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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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sábado, 30 de dezembro de 2023

Juçara tem espinhos?

 

Quadro de Debret - Vendedor de palmitos


“Agora sou como a juçara que perdeu a folha, e só tem espinhos para ferir aqueles que se chegam.” 

A fala acima é do romance Ubirajara  (mais precisamente da personagem Jandira), famoso, de autoria de JOSÉ DE ALENCAR.

Salvo melhor entendimento, parece que o autor - que eu admiro muito e do qual já li várias outras obras - cometeu um deslize de botânica, pois a espécie de palmeira conhecida como juçara (palmiteiro) não apresenta espinhos. 

quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

PRAIA DOS INGLESES

- Pretende-se que essa praia é chamada dos - Ingleses - por haver ali, em tempos remotos, naufragado um grande navio inglês, e que alguns vestígios ou mesmo destroços foram descobertos pelo temporal de março de 1838 - Nota de rodapé da obra de MANOEL JOAQUIM D’ALMEIDA COELHO - Memória histórica da Província de Santa Catharina (1778), p. 176.

Em vários outros historiadores e documentos oficiais lê-se o vocábulo no singular (Inglês).

PRAIA - Bem de uso comum do povo

- DECRETO DE 26 DE JULHO DE 1.822

Suspende o Alvará de 22 de outubro de 1821, no porte em que concede à Irmandade do Santo Cruz desta Cidade o levantar prédios no terreno de que está de posse, desde o lgreja do mesmo Irmandade até o mar.

Tendo-Me representado a Câmara desta Cidade os inconvenientes que resultariam da inteira execução do Alvará de 22 de outubro de 1821, pelo qual fui servido conceder à Irmandade da Santa Cruz a continuação da posse em que já estava tanto do terreno em que se acha situada a Igreja da mesma Irmandade, como do que continua até o mar, com a faculdade de poder ali edificar em seu benefício: 

Hei por bem, atendendo ao cômodo público, que muito sofreria se não se conservasse desembaraçada aquela parte da praia, suspender a execução do referido Alvará, na parte somente em que autoriza a Irmandade para levanta,. prédios no indicado terreno; ficando em tudo o mais em seu inteiro vigor. 

José Bonifácio de Andrada e Silva, do Conselho de Sua Majestade e do Meu Conselho de Estado, Ministro e Secretário de Estado doe Negócios do Reino e Estrangeiros, o te ha assim e te - dido, e faça executar com os despachos necessários. Paço, em 26 de julho de 1822. Com a rubrica de Sua Alteza Real o Príncipe Regente. José Bonifácio de Andrada e Silva.

-=-=--=

Um pouco de literatura:

- El mar reía. Bajo el soplo ligero del viento cálido, se estremecía y se rizaba, reflejando deslumbradoramente el Sol, sonriendo al cielo azul con miles de sonrisas de plata.
En el ancho espacio comprendido entre el firmamento y el mar resonaba el rumor alegre y continuo de las olas, que lamían sin cesar la orilla. Ese rumor y el brillo del Sol, miles de veces reflejado en la superficie rizosa del mar, se armonizaban en su movimiento constante y lleno de júbilo.
El Sol se regocijaba de brillar; el mar, de reflejar su brillo triunfante. Amorosamente acariciado su pecho de seda por el viento, y al calor de los rayos ardorosos del sol, el mar, lánguido y suspirante bajo la ternura y la fuerza de aquellas caricias, impregnaba de sus efluvios la atmósfera cálida.
Las olas verdosas sacudían en la arena amarilla sus soberbias crines de espuma, y la espuma se deshacía, con un ruido suave, en el suelo seco y ardiente, humedeciéndolo.
La playa, estrecha y larga, parecía una enorme torre derribada en el mar. Su punta penetraba en el infinito desierto del agua rutilante de sol, y su base se perdía a lo lejos, en la bruma espesa que ocultaba la playa.
El viento traía de allí un denso olor, ofensivo y extraño en medio del mar puro y sereno y bajo el cielo de un azul límpido. -  MÁXIMO GORKI -  Malva.

ANARCO-CAPETALISMO




No 3º dia do governo Milei, Shell anuncia aumento de 37% na gasolina na Argentina

Outras petrolíferas, como a YPF e a Axion, também vão anunciar aumentos nos preços. Argentinos sentem cada vez mais os impactos da inflação
13 de dezembro de 2023, 18:54 h

247 - Três dias após a posse do ultradireitista Javier Milei, a petrolífera Shell anunciou, nesta quarta-feira (13), um aumento de 37% (em média) no preço da gasolina na Argentina, informa o jornal Clarín. A média da variação envolve os diferentes tipos de combustíveis e regiões do país. Desta forma, a gasolina comum passou de $446 para $612 em Buenos Aires, por exemplo, enquanto o litro da gasolina premium se aproxima dos $800.

Este movimento será seguido por outras petrolíferas que atuam no mercado argentino. O Clarín acrescenta que a próxima a anunciar aumentos será a estatal YPF. A empresa, inclusive, chegou a interromper as vendas de gasolina na capital durante a tarde de hoje, alegando que o combustível estava em falta devido à alta demanda causada pelos aumentos da concorrente Shell. A Axion também pretende anunciar aumentos ainda hoje. >>> LEIA TAMBÉM: Inflação interanual na Argentina sobe para 160,9% dias após Milei assumir o poder
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO


Vale lembrar que Milei pretende desregulamentar o preço dos combustíveis, a fim de priorizar o "livre mercado" neste setor. "Deve-se buscar uma flutuação livre, sem o controle indireto que o governo exerce atualmente no mercado por meio da YPF", afirmou o Secretário de Energia, Rodríguez Chirillo, em entrevista ao portal especializado Surtidores.

Os argentinos já vêm sofrendo com aumentos sucessivos nos preços dos combustíveis nos últimos meses. Há uma semana, os aumentos variaram entre 15 e 30% Em novembro, dois grandes aumentos de 10%, e 9,6% também ocorreram envolvendo YPF e Axion.

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Câmara de Cianorte cassa mandato do vereador bolsonarista acusado de furto de energia




O julgamento aconteceu após uma denúncia feita pelo PV
11 de dezembro de 2023, 17:30 h Atualizado em 11 de dezembro de 2023, 17:47
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Edvaldo Estância Luana (Foto: Divulgação)


247 - Parlamentares da Câmara de Vereadores de Cianorte (PR) cassaram, por seis votos a três, o mandato do vereador Edvaldo Estância Luana (Patriota), que não participou do julgamento por questões médicas.

