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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

ANTISSEMITISMO GRITANTE

Se você acha razoável acusar a governadora de SC de antissemita, apenas porque calou-se, inicialmente, sobre a acusação de simpatizante do nazismo imputada ao seu pai, é porque nunca tomou conhecimento da obra do prolífico escritor GUSTAVO BARROSO, intitulada "Brasil Colônia de Banqueiros", ou de outras obras abordando as relações da Maçonaria com o Judaísmo.

Pato transando - Os entendidos entenderão

EÇA DE QUEIROZ louvando a natureza

 (...) o empenho era crear a arvore. Pela arvore contemplada na serra em sua verdadeira magestade, na beneficencia da sua sombra, na frescura emballadora do seu rumorejar, na graça e santidade dos ninhos que a povoam, começára talvez, lentamente, o seu amor novo da Terra. E agora sonhava uma Tormes toda coberta d'arvores, cujos fructos e verduras, e sombras, e rumorejos suaves, e abrigados ninhos, fossem a obra e o cuidado das suas mãos paternaes. - Excerto de A cidade e as serras.

SOU FÃ DESSA RAÇA - História do Cavalo Campeiro


Ministro nega pedido para afastar possível obrigatoriedade da vacina do novo coronavírus


​O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Og Fernandes rejeitou um habeas corpus preventivo impetrado em favor de dois moradores de São José do Rio Preto (SP) contra a eventual obrigatoriedade da vacina do novo coronavírus (Covid-19).


De acordo com o pedido, o governador de São Paulo, João Doria, deu a entender em declarações à imprensa que a vacina para o combate à doença teria caráter obrigatório – o que violaria as liberdades constitucionais do cidadão. Segundo a petição, deveria ser respeitada a vontade do indivíduo de se submeter ou não a determinado procedimento terapêutico.

Para o ministro, contudo, não ficou demonstrado nenhum ato ilegal ou abusivo do governador que prejudicasse ou ameaçasse concretamente a liberdade de locomoção dos pacientes do habeas corpus.
Lógica process​​ual

O ministro explicou que o STJ "tem refinado o cabimento do habeas corpus, restabelecendo o alcance aos casos em que demonstrada a necessidade de tutela imediata à liberdade de locomoção, de forma a não ficar malferida ou desvirtuada a lógica do sistema processual vigente".

Segundo Og Fernandes, não há informação nos autos a respeito do momento em que a vacina será, em larga escala, colocada à disposição da população, tampouco foram especificadas quais seriam as sanções ou restrições aplicadas pelo poder público a quem deixasse de atender ao chamamento para a vacinação.

"Trata-se de habeas corpus preventivo em que não se demonstrou, de forma concreta e individualizada, em relação aos pacientes, a iminência de prática, pela autoridade coatora, de atos ilegais, violadores da liberdade de locomoção – o que não se admite", concluiu.

Argélia condena ativista político a 10 anos de prisão por 'incitar o ateísmo'



A Justiça de Argel condenou Yacine Mebarki a 10 anos de prisão por “incitar o ateísmo”, ofendendo o Islã, e a pagar multa equivalente a US$ 77.400.

O militante de 52 anos foi preso em 30 de setembro de 2020, quando a polícia fez uma busca em sua casa e encontrou uma “prova” do seu ateísmo: um exemplar velho do Corão com uma página arrancada.

A sentença foi anunciada na quinta-feira, 8 de outubro. Nunca no país alguém recebeu pena tão pesada por supostamente promover o ateísmo.

Os ateus são perseguidos no país, mas, nesse caso, a verdadeira causa da condenação é política. Mebarki pertence ao movimento popular Hirak, que faz oposição ao governo.


No momento, 61 pessoas ligadas ao movimento estão aprisionadas.

Mebarki negou ter ofendido Maomé, e entidades de direitos humanos estão pedindo a libertação dele.

É comum no país pessoas serem presas por ofensa ao Islã.

Argélia está na lista dos países onde mais se viola a liberdade de pensamento.


Mebarki: Justiça 
da Argélia é
implacável com
supostos ateus


Com informação do site Al Arabiya e de outras fontes e foto de rede social.

Fonte: https://www.paulopes.com.br/2020/10/argelia-condena-ativista-politico-10.html#.X5wGyIhKiHs

COPIANDO A IGREJA CATÓLICA? - Líder religiosa pagava quem trabalhava em sua empresa com promessas de salvação divina


segunda-feira, outubro 26, 2020

Diego Junqueira | Repórter Brasil “Jesus está voltando. Mas só vai ganhar o Reino dos Céus quem me seguir”. Pregações como essas eram usadas por Ana Vindoura Dias Luz, líder da Igreja Remanescente de Laodiceia, para aliciar dezenas de trabalhadores para sua empresa de alimentos em Brasília, no Distrito Federal. Ao invés de salários, os funcionários eram pagos com a promessa de salvação divina.

A “ajuda de custo” que recebiam informalmente era, em parte, usada para bancar despesas da igreja e da empresa, segundo auditores-fiscais do trabalho que autuaram Dias Luz por submeter 79 trabalhadores a condições análogas à escravidão. 

Os trabalhadores-fiéis dormiam em locais improvisados, como carrocerias de caminhões, sob tetos de lona e ao lado de agrotóxicos, enquanto a líder religiosa vivia em uma casa confortável e espaçosa, de acordo com os auditores.

Dias Luz é uma das novas integrantes da “lista suja” do trabalho escravo, cadastro divulgado semestralmente pelo Ministério da Economia que relaciona os empregadores responsabilizados pela utilização de mão de obra escrava.

Além da religiosa, outros dois empregadores entraram na lista: um do ramo da mineração e outro de produção agrícola. Ao todo, os três submeteram 96 trabalhadores à escravidão moderna e se somam a outros 109 empregadores que já integravam o cadastro (veja a relação completa).

A atualização da lista, no dia 5 de outubro de 2020, é a primeira desde que o Supremo Tribunal Federal reafirmou a constitucionalidade da publicação dos nomes de empregadores envolvidos com trabalho escravo. Também é a que apresenta o menor número de novos empregadores — o último cadastro teve 41 novos nomes.

Segundo auditores-fiscais ouvidos pela Repórter Brasil, a redução deve-se ao fato de que o setor de recursos administrativos — em que empresas e empregadores podem questionar a autuação — está fechado desde março, quando começou a pandemia do novo coronavírus. Como o direito à defesa não pode ser exercido neste momento, os nomes vão se acumulando para as próximas atualizações.

A líder religiosa é dona da empresa Folha de Palmeiras Produtos Alimentícios, situada em uma chácara a 40 km da Esplanada dos Ministérios, onde fica também a sede da igreja e uma comunidade com cerca de cem moradores. 


A propriedade foi alvo de megaoperação policial em março de 2019, com a participação de auditores-fiscais do trabalho e membros do Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Polícia Civil, além de representantes do governo do Distrito Federal e do conselho tutelar.

Na chácara funcionavam uma horta, uma empresa de produção de alimentos orgânicos (como pães, geleias, pão de queijo e bolos) e uma confecção de roupas. Os produtos eram vendidos pelos fiéis em diversos estados, assim como os livros da missionária, que pregam a salvação por meio da alimentação saudável. Até mercados de bairros nobres em Brasília compravam os produtos supostamente orgânicos, sem conhecer os agrotóxicos que lhes eram aplicados — auditores encontraram dezenas de envases de pesticidas na propriedade. 


“A igreja era uma ferramenta utilizada pelo empregador para manter uma mão de obra constante, controlada, submissa e a um custo praticamente nulo”, diz o auditor-fiscal Rodrigo Ramos do Carmo. “A forma como conseguiram aliciar as pessoas e mantê-las trabalhando, usando a crença religiosa, foi algo que eu nunca tinha visto. Os trabalhadores realmente acreditavam que eram donos do empreendimento.”


