1,25 milhão estão refugiadas, segundo a ONU.

Fonte: BBC

EUA - Vítimas de esterilização em projeto de eugenia ganham indenização



 
A lei de esterelização obrigatória do Estado da Virgínia só foi revogada em 1979

Legisladores do Estado americano da Virgínia determinaram o pagamento de indenizações para as pessoas que foram obrigadas a passar por esterilização décadas atrás.

As vítimas vão receber US$ 25 mil (quase R$ 72 mil) depois de uma longa batalha legal realizada por ativistas.

Com outros 30 Estados americanos, a Virgínia também tinha uma programa de esterilização para pessoas consideradas indesejáveis ou com doenças mentais.

Entre as décadas de 1920 e 1970 mais de 8 mil pessoas passaram por estas operações na Virgínia. No total cerca de 65 mil americanos foram esterilizados em 33 Estados.

Acredita-se que o programa implantado naquele Estado americano tenha servido de modelo para as políticas introduzidas por Adolf Hitler na década de 1940, quando ele tentou criar uma raça superior.

Além dos Estados Unidos, vários outros países tiveram políticas de esterilização obrigatória no século 20, entre eles Suécia, Canadá e Japão.

Sem aviso

Mais de um quinto das pessoas que passaram pela esterilização obrigatória no Estado da Virgínia eram negros.

Dois terços deste grupo era de mulheres.

De acordo com a correspondente da BBC Rajini Vaidhanathan, muitas delas foram a um hospital para passar por outros procedimentos e não sabiam o que estava acontecendo com elas.

Em 1927, a Suprema Corte dos Estados Unidos manteve a lei da eugenia no Estado da Virgínia, que determinava as esterilizações obrigatórias. Esta lei permaneceu em vigor até 1979.

O governo do Estado fez um pedido de desculpas pela política no ano de 2001.

Ativistas afirmam que há apenas 11 vítimas do programa que ainda estão vivas.

Entre elas está Lewis Reynolds, de 87 anos.

"Eu não pude ter uma família como todo mundo. Eles tiraram os meus direitos", disse ele à agência de notícias Associated Press.

O Estado da Virgínia é o segundo, depois da Carolina do Norte, a aprovar um pacote de indenizações para as vítimas do programa que ainda estão vivas.

Em 2013 os legisladores da Carolina da Norte aprovaram o pagamento de US$ 50 mil (cerca de R$ 143 mil) para as vítimas no Estado. Acredita-se que são 1,8 mil pessoas contempladas.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/

Desamarrando os loucos


Os últimos hospitais psiquiátricos judiciais italianos devem desaparecer nos próximos meses. A medida é o desfecho de um longo combate contra os preconceitos a respeito da periculosidade dos doentes mentais. Em Trieste, pioneiros experimentam com sucesso abordagens alternativas desde o início dos anos 1970

por Mathilde Goanec


Em Trieste se diz que a Bora enlouquece. Esse vento glacial do norte atravessa a cidade todo ano, infiltrando-se entre os prédios severos da Praça da União Italiana, para se agarrar aos galhos das árvores de San Giovanni. Nesse parque, pequenos pavilhões verdes são os últimos traços do hospital psiquiátrico fechado no início dos anos 1970 pelo médico Franco Basaglia. Para celebrar o fim do hospício, doentes, enfermeiros e artistas tinham então construído um imenso cavalo azul de papelão. Colocado fora do parque onde viveram reclusos durante anos cerca de 1,2 mil “loucos”, o cavalo simbolizava o retorno à vida cívica, a reapropriação da cidadania e um chamado a uma outra psiquiatria.

Em 1978, uma lei generalizou ao conjunto do território a experiência realizada em Trieste, ordenando o fechamento de todos os hospitais psiquiátricos. A decisão, fruto de uma evolução intelectual e política, levou um tempo para se impor: o último estabelecimento fechou suas portas apenas em meados dos anos 1990. É preciso dizer que o hospital psiquiátrico italiano tinha sido por muito tempo uma terrível máquina de asilo, imortalizada especialmente pelo filme Vertigens, de Mauro Bolognini, muito distante dos sistemas franceses e britânicos, onde já se elaboravam soluções alternativas à reclusão.1 Depois da Segunda Guerra Mundial, os asilos ainda internavam mais de 110 mil pessoas.

Na origem dessa transformação encontra-se Basaglia, figura importante da psiquiatria alternativa europeia. Nascido em 1924, em Veneza,2 ele ficou detido por diversos meses ao final da Segunda Guerra por causa de sua proximidade com um grupo antifascista. Marcado por essa experiência, ele não parou de lutar contra a reclusão. Inspirado principalmente pela crítica das instituições e do colonialismo desenvolvida por Michel Foucault e Frantz Fanon, ele se recusou, no entanto, a se inscrever no movimento antipsiquiatria. Para o italiano, o simples questionamento sobre a existência dos hospitais psiquiátricos não era suficiente para aniquilar o controle social e normativo exercido sobre os doentes. Ainda que seus pontos de vista convirjam frequentemente com os da psiquiatria institucional conduzida na França por Félix Guattari, Basaglia, bem pouco pautado pela psicanálise, pegou a tangente, pregando a destruição da instituição e trabalhando para ultrapassá-la.