O julgamento aconteceu após uma denúncia feita pelo PV, por furto de energia em 2014, quando ele ainda não era vereador. Edvaldo foi absolvido no segundo processo, que foi denunciado por supostamente invadir uma Unidade de Pronto Atendimento e ofender servidores.

Votaram pela cassação Afonso Lima, Nenão da Júpiter, Pastor Dejair, Rodrigo Enfermeiro, Thiago Fontes e Wilson Pedrão. Márcia Pereira, Maria Neuza Casassa e Tuika votaram contrárias ao pedido.

 


PF descobre elo 'financeiro' do PCC e do CV dentro da PGR
Os investigadores se debruçam sobre supostas operações entre uma companhia do qual o servidor do MPF é sócio e uma empresa cujas contas são usadas para recebimento de pagamentos de armas e drogas


Fachada da Policia Federal (PF), na Asa Norte, em Brasília (DF) - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

Agência Estado
postado em 11/12/2023 21:48

Além de mirar integrantes do PCC e do Comando Vermelho, a Operação Dakovo - investigação da Polícia Federal sobre poderoso esquema de tráfico internacional de armas - tem como alvo um servidor do Ministério Público Federal, lotado na cúpula da instituição, a Procuradoria-Geral da República. Analista processual, Wagner Vinicius de Oliveira Miranda é apontado como suposto integrante do 'núcleo financeiro' da quadrilha desbaratada na Operação Dakovo.


Os investigadores se debruçam sobre supostas operações entre uma companhia do qual o servidor do MPF é sócio e uma empresa cujas contas são usadas para recebimento de pagamentos de armas e drogas - a qual é controlada por Angel Antonio Flecha Barrios, apontado como intermediário da quadrilha que atuava na fronteira do Brasil com o Paraguai, abastecendo as principais facções brasileiras com pistolas, fuzis e munições de grosso calibre, arsenal que seria usado para 'enfrentamento'.

A Justiça Federal da Bahia determinou que a Polícia Federal vasculhasse a casa de Wagner no bojo da fase ostensiva da Operação, aberta na terça-feira, 5. Também foi decretado o afastamento cautelar de Wagner da PGR por 30 dias, com a suspensão de acesso a sistemas internos ou externos que ele tenha em razão do cargo que ocupa.

A Justiça entendeu que a medida era necessária uma vez que, enquanto servidor lotado na PGR, Wagner possuía 'livre acesso a sistemas e dados internos, podendo, eventualmente, acessar informações sensíveis relacionadas à operação'.

A Justiça levou em consideração o fato de Wagner possuir cadastro ativo nos sistemas do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, como servidor do MPF, 'de modo que tem acesso a todos os processos, inclusive aqueles classificados com sigilo'.

Wagner é listado como integrante de um grupo de pessoas que 'figuram nos comprovantes de depósitos e que permitiram o uso de suas contas bancárias para o recebimento de pagamentos de armas e drogas por parte de criminosos no Paraguai'.

Ele passou a ser investigado após a PF encontrar seu nome em meio à análise de dados de Angel Antonio Flecha Barrios, responsável por repassar armas ilegais importadas da Europa para as duas maiores facções brasileiras, PCC e Comando Vermelho.


Segundo os investigadores, Angel é um dos expoentes do núcleo de intermediários da quadrilha - 'os que realizam o contato com os compradores, transportam os carregamentos de armas e drogas, conforme a oportunidade e conveniência, e operam a internalização das armas em território nacional, via fronteira entre Brasil e Paraguai'.


A PF apura o envolvimento de Wagner com uma suposta operação financeira ligada a Angel. O servidor do MPF é sócio de duas empresas: a Steak House Restaurante e a Bravoshop plataformas de vendas online. Esta última, segundo a PF, seria uma empresa de fachada. Um outro sócio foi identificado como Raimundo Nascimento Pereira.


A PF apurou que Raimundo consta como sócio da empresa Bravo Brasil - 'sem empregados registrados e sem funcionamento no endereço constante nos seus registros cadastrais'. Tanto a Bravo Brasil como a Bravoshop têm o mesmo e-mail e telefone no cadastro e foram abertas no mesmo dia.


Tais informações se tornaram relevantes quando a PF analisou as informações guardadas na nuvem de Angel. Os investigadores encontraram uma conversa entre o intermediário e um certo 'Hevert', tratando sobre tráfico de armas e de drogas (maconha e cocaína) e substâncias químicas utilizadas na preparação de ketamina e anfetamina.

Entre 12 e 19 de julho de 2022, 'Hevert' enviou na conversa três comprovantes bancários com transferências que totalizam R$ 53.000 da conta da Bravo Brasil - Iphones Ltda para as contas da DDM Aviação Ltda e David Carlos Ferreira Ltda, usadas por Angel.


A DDM Aviação é uma empresa cujas contas são utilizadas para recebimento de pagamentos de armas e/ou drogas (que são internalizadas ilicitamente no Brasil) por parte de criminosos no Paraguai, diz a PF.

A corporação apontou, ainda, a informação de Relatório de Inteligência Financeira envolvendo as remessas de R$ 100 mil e R$ 50 mil de Wagner para a Bravo Brasil - Iphones, nos dias 20 de julho e 24 de outubro de 2022, referente a depósitos em dinheiro, e comunicadas por suspeita de lavagem de dinheiro.

domingo, 10 de dezembro de 2023

POSSE DE MILEI REUNIRÁ FEZES DA HUMANIDADE

Mas os argentinos escolheram experimentar uma nova alternativa -, diante do fracasso retumbante do governo que finda, principalmente no combate à infalção - e a escolha dos eleitores (se assim se pode considerar uma eleição, em qualquer lugar do mundo, ante a manipulação midiática e os financiamentos não oficiais nada discretos, que se verifica em cada pleito) há que ser respeitada. 

Que o povo argentino, após a experiência que se inicia, avalie se valeu, ou não, a pena, confiar num cara que aparenta ser louco, valente, ao que tudo indica, todavia, um fantoche entreguista e do macrismo, somente.

Veremos se ele implementará as mudanças radicais que propagandeou: adoção do dólar americano como moeda oficial, fechamento do Banco Central, dentre outras.

