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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

A PARALIZAÇÃO DOS CAMIONEIROS TEM MOTIVAÇÃO POLÍTICA?

No Chile dos tempos de Allende, a direita utilizou igual recurso para minar a economia e, consequentemente, o governo.
O golpismo que campeia nas mídias brasileiras - tradicionais e alternativas - aponta para uma orquestração daqueles que querem o "impeachment" de Dilma no movimento dos camioneiros aqui do sul do Brasil. 
É certo que o preço dos combustíveis no Brasil é absurdo - em comparação com os praticados na Argentina, por exemplo - e que os fretes pagos aos autônomos não é menos irrisório.
Mas, qual é a cupa do governo se as empresas pagam fretes incondizentes com os gastos e os riscos dos camioneiros?
A isenção de ICMS que incide sobre os combustíveis seria um paliativo, mas só atingiria a arrecadação das unidades da federação.
E qual seria a parte de "sacrifício" da União federal, pensando-se em eventual renúncia fiscal?
De outro lado: por que a economia brasileira está visceralmente ligada à circulação de mercadorias por via rodoviária? 
Por que, a exemplo de outros países, não se investe em transporte ferroviário, sabidamente mais barato? 
A resposta é óbvia: as multinacionais montadoras de caminhões, produtoras de pneus e de outros insumos não permitem que as ferrovias sejam priorizadas e os governantes "vendidos" são devidamente prestigiados por elas nas épocas de campanhas. 
Lembram que a Mercedes Benz foi acusada de ter patrocinado as eleições do Fernando Collor de Mello?  
Voltando à motivação política: é muito provável que a via escolhida pelos opositores do governo seja a da federação das transportadoras.
A pergunta que não quer calar: por que justamente no sul, onde a votação de Aécio foi mais expressiva, é que o movimento foi iniciado?
Para arrematar: os camioneiros estão cogitando de trancar o tráfego na sua totalidade. Aí a situação virará "caso de polícia", o que é tudo que os opositores desejam. A repressão gerará, inevitavelmente, cenas de violência, prisão de manifestantes, talvez mortes e desgaste do governo.

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