“Colocar a doença entre parênteses”

Depois de uma primeira experiência de “hospital aberto” em Gorizia, o psiquiatra conseguiu fechar o estabelecimento de Trieste. Toda a hierarquia foi abalada, não sem desgaste: os médicos abandonaram seus jalecos e entregaram uma parte de seu poder aos enfermeiros, que por sua vez deixaram sua simples função de capatazes. Assistentes sociais e “especialistas em reabilitação social” entraram em ação, assim como as cooperativas de trabalho que permitiam que os doentes recebessem um salário em troca de uma atividade. Tudo isso a fim de “colocar a doença entre parênteses”, essa grande ideia de Basaglia, que, sem negar a patologia, pensa que “a relação terapêutica só é possível com um doente mental livre”.

Ainda hoje, cuidadores e associações de doentes vêm do mundo inteiro a Trieste para entender como tal psiquiatria é possível. Roberto Mezzina, o responsável pelo Departamento de Saúde Mental da cidade, precisa o método: “A negociação é nosso principal ingrediente. E, mesmo sem hospital, defendemos serviços comunitários fortes, com meios, apoio político, pessoal formado e tempo para trabalhar”. Para substituir o hospital propriamente dito, Basaglia, apoiado por um governador regional visionário, tinha imaginado centros de saúde mental na cidade, inspirados pelo modelo anglo-saxão de Maxwell Jones.3 Hoje, o sistema é sensivelmente o mesmo: os quatro centros de Trieste ficam abertos 24 horas por dia e dispõem cada um de seis ou sete leitos, para uma população de 240 mil habitantes. No conjunto da Itália, há uma média de 9,8 leitos para cada 100 mil habitantes, ou seja, quase dez vezes menos que na França (88,2 em média no período entre 2000 e 2010, segundo o Eurostat). O foco está na acolhida diurna – no ambulatório. No centro Gambini, próximo à principal rua comercial da cidade, as pessoas que sofrem de problemas psiquiátricos vêm receber tratamento, fazer uma refeição, encontrar uma assistente social, um psiquiatra, um psicólogo, participar de atividades ou de grupos de discussão. Ninguém fica mais do que uma semana ou duas, e apenas em caso de crise. Os pacientes vivem na maioria das vezes em família ou em residências e apartamentos não medicalizados.

Urgências psiquiátricas sempre existem no hospital geral. O ambiente é descontraído: nenhuma porta é fechada, tudo é claro, limpo, acolhedor. Apenas oito leitos. A contenção (o fato de ficar preso em uma cama ou poltrona) é banida. A lei italiana reserva o tratamento sanitário obrigatório a situações excepcionais, como último recurso, e o limita a uma semana no máximo. “Claramente, para nós, o hospital é patológico”, explica Mario Colucci, psiquiatra e coautor com o filósofo e epistemólogo Pierangelo Di Vittorio de um livro sobre Basaglia.4 “Mas a crise sempre é possível, para um esquizofrênico, por exemplo, vítima de uma psicose intensa. Se chega à emergência, ele deve imediatamente sentir que não se trata de uma prisão, que ele não tem inimigos entre essas paredes e que poderá sair rapidamente. É essencial para fazê-lo aceitar o tratamento.” Daí a necessidade de um grande trabalho de mobilização do território, por meio de ateliês que misturam doentes e sãos, com uma sensibilização das forças da ordem.

O processo de “desinstitucionalização” não acabou com a morte de Basaglia, em 1980. A reabilitação social hoje toma outras formas, ainda mais porque a crise econômica e o contexto ideológico conservador complicam a missão das cooperativas de trabalho, os elementos-chave do dispositivo. O Departamento de Saúde Mental experimenta os “orçamentos pessoais”, quer dizer, uma soma alocada no momento de um contrato feito com o beneficiário, que se compromete com um projeto: uma formação, a entrada em uma atividade profissional, artística... “O que faz de um doente um excluído deve-se a todo um sistema: a lei, a dominação econômica e social, a relação de classe... A dimensão política era evidente para Basaglia e ainda hoje é um ponto determinante”, lembra Di Vittorio. A Organização Mundial da Saúde reconheceu a qualidade do trabalho feito em Trieste. Nenhum excesso foi constatado. A hospitalização sanitária obrigatória diz respeito a menos de 10% dos pacientes, enquanto a taxa de suicídio (que já é baixa na Itália) diminuiu pela metade entre 1990 e 2011.

Essa abordagem nem sempre convenceu. “Muitos médicos estrangeiros disseram que o país tinha abandonado seus doentes”, relata o historiador da medicina Jean-Christophe Coffin. “Nos anos 1970, a esquerda radical francesa, por exemplo, considerou que, reduzindo o espaço do hospital público, estavam na verdade reduzindo o papel do Estado. É uma falta de entendimento, pois era a instituição que era visada por Basaglia, não o tratamento.” Lucien Bonnafé, psiquiatra francês e militante comunista, e também Jean Oury, fundador da clínica La Borde, criticaram Basaglia, ao mesmo tempo que estavam de acordo com sua vontade de modificar a organização psiquiátrica, assim como com sua denúncia da marginalização do louco, associado ao pobre. “Encontramos uma ambivalência do mesmo tipo no caso italiano, já que Basaglia e a cidade comunista de Parma [onde ele trabalhou por um tempo] tiveram uma relação complicada... Em todo caso mais complicada do que em Trieste, onde o prefeito da época era democrata cristão.”