Duvido muito. A se julgar pelo ministério escolhido, ele parece apenas mais um balaqueiro, basofeiro, pau mandado do sionismo, tal e qual Bolsonaro. E nada mais.

Para a sua posse está conseguindo reunir o que de pior existe, atualmente, na política internacional, fezes da humanidade, como diria Humboldt, que se utilizou no seu Quadros da natureza da expressão fezes da população, para referir-se a indivíduos de má índole, bandidos, criminosos.

De Santa Catarina irão, segundo se noticiou, além do governador Jorginho Mello, a deputada Zanata e o Senador Seifer. Gente que tem afinidades com o que se autoproclama anarcocapitalista.

Ronaldo Caiado declara apoio à indicação de Dino ao STF: "tem estofo"

 

Governador de Goiás disse que, se fosse senador, votaria favoravelmente à indicação
7 de dezembro de 2023, 14:34 h Atualizado em 7 de dezembro de 2023, 14:34
Ronaldo Caiado (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

247 - O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), afirmou ser favorável à indicação do Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF) e exaltou o conhecimento do atual ministro da Justiça. Ele disse que, se fosse senador, votaria a favor da indicação do presidente Lula.

"Convivi muito com ele [Flávio Dino] e você pode até não concordar com as posições dele, uma ou outra. Agora, em termos de conhecimento, de cultura, de conteúdo: é um cidadão que tem estofo para estar no Supremo. Não tenho dúvida", afirmou Caiado em entrevista ao podcast "Reconversa", apresentado pelo jornalista Reinaldo Azevedo e o advogado Walfrido Warde.

Este vino huele a sudor de caballo (y me gusta)


Cómo identificar algunas características vinícolas, tradicionalmente consideradas como defectos y ahora reivindicadas como virtudes entre los amantes de las elaboraciones naturales
Mireia Pujol-Busquets cata un vino.
JULIÀ ROCHA PUJOL

Tal vez con demasiado fervor, los amantes de los vinos naturales defendemos banderas que los proclives a los vinos más tecnológicos usan como arma arrojadiza para criticar las botellas que nos bebemos. Y es que, sí, en efecto, existen dos bandos enfrentados en una guerra vínica de baja intensidad.

De los numerosos frentes de la contienda, desde el banal uso de sulfitos hasta la ontológica discusión sobre el término natural asociado al vino, nos centraremos en lo que el cánon tradicionalista siempre ha señalado como defectos y que muchos aficionados a la mínima intervención definimos como características neutrales, dejando su categorización, positiva o negativa, a cada cuál. Para tratar de ser lo más concreto posible, pondré la lupa en los cuatro defectos o características que encontramos con mayor frecuencia al descorchar una botella de vino natural: el brett, la volátil, el surí y la reducción.

Un vino tiene brett cuando su olor recuerda a un establo, a sudor de caballo, a pasto o, en fin, a granja. A priori, esta definición puede desorientar en una sociedad cada vez más desapegada de lo rural, ¿cuántos reconocen el olor a caballo? Sin embargo, nuestro hipotálamo identifica estos efluvios primitivos con claridad.

Mireia Pujol-Busquets elabora vinos naturales y ecológicos en Celler de les Aus y Alta Alella, respectivamente. Además, es licenciada en Biología y cata profesionalmente para detectar las más mínimas desviaciones de un vino. Sus vinos, incluso los más radicales, son de una precisión exquisita y carecen del tipo de aromas que estamos tratando. “Las bretts son levaduras que aparecen durante la crianza en barrica, sobre todo en tintos, aunque también puede originarse en el viñedo. Para evitarlas es imprescindible trabajar con uva muy sana y unas condiciones higiénicas en la bodega muy estrictas, porque es muy difícil eliminar el brett de un vino”, afirma Pujol-Busquets. Y añade: “Da vinos salvajes, con aromas de animal, y aunque a algunos consumidores y enólogos les gusta encontrarlo en cantidades muy sutiles, para mí sí es un defecto”.

Una pizca de brett, sólo en tintos, aporta rusticidad y complejidad a algunos vinos del Ródano. Alice Feiring, en La batalla por el vino y el amor o cómo salvé al mundo de la parkerización (Editorial Tusquets, 2010) se refiere a uno de la Côte-Rôtie en estos términos: “Habla con la potencia de un caballo de carreras musculoso, pura raza”, pero también es característico de la bodega libanesa Château Musar y se tolera en vinos italianos de las variedades sangiovese y barbera, y en cabernets de Napa (California). Este sería el criterio clásico, pero hay otro tipo de opiniones.

Benji Sher es sumiller y junto a la también sumiller Ida Mogren ha fundado Suc Suc, un centro educativo sobre vino natural en Barcelona que cuestiona paradigmas y propone nuevos criterios de cata. “En dosis pequeñas puede añadir complejidad a un vino. En ciertos vinos que envejecen en barrica, como los gran reserva de La Rioja o algunos Barolo estos aromas se valoran positivamente con palabras como cuero, carne o queso azul”, sostiene Sher, que añade que “en estos casos, sí se acepta, pero en vinos naturales suele considerarse un defecto. A mí, un vino con brett me disgusta cuando el olor a caballo tapa completamente los aromas primarios, frutales y florales, que provienen de la uva”.
Placas de 'petri' con 'brett'.BOJAN ŽUNAR
Entre una refrescante acidez y el Almax

Las uvas son ricas en ácido málico —del latín, maelus, manzana—, que se transforma en ácido láctico, más suave, durante un proceso enológico llamado fermentación maloláctica. El ácido málico desprende aroma a sidra y el láctico, casi exclusivo de los tintos, a Frigopie.

Pero en el vino también puede manifestarse el ácido acético, al que llamamos “la volátil” y que es característico del vinagre. Muchos vinos naturales alardean de una volátil generosa y eso evoca a vino picado, ¿pero realmente la volátil denota mal estado? “Si entendemos picado o en mal estado como avinagrado, sí. Porque la acidez volátil mide el ácido acético, que algunas Denominaciones de Origen toleran ciertos niveles porque aporta frescura”, dice Mireia Pujol-Busquets. Y puntualiza: “Algunas Denominaciones de Origen toleran ciertos niveles porque aporta frescura. Para evitar la volátil, otra vez, es importante tener uva muy sana y, además, controlar las pieles que están en suspensión durante la fermentación alcohólica con remontados, para evitar que proliferen las bacterias acéticas”.