Parecia uma empresa como outra qualquer — faturando entre R$ 50 mil e R$ 60 mil por mês, conforme revelou a própria Dias Luz no dia da operação —, mas estava ancorada em uma série de violações trabalhistas. Ninguém tinha a carteira de trabalho assinada e não eram pagos salários nem recolhidos FGTS e INSS, segundo o relatório da fiscalização, ao qual a Repórter Brasil teve acesso. Eles também eram submetidos a rígidas regras de como se vestir, onde trabalhar e até mesmo quando usar o WhatsApp. 


Além disso, os trabalhadores viviam em moradias improvisadas, como carrocerias de ônibus e caminhões, onde se espremiam beliches e fios elétricos. Em outra “casa”, famílias viviam sob teto de lona no mesmo espaço onde ficava a oficina de costura e o depósito de agrotóxicos — “isolado” por meia parede de papelão. 


Havia 11 tipos diferentes de pesticidas, alguns deles altamente tóxicos, como o glifosato e o dipil — cuja venda é controlada e só pode ser aplicado por profissional habilitado. A aplicação, porém, era feita por dois trabalhadores sem orientação técnica nem equipamentos de proteção.


“Não é uma empresa de fundo de quintal. Ela é bem estruturada, tem equipamentos modernos e vende um produto chamativo, com rótulo bonito. Mas, por outro lado, não tem condições de trabalho e as pessoas são alojadas numa situação degradante, expostas a doenças e acidentes e até dormindo com agrotóxicos”, diz Carmo.
Enquanto os trabalhadores e fiéis dormiam em lugares precários, a casa de Dias Luz era “extremamente confortável, bem espaçosa e com eletrodomésticos modernos”, conta a procuradora do trabalho Carolina Mercante. “Praticamente todos os fiéis eram pessoas de baixíssima formação escolar, com dificuldade até para se expressar, estavam doentes e não tinham bens nem perspectiva profissional”, completa.
Escravos da fé

À época da autuação, Dias Luz contou aos fiscais que os fiéis trabalhavam de forma “voluntária” e “autônoma” e recebiam o lucro das vendas, que era dividido igualmente entre todos. Os auditores, porém, não encontraram nenhum comprovante de pagamento. Os trabalhadores não souberam dizer seus ganhos mensais, e confirmaram que os valores recebidos sofriam descontos para custear despesas da igreja e da empresa.

A começar pela própria chácara, que estava sendo comprada pela denominação religiosa. Os trabalhadores colaboravam com o financiamento do terreno e com as contas de luz, gás e combustível. Eles pagavam também taxas de moradia e bancavam as roupas e alimentos comprados no local, sem falar no dízimo e oferendas à congregação.

Um dos trabalhadores contou em depoimento que novos fiéis eram atraídos durante eventos de pregação religiosa. Tornar-se membro da Igreja de Laodiceia significava não apenas professar a fé da líder espiritual, mas participar ativamente da comunidade religiosa, o que incluía morar no local, cumprir horários rígidos e executar as tarefas laborais.

“Quem ficasse era orientado sobre as regras, como participar de práticas de exercício físico, horários de dormir e acordar, [proibição de] som alto e bebidas alcoólicas, alimentação vegetariana, vestimentas e as regras de trabalho voluntário, como cuidar da horta familiar, costura e panificação”, disse o trabalhador. 



Qualquer semelhança com a seita do guru espiritual Osho, exposta na série “Wild Wild Country”, não é mera coincidência.As investigações sobre o grupo religioso começaram em dezembro de 2018, quando a Polícia Civil recebeu denúncia de que uma jovem era mantida em cárcere privado na chácara, após ela própria pedir ajuda a ex-fiéis. A garota foi libertada em janeiro, ocasião em que Dias Luz chegou a ser presa, mas a ação judicial foi arquivada porque a jovem retirou a denúncia.

O caso permitiu novas descobertas das autoridades, como o fato de que crianças viviam no local sem frequentar a escola nem receber vacinas. A situação delas foi regularizada ainda no ano passado, antes da operação que flagrou os trabalhadores submetidos à escravidão contemporânea.

À época da autuação, os trabalhadores não quiseram sair da chácara nem receber as parcelas de seguro-desemprego a que tinham direito — motivo pelo qual não houve resgate do grupo. 


“Essa é a grande diferença desse caso para os outros de trabalho análogo ao de escravo. Como existe a doutrinação religiosa, há o temor reverencial em relação aos líderes, porque há uma série de punições pregadas pela igreja, como o castigo divino”, diz a procuradora Mercante.

Pelas contas dos auditores-fiscais, Dias Luz deve R$ 5,4 milhões em direitos trabalhistas. A Justiça pediu o bloqueio dos valores, mas nada foi pago até o momento. O MPT pede também indenização de R$ 2 milhões por danos morais. As atividades de panificação continuaram mesmo após a operação, mas a pastora e seus fiéis foram despejados da propriedade, por determinação judicial.

O advogado Celso Correa de Oliveira, que defende Dias Luz e a Igreja de Laodiceia, negou todas as acusações. Sobre o bloqueio de valores, ele afirmou que a Justiça encontrou R$ 84 mil em bens e R$ 18 mil em contas bancárias das empresas e lideranças. Disse ainda que os fiéis vendiam os produtos que eles mesmos fabricavam e que o local não era uma empresa, mas sim uma “cooperativa”, e que faltou orientação jurídica para regularizar o local. “Eles não são e nunca foram trabalhadores. Eles são membros da igreja”, diz.

Sobre as condições precárias de moradia, Oliveira disse que os alojamentos eram “extremamente temporários”. “Em outra área estavam sendo construídas as moradias, com dinheiro do trabalho deles. Isso não foi colocado no relatório de fiscalização. As pessoas ali não querem ficar nas tetas do governo, não querem receber seguro-desemprego, querem construir a partir do próprio suor”, afirmou.

Oliveira criticou a inclusão da empresa na “lista suja” do trabalho escravo. “Trabalho escravo é crime. Como se acusa uma pessoa disso se não tem decisão judicial?”. O advogado também disse que os líderes não se enriqueceram com o negócio e que vai provar a inocência deles na Justiça. O caso corre sob sigilo e está na fase final, em primeira instância, dependendo apenas da sentença.


Não é a primeira vez que a missionária sofre acusações ligadas a esse crime. Em 2014, ela foi condenada por trabalho escravo e trabalho infantil em primeira instância no Mato Grosso, onde então operava a Igreja de Laodiceia. Recorreu e foi absolvida na segunda instância, quando a Justiça aceitou o argumento da “liberdade religiosa”. A ação está agora no Tribunal Superior do Trabalho, em segredo de justiça.
“É possível que a liberdade religiosa submeta as pessoas a condições degradantes? Pela Constituição, não”, diz a procuradora. “A nossa missão é a condenação dos acusados. Se o Judiciário reconhecer que houve trabalho análogo a escravo, isso vai inibir outros grupos religiosos que usam a fé para aliciar trabalhadores”.


Há também na “lista suja” uma outra seita religiosa, a Comunidade Cristã Traduzindo o Verbo, que submeteu 565 fiéis a situação análoga à escravidão em estabelecimentos comerciais de 17 cidades. A operação de resgate, em fevereiro de 2018, foi a maior desde que 1.064 trabalhadores foram resgatados de uma fazenda de cana-de-açúcar no Pará, em 2007.


Escravos da mineração e do agronegócioOutro novo integrante da “lista suja” é Antônio Inácio Maciel, dono da empresa A.I. Maciel Mineração, que foi flagrado submetendo 12 trabalhadores a condições análogas às de escravo em uma mina de extração do minério caulim — material usado na fabricação de papel, tintas, borrachas, plásticos, pesticidas, cosméticos e produtos farmacêuticos –, no município de Salgadinho, na Paraíba. 