Hoje, muitas coletividades italianas não cumprem completamente seu papel, por falta de meios ou de vontade política. Em Milão e em Roma, alguns centros só abrem algumas horas por dia, o que leva os doentes em crise para a rua ou para os prontos-socorros. Outras regiões enviam seus doentes para clínicas privadas, sem se preocupar com aqueles que não têm recursos para recorrer a elas. E existe um ponto cego que permanece, reminiscência do passado hospitalar, e escurece muito esse quadro: os hospitais psiquiátricos judiciais (OPGs, em italiano), unidades psiquiátricas instaladas nas prisões, sob a dupla tutela dos ministérios da Justiça e da Saúde. Cerca de oitocentas pessoas estão internadas nos seis estabelecimentos restantes (ver quadro).

Para acabar com os OPGs são necessários os meios para cuidar realmente de todos os doentes. Desde suas origens solicita-se prioritariamente à psiquiatria que proteja a sociedade dos “loucos”. Basaglia dizia desde 1968: “Onde estão as responsabilidades? O que um homem em estado de deixar o hospital e que se vê rejeitado por seus próximos, por seu empregador, por seus amigos, por uma realidade que o vomita como se fosse um homem a mais pode fazer além de se matar, ou matar alguém que para ele tem o rosto da violência que lhe foi infligida?”. A experiência bem-sucedida em Trieste resolve em parte essas contradições: “Eu me recuso a acreditar num tipo de ‘especificidade social’ ligada à nossa região”, ressalta Giovanna del Giudice, ex-psiquiatra de Trieste e membro do coletivo nacional Stop OPG, que milita pela abolição dos OPGs. “Eu trabalhei em Cagliari, na Sardenha, onde a situação era muito degradada. Em 2004, havia 74 pessoas no OPG da província. Na minha saída, em 2009, 43. Hoje, apenas dez. Isso foi possível graças a um governador esclarecido, que colocou o reforço do cuidado com a saúde mental no centro do dispositivo.” Segundo um responsável de serviço no Ministério do Interior, as autoridades estimam hoje que apenas a saída de 8% das pessoas internadas seria um problema. O fechamento oficial dos OPGs poderia, depois de longos adiamentos, acontecer em abril de 2015. O fim do hospício se apresenta como uma aventura política.


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As últimas prisões para “loucos”

Situado às margens da cidade e rodeado de campos, o Hospital Psiquiátrico Judiciário (OPG, em italiano) de Reggio Emilia tem todos os atributos de um estabelecimento penitenciário clássico. De um lado, a penitenciária, que conta com 144 detentos; do outro, o OPG e seus 147 “hospitalizados”. Também são tratados, nessa parte da prisão, os detentos que desenvolvem, ao longo de seu encarceramento, problemas psiquiátricos.

No bloco fechado, os doentes são mantidos em celas, porque podem “descompensar” a qualquer momento. Um deles provoca os visitantes, atrás de sua porta. “Ele cometeu um crime violento, depois uma série de agressões dentro da prisão. Faz vinte anos que está preso e não sabemos quando vai sair”, conta Linda De Maio, chefe da polícia penitenciária. Os doentes internados aqui não foram condenados, mas são submetidos a tempos de reclusão equivalentes à pena de prisão que deveriam cumprir. Ao final desse período um psiquiatra avalia sua periculosidade. Alguns, por uma “pena” inicial de dois anos, ficam vinte ou trinta anos em um OPG.

No corredor seguinte, os homens circulam livremente. Eles podem participar de atividades teatrais, ir à piscina, trabalhar. Apesar dos cerca de cinquenta enfermeiros mobilizados, o hospital ainda é uma prisão. Os internos gritam, batem nas portas; rapidamente nos pedem que deixemos os locais. A psiquiatra-chefe, Valeria Calevro, trinta anos no cargo em Reggio Emilia, admite que as medidas de segurança são difíceis de suportar pelos doentes, mas estima que elas sejam necessárias para o resto da sociedade.

A comissão de investigação sobre a eficiência do sistema de saúde mental, realizada em 2010, permitiu que os italianos descobrissem a realidade dos OPGs, descritos como “indignos até de um país pouco civilizado”. Além da sujeira, da contenção maciça e da ausência gritante de cuidados, é o sistema jurídico que representa um problema. O código penal ainda compreende a noção de “periculosidade social”, apesar de, desde 1982, diversas decisões da Corte Constitucional estabelecerem que o perigo para a sociedade não era o “atributo natural” de um indivíduo ou de uma doença. Em 2013, uma lei pedindo o “encerramento dos OPGs” foi adotada. “Residências fechadas para o estabelecimento de medidas de segurança” devem substitui-los a curto prazo. O coletivo nacional Stop OPG comemora, mas também continua vigilante para o risco de proliferação de mini-hospitais judiciários, “limpos, coloridos, mas que continuarão sendo prisões se hospitalizarmos ali pessoas sem direitos, privadas de um processo, separadas do resto da comunidade”. Não dependendo mais do Ministério da Justiça, cada residência poderia acolher no máximo trinta pessoas, e a “medida de segurança” não poderia mais se prolongar indefinidamente. (M.G.)


Mathilde Goanec é jornalista.


Ilustração: Daniel Kondo

Sempre eles - Ianques, sabujos dos interesses das transnacionais, estão à frente do golpe contra Cristina Kirchner

A confirmação do que as pessoas mais "antenadas"já sabiam:


Washington trabalha para derrubar o governo argentino
28.02.2015 | Fonte de informações: 

Washington trabalha para derrubar o governo argentino
Redobram os esforços contra as reformas na América Latina
25/2/2015, Paul Craig Roberts / Mahdi Darius Nazemroaya 




Paul C Roberts - Foi publicada pela Strategic Culture Foundation uma reportagem de Mahdi Darius Nazemroaya sobre o esforço em curso levado a efeito por Washington e pela inteligência argentina para derrubar a presidente reformista da Argentina.