La acidez no es mala en sí misma, de hecho da vinos frescos, con capacidad de envejecimiento, fáciles de beber y es propia de uvas veneradas, como la riesling, que declina en ejemplos casi cortantes de tan afilados. Pero la volátil no es este tipo de acidez.

“Llevo una década defendiendo los vinos naturales y, personalmente, la volátil me sigue costando, porque tampoco me gustan los sabores avinagrados en la comida”, declara Benji Sher. “¡Pero cada uno tiene su nivel de tolerancia! Cuando hay un puntito bien integrado en un vino que carece de otro tipo de acidez, como muchos de la cuenca mediterránea, da sensación de frescura. Es una pena que órganos certificadores o agencias importadoras de otros países rechacen vinos perfectamente equilibrados por su nivel de volátil en una analítica”.
Surí, cuando un vino huele a pis de gato

Muchos definen el surí como olor a pis de gato, pero en el francés original huele a micción de roedor —surí viene de souris, ratón—. Como en el caso del brett, este defecto puede ser una virtud —o por lo menos, un acento característico— en vinos elaborados con sauvignon blanc. En ocasiones se debe a una cosecha temprana, con la uva aún verde, pero el surí es un asunto complejísimo y podría tener otros desencadenantes. “El aroma a surí puede aparecer durante la fermentación maloláctica y lo desprende una molécula llamada piridina”, señala Pujol-Busquets.

En el caso del surí, soy completamente parcial: estoy en contra. De hecho, una simple búsqueda en internet sobre esta fétida molécula devuelve el siguiente resultado: “La piridina es un líquido incoloro de olor desagradable, similar al pescado en mal estado”. Parece ser que, por lo menos en este artículo, hay consenso sobre su ausencia de gracia. “El surí es mi límite. Provoca un retrogusto de humedad mala —moho, galleta mojada…— en fin, a mí me da asquito”, confiesa Sher.
Reducción, cuerno quemado o huevos podridos

Durante la fermentación de cualquier alimento se generan sulfitos. Están presentes en el vino, en el queso, el chocolate o el chucrut, por ejemplo. Estos sulfitos naturales —no deben confundirse con los añadidos, aunque son lo mismo— actúan como conservantes y en el vino hieden como el mismísimo infierno, aunque su aroma mefistofélico desaparece con oxigenación, esto es, vertiendo el vino en un decantador o removiéndolo en la copa.

Así, aunque la misma fermentación genere una mínima dosis de sulfitos en cualquier botella de vino, por natural que sea, eso no explica que algunas huelan fatal. “Suele darse por una ausencia de nitrógeno en el mosto fácilmente asimilable por las levaduras, pero la reducción es fácil de solucionar y siempre es mejor que la oxidación”, matiza Pujol-Busquets.

Algunas reducciones tienen sus adeptos. El sabor de un vino reducido puede recordar al de los quicos de maíz o al de la piel de embutidos como el fuet, así que si te gusta cualquiera de los anteriores puede que disfrutes por analogía. Por otro lado, vinos provenientes de suelos volcánicos pueden desprender aromas reductivos que, en su caso, consideran un legítimo sello de terruño.

“La reducción se usa como término paraguas para una serie de aromas sulfúricos que pueden aparecer en un vino que no ha visto el oxígeno durante su elaboración y crianza. Va desde lo agradable —cerilla y fósforo— hasta lo desagradable —huevos podridos—. Trabajar sin oxígeno es una forma de proteger el vino contra las consecuencias de un exceso de oxígeno —riesgo de volátil y surí—, así que, frecuentemente, es una decisión estratégica del productor”, manifiesta Sher, y agrega: “Los aromas sulfúricos provenientes de suelos volcánicos dan más humo, combustión e incluso azufre puro, pero la gran diferencia es que no desaparecen, forman parte integral del vino”.
Natural no es igual a defectuoso

Que un vino sea natural no implica que conjure los defectos anteriores, ni siquiera uno de ellos, de la misma manera que los vinos tecnológicos no son sinónimo de calidad. En España —por no hablar de Francia, donde nos llevan bastante ventaja— hay cada vez más vinos naturales libres de pecado.

Bruant es un cava natural elaborado por Celler de les Aus, la bodega dirigida por Mireia Pujol-Busquets, absolutamente impecable. Igualmente inmaculados son los vinos de Esmeralda García, elaboradora segoviana de grandes verdejos, o las monastrells que Júlia Casado embotella en lo más alto de Murcia. José Miguel Márquez, fundador de la bodega Marenas, establecida en Montilla, provincia de Córdoba, conserva botellas de sus primeras añadas —1999 y 2000—, que han envejecido magníficamente, y la familia Ruiz López, en su bodega Uva de Vida, saca adelante unos tremendos tintos de graciano sin químicos añadidos.

Como señala Pujol-Busquets, el secreto de estos elaboradores, y de otros muchos, es trabajar con uva sana y con la máxima pulcritud en la bodega, no hay más, pero tampoco menos: supone un gran esfuerzo y prestar una atención constante al viñedo y a los procesos enológicos. Vale la pena, así consiguen vinos que podrían sentar en la mesa de negociación a defensores de lo natural y de lo tecnológico.

Jordi Luque es periodista, escritor y consultor de comunicación. Escribe sobre gastronomía líquida y sólida desde 2010, y es autor de Vinos libres: vinos artesanos, vinos únicos, vinos sin etiquetas (Planeta Gastro, 2022), un libro sobre los vinos naturales, con el que ha logrado el reconocimiento de Best of the World Gourmand Award 2023.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

MOLECAGEM - Promotor reconhece que só denunciou Fernando Haddad por retaliação

8 de dezembro de 2023, 7h09

O promotor Marcelo Milani reconheceu que só denunciou Fernando Haddad por improbidade administrativa como forma de retaliação contra o ex-prefeito de São Paulo.



Valter Campanato/Agência Brasil
Haddad foi alvo de três ações de improbidade por retaliação

A admissão foi feita em uma ação que Milani movia contra Haddad. Segundo a jornalista Monica Bergamo, da Folha de S.Paulo, ele desistiu do processo, e a desistência foi homologada nesta quinta-feira (7/12) pelo Superior Tribunal de Justiça.

Em 2017, Haddad tinha dito, em artigo publicado pela revista Piauí, que recebeu a informação de que Milani teria pedido R$ 1 milhão em propina para não ingressar com uma ação judicial contra a Odebrecht. Haddad comunicou o fato à Corregedoria-Geral do Ministério Público de São Paulo, ressaltando que não havia outros elementos de prova além desse relato.