Segundo os auditores-fiscais, os trabalhadores extraíam o material manualmente de dois túneis, um dos quais com 40 metros de profundidade, sem a adoção de qualquer medida de segurança. O empregador não fornecia equipamentos de proteção individual — alguns trabalhavam de chinelo — nem máquinas apropriadas para o serviço. Os túneis eram escorados de forma precária, inclusive com galhos de árvores, e não havia planos de emergência para eventuais acidentes dos trabalhadores, que são conhecidos como “homens-tatu”. 

Trabalhando sob altas temperaturas, agravadas pela profundidade dos túneis, os empregados não tinham acesso à água potável nem a banheiro. Os pagamentos mensais não chegavam à metade do salário mínimo.

Maciel, dono da empresa, disse à Repórter Brasil que os trabalhadores não eram seus funcionários, mas trabalhavam por conta própria. Ainda assim, ele pagou todas as verbas rescisórias. 


“O garimpeiro não é escravo nem funcionário de ninguém, eles trabalham por conta própria”. Maciel afirmou que os empresários da região não querem mais trabalhar com esses garimpeiros, por receio de autuações, e que a extração mineral é feita agora apenas por máquinas.

O terceiro grupo de empregadores incluído na “lista suja” são Luis André Schultz, Delfino Schultz e Alvin Schultz Neto, donos da Agroflorestal Schultz, de cultivo da erva-mate, em Bituruna, no Paraná. A fiscalização resgatou cinco trabalhadores que atuavam sem carteira assinada no plantio das mudas, incluindo um jovem com menos de 18 anos.

Eles estavam alojados em uma casa de madeira sem higiene, sem energia elétrica ou água encanada. Os funcionários dormiam no frio e não receberam equipamentos de segurança. Luís André disse à Repórter Brasil que os funcionários trabalharam no local por conta própria, antes de a área ser adaptada para a chegada deles. Disse que, após o flagrante, fechou um acordo com o Ministério Público e pagou os valores devidos aos trabalhadores. “Inclusive tem uns dois que continuam trabalhando lá conosco, tudo regularizado”, diz.

A ‘lista suja’O cadastro de empregadores responsabilizados por mão de obra análoga à de escravo, conhecido como “lista suja”, existe desde novembro de 2003 e, por regra, é atualizada a cada seis meses pelo Ministério da Economia – que herdou a tarefa do Ministério do Trabalho. Prevista em portaria interministerial, ela inclui nomes após o exercício do direito de defesa administrativa em primeira e segunda instâncias.

Os empregadores, pessoas físicas e jurídicas, permanecem listados, a princípio, por dois anos. Eles podem optar, contudo, por firmar um acordo com o governo e serem suspensos da relação. Para tanto, precisam se comprometer a cumprir uma série de exigências trabalhistas e sociais.

Apesar de a portaria que prevê a lista não obrigar a um bloqueio comercial ou financeiro, ela tem sido usada por empresas brasileiras e estrangeiras para seu gerenciamento de risco. Isso tornou o instrumento um exemplo global no combate ao trabalho escravo, reconhecido pelas Nações Unidas.

De acordo com o artigo 149 do Código Penal, quatro elementos podem definir escravidão contemporânea no Brasil: trabalho forçado (que envolve cerceamento do direito de ir e vir); servidão por dívida (um cativeiro atrelado a dívidas, muitas vezes fraudulentas); condições degradantes (trabalho que nega a dignidade humana, colocando em risco a saúde e a vida); ou jornada exaustiva (levar o trabalhador ao completo esgotamento dado à intensidade da exploração, também colocando em risco sua saúde e vida).


Líder religiosa Ana Dias
Luz (em pé à direita),
e seus 'escravos'


Este texto foi publicado no site da ong Repórter Brasil com o título Escravos da fé: seita religiosa de Brasília entra na ‘lista suja’ do trabalho escravo. A foto é de autoria da Secretaria de Inspeção do Trabalho/Ministério da Economia)

Fonte: https://www.paulopes.com.br/2020/10/pastora-pagava-quem-trabalhava-em-sua.html#.X5wEpYhKiHs

VERSÃO CHINESA DO "DESTINO MANIFESTO" IANQUE? - Xi Jinping acredita ter “Mandato do Céu” para governar o mundo





Analistas conservadores veem plano de dominação mundial.
4 dias atrás 

em 26 de outubro de 2020


Xi Jinping (Foto: Reprodução/YouTube)




O ditador chinês Xi Jinping acredita ter “Mandato do Céu” para governar o mundo, segundo o analista Gordon Chang, famoso pelo livro “O colapso vindouro da China”. Esse seria um conceito chinês sobre a legalidade dos membros do Partido Comunista da China (PCCh) de ocuparem cargos de autoridade.

“O ‘mandato do céu’ vem do passado imperial da China, onde os imperadores chineses acreditavam que não apenas tinham o direito, mas eram compelidos pelo céu a governar o mundo e existe essa noção de Tianxia, ​​ou ‘tudo sob o céu'”, disse Gordon Chang, um analista da Ásia.

Chamado de “imperador moderno”, Jinping tem investido nas forças armadas, na influência geopolítica e interferido diretamente em aspectos econômicos do país, se preparando para o “domínio global”, segundo avaliam analistas em todo o mundo.

Uma frase atribuída a Napoleão Bonaparte, líder militar francês, tem sido destacada nos últimos anos, quando ele disse que a China é um leão adormecido. Deixe-a dormir, pois quando ela acordar, ela sacudirá o mundo”. O ditador Xi tem sinalizado que o leão acordou.

Em seu discurso ao assumir o governo em 2012, Xi havia declarado que sua nação iria embarcar no projeto de “Grande Rejuvenescimento”. “O que, para colocar em termos trumpianos, significa ‘tornar a China grande novamente'”, disse Tom Miller, um especialista em China, ao CBN News.

Miller documentou a ascensão de Pequim no livro “China’s Asian Dream: Empire Building Along the New Silk Road” (“O sonho asiático da China: um império ao longo da nova rota da seda”, em tradução livre).

“Sob Xi Jinping, a China tem tentado muito, muito deliberadamente realizar sua ambição de se tornar a superpotência global”, afirma Miller. “Ele fala sobre essa meta centenária, então a República Popular da China foi fundada em 1949, em 2049 a China quer ser a superpotência global”, continuou.

Fonte (suspeita): https://www.gospelprime.com.br/meus-pais-me-ensinaram-a-importancia-da-fe-e-da-oracao-diz-trump/

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Pressão indevida - Entidades judaicas criticam governadora de SC por se negar a dizer o que pensa sobre ideias nazistas relacionadas ao pai

Ser julgada por meras convicções, não transformadas em atos concretos que efetivem práticas nazifascistas é algo repugnante.
Querem coartar até a liberdade de pensar, isto depois de darem oportunidade a Bolsonaro, durante a campanha, de expor suas ideias favoráveis à tortura, dentre outras tão "exóticas" quanto. 

Menos, sionistas radicais. Até agora ela não fez apologia ao nazismo, nem questionou a Shoá. Até onde ela considera verdadeiras as notícias sobre o Holocausto é questão de foro íntimo. Ela sequer se porta como revisionista declarada. 

Penso, aliás, que não há verdade absoluta, nem mesmo sobre a dimensão da shoá e suas terríveis consequências. 

Todas as notícias históricas devem ser vistas "com temperamentos", mormente a versão ofertada ao conhecimento público pelos vencedores. 

Esclareço que não votei, nem votaria nela, mas não me convenço do direitos das entidades judaicas de obrigá-la a manifestar-se sobre o tema. 


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Publicado em 28 outubro, 2020 6:29 pm
Com afastamento de Carlos Moisés, Daniela Reinehr assume interinamente o governo de Santa Catarina Foto: Divulgação/ Facebook


Organizações judaicas criticaram nesta quarta-feira a governadora-interina de Santa Catarina, Daniela Reinehr (sem partido), por ela ter se recusado a responder o que pensa sobre o nazismo. No dia anterior, no evento em que tomou posse para substituiro governador afastado Carlos Moisés (PSL), ela foi perguntada sobre o assunto pelo repórter Fábio Bispo, do site “The Intercept Brasil”.