Nenhum governo reformista será tolerado por Washington na América Central e do Sul. Por exemplo: a interferência de Washington até conseguir derrubar o governo reformista em Honduras foi legendária. Um dos primeiros atos de governo de Obama foi a derrubada do presidente de Honduras, Manuel Zelaya. Aliado do presidente reformista da Venezuela, Hugo Chávez, Zelaya, como Chávez, foi retratado como ditador e como ameaça.

Neste momento, Venezuela, Bolívia, Equador e Argentina estão na lista de governos a serem depostos por Washington.

Por décadas, Washington teve o que eufemisticamente chamava de "relações próximas" com o exército hondurenho. Já na Venezuela, Bolívia e Equador, a aliança se dá com as elites hispânicas, que tradicionalmente prosperam permitindo que os interesses financeiros dos Estados Unidos saqueiem os países. Na Argentina, Washington aliou-se ao serviço de inteligência argentina, que neste mesmo instante está trabalhando com Washington e os oligarcas daquele país contra a presidente reformista.

Washington luta contra as reformas até esmagá-las no intento de proteger a capacidade de saque de seus interesses comerciais. Sobre seu tempo de serviço na América Central o general dos fuzileiros dos Estados Unidos, Smedley Butler, disse: "Servi em todas as patentes, de Segundo Tenente a General. Durante todo este período, gastei a maior parte do meu tempo fazendo as vezes de 'Leão de Chácara' para as grandes empresas, para Wall Street e banqueiros. Resumindo, eu não passava de um chantagista do capitalismo".

Com a já longamente documentada história da interferência dos Estados Unidos nos acontecimentos internos de seus vizinhos do Sul, a charada é saber por que esses países facilitam a derrubada de seus governos acolhendo embaixadas dos EUA e permitindo que empresas norte-americanas operem em seu território?

Sempre que um processo político coloca no poder em qualquer destes países um líder que pensa em colocar o interesse de seu povo em confronto com os interesses dos Estados Unidos, este líder ou é derrubado através de um golpe ou assassinado. Para os Estados Unidos, a América do Sul existe apenas para servir aos seus interesses, e cuidam a cada instante para que isso continue exatamente assim. Com a aliança eventualmente desenvolvida pelos EUA com a elite e o exército de determinado país, as reformas sofrem um processo de sabotagem contínua.

Países que se abrem para a entrada de embaixadas dos Estados Unidos, de seus interesses comerciais e de ONGs fundadas nos Estados Unidos não perdem por esperar: mais cedo ou mais tarde sua independência ou sua soberania será subvertida. Uma real reforma na América Latina só acontecerá com a expulsão dos agentes do interesse norte-americano e com a desapropriação dos oligarcas.


A politização da Investigação sobre a AMIA (Asociación Mutual Israelita Argentina): pretexto para mudança de regime na Argentina?

Mahdi Darius Nazemroaya - A história tem jeito estranho de se repetir. Hoje a Argentina está passando por processo semelhante ao acontecido logo depois da queda de Boris Yeltsin, nos anos que se seguiram a 1999, quando Vladimir Putin assumiu o poder, tomando seu lugar no Kremlin como presidente da Federação Russa. Enquanto tenta se safar do jugo estrangeiro, o governo da Argentina em Buenos Aires tem consolidado seu poder econômico e político.

No entanto, o governo argentino tem sofrido a oposição ao mesmo tempo do velho regime e da oligarquia que colaboram, ambos, com os Estados Unidos. Tais forças fazem oposição cerrada contra os maiores projetos nacionais, como a renacionalização de grandes companhias e o fortalecimento do Poder Executivo. Dessa forma, o confronto entre a presidente argentina Cristina Fernandez de Kirchner e seus oponentes são similares aos confrontos entre o Presidente russo Vladimir Putin com os oligarcas e políticos russos que querem subordinar a Rússia a Wall Street e Washington, assim como à Europa Ocidental, grandes centros financeiros.

Não se perde uma oportunidade de enfraquecer o governo argentino. A presidente Fernandez de Kirchner chegou mesmo a acusar publicamente seus oponentes domésticos e os Estados Unidos e trabalharem em conjunto para a mudança de regime. Quando o DAESH ou "Estado Islâmico" ameaçou matá-la em 2014, ela aludiu ao fato de que a ameaça veio na realidade dos Estados Unidos, já que Washington é a entidade que procura fazê-la desaparecer, assim como é quem está por trás do Estado Islâmico e suas brigadas terroristas na Síria e no Iraque. (1)

A morte de Alberto Nisman

O último capítulo da luta do governo argentino começou em janeiro de 2015. No mesmo dia em que Israel matou o General da Guarda Revolucionária iraniana General Mohammed Allahdadi dentro da Síria, o antigo promotor especial Alberto Nisman foi morto por um tiro disparado no lado de sua cabeça no banheiro de seu apartamento fechado, em 18 de janeiro de 2015. (2) Nisman tinha investigado o atentado a bomba em 1994 contra um edifício de propriedade da AMIA - Asociación Mutual Israelita Argentina por um período de dez anos. Em 2003 fora nomeado para a tarefa pelo Presidente Nestor Kirchner, o marido já falecido da atual presidente.