Milani então processou Haddad por calúnia, injúria e difamação. Ele conseguiu uma vitória em primeira instância, mas a sentença foi revertida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Esperando uma nova derrota no STJ, Milani buscou um acordo com Haddad, que extinguiria a ação contra o petista e o isentaria de pagar honorários de sucumbência. Pelo acordo, ele também deveria admitir que moveu as ações contra Haddad apenas como forma de retaliação pela denúncia que o político fez contra ele.

Segundo a minuta do acordo, Milani afirmou que “com o conhecimento da denúncia que foi apresentada ao Ministério Público por Fernando Haddad, e por essa razão, se excedeu em sua conduta e ajuizou ações de improbidade administrativa” contra Haddad, “com uma má interpretação da conduta do então prefeito”.

Ele reconheceu a culpa por três ações de improbidade administrativa, segundo a minuta do acordo: uma sobre supostas irregularidades em ciclovias, ajuizada sem que Milani tivesse atribuição funcional, segundo outros procuradores; outra sobre supostas irregularidades no Theatro Municipal; e uma terceira acusando Haddad de criar “indústria das multas” em São Paulo.

Pelo acordo, Milani e Haddad concordaram com a extinção do processo, com resolução de mérito, “sem obrigações atribuídas ou a serem cumpridas por quaisquer das partes”, e cada um sendo responsável pelos honorários dos próprios advogados.

Atuaram na defesa de Haddad os advogados Igor Sant’Anna Tamasauskas e Otávio Ribeiro Lima Mazieiro, do escritório Bottini & Tamasauskas. À Folha, Tamasauskas declarou que “o acordo fala por si”.

AREsp 2.373.915

US$ 1,4 milhão: Filho de Joe Biden é acusado de esquema de evasão fiscal nos EUA


Publicado por Yurick Luz
- 8 de dezembro de 2023

Hunter Biden. Foto: reprodução


Robert Hunter Biden, advogado e filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi acusado de participar de um esquema para evitar o pagamento de cerca de US$ 1,4 milhão em impostos entre 2016 e 2019.

O indiciamento de Hunter Biden abrange nove acusações criminais, incluindo três fiscais e seis de contravenção fiscal, com a possibilidade de uma sentença de até 17 anos de prisão em caso de condenação.

As acusações foram apresentadas por um grande júri no Distrito Central da Califórnia, com as investigações a cargo do conselheiro especial David Weiss. O caso será julgado pelo juiz Mark Scarsi, indicado pelo ex-presidente Donald Trump.


O escritório de Weiss declarou à imprensa: “Segundo a acusação, Hunter Biden esteve envolvido em um esquema de quatro anos, deliberadamente deixando de pagar pelo menos US$ 1,4 milhão em impostos federais autoavaliados para os anos fiscais de 2016 a 2019.”

Vale destacar que esta é a primeira vez que um filho de um presidente em exercício dos EUA enfrenta um processo criminal. Joe Biden não está sendo investigado nem mencionado nas acusações.

CAPIVARA ATROPELADA (?) EM RATONES

 Na ilha de SC, há muito não se via um animal da espécie, embora se saiba que era presente por aqui, até pelo nome do curso d'água situado no distrito de Ingleses do Rio vermelho, denominado Capivari (rio das capivaras, em Tupi-guarani).

Hoje cedo, na rua Intendente Antônio Damasco, cerca de 4,5 km do entroncamento de tal logradouro com a  SC-401, no distrito de Ratones, um exemplar da espécie jazia à margem da estrada. Provavelmente foi atropelada por algum automóvel, mas pode ter sido morta por cachorros dos moradores da localidade. Vi o bicho, mas não parei para conferir.

Não sei como o infeliz animal veio para a Ilha. Talvez tenha atravessado nadando o canal da baía norte, vindo do lado dos Ganchos (Governador Celso Ramos), passando a viver no manguezal abrangido pela ESEC Carijós e de lá passado para o outro lado da 401, ou seja, para o nosso distrito.

AZARA, famoso por seus escritos, na obra Descrição geral do Paraguay , referindo-se à capibara, registrou, em nota de rodapé 11, na página 234:

11 Nombre vulgar con el que se denomina en América del Sur un grupo de roedores científicamente nominados como Hydrochoerus capybara. El capibara es uno de los mayores roedores conocidos, fisionómicamente caracterizado por su cabeza ancha y alta, hocico obtuso, ojos pequeños, orejas cortas, pelo corto, áspero y abundante. Habita en las orillas de los ríos desde el Orinoco hasta el río de la Plata.

Sobre a capivara, alguns esclarecimentos interessantes constam da obra cuja folha de rosto está no final desta matéria:








quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Ratinho é condenado por dar calote em médico que tratou sua mãe


Apresentador fica devendo na praça e é condenado a pagar profissional de saúde
Escrito em Mídia5/12/2023 · 10:34


Ratinho vai ter que recorrer de decisão judicial para não pagar dívida com médico. Reprodução/SBT


O apresentador Carlos Massa, Ratinho foi condenado na Justiça de São Paulo a pagar um médico que tratou sua mãe em 2019 no hospital Albert Einstein. A informação é do colunista Rogério Gentile, do UOL.

Maria Talarico Massa, mãe de Ratinho e avó do governador Ratinho Júnior (PSD-PR), foi internada no hospital Albert Einstein, considerado um dos mais caros e renomados da capital paulista, em novembro de 2019, além de ter ficado no hospital São Luiz.

A mãe do magnata da comunicação e pai do governador do Paraná recebeu os tratamentos do médico Sergio Filizola, indicação do cirurgião Jorge Pagura.

Segundo Filizola, Ratinho não fez os pagamentos referentes aos serviços hospitalares.

Em sua defesa apresentada à Justiça, Carlos Massa afirmou que pagou todos os serviços hospitalares, corpo clínico e que não deve nada a Filizola. Ele teria gasto mais de R$ 340 mil no caso.

O juiz Sang Duk Kim afirmou que os pagamentos feitos por Ratinho não servem para a prestação de serviços do médico e diz que a dívida remanesce. 

Ratinho ainda pode recorrer.

O apresentador ainda deve pagar pelo menos R$ 21,7 mil adicionado de juros e correção monetária.

