Obviamente, trata-se de poucos fanáticos com instintos assassinos, que não representam o comportamento massivo dos demais adeptos da religião. Historiadores isentos registraram, em várias obras, que os muçulmanos, enquanto fincaram pé na Europa, por cerca de 700 anos, eram tolerantes com as demais religiões.
Só gente descerebrada poderia imaginar que matando cruelmente alguns ateus, os demais virão a crer no deus deles. Muito pelo contrário: aí mesmo é que a descrença tende a aumentar.
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Roy escrevia em defesa do Estado laico |
O blogueiro ateu americano Avijit Roy (foto), 42, que vivia em Atlanta (EUA), foi assassinado a golpes de facão em Daca, capital de Bangladesch, supostamente por dois militantes islâmicos. Ele morreu quando estava sendo transportado para o hospital. Rafida Ahmed Bonya, 45, sua mulher, foi golpeada na cabeça e se encontra hospitalizada em estado crítico.
A polícia está investigando um grupo de islâmico local que elogiou o ataque.
O médico que fez a autópsia do corpo disse que Roy foi morto por assassinos profissionais, que lhe desferiram três golpes de facão “muito precisos” na cabeça dele, causando graves hemorragias.
A família de Roy informou que ele escrevia no blog "Mente Aberta" textos sobre defesa do Estado laico, ciência e questões sociais. Ele também escrevia como convidado para revistas e jornais e era autor de sete livros.
Recentemente, no Facebook, Roy escreveu que o ateísmo é “um conceito racional que se opõe a qualquer crença não científica e irracional”.
A sua família disse que Roy vinha sofrendo ameaça de radicais islâmicos havia tempo.
Em 2014, um ativista islâmico disse que Roy, por viver nos Estados Unidos, seria assassinado quando saísse do seu país. “Ele será morto quando vier a Blangladesh.”
Em dois anos, Roy é o segundo blogueiro ateu assassinado em Bangladesch. O país tem 160 milhões de habitantes. Desse total, 90% são muçulmanos.
Em uma entrevista coletiva, Jennifer Psaki, porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, lamentou a morte de Roy e disse que se tratou mais do que um ataque contra uma pessoa, "mas de uma covardia contra princípios universais de livre manifestação consagrados na Constituição de Bangladesh", um pais onde há liberdades intelectual e religiosa.
Arifur Rahman, outro blogueiro que esteve na feira de livros em Daca, disse que o governo do país não tem demonstrado esforço para combater o radicalismo religioso.
Por isso, disse, a violência contra ateus deve continuar.
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