Alguns dias antes, ele tinha feito acusações contra a presidente da Argentina, Cristina Fernandez de Kirchner e seu ministro do Exterior Hector Timerman, ele mesmo um judeu. Nas palavras do New York Times Nisman havia "lançado graves acusações", (3) afirmando "que funcionários iranianos teriam planejado e financiado o ataque; que o Hezbollah, aliado do Irã no Líbano o havia executado; e que a presidente da Argentina, Cristina Fernandez de Kirchner, e seus principais assessores tinham conspirado para encobrir o envolvimento iraniano como parte de um acordo para o fornecimento de petróleo do Irã para a Argentina." (4)

Tendo fugido da Argentina após a morte de Nisman, o jornalista judeu Damian Pachter, já em Israel, jogou lenha na fogueira, tendo mesmo escrito um artigo para o Haaretz que não foi apoiado por ninguém, mas mesmo assim muito citado, no qual busca polemizar com o governo argentino. O artigo de Pachter faz a Argentina parecer um país que vive à sombra do nazismo alemão ou de algum regime fascista. Vejam alguns de seus comentários:

- Não tenho ideia de quando voltarei para a Argentina. Aliás, nem sei se quero voltar. O que eu sei é que o país no qual nasci não é mais o lugar feliz sobre o qual meus avós costumam contar histórias.

- A Argentina transformou-se em um lugar escuro dominado por um sistema político corrupto. Ainda não entendi direito tudo o que me aconteceu nas últimas 48 horas. Mas nunca imaginei que meu retorno para Israel aconteceria desta forma. (5)

Antes de seguirmos em frente, deve ser acrescentado que nos dez anos de investigação de Alberto Nisman, ele nunca chegou a acusar o Irã ou o Hezbollah. Acrescente-se que foi revelado que Nisman consultou frequentemente os Estados Unidos sobre o caso AMIA e que foi frontalmente acusado por Roland Noble, antigo presidente da International Criminal Police Organization (INTERPOL), de mentir em muitas das acusações que fez sobre o caso AMIA. (6)

A morte de Alberto Nisman foi noticiada como suicídio. No entanto, o momento em que a morte se deu é muito suspeito: apenas algumas horas antes de depor no Congresso Argentino. O governo argentino disse que o que aconteceu na realidade foi um homicídio destinado a prejudicar o governo. (7) Essa assertiva se tornou plausível, posto que a morte de Alberto Nisman está sendo usada para fins políticos, como munição para a tentativa de remoção do governo argentino.

A quinta coluna na Argentina

O jornal The Guardian publicou artigo em 27 de janeiro de 2015, no qual relata que a morte de Alberto Nisman aconteceu "depois de uma luta acirrada" entre o governo argentino e uma importante "agência de inteligência, o que foi revelado depois da morte suspeita de Nisman, tendo a presidente acusado espiões desonestos que tentam solapar o seu governo". (8) A partir da reportagem, alguns pontos importantes podem ser notados, entre os quais os que seguem:

- Funcionários do governo acusaram diretamente alguns espiões que eles dizem que trabalhavam junto com Nisman e ao qual forneciam gravações de escutas.

- Entre eles estava Antonio Stiuso, o qual até o mês passado era o diretor geral de operações para interceptação dos adversários políticos da presidente. Foi demitido quando a presidente Cristina descobriu que ele estava trabalhando em conluio com Nisman na construção de um caso contra ela. Acredita-se que esteja agora nos Estados Unidos.

- Em discurso em cadeia de televisão - que pronunciou a partir de uma cadeira de rodas depois de recente acidente - Fernandez criticou também Diego Lagomarsino, o qual foi acusado na segunda-feira de ter fornecido ilegalmente uma arma para Nisman. (9)

O que se conclui de todas as informações acima é que a segurança e a inteligência argentinas desenvolvem operações destinadas a derrubar seu próprio governo. Acrescente-se que Antonio Stiuso e Nisman estavam trabalhando secretamente para estabelecer um caso que possibilitasse a remoção de Kirchner do poder.

A quinta coluna está presente na Argentina. Note-se que muitos dos indivíduos envolvidos neste caso são elementos que restaram do período de ditadura militar na Argentina, a qual colaborava intimamente com os Estados Unidos. Isso pode explicar por que se acredita que Stusio tenha voado para os Estados Unidos. Além disso, este é o motivo que levou o governo argentino a iniciar uma investigação sobre as atividades de vários agentes da polícia federal que estavam monitorando Nisman e por que decidiu substituir a Secretaria de Inteligência (SI - anteriormente Secretaria de Inteligência do Estado ou SIDE) por uma nova agência federal de inteligência. (10) "Todas essas coisas me levaram a tomar a decisão de remover agentes que atuam desde antes da implantação da democracia", afirmou a própria Kirchner. (11)

"Nós precisamos trabalhar em um projeto para a reforma do sistema de inteligência da Argentina a fim de dar transparência a um sistema que hoje não está a serviço dos interesses nacionais", declarou a presidente Kirchner sobre as reformas. (12) Kirchner revelou ainda que a SI estava trabalhando para minar seu governo e anular um acordo que a Argentina tinha assinado com o Irã. O jornal Buenos Aires Herald escreveu que a Presidente Kirchner asseverou que "desde o instante em que foi assinado o Memorando de Entendimento com o Irã sobre o episódio do atentado contra a AMIA em 1994, você pode notar que o acordo vem sendo bombardeado a partir da SI (Secretaria de Inteligência)." (13)

A Argentina é um front da guerra global de múltiplo espectro. A AMIA não passa de pretexto.