Ratinho é dono de diversas empresas de comunicação, além de ser um magnata do agronegócio, além de marcas de tinta, ração, café e cerveja. De acordo com diversas reportagens, seu patrimônio é estimado em R$ 530 milhões.

EM PROL DE DEMOCRACIA DIRETA E PARTICIPATIVA - Moira Millán, líder mapuche: “Los gobiernos se dan la mano a la hora de destruir la tierra”


La activista, que conversa con EL PAÍS a 40 años del regreso de la democracia en Argentina, cree que el sistema democrático está “obsoleto” y defiende la necesidad de “construir una alternativa”
Moira Millán retratada en Buenos Aires, el 14 de noviembre, en Buenos Aires.

MARIANA ELIANO
CONSTANZA LAMBERTUCCI
Buenos Aires - 06 DIC 2023 - 01:40 BRT

A Moira Millán le cuesta recordar una imagen feliz de las últimas cuatro décadas. Si piensa en los 40 años que siguieron al fin de la última dictadura militar en Argentina, a esta líder mapuche solo le aparecen “imágenes de dolor”. “Las que se relacionan con la democracia no son imágenes de liberación o de reconocimiento para los pueblos indígenas”, explica Millán (El Maitén, Chubut, 55 años). Piensa, por ejemplo, en el recuerdo de una niña de siete años que vio escapando de la policía en un desalojo de tierras en la Patagonia; recuerda también los asesinatos de jóvenes mapuches, como Rafael Nahuel, baleado en 2017 por integrantes de la Prefectura Naval. “Las escenas de mi niñez, que fue bajo la dictadura militar, escenas de soldados llegando a los barrios más humildes, las volví a vivir en democracia”, asegura la activista.

Haciendo un esfuerzo, evoca una imagen: la de su madre frente al televisor escuchando el discurso del presidente Raúl Alfonsín el 10 de diciembre de 1983, el día de su asunción tras siete años de dictadura. “Creo que fue una de las pocas veces que la vi tener esperanza”, cuenta Millán a EL PAÍS en Buenos Aires, días antes del triunfo del ultraderechista Javier Milei en las elecciones. Pero la líder mapuche cree que ese sistema está ya “obsoleto” y defiende, en cambio, lo que llama terracracia: “Creen que más allá del capitalismo voraz no hay alternativa y están entorpeciendo el poco tiempo que tenemos para poder construir una alternativa. Tenemos que volver a escuchar la tierra”.

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Pregunta. ¿Cómo recuerda el regreso a la democracia? Tenía 12 o 13 años.

Respuesta. Recuerdo estar muy entusiasmada escuchando las propuestas que traían los candidatos. Había un nivel de debate político mucho más interesante del que hoy vemos, había propuestas, había un modelo de país que se quería construir... También me despertaba alegría ver embadurnada las calles con afiches. Bahía Blanca, donde vivíamos, es una sociedad muy conservadora y no era común ver escritos en las paredes. Cuando nos acercamos a la democracia las calles empezaron a hablar y eso me impactó.

P. ¿Cómo fue su infancia en esa ciudad que describe como conservadora?

R. Fue muy duro. Éramos una familia muy humilde, mapuche, con nuestros modos y costumbres. En la escuela se sentía la mirada racializada de los docentes, de los directivos, a veces de los compañeros. Yo trabajaba desde muy chiquita limpiando casas y la escuela era como una cárcel a la que no quería ir porque sufría; ir a la escuela era sentir de mis pares el maltrato y el desprecio.

P. Hasta los 18 vivió alejada de su comunidad.

R. No tenía conciencia de que era mapuche, pero todas las piezas encajaron cuando encontré mi identidad y me di cuenta de lo que me pasaba, de lo que vivía, por qué me miraban de la manera en que me miraban. Ahí entendí el racismo.

P. ¿Hoy todavía cuesta hablar de racismo en Argentina?

R. Sí, porque la sociedad argentina en general está construida desde la hipocresía. A la gente le ofende cuando se pone al descubierto la situación de opresión de los pueblos originarios. El racismo no subyace, está cada vez más en la superficie. Es una democracia odiante, donde se da libertad de expresión a un sector que sale a vociferar consignas de odio y voces como las nuestras, de los pueblos indígenas, escaseamos. Todo aquello que viene a interpelar o a contraponer no tiene cabida dentro de los medios de comunicación. Como el Malón de la Paz, que con huelgas de hambre, con encadenamiento, no ha tenido repercusión mediática.

Millán se refiere a la marcha que hicieron en agosto cientos de integrantes de pueblos originarios desde Jujuy, en el norte del país, hasta Buenos Aires para manifestarse en contra de una reforma exprés de la Constitución provincial. El malón es una marcha de pueblos originarios del norte de argentina que se hizo por primera vez en 1946 para llevar demandas al Gobierno nacional; el segundo se organizó sesenta años después, en 2006. En agosto, fue el tercero. Desde entonces representantes de los pueblos acampan en la Plaza de Mayo, frente a la sede de Gobierno, esperando ser atendido por las autoridades nacionales.Moira Millán, en Buenos Aires, en noviembre.MARIANA ELIANO

P. La campaña electoral duró siete meses. ¿Encontró represetatividad? En Argentina, el 2,4% de la población es indígena, según los últimos datos, de 2010.

R. Nada, estamos ausentes. Hubo una referencia y un reconocimiento de la problemática de los pueblos indígenas por parte de [la diputada izquierdista] Myriam Bregman, que fue la única que planteó el tema. 

Se dice que hay una derechización de la población argentina, pero yo creo que el pueblo argentino es de derecha. La educación ha sido creada en este país para crear la subjetividad del ser nacional, y dentro esa subjetividad, el desprecio a todo lo marrón..

P. ¿Cuál es para usted el estado actual de la democracia en Argentina?

R. Este modelo democrático está obsoleto. No solo afecta a los pueblos indígenas, afecta a todos los pueblos, afecta al pueblo argentino. Yo hablo de la terracracia porque esa era nuestra forma ancestral de organizarnos: tenemos que volver a escuchar a la tierra. 

También hay que democratizar el proceso de representación electoral. La democracia tiene que pasar a ser más directa y participativa. Ya estoy sumando voluntades de mujeres de todo el mundo a quienes les parece que esta idea no es descabellada.