José Altair Reinehr, pai da governadora e professor de História, já escreveu textos relativizando o nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. Nas redes sociais, há relatos de pessoas que tiveram aula com Altair e afirmaram que ele defendia ideias neonazistas em sala.

Questionada se poderia se declarar antinazista e contra as ideias defendidas pelo pai, Daniela Reinehr tergiversou. Ela respondeu que acabava de ser julgada e absolvida por atos de terceiros e que esperava, dali em diante, ser responsabilizada apenas pelos atos próprios, referindo-se ao processo de impeachment do qual se livrou.


— Eu realmente não posso responder, ser julgada ou condenada pelo que esse ou aquele pense. Independente do seu pensamento, eu respeito as pessoas, os direitos individuais e as liberdades. Qualquer regime que vá contra o que eu acredito, eu repudio — respondeu ela.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a Associação Israelita Catarinense (AIC) divulgaram um comunicado conjunto declarando serem “preocupantes” os relatos de que o pai da governadora “é simpatizante do nazismo e do genocida Adolf Hitler”.

“A governadora deve, de forma veemente, manifestar sua repulsa ao negacionismo da tragédia que foi o Holocausto. É importante que ela se pronuncie sobre o assunto e demonstre de forma inequívoca sua rejeição às ideias que levaram ao extermínio de 6 milhões de judeus inocentes, além de outras minorias e adversários políticos e provocaram uma guerra que devastou a humanidade”, diz a nota, assinada por Fernando Lottenberg, presidente da Conib, e Sergio Iokilevitc, presidente da AIC.

A organização Judeus pela Democracia se manifestou no Twitter. “Daniela Reinehr diz que deve ser julgada por suas convicções e não de seu pai (assumido nazi), mas até agora não as expôs. Quando perguntada, foge. É antinazista? Nega o holocausto? Fato é que hoje no Brasil, a governadora é incapaz de responder diretamente às perguntas acima”.

(…)

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/entidades-judaicas-criticam-governadora-de-sc-por-se-negar-a-dizer-o-que-pensa-sobre-ideias-nazistas-relacionadas-ao-pai/

QUEM JÁ ERA CORRUPTO SÓ PIORA, né general?


Ex-porta-voz do governo, general ataca Bolsonaro: o poder 'inebria, corrompe e destrói'

O general Otávio Rêgo Barros, ex-porta-voz da Presidência, afirmou em um artigo que Jair Bolsonaro se comporta como um "imperador imortal", sem mencionar o nome de seu ex-chefe. "Infelizmente, o poder inebria, corrompe e destrói!”, destaca
28 de outubro de 2020, 08:23 h Atualizado em 28 de outubro de 2020, 09:04

Otávio Rêgo Barros e Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa/PR | Alan Santos/PR)


247 - O ex-porta-voz da Presidência Otávio Rêgo Barros criticou Jair Bolsonaro de maneira indireta por meio de um artigo publicado nesta terça-feira (27) no jornal Correio Braziliense. Embora não tenha citado o nome de Bolsonaro, ele afirma que o poder “inebria, corrompe e destrói”. No texto, Barros também critica os assessores e aliados que se comportam como “seguidores subservientes” pelo fato de o ex-capitão não aceitar críticas contrárias aos seus posicionamentos. 

“Os líderes atuais, após alcançarem suas vitórias nos coliseus eleitorais, são tragados pelos comentários babosos dos que o cercam ou pelas demonstrações alucinadas de seguidores de ocasião”, disse o ex-porta-voz no artigo. “A autoridade muito rapidamente incorpora a crença de ter sido alçada ao olimpo por decisão divina, razão pela qual não precisa e não quer escutar as vaias. Não aceita ser contraditada. Basta-se a si mesmo. Sua audição seletiva acolhe apenas as palmas. A soberba lhe cai como veste. Vê-se sempre como o vencedor na batalha de Zama, nunca como o derrotado na batalha de Canas. Infelizmente, o poder inebria, corrompe e destrói!”, diz ele mais à frente. 

Para Rêgo Barros, é preciso que os demais Poderes e instituições devem permanecer vigilantes e firmes contra pressões e abusos. “As demais instituições dessa república — parte da tríade do poder — precisarão, então, blindar-se contra os atos indecorosos, desalinhados dos interesses da sociedade, que advirão como decisões do “imperador imortal”. Deverão ser firmes, não recuar diante de pressões. A imprensa, sempre ela, deverá fortalecer-se na ética para o cumprimento de seu papel de informar, esclarecendo à população os pontos de fragilidade e os de potencialidade nos atos do César”, pontua.

“A população, como árbitro supremo da atividade política, será obrigada a demarcar um rio Rubicão cuja ilegal transposição por um governante piromaníaco será rigorosamente punida pela sociedade. Por fim, assumindo o papel de escravo romano, ela deverá sussurrar aos ouvidos dos políticos que lhes mereceram seu voto: — “Lembra-te da próxima eleição!”, finaliza.

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/ex-porta-voz-do-governo-general-ataca-bolsonaro-o-poder-inebria-corrompe-e-destroi

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Viver em contato com a natureza

  (...) em meio da Natureza, elle assistia á subita e humilhante inutilisação de todas as suas faculdades superiores. 

De que servia, entre plantas e bichos―ser um Genio ou ser um Santo? 

As searas não comprehendem as Georgicase fôra necessario o socorro ancioso de Deus, e a inversão de todas as leis naturaes, e um violento milagre para que o lobo de Agubio não devorasse S. Francisco d'Assis, que lhe sorria e lhe estendia os braços e lhe chamava «meu irmão lobo»! 

Toda a intellectualidade, nos campos, se esterilisa, e só resta a bestialidade. 

N'esses reinos crassos do Vegetal e do Animal duas unicas funcções se mantêm vivas, a nutritiva e a procreadora. Isolada, sem occupação, entre focinhos e raizes que não cessam de sugar e de pastar, suffocando no calido bafo da universal fecundação, a sua pobre alma toda se engelhava, se reduzia a uma migalha d'alma, uma fagulhasinha espiritual a tremeluzir, como morta, sobre um naco de materia; e n'essa materia dois instinctos surdiam, imperiosos e pungentes, o de devorar e o de gerar.

EÇA DE QUEIROZ - A cidade e as serras (grafia original da época)


Sobre religião

 A religião! A religião é o desenvolvimento sumptuoso de um instincto rudimentar, commum a todos os brutos, o terror. Um cão lambendo a mão do dono, de quem lhe vem o osso ou o chicote, já constitue toscamente um devoto, o consciente devoto, prostrado em rezas ante o Deus que distribue o céo ou o inferno!.(português da época) - EÇA DE QUEIROZ - A cidade e as serras

PILANTRAGEM MÉDICA, QUE O CFM, NAS MÃOS DE QUEM ESTÁ, CERTAMENTE NEM COGITARÁ DE CORRIGIR

A categoria, laboriosa e responsável, não merece ser enxovalhada por um pilantra que se presta a tal atitude.

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Médico dá atestado para deputado bolsonarista ficar sem máscara em aeroporto


O médico bolsonarista Sérgio Marcussi afirmou estar fazendo atestados para pessoas que se recusam a usar máscaras contra a Covid-19. Ele retuitou uma mensagem do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ), que disse ter ficado sem máscara no aeroporto após conseguir o documento. O parlamentar ficou conhecido após quebrar placa em homenagem a Marielle Franco
27 de outubro de 2020, 16:15 h Atualizado em 27 de outubro de 2020, 17:04


23Médico Sérgio Marcussi e o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) (Foto: Divulgação)

247 - O médico bolsonarista mineiro Sérgio Marcussi, ginecologista e especialista em estética, afirmou estar fazendo atestados para pessoas que se recusam a usar máscaras contra o coronavírus. O item de segurança é recomendado por autoridades sanitárias.