O caso AMIA foi politizado em dois fronts. Um deles é a luta interna; o outro está no campo das relações internacionais. Um grupo de oligarcas argentinos estão usando o caso AMIA para tentar retomar o controle sobre o país; enquanto, por outro lado, os Estados Unidos estão usando o caso AMIA como mais uma ferramenta adequada, como aconteceu com os fundos abutres, para pressionar a Argentina e interferir em seus assuntos internos.

As opiniões estão-se radicalizando dentro da Argentina, enquanto os ataques são cada vez mais duros. A morte de Alberto Nisman está sendo usada pelos adversários políticos do governo argentino para demonizá-lo. A oposição já se refere a Nisman como mártir na luta pela democracia e liberdade no país, que supostamente estaria sendo conduzido para um regime cada vez mais autoritário.

O confronto político na Argentina sobre o atentado contra a AMIA reflete uma realidade muito mais grave. O Irã não é o único alvo a ser atingido com a polarização sobre o caso AMIA. Nem se trata de procurar justiça para as vítimas do atentado. China, Rússia, Cuba, Brasil, Venezuela, Equador, Bolívia e uma série de outros países independentes também são alvos do que é na realidade uma guerra que se trava entre os EUA e os países soberanos que resistem à influência dos Estados Unidos.

O objetivo final dos Estados Unidos é retomar sua influência perdida na Argentina, redirecionar suas relações comerciais e controlar sua política externa. Isto inclui o fim das medidas lançadas por Buenos Aires no sentido de retomar o controle sobre as Malvinas (Falklands) da Inglaterra. As Malvinas estão situadas em região rica em recursos energéticos no Atlântico Sul.

Além da guerra por recursos que incluem as reservas de energia, a guerra de múltiplo espectro lançada pelos Estados Unidos contra seus rivais vai cada vez mais em direção a um assalto à agricultura, do qual resultará a desestabilização dos preços dos alimentos e eventualmente a fome. Além de uma ainda não explorada reserva de petróleo e gás natural, a Argentina é potência agrícola. Controlar Buenos Aires seria útil para os Estados Unidos.

Notas:

[1] Mahdi Darius Nazemroaya, «Eagles of Empire and economic terrorism: Are vulture funds instruments of US policy?» RT, 24/10/2014.


[2] Almudena Calatrava, «Supporters doubt Argentine prosecutor killed self», Associated Press, 20/1/2015; Jonathan Watts, «Argentinian government moves to dissolve domestic intelligence agency», Guardian, 27/1/2015.


[3-4] Isabel Kershner, «Journalist Who Reported on Argentine Prosecutor's Death Flees to Israel», New York Times, 26/1/2015.


[5] Damian Pachter, «Why I fled Argentina after breaking the story of Alberto Nisman's death»,Haaretz, 25/1/2015.


[6] «Ex Interpol head Roland Noble: What prosecutor Nisman says is false», Buenos Aires Herald, 18/1/2015.


[7-10] Jonathan Watts, Argentinian governments moves», op. cit.


[11-13] «CFK announces plan to dissolve SI intelligence service», Buenos Aires Herald, Janaury 26, 2015.


Fonte: PRAVDA

Saia do convento/clausura ... e respire liberdade



Eu tive uma cliente que abandonou a congregação à qual estava vinculada, casou-se com um homem inteligente e  dizia que "voltou a sentir-se gente", após ter sido injustiçada pela direção de um famoso colégio católico de Florianópolis.
A diretora que a injustiçou, algum tempo depois, também assumiu sua sexualidade e foi viver com outra pessoa da mesma opção sexual. 


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Ex-freira Elizabeth, 73, conta como virou militante ateísta



"Quando saí [do convento],
era como eu tivesse renascido"
Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo.

“Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey.

Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast, de humanistas seculares.

Em sua casa ela tem uma foto em preto e branco tirada há 50 anos onde aparece com o hábito de freira. Guarda essa foto como marco de uma época em que suas dúvidas se acentuaram, questionando a sua fé. "Foi o começo do que sou hoje."

Elizabeth nasceu em um lar católico. Ia à missa aos domingos, se confessava a cada duas semanas e às sextas-feiras sua família se abstinha de carne. “Uma vez, comi carne por engano em uma sexta-feira”, disse. "Então corri sem parar até a igreja para me confessar. Eu não queria ir para o inferno."

Um dia uma irmã entregou em sua classe uma história em quadrinhos sobre como se tornar “noiva de Cristo”. “Eu pensei ser o tipo de vida que gostaria de ter", disse. "As meninas da classe viviam chorando por causa dos meninos que não gostavam dela, e eu decidi que não ia desperdiçar minha vida daquele jeito. Eu preferia fazer algo mais significativo.”

Ela entrou no convento quando se formou no ensino médio. "Ela pensou que foi chamada por Deus", disse o pediatra James Oleske, irmão de Elizabeth. “Minha mãe e meu pai ficaram muito chateados, mas concordaram porque acreditavam que ela estava em busca de sua felicidade”, afirmou. "Mas eu sabia que ela não pertencia ao convento."

Não demorou para que Elizabeth começasse se frustrar, porque, como já achava o seu irmão, ela percebeu que a vida em um convento conservador não fazia sentido.