P. Usted creó lo que llama el movimiento del buen vivir. ¿Qué es?

R. Nuestra lucha es contra el terrecidio y todos estos gobiernos son terrecidas, no importa si se pintan de progresistas o de ultraderechista, se dan la mano a la hora de destruir la tierra. Lo que podemos hacer es crear el modelo de mundo que queremos. Ahí aparecen las recuperaciones territoriales para crear autonomía, cultivar la tierra, restablecer un orden cósmico... No creo en el binarismo, pero en este caso lo voy a plantear de esta manera. Hay dos grandes grupos en el mundo, demográficamente hablando: están los pueblos telúricos y los pueblos domesticados.

Los pueblos telúricos han despertado, han entendido que tienen que volver a vincularse con el espíritu de la tierra. Los pueblos domesticados se resignan a ser serviles al modelo impuesto y creen que más allá del capitalismo voraz no hay alternativa; dicen que esto [su planteo] es utopía. No se dan cuenta de que ellos, con ese pragmatismo funcional al sistema, están quitándole tiempo a la oportunidad de salvar el planeta. Ellos son justamente los que están entorpeciendo el poco tiempo que tenemos para poder construir una alternativa.

P. ¿Le reconoce logros a la democracia en estos 40 años?

R. La democracia en sí misma ha sido un proceso negacionista de los pueblos indígenas. A pesar de ello, voy a rescatar dos hechos importantes que dan un marco legal, que son pequeños pasitos en la amplificación de derechos y reconocimiento. Uno es la reforma de la Constitución [en 1994], cuando se logra poner el reconocimiento de la preexistencia de los pueblos originarios. El otro es la ratificación del Convenio 169 de la Organización Internacional del Trabajo [sobre los derechos de los pueblos indígenas], que también da un marco legal internacional de nuestros derechos. Por supuesto, no hay una práctica plena de esos instrumentos legales, pero son pasos importantes.

P. ¿Y cuáles cree que son los pendientes que tiene la democracia con los pueblos originarios?

R. Tiene que haber un reconocimiento del genocidio. Hay una verdad omitida, hay negacionismo por parte del Estado. Esta democracia se convierte en una dictadura racista. La presencia histórica de los pueblos originarios tiene que dar lugar al reconocimiento de la plurinacionalidad que habita estos territorios. Les guste o no estamos y vamos a seguir cohabitando. Para que haya una cohabitalidad armoniosa tenemos que consensuar cómo queremos habitar un mundo. La democracia actual está muy lejos de ello.

FORA ALEXANDRE PIRES - Comemorar o nascimento de Cristo com alguém que é acusado de lucrar com a morte de íncolas vulneráveis e inocentes?


Alvo da PF, Alexandre Pires segue no Réveillon de Florianópolis, confirma prefeitura
Alexandre Pires teria recebido, segundo apuração da Polícia Federal, pelo menos R$ 1 milhão de uma mineradora investigada por garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima

GABRIELA FERRAREZ,FLORIANÓPOLIS05/12/2023 ÀS 20H14 - Atualizado Há 11 horas

Alexandre Pires se tornou alvo de investigação da Polícia Federal em função de um suposto envolvimento com o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. No entanto, o cantor segue como uma das estrelas do Réveillon em Florianópolis.

Cantor é alvo da PF por suspeita de envolvimento com garimpo ilegal – Foto: @alexandrepires_/Redes sociais/Reprodução/ND

Conforme a prefeitura da Capital, o show do cantor não foi afetado pela investigação. A administração municipal também confirmou que o contrato já foi fechado e que a negociação ocorreu diretamente com a prefeitura, sem intermédio de outras empresas.


Alexandre Pires ficará responsável por comandar a Beira-Mar Norte em 31 de dezembro, com quase 3h de apresentação com o Baile do Nego Véio.
Cantor ainda se apresentará no Réveillon de Florianópolis – Foto: Adriel Douglas/Divulgação/ND

Alvos da PF

Segundo apuração, Alexandre Pires teria recebido pelo menos R$ 1 milhão de uma mineradora investigada. Um apartamento de Alexandre Pires em Itapema foi alvo de buscas da PF.

O empresário do cantor, Matheus Possebon, foi preso preventivamente suspeito de financiar o garimpo na Terra Indígena Yanomami. De acordo com a PF, Possebon seria um dos “responsáveis pelo núcleo financeiro dos crimes”.

Após a prisão de Possebon, Pires removeu o nome do empresário de seu perfil no Instagram.

PF investiga extração ilegal de cassiterita na terra indígena

A investigação que envolve Alexandre Pires foi aberta depois que a Polícia Federal apreendeu, em janeiro de 2022, quase 30 toneladas do metal “cassiterita” extraído ilegalmente da sede de uma das empresas suspeitas. O carregamento seria enviado ao exterior.

A cassiterita é encontrada na forma de rocha bruta. Ela costuma ser vendida na forma de pó concentrado, obtido após o processo de mineração. Também é útil para a extração de estanho.

A PF afirma que os investigados teriam montado um esquema para dar aparência de legalidade ao garimpo. A cassiterita seria extraída no território yanomami, em Roraima, mas declarada no papel como originária do rio Tapajós.


Ao longo do inquérito, a Polícia Federal identificou uma rede de pessoas e empresas envolvidas na operacionalização das fraudes.

“Foram identificadas transações financeiras que relacionariam toda a cadeia produtiva do esquema, com a presença de pilotos de aeronaves, postos de combustíveis, lojas de máquinas e equipamentos para mineração e laranjas para encobrir movimentações fraudulentas”, diz o comunicado divulgado pela PF.
Apartamento de Alexandre Pires em Itapema é alvo da PF

Os policiais cumpriram, na última segunda-feira (4), dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão em Boa Vista (RR), Mucajaí (RR), São Paulo (SP), Santos (SP), Santarém (PA), Uberlândia (MG) e Itapema.

A Justiça Federal também autorizou o bloqueio de até R$ 130 milhões em bens dos investigados. A próxima etapa da investigação será analisar o material apreendido na operação.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de Alexandre Pires, que informou que enviaria uma nota, mas o posicionamento não foi encaminhado até a publicação deste texto. O espaço está aberto para manifestação.

Computador em sala de aula está "emburrecendo" as crianças?


Fred Schwaller
há 13 horashá 13 horas

Grupo de cientistas alemães alega que os computadores têm uma influência negativa no desenvolvimento de crianças em idade escolar e cria uma petição contra a digitalização nas escolas.