"A luta diária! Hoje fiz 20 atestados desses. Vamos disseminando", escreveu o médico no Twitter, ao retuitar uma mensagem do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ), que disse ter ficado sem máscara no aeroporto após conseguir o documento. 

"Agora no aeroporto, entrei sem máscara e fui abordado uma vez. Expliquei que estou respaldado pela lei 14.019/20 art 3° §7°, com licença médica que me garante o não uso e continuei a missão. Essa focinheira ideológica tem que ser combatida", disse o parlamentar.

Silveira é um dos políticos que quebrou a placa de rua em homenagem à ex-vereadora Marielle Franco durante a campanha de 2018. A ex-parlamentar foi morta pelo crime organizado. Ela denunciava a violência cometida por policiais nas favelas, bem como a atuação de milícias. 

Após o post citando 20 atestados, Marcussi disse que a solução é "para você se livrar da focinheira". 

A luta diaria ! Hoje fiz 20 atestados desses. Vamos disseminado . https://t.co/0GT6KsTgrg— sergio marcussi (@sergiomarcussi) October 26, 2020

Está é a solução para você se livrar da focinheira. Eu chama do cabresto também. Só não pode falar o nome porque eles ✂️✂️ pic.twitter.com/aQcQ2GDhBO— sergio marcussi (@sergiomarcussi) October 27, 2020

Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/medico-da-atestado-para-deputado-bolsonarista-ficar-sem-mascara-em-aeroporto

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Juíza nega provimento a ação de entidade religiosa contra desfile da Gaviões

26 de outubro de 2020, 18h36

No aparente conflito entre a liberdade de expressão e a representação artística dos dogmas de uma dada religião, emerge como conclusão que a expressão artística não pode estar condicionada ou limitada às representações tal como pré-estabelecidas por outrem. A limitação é incompatível com a expressão artística e cultural.
Juíza negou provimento a ação de entidade evangélica contra a Gaviões da Fiel
Gaviões da Fiel / Instagram

Com base nesse entendimento, a juíza Camila Rodrigues Borges de Azevedo, da 13ª vara Cível de São Paulo, decidiu negar pedido de danos morais no valor de R$ 5 milhões da Liga Cristã Mundial contra a escola de samba Gaviões da Fiel.

Na ação, a entidade religiosa alegou que a escola de samba debochou do sentimento religioso dos cristãos no desfile de 2019. Na ocasião, a Gaviões da Fiel levou um passista fantasiado de Lúcifer, que arrastava pelo chão outro folião fantasiado de Jesus Cristo.

Ao afastar as alegações da entidade religiosa, a magistrada lembrou que, a despeito do argumento de que as religiões cristãs se constituem maioria, o Brasil é uma república laica logo e que os julgamentos do Poder Judiciário devem ser neutros quanto às valorações que as religiões fazem dos eventos externos aos templos e cultos.

"É preciso desqualificar a autora como titular dos interesses cristãos brasileiros. Seja porque institucional e juridicamente não há o que lhe conceda tal prerrogativa, seja porque sua interpretação fundamentalista do catolicismo romano e a leitura que faz da apresentação artística é exclusivamente sua, longe estando de um consenso entre as inúmeras denominações cristãs existentes no Brasil", escreveu a juíza ao citar trecho de manifestação do Ministério Público.

Diante disso e com base no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, a magistrada decidiu julgar improcedente a ação.

Clique aqui para ler a decisão
1038365-05.2020.8.26.0100

domingo, 25 de outubro de 2020

Por que o Ministério Público federal não investiga as filhas de militares?

 É dever do Ministério Público, que não vem sendo cumprido, elucidar os casos de filhas de militares que recebem pensão, mesmo sendo casadas, embora disfarcem tal condição, para não perder o benefício, declarando-se solteiras.

Isso é uma vergonha cheira a prevaricação.

Quando o Conselho do MP irá posicionar-se sobre tal omissão? 

Dica de filme

 O pacto de Adriana, da cineasta chilena Lissette Orozco (a diretora vai em busca da história da sua tia Adriana que trabalhou na polícia secreta do ditador Augusto Pinochet).

Ressalto: a dica resultou da entrevista publicada em 

https://piaui.folha.uol.com.br/meu-pai-foi-agente-da-ditadura-quero-uma-historia-diferente-pra-mim/

Home office

"Já se tem notícias de jornadas estafantes à distância, de controles excessivos e invasivos à privacidade dos trabalhadores, condições inadequadas de trabalho, trabalhadores assumindo, sozinhos, despesas com energia elétrica, equipamentos", aponta José Roberto Dantas Oliva, advogado e juiz do Trabalho aposentado.

Pai de santo é denunciado por estupro de sete mulheres

Defesa nega as acusações e afirma que o homem é vítima de uma armação das vítimas


Correio Braziliense
postado em 24/10/2020 14:28


(crédito: Reprodução / Internet)

O pai de santo Heraldo Lopes Guimarães, 56 anos, é suspeito de ter estuprado sete mulheres em São Paulo. Conhecido como Pai Guimarães de Ogum, ele foi denunciado pelo Ministério Público (MP) por estupro de vulnerável. O MP pede ainda a prisão preventiva do homem até o julgamento. As informações são do G1.

Segundo a publicação, ele atua na religião Umbanda e comanda um templo na Zona Sul de São Paulo, onde teria acontecido a maioria dos abusos contra as vítimas, entre os anos de 2010 e 2019. Duas delas eram menores de 14 anos na época. As outras cinco eram maiores de 18 anos.

Em depoimento, as mulheres disseram que o pai de santo se aproveitava da função de sacerdote espiritual, exercendo domínio psicológico, deixando-as vulneráveis a ponto de se sentirem obrigadas a manter relações sexuais, achando que estivessem se relacionando com uma entidade incorporada e que o ato fizesse parte do processo de cura espiritual. 

Já a defesa de Pai Guimarães nega os abusos e afirma que o religioso está sendo "vítima de uma armação e de denúncias infundadas". Cabe a Justiça decidir se acatará as acusações. O caso corre em segredo de justiça.

Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2020/10/4884451-pai-de-santo-e-denunciado-por-estupro-de-sete-mulheres.html

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Ah, como mudaram as "malícias"" !!!

 E a terceira, uma moreninha faceira e travessa, sentada na borda da carreta, segurando-se num varal, deixava pender as pernas fora do carro, e o vestido, meio suspenso pela posição, ia mostrando um pezinho que, às vezes com o balanço, parecia fugir e adiantava então um tornozelo bem malicioso. -  DUARTE PARANHOS SCHUTEL (escritor catarinense) -  A massambu

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

O QUE O PT TEM A DIZER SOBRE ISTO ? - O desmanche da Petrobras começou antes de Temer


21.10.2020


Padro Augusto Pinho*

Não há como comparar os Governos Dilma e Bolsonaro, desde logo afirmo para evitar os mal-entendidos. Mas os elementos do desmanche da empresa começaram antes do Temer.

Na Folha de S.Paulo, de 19/10/2020, página A15, com gráficos ilustrativos, Nicola Pamplona, não qualificado, escreve "'Petrobras acelera a venda de ativos e mira dividendo a acionista", com subtítulo "para mercado, empresa pode se tornar "máquina de dividendos" já em 2021". Que tristeza!

A atual direção da Petrobrás vende seus ativos, conforme deixou entender o gerente executivo de Estratégia da empresa e foi argumento aceito pela maioria do Supremo Tribunal Federal (STF) ao autorizar liminarmente a venda das refinarias, porque não "gerava caixa suficiente".