Ela se lembrou, por exemplo, de um episódio no convento nos anos 60 que se deu com a implantação dos ensinamentos do Concílio Vaticano II.

"Havia um grande problema sobre as mudanças que tinham de ser feitas em nossos hábitos”, disse. "Nós passamos horas discutindo se o hábito devia ser na altura do joelho ou abaixo. Eu me levantei e disse: ‘Por que estamos falando de joelhos? Não deveríamos nos concentrar em fazer o bem para a comunidade, ou algo assim?'"

A madre superiora não gostou da rebeldia de Elizabeth e, como castigo, deixou-a por uns tempos sem o anel de casamento com Deus.

Toda sexta-feira Elizabeth, a exemplo das demais irmãs, tinha de cumprir o rito da mortificação corporal, chicoteando as costas com uma corrente. "Eu não conseguia acreditar que havia um Deus que queria aquilo para nós."

Quando Elizabeth falou no convento sobre suas dúvidas e incertezas, foi encaminhada a um psiquiatra e a um retiro espiritual. Então ela concluiu que tinha chegado o momento de deixar o hábito. E chamou Oleske para tirá-la do convento.

Oleske disse que a readaptação da irmã à vida secular não ocorreu de imediato naqueles anos 70. Ela continuava a não usar maquiagem e com frequência esquecia sua bolsa nos locais em que passava, porque, como freira, não a usava. Andava curva, com as mãos cruzadas, como na época em que esteve no convento. “Ela interagia com as pessoas como se fosse freira”, contou o irmão. "Ela era uma mulher adulta, mas agia como uma adolescente precoce, com poucas experiências de vida."

Na tentativa de se reencontrar, Elizabeth pesquisou o judaísmo e o budismo, mas não se sentiu atraída por nenhuma das duas crenças. "Não demorou muito para perceber que eu estava falando para mim mesmo”, disse. “Então decidi que não queria nada com religião.”

Em 1976, ela foi contratada como assistente de serviço social (profissão na qual se formara após sair do convento) em Miami, onde conheceu James Murad, com quem se casou. “Nós nos apaixonamos.” O casamento durou 29 anos e só se acabou com a morte de James, aos 70 anos.

James era ateu e humanista, e Elizabeth aderiu o estilo de vida do marido, tornando-se a militante que é até hoje.

O marido foi importante na transformação de Elizabeth em uma humanista secular, mas ela lembrou que uma conversa que teve com sua mãe talvez tenha sido mais.

"Eu tinha 10 anos e estava sentada na minha cama. Minha mãe, que penteava meu cabelo, do nada me disse: 'Você sabe, eu realmente admiro as pessoas ateias. Elas podem ser amáveis ​​apenas por uma questão de serem boas. Sua bondade não tem nada a ver com ir para o céu’".

"Isso, o que ela me disse, ficou comigo toda a minha vida."


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Irreligiosidade e preocupações com o social


Quanto mais longe se estiver do polo religioso, mais se é ateu, mais se vota na esquerda. Quanto mais afastado da crença em Deus, mais se é favorável à evolução das legislações sociais. Outra correlação: quanto mais jovem for, mais se é aberto a reformas sociais. Ao contrário, quanto mais perto se estiver do polo religioso, portanto crente e membro de uma religião institucionalizada, mais se vota na direita.
Philippe Portier

Afirmação do francês Philippe Portier (foto), diretor de estudos na Escola Prática de Altos Estudos e diretor do Grupo Sociedades, Religiões, Laicidades

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Saudação de Spock vem de rito judaico e significa 'Todo Poderoso'



Nimoy se inspirou em ritual de

culto judeu para criar saudação

O ator e judeu Leonard Nimoy se inspirou no rito judaico para criar o gesto de saudação do seu personagem Sr. Spock (foto), na série “Jornada nas Estrela” (Star Trek), que se tornou cult. Nimoy morreu no dia 27 de fevereiro de 2015, aos 83 anos em decorrência de doença pulmonar.


Quando teve de criar o gesto, Nimoy lembrou-se que, quando criança, sempre lhe chamava a atenção durante o serviço religioso o momento em que os rabinos abriam as mãos e separava os dedos (ver ilustração ao abaixo). 

Origem do gesto está na
"Benção dos Cohanim"

A origem desse gesto está na "Bênção dos Cohanim" (plural de Cohen), ou "Birkat Kohanim", em hebraico. Formam os Cohanim uma casta de sacerdotes judeus (é uma linhagem familiar), que seriam descendentes de Aarão, o irmão mais velho de Moisés — hoje identificados pelo haplotipo chamado Cohen Modal Haplotype (CMH). 


Acompanhado de três versos, o gesto é feito com ambas as mãos. E reproduz a sefiroth (letra hebraica) Shih, que significa "Todo Poderoso".

Gestual reproduz "Todo
Poderoso" em hebraico

Nas sinagogas, os rabinos de linhagem cohen fazem o gesto, mas quem pronuncia os versos é o chazan (cantor litúrgico), e só então os cohanim os repetem: “Que D'us te abençoe e te guarde! / Que a face de D'us brilhe sobre ti e que Ele faça que encontre graça (a Seus olhos)! / Que D'us erga Sua face para ti e te dê a paz!”

É curioso que Nimoy tenha recorrido à religião para compor o personagem de orelhas pontiagudas que é a antítese de um religioso. 