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Alemanha é criticada pelo atraso na digitalização nas escolas
Foto: Dave Thompson/PA/picture alliance/empics


Computadores e tablets se tornaram uma parte importante do ensino dentro da sala de aula. Segundo dados da ONU, 46,7% das turmas de ensino básico (até o 4º ano) em todo o mundo têm acesso a computadores. Na União Europeia (UE), esse índice é o dobro: chega a 98%.

Apesar do uso já difundido dessa tecnologia nas escolas, nem todos os especialistas em educação compartilham da opinião de que computadores dentro da sala de aula trazem vantagens. Ralf Lankau, professor de Teoria da Comunicação da Escola Superior de Offenbach, afirma: "tablets e notebooks não tornam as crianças mais espertas e sim mais burras".

Lankau se refere às crianças de até dez anos. Ele é um dos 40 pesquisadores que iniciaram uma petição através da Gesellschaft für Bildung und Wissen (Sociedade para a Educação e Conhecimento), com o objetivo de trazer a público a preocupação sobre o efeito das tecnologias digitais no desenvolvimento de crianças.

Eles exigem um adiamento da digitalização nas escolas primárias e creches alemães para crianças entre 4 e 11 anos.

"Nós não queremos a proibição da digitalização. Nós queremos mais responsabilidade com a sala de aula", explica Lankau à DW. "Precisamos nos perguntar: qual o objetivo de aprendizado que temos e como podemos usar mídias digitais e analógicas para nos ajudar a alcançar esse objetivo? E não: qual a nova tecnologia e como podemos usá-la na escola?", analisa.

Repensar a aprendizagem

A petição chega no momento em que as escolas alemães são criticadas pelo atraso na digitalização.

Mas Lankau e os outros pesquisadores querem que o Ministério de Educação alemão repense esse processo. Segundo ele, o sistema escolar alemão não se concentra o suficiente nas demandas individuais de aprendizado e nos benefícios educacionais da socialização em sala de aula.

"Instituições de ensino devem se concentrar em como desenvolver indivíduos com seus próprios interesses e talentos e, ao mesmo tempo, torná-los parte da sociedade", diz Lankau.

Na opinião do pesquisador, o problema principal é que, há 40 anos, a tecnologia de informação e as associações comerciais determinam o que acontece na escola, enquanto, na verdade, deveríamos nos perguntar: "o que precisamos localmente na escola, em termos de recursos humanos e até de tecnologias de mídia?".
Em Berlim, um estudante de sete anos doente, assiste à aula por meio de um avatar de robô, colocado em sua classeFoto: Hannibal Hanschke/REUTERS

Debate acalorado

A iniciativa causou pouca simpatia por parte de outros pesquisadores. Maria Hatzigianni, especialista em educação infantil e tecnologias digitais na Universidade da Ática Ocidental, na Grécia, considera a opinião de Lankau como uma velha tendência "tecnofóbica".

"As pessoas fazem críticas sobre os computadores desde 1990. Toda vez que uma nova tecnologia chega no mercado, as pessoas entram em pânico. Sócrates já dizia há quase 2.500 anos que anotar as coisas nos torna esquecidos", comenta Hatzigianni à DW.

Mas o quão nocivo é realmente o uso do computador para crianças? É mais um caso onde os adultos querem dizer para as crianças o que elas devem fazer, como se afastar das telas, ou é uma preocupação com fundamento?

Segundo Prakash Ranganathan, diretor do Centro de Pesquisa de Segurança Cibernética da Universidade de Dakota do Norte, nos EUA, os resultados científicos sobre o impacto das tecnologias digitais no desenvolvimento das crianças são diversos.

"Há algumas evidências de impacto no desenvolvimento cognitivo. Depois de muito tempo de uso de tela, perdemos capacidade de concentração. Isso pode nos levar a uma experiência passiva de aprendizado e que pode impedir o pensamento crítico e a aptidão em resolver problemas. Mas ainda não está claro se esse efeito negativo em potencial é de curto ou longo prazo", explica Ranganathan.

Alguns estudos apontam que o uso excessivo do computador afeta a saúde por causa do sedentarismo, podendo levar à obesidade, a distúrbios do sono e à ansiedade.

Muitas dessas preocupações estão vinculadas ao medo do impacto da internet e das mídias sociais em crianças e jovens. Ranganathan, no entanto, pondera que é preciso mais estudos para reconhecer essas conexões.
Pandemia de covid-19 deu um impulso à digitalização do ensinoFoto: Michael Schick/imago images

Computadores podem estimular o desenvolvimento

De acordo com Ranganathan, há também muitos aspectos positivos no uso dessas tecnologias. Tanto ele quanto Hatzigianni apontam para os resultados de pesquisas que indicam que o uso delas em um contexto de ensino traz ganhos no desenvolvimento da leitura, da escrita, das habilidades de cálculos e manuais e da memória visual-espacial.

Estudos descobriram que o uso de tecnologias digitais interativas pelas crianças melhora a aquisição da linguagem, a função executiva (a capacidade de concentração e realização de tarefas) e a memória.

"Existe a robótica, a linguagem de programação, o aprendizado de idiomas, a alfabetização e a matemática. A tecnologia é uma ferramenta que facilita o acesso à informação e nos ajuda a sermos criativos. Isso ajuda imensamente na metacognição", diz Hatzigianni.

Metacognição é o conhecimento que um indivíduo tem acerca dos próprios processos cognitivosa (por exemplo, pensamentos, opiniões, atitudes, atenção e criatividade).

Participação das crianças na decisão

Hatzigianni trabalhou em conjunto com o governo grego para desenvolver aplicativos de aprendizagem para crianças de quatro a seis anos.

Para ela, o trabalho foi bem-sucedido porque, no processo de criação da plataforma, todos foram envolvidos: crianças, professores e pais.

Segundo Hatzigianni, a pergunta certa seria: como podemos melhorar o aprendizado e a aula, usando a tecnologia adequada e sem temê-la?

"É muito importante que educadores trabalhem junto com as crianças, para que todos tenham uma vida digital saudável", enfatiza Hatzigianni, que critica o grupo alemão de pesquisadores por ignorarem a opinião das crianças.

"É bem irônico que eles queiram ensinar às crianças pensamento crítico e poder de análise, mas tiram delas a decisão sobre sua própria educação digital. Eles já convidaram as crianças para o debate?", questiona.