Além de argumento falacioso, pode-se mesmo dizer que de ignorantes ou de desonestos gestores de empresa de petróleo, a oposição teria todo direito de perguntar se a Petrobrás, nestas mãos do mercado financeiro, não deveria se dedicar ao tráfico de drogas ou a especulações financeiras, pois teria certamente melhores ou excelentes gerações de caixa.

Tamanho da Fonte

O Plano de Negócios da Petrobrás, desta gestão, nada tem a ver com os objetivos para os quais a empresa foi criada, em 1953, nem que investiu em toda sua existência buscando a autossuficiência do Brasil em combustíveis fósseis. O lema da Petrobrás sempre foi, inclusive nos governos militares, abastecer o País aos menores custos possíveis de toda gama de derivados do petróleo.

A gestão atual prioriza o pagamento de dividendos aos acionistas estrangeiros que representam o maior grupo de acionistas, 41,63% do total do capital social. Os controladores representam 36,75%, com perspectiva de terem sua parcela ainda menor com a venda das ações do BNDES e do BNDESPar.

Afinal, Roberto da Cunha Castello Branco é um economista e, além da sua ignorância sobre a indústria do petróleo, declarou em diversas oportunidades que seu objetivo é alienar a Petrobrás a terceiros, o que já seria um impedimento para ser presidente.

O dividendo previsto em lei, que toda empresa, que tem perspectiva de garantir ou aumentar sua participação no mercado, paga é 25% do lucro líquido. Castello Branco deseja pagar 60%. Por que?

Mas, pasmem caros leitores, quem colocou tal figura, em 2015, no Conselho de Administração da Petrobrás (CA) foi a ex-presidente Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT).

Mas 2014, quando Rousseff inicia seu último período de gestão, é também o ano da mais profunda deflexão nos aportes de recursos para os principais objetivos da Petrobrás e o fim das gestões que visavam o interesse nacional, como demonstra a participação de Castello Branco no CA.

Os investimentos que atingiram US$ 48,1 bilhões, em 2013, caíram sucessivamente, nos anos seguintes para US$ 37 bilhões, US$ 23 bilhões, US$ 15,8 bilhões, US$ 15,1 bilhões e US$ 12,6 bilhões. Com Castello Branco, em 2019, foram US$ 10,7 bilhões.

Do mesmo modo, os empregos na Petrobrás saíram de 86.100, em 2013, para 57,9, em 2019. Sendo ainda mais significativas as demissões de mão de obra terceirizada.

O projeto de alienação das refinarias, que teve grande impulso com os preços de paridade internacional (PPI), fórmula criativa e nefasta implantada pelo tucano Pedro Parente, no governo Temer, se evidencia com a redução da capacidade de refino, não por simples acaso, a partir de 2014.

Vejamos quantos ativos da Petrobrás foram vendidos, sem atentar para suas qualificações e preços específicos: por Rousseff, entre 2013 e maio de 2016: 16, no valor de US$ 8,3 bilhões; por Temer, entre junho 2016 e dezembro de 2018, também 16, porém no valor de US$ 17,5 bilhões. Bolsonaro neste ano e meio de mandato (até junho/2020), 24 ativos no valor de US$ 16,7 bilhões.

Não pretendo entrar nos valores patrimoniais e nos mercados que acompanham a venda destes ativos, mas vender a Petrobrás Distribuidora, a maior distribuidora de derivados no Brasil, como foi vendida e nos preços obtidos faz-nos pensar que o grosso da compra não veio para sua controladora mas para contas em paraísos fiscais.

Assim noticiou o Monitor Mercantil (24/07/2019): "a Petrobrás anunciou a venda, por US$ 2,5 bilhões (R$ 9 bilhões), de 35% da BR Distribuidora para 160 investidores internacionais. Com essa privatização, a petroleira perde o controle acionário, passando a deter apenas 41,25% e entrega a distribuição de gasolina e diesel no Brasil para os Estados Unidos.

A decisão aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobrás chamou também atenção por um detalhe. O valor da venda da BR foi menor que a do hotel Copacabana Palace, em dezembro, pela rede Belmond (antigo grupo Orient-Express) à holding LVMH, dona da Louis Vuitton: US$ 3,25 bilhões.

Diante do anúncio da venda de ações da BR Distribuidora, as assessorias jurídicas da Federação Única dos Petroleiros (FUP), dos sindicatos dos petroleiros e do Sindicato dos Trabalhadores no Comercio de Minérios e Derivados de Petróleo do Estado do Rio de Janeiro (Sintramico), entraram nesta quarta-feira com uma Ação Popular com pedido de tutela de urgência contra a concretização da venda de ações e perda do controle majoritário da estatal relativo à distribuidora.

A ação questiona a venda nos "princípios da legalidade, moralidade e eficiência, de matrizes constitucionais". Alega também os prejuízos para o país, visto que esta privatização "afeta de modo contundente o patrimônio e a coisa pública praticamente irreversível ou de difícil reparação, com efeitos concretos extremamente deletérios à sociedade brasileira".

E, por fim, o Conselho de Administração da Petrobrás aprovou, em agosto/2020, a venda da integralidade de sua participação remanescente de 37,5% no capital social da Petrobrás Distribuidora S.A. (BR Distribuidora), por meio de uma oferta pública secundária de ações.

"Esta operação está alinhada à otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando à geração de valor para os seus acionistas", comunicou a direção da companhia.

E com o Supremo, com tudo. Bye bye Brasil.

*Pedro Augusto Pinho, administrador aposentado.

Fonte: https://port.pravda.ru/busines/21-10-2020/51592-desmanche_petrobras-0/

VIVA A ARGENTINA!!!- Uso de yuans na Argentina demonstra crescente papel da China na América Latina, diz especialista


© AFP 2020 / Fred DUFOUR

Em meio ao crescente papel da China na economia mundial, Buenos Aires anuncia que vai permitir o uso de yuans em operações de comércio internacional.

O último informe do Centro de Estudos de Desenvolvimento do Conselho de Estado chinês estima que a nação vai se converter na primeira economia do mundo em 2032.

A projeção estima que a economia cresça a um ritmo mais lento que nos últimos anos e que as tensões comerciais com os EUA continuem a aumentar, porém, ainda assim, deverá superar o país norte-americano em geração de valor.
Bandeira da China em Xangai, distrito financeiro

Contudo, várias perguntas permanecem: o que vai ocorrer com o yuan? Vai conviver com o dólar ou o substituir?

A moeda norte-americana se converteu na principal divisa nas trocas globais em 1944, após os acordos de Bretton Woods.

Ainda que os acordos tenham sido feitos com base no fato de o dólar ser respaldado em ouro, seu emprego atual se baseia em convenções sociais e no papel dos EUA no sistema financeiro internacional. Um papel que a China ainda não possui.
"O yuan é uma moeda de trocas que poderia ser atraente ante o dólar por causa da estratégia multidirecional da China. Esta apresenta um conjunto de políticas interconectadas entre si onde a parte financeira, a relacionada com os empréstimos e os investimentos, é feita em moeda chinesa", disse à Sputnik Mundo a analista argentina Carla Oliva.

"Porém, temos que ter sempre em conta que o dólar ainda é a moeda predominante na economia internacional", agregou.

Para a docente da Universidade Nacional de Rosario (Argentina) e coordenadora do Grupo de Estudos China-Argentina, o gigante asiático ainda "tem que trabalhar muito" para ampliar o uso de sua moeda. De todas as formas, ela considera um grande passo nessa direção a inclusão do yuan na cesta de divisas do Fundo Monetário Internacional em 2016.

Ela refere ainda o anúncio do governo argentino de Alberto Fernández de permitir a compra de yuans para pagamentos de operações de comércio exterior. A decisão permite ao país economizar seus escassos dólares.
© AP PHOTO / NATASHA PISARENKO
Peso argentino e dólar norte-americano

"Eu diria que a medida é tanto um mérito da China quanto uma necessidade da Argentina. [...] Não devemos deixar de ter em conta que Pequim está levando adiante uma medida acelerada porque é um ator financeiro internacional cada vez mais importante. Nesse sentido, a internacionalização de sua moeda é um dos seus componentes centrais", salientou.