O mestiço de vulcano com humano Spock, oficial de ciência da nave, se diferencia dos demais integrantes da Enterprise por ser extremamente racional. Suas orientações ao capitão Kirk são com base em informações lógicas, sem qualquer tipo de contaminação da emoção ou de alguma fé. Spock é apresentado como uma espécie de símbolo da superioridade da razão absoluta. 


Gesto é usado por uma casta de sacerdotes judeus

Em uma entrevista à Veja em outubro de 2003, Nimoy disse ter estranhado que os judeus ortodoxos nunca tenham reclamado do uso por Spock do gesto dos rabinos.

Ainda mais porque ele, Nimoy, foi criticado por religiosos ortodoxos por ter feito um livro de fotografias, o Shekhina, com modelos femininas vestidas com objetivo rituais tradicionalmente masculinos, como o xale de orações. 

“O meu livro eleva as mulheres ao mais alto patamar do judaísmo, e isso perturba alguns homens”, disse Nimoy na entrevista. 

Ele contou que chegou a ser “desconvidado” pela Federação Judaica em Seattle (EUA) para um jantar e uma palestra na qual falaria sobre o livro. 

Outra curiosidade é que, nos anos 60, os fundamentalistas religiosos americanos fizeram uma campanha para que o seriado “Jornada nas Estrelas” não fosse levado ao ar porque Spock era a representação do Satanás.

“Jornada nas Estrelas” abordou diretamente o tema “deus” no roteiro Who Mourns for Adonais, exibido em 1967.

No episódio 33, a nave é aprisionada por um ser poderoso que se identifica como Apolo, o deus grego-romano. 

Apolo comunica ao capitão Kirk que pode libertar a nave e proporcionar uma vida de prazer aos seus integrantes, desde que eles o adorem. 

Kirk rejeita a proposta porque conclui que Apolo quer, na verdade, transformá-los em escravos de luxo. E o capitão dá um jeito de se livrar do suposto poderoso Apolo. 

Derrotado, Apolo não consegue entender porque a sua proposta generosa foi recusada.

Kirk responde com a lógica de Spock: “Crescemos, e a humanidade não mais precisa de deuses”.

Em outro episódio, uma referência à divindade cristã, o próprio Spock diz: “Se isto é seu deus, ele não é muito impressionante. Ele tem problema psicológicos e é tão inseguro que existe que seus fiéis o louvem sete dias por semana. Ele criou homens imperfeitos e depois os culpa pelos seus próprios erros. Para um ser supremo, ele realmente deixa muito a desejar”.
Com informação de Veja, deste site e outras fontes e fotos de divulgação.




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ATUALIZAÇÃO:


Sr. Spock, primeiro judeu de Vulcano, morre aos 83 anos

O ator judeu Leonard Nimoy, ou o mundialmente conhecido Sr. Spock, o humano-alienígena absolutamente lógico da nave estelar Enterprise na série "Star Trek", morreu nesta sexta-feira em sua casa na Los Angeles. Ele tinha 83 anos.

Na série, ele popularizou a saudação “Viva uma vida longa e próspera” feita com os dedos da mão repartidos. Em sua autobiografia, explicou que se baseou no gesto dos Cohanim [Sacerdotes], representando a letra hebraica shin, que remete a El Shaddai [Todo Poderoso], um dos nomes de D’us.

Nimoy não era um judeu ortodoxo, mas seu avô sempre o levou à sinagoga, e o gesto de formar o shin o impressionou muito na infância.

"Como judeu na Boston católica, eu entendia o que era se sentir alienado, fora do mainstream... Houve inúmeros valores em Star Trek com os quais me senti confortável como judeu", disse ele em uma entrevista.

Ele também falava iídiche, como se pode apreciar neste vídeo, em que ele conta sobre suas origens e a infância em um bairro italiano/judaico da cidade.

Fonte: http://www.conib.org.br/

Católicos tentam impedir evento sobre 'Dia da Mulher' na PUC-RJ



Mulheres pró aborto incomodam
guardiões da doutrina católica

O grupo “Política e DSI – RJ”, formado por católicos que defendem a doutrina da Igreja por intermédio da política, está tentando impedir que o Centro Acadêmico de Ciências Sociais da PUC-RJ realize em dependências da universidade a "Semana do Dia Internacional da Mulher".

Em uma petição hospedada no Citizengo.org, o grupo fixou a meta de obter 2.000 assinaturas para tentar convencer o reitor da universidade, Padre Josafá Carlos de Siqueira, a cancelar o evento, porque o movimento “feminista possui bandeiras que são contrárias à fé católica”. Até a tarde de hoje (25), a petição conseguiu mais de 1.200 adesões.

Para o redator da petição, é uma contradição PUC, uma universidade católica, fornecer palanque a um movimento que defende a legalização do aborto. “Existem inúmeros espaços que apoiam essa ideologia e podem receber tais eventos.”

Pedro Duarte, presidente do Centro Acadêmico, não acredita que o reitor possa impedir a realização do evento. “A universidade é o ambiente máximo da liberdade acadêmica e de expressão, devendo se pautar pela diversidade e pelo contraditório”, disse ele ao jornal “O Globo”.

A organização “Católicas pelo Direito de Decidir” comentou no Facebook que é “triste ver que o conservadorismo de certos católicos, especialmente os jovens, é tão grande, que eles chegam ao ponto de querer impor censura à liberdade de expressão e de manifestação de pessoas que lutam por direitos”.


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