Fonte: https://br.sputniknews.com/economia/2020102216259866-uso-de-yuans-na-argentina-demonstra-crescente-papel-da-china-na-america-latina-diz-especialista/

UM NOVO MENTIROSO, AO ESTILO DO ALIADO BOLSONARO - Candidato a prefeito de São Paulo, Filipe Sabará é expulso do Partido Novo

Sabará já havia sido suspenso pelo partido sob a acusação de mentir no currículo; ele também havia causado mal estar após mudar a declaração de bens de R$ 15 mil para R$ 5 milhões
21 de outubro de 2020, 21:25 h Atualizado em 21 de outubro de 2020, 22:05

Filipe Sabará (Foto: Reprodução)


Revista Fórum - Com menos de 1% das intenções de voto para a prefeitura de São Paulo, o candidato Filipe Sabará agora está sem partido. O Novo, legenda pela qual se lançou na corrida pela capital paulista, anunciou nesta quarta-feira (21) a expulsão de seu filiado por “inconsistências no currículo”.

“O Diretório Nacional informa ao Diretório Municipal e aos filiados da cidade de São Paulo que foi comunicado pela Comissão de Ética Partidária (CEP) da sua decisão, por unanimidade, pela expulsão de Filipe Sabará, referente ao Processo Administrativo Disciplinar PAD (2020/014), que tratou de inconsistências em seu currículo”, diz a nota do partido, que teve o empresário João Amoêdo como candidato à presidência em 2018.

Sabará até pode recorrer da decisão nos próximos 10 dias, mas o Novo já avisou que a expulsão é definitiva.

Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/candidato-a-prefeito-de-sao-paulo-filipe-sabara-e-expulso-do-partido-novo

Justiça Eleitoral aprova renúncia de candidato a vereador conhecido por suástica em piscina

Publicado em 22 outubro, 2020 12:23 am


Do G1
Candidato a vereador tem uma suástica desenhada na piscina de sua casa


A Justiça Eleitoral homologou a renúncia do candidato a vereador em Pomerode Wandercy Antonio Pugliesi, que ficou conhecido por manter uma piscina com uma suástica nazista em casa. Nesta quarta-feira (21), a renúncia já constava no site da Justiça Eleitoral, considerando ele inapto para as eleições municipais 2020.

Ele comunicou que desistiu oficialmente de concorrer a vereador no pleito em uma carta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O juiz Bernardo Augusto Ern, do Cartório da 55ª Zona Eleitoral de Pomerode assinou na terça-feira (20) a sentença que aceitou o pedido de renúncia. Com a decisão, o partido pode substituir a candidatura.

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/justica-eleitoral-aprova-renuncia-de-candidato-a-vereador-conhecido-por-suastica-em-piscina/

OUTRA FAMILÍCIA - Servidoras do gabinete de Chico Rodrigues também trabalhavam para empresa do filho, diz PF



Senador flagrado com dinheiro na cueca se licenciou depois que ministro do STF determinou afastamento. Filho de Chico Rodrigues é o suplente do pai e assumirá a vaga no Senado.


Por Marcio Falcão, Fernanda Vivas, Gabriel Palma e Vladimir Netto, TV Globo — Brasília

21/10/2020 18h54 Atualizado há 9 horas


A Polícia Federal informou ao Supremo Tribunal Federal ter encontrado indícios de que duas servidoras do gabinete do senador licenciado Chico Rodrigues (DEM-RR) trabalhavam na empresa do filho do parlamentar, Pedro Arthur Rodrigues, suplente que assumirá a vaga do pai no Senado.

No último dia 14, durante uma operação de busca e apreensão na casa de Chico Rodrigues, em Boa Vista, agentes da PF flagraram o senador com R$ 33 mil escondidos na cueca. O inquérito que motivou a busca e apreensão apura um suposto esquema criminoso de desvio de recursos públicos para o combate ao coronavírus em Roraima. Rodrigues nega as acusações e afirma que o dinheiro na cueca seria usado para pagar funcionários.


A assessoria do senador informou que as respostas aos questionamentos são dadas pelos advogados. Em nota assinada pelos advogados Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso e Yasmin Handar, a defesa do senador afirmou que ele "jamais intercedeu indevidamente em prol de qualquer interesse privado no âmbito de contratações no Estado de Roraima ou em qualquer outro órgão", que ele não cometeu irregularidades e está à disposição das autoridades. Sobre as duas funcionárias, a defesa de Chico Rodrigues afirmou que elas "exercem regularmente suas funções públicas". O G1 também buscava contato com as duas até a última atualização desta reportagem.


Segundo o inquérito, cujo sigilo foi removido nesta quarta-feira (21) pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF, o escritório político de Chico Rodrigues funciona no mesmo local onde está a sede da empresa do filho.


Depois de Barroso ter determinado o afastamento de Chico Rodrigues do mandato, o senador pediu licença por 121 dias. Nesse período, o filho assumirá a vaga.

Senador Chico Rodrigues pede licença de 121 dias

A empresa de Pedro Arthur Rodrigues, a San Sebastian, atua no setor de construções, transportes, terraplanagem e agropecuária, segundo o relatório das buscas da PF. De acordo com o documento, subloca equipamentos de construções para outras empresas.

Quando a PF chegou ao local, os agentes foram recebidos, de acordo com o relatório, por duas assessoras de Chico Rodrigues, Adriana Galvão dos Santos e Claudia Kalinne Ferreira, cujos salários são de R$ 8,9 mil e R$ 6,7 mil, respectivamente.

Elas relataram aos policiais que, além das demandas políticas do senador licenciado, cuidavam também das atividades empresariais da San Sebastian.

Os policiais encontraram procurações em nome das duas servidoras tanto para representar o senador quanto a empresa do filho.

De acordo com o relatório, “percebe-se que Adriana atua de forma explícita em atividades da empresa San Sebastian, empresa privada do filho de Chico Rodrigues, Pedro Arthur, o que evidencia um desvio de função de suas assessoras”.

Segundo a PF, “nota-se, por meio dos documentos presentes na pasta, que a estrutura parlamentar do senador, o que inclui a atividade de suas assessoras ADRIANA e CLÁUDIA, está sendo utilizada para a administração da empresa privada de seu filho Pedro, a San Sebastian, o que evidencia, no mínimo, o desvio de função de suas assessoras parlamentares. Inclusive, na mesma pasta, há procuração que outorga poderes da empresa San Sebastian a Adriana e a Claudia".

Veja abaixo vídeos de reportagens sobre o senador Chico Rodrigues:

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Coca-cola empresa bandida


Cinco capitalistas que estão destruindo o meio ambiente

À medida que a ameaça da crise climática aumenta em magnitude, a esquerda deve lembrar de quem é a culpa e o que será necessário fazer para sobreviver.




Você não saberia disso acompanhando a grande mídia, mas a ameaça da crise climática não desapareceu desde sua breve passagem como manchete em torno da Greve Climática Global, que ocorreu há mais de um ano. Somente este ano, aconteceram os piores incêndios florestais da história da Califórnia, que ocorrerem simultaneamente a um número sem precedentes de tempestades tropicais no Atlântico. Apesar da ameaça existencial que a crise climática representa para o mundo - especialmente para a classe trabalhadora - os líderes políticos se recusam a tomar quaisquer medidas sérias, ou mesmo moderadas, medidas quase de centro-esquerda como as propostas no Novo Acordo Verde (Green New Deal).

Há uma razão óbvia para a falta de ação: a crise climática é alimentada pelo capitalismo. Embora políticos republicanos e democratas difiram em sua retórica, os dois partidos existem para servir à classe capitalista. Tudo o que eles dizem e fazem existe para manter as relações materiais que levaram à destruição em grande escala dos ambientes naturais do mundo às custas de todos, exceto das pessoas mais ricas.

Uma vez que eles nunca revelarão os verdadeiros perpetradores dessa destruição, é responsabilidade da esquerda citar nomes e destacar as indústrias que são particularmente culpadas pela crise ambiental. Esses cinco capitalistas são exemplos de como o capitalismo alimenta diretamente a crise climática.

James Quincey, Diretor Executivo da Coca-Cola

Por dois anos consecutivos, a Coca-Cola tem sido a maior causadora de poluição por plástico, que termina contaminando os oceanos. Uma auditoria realizada pelo movimento global Liberte-se do Plástico (Break Free From Plastic), em 2019, descobriu que a empresa de bebidas contribuiu com mais poluição por plástico do que as três fontes seguintes combinadas.

Feito para ser durável, o plástico é um dos materiais mais prejudiciais ao meio ambiente que os humanos já criaram. Pode levar mais de 400 anos para se degradar totalmente e, de acordo com um relatório de 2019 do World Wildlife Fund, sua produção será responsável por até 13% do orçamento de carbono do mundo até 2050. O plástico há muito é considerado um dos piores poluentes para os ecossistemas terrestres e oceânicos. Além disso, o plástico é responsável por 3,8% das emissões globais de carbono. Embora isso possa soar como uma pequena porcentagem, é quase o dobro do valor causado pela aviação.

A gigante do refrigerante respondeu a este relatório com o anúncio esperado de que eles farão melhor - mas declarações de ativistas ambientais sugerem o contrário. Afiliados do movimento Liberte-se do Plástico (Break Free From Plastic) disseram que a empresa tem interferido em seu ativismo contra a poluição do plástico.

Marillyn Hewson, Diretor Executivo da Lockheed Martin

Razões para se opor ao militarismo dos Estados Unidos não faltam. Um dos motivos é que o setor militar norte-americano é o 47º maior emissor de gases de efeito estufa em todo o mundo, tornando-se um poluidor maior do que a maioria dos países de médio porte. 30% de sua energia é usada para manter mais de 560.000 edifícios em todo o mundo. Uma parcela ainda maior das emissões de carbono do Pentágono vem da produção de armas de guerra e do combustível que elas usam.

O Departamento de Defesa carrega grande parte da responsabilidade, mas as forças armadas dos EUA não seriam nada sem seus contratados, que lucram com a violência imperialista e a poluição. Embora vários contratados, como Boeing e Raytheon, forneçam regularmente logística para violência, o maior contratado é a Lockheed Martin. Em 2017, a Lockheed Martin superou em muito a produção de suas empresas rivais, produzindo US $ 44,9 bilhões em armas e outros contratos de defesa. O segundo lugar em vendas de armas foi a Boeing, com US $ 26,9 bilhões.

No dia 28 de setembro, a empresa passou a responder a uma ação judicial coletiva devido “pesadelo ambiental” causado por seu complexo industrial em Orlando. O processo afirma que a empresa negligenciou o correto manuseio de produtos químicos perigosos, resultando em contaminação tóxica do solo e das águas subterrâneas. Há algum tempo, eles foram responsáveis pela poluição por cromo hexavalente nas águas da região de Los Angeles.

Amin Nasser, Diretor Executivo da Saudi Aramco

Nessa altura, a indústria de combustíveis fósseis se mistura e se confunde com o termo “mudança climática”. A menos que você negue as mudanças climáticas, provavelmente não há obscuridade para a ameaça que os combustíveis fósseis representem para o mundo.

As 20 maiores empresas de petróleo do mundo são responsáveis por 35% de todas as emissões globais de dióxido de carbono e metano. A maior de todas é a Saudi Aramco, que produziu 59,26 bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente desde 1965, batendo a segunda maior empresa (Chevron) em mais de 15 bilhões de toneladas.

Não deveria ser surpresa que uma empresa de combustíveis fósseis de propriedade de uma monarquia aliada ao imperialismo dos EUA desempenhasse um papel tão importante na destruição capitalista da natureza. Infelizmente, pode surpreender alguns que, além de ser o maior poluidor global, a Saudi Aremco também é o negócio mais lucrativo do mundo. Isso deve servir como uma prova clara de que o próprio combustível da mudança climática é a economia global com fins lucrativos que os capitalistas criaram e mantiveram às custas de toda a vida no planeta.

Jamie Dimon, Diretor Executivo da JPMorgan Chase

Se as empresas de combustíveis fósseis são os contribuintes mais frívolos e diretos para a crise climática, os grandes bancos têm uma responsabilidade significativa como patrocinadores da indústria de combustíveis fósseis. Um relatório publicado no início deste ano pela Oil Change International descobriu que, nos últimos quatro anos, os bancos deram US $ 970 bilhões para as 100 maiores empresas de combustíveis fósseis.

De acordo com a Rainforest Action Network, o banco JPMorgan Chase é “de longe o pior financiador da expansão dos combustíveis fósseis e dos combustíveis fósseis”. Desde o acordo climático de Paris, o maior dos quatro grandes bancos americanos financiou em US $ 67 bilhões as expansões de combustíveis fósseis.

O presidente de extrema-direita do Brasil, Jair Bolsonaro , atraiu algumas críticas internacionais mais pesadas no ano passado, quando a enorme queima da floresta amazônica chegou às manchetes globais. Embora Bolsonaro tenha sido alvo de muitas críticas merecidas, os contribuintes muito mais insidiosos foram as empresas que financiaram diretamente o desmatamento, com o banco JPMorgan liderando o grupo.

Charles Koch, Diretor Executivo das Indústrias Koch


Poucas empresas são tão facilmente associadas ao mal como as indústrias Koch. O conglomerado desempenha um papel direto na crise climática por meio de sua ampla gama de refinarias de petróleo e oleodutos. No entanto, onde as Indústrias Koch realmente se destacam é como um financiador gigante da negação da mudança climática.

Um relatório de 2010 do Greenpeace concluiu que Koch é a principal financiadora da desinformação em torno das mudanças climáticas. Em 2011, a revista Rolling Stone colocou os irmãos Koch em segundo lugar em uma lista de 12 políticos e executivos que bloqueiam o progresso no aquecimento global. Na época daquele artigo, Koch havia gastado US $ 38 milhões em trabalho de lobby no congresso para eliminar a legislação climática.

Provavelmente nunca saberemos o número de mortes provocadas como resultado desses esforços de lobby, mas o dinheiro que os Kochs gastaram para promover a negação da mudança climática e seus subterfúgios para burlar até mesmo as leis ambientais mínimas estão bem documentados.

A Solução

A devastação ambiental é um produto direto do capitalismo. Os capitalistas nunca combaterão a crise climática porque isso exigiria que o sistema fosse abolido. O capitalismo é baseado no princípio de que os recursos finitos devem ser propriedade privada, explorados e trocados com o único propósito de enriquecer uma meia-dúzia. Este sistema anárquico de produção nunca pode ser alinhado com a sustentabilidade.

É por isso que os socialistas reformistas nos EUA, ligados ao Partido Democrata, não conseguiram mostrar como poderia ser uma alternativa. Propostas como o Novo Acordo Verde, que aponta para reformas importantes, são amplamente insuficientes para lidar com a crise climática porque a raiz da crise é o próprio sistema capitalista.

A solução é uma economia planejada democraticamente estruturada em torno das necessidades humanas e da sustentabilidade ambiental, em vez do lucro.

É errado para as pessoas de esquerda afirmarem que a crise climática pode ser combatida dando-se incentivos para que as empresas se tornem verdes. O que precisamos é de uma esquerda que lute para que a classe trabalhadora tome o poder político, quebrando o poder dos capitalistas e de seu estado.

Fonte: http://www.esquerdadiario.com.br/Cinco-capitalistas-que-estao-destruindo-o-meio-ambiente