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sábado, 19 de março de 2016

'Podemos escolher entrar num Estado policial, mas não podemos escolher sair dele', diz juiz em evento pró-democracia



Durante ato com juristas realizado na Faculdade de Direito da USP, Marcelo Semer ressaltou que, diferentemente de 64, agora o 'caminho não está sendo escrito por fuzis, mas com caneta'
Para o juiz de Direito e escritor Marcelo Semer, “o Estado policial está desalojando o Estado Democrático de Direito”. Ao participar do ato Juristas Pela Democracia, realizado na noite desta quinta-feira (17/03) na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo, Semer criticou as violações à Constituição que o juiz Sérgio Moro e outras instâncias do Judiciário vêm cometendo ao, por exemplo, conduzir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva coercitivamente para prestar depoimento ou ainda torná-lo alvo de um pedido de prisão preventiva sem qualquer embasamento para isso.
Jornalistas Livres

Fábio K. Comparato, Pierpaolo C. Bottini, Márcia Semer (Procuradora do Estado de SP), Gilberto Bercovici, Ana Elisa Bechara e  Paulo Teixeira (Advogado e Deputado Federal) foram alguns dos presentes
Para ele, a população não pode apoiar esse tipo de supressão de direitos, pois isso, com o tempo, não vai atingir apenas autoridades ou empresários, mas vai “cair de novo com mais força naquela população que superlota cadeias, que é a população negra, jovem e periférica”.
De acordo com o juiz, estamos, sim, caminhando para um “Estado policial” uma vez que, diferentemente de 1964, agora “esse caminho não está sendo escrito por fuzis, mas com canetas”.


“Nós podemos até escolher se queremos entrar num Estado policial. O que não podemos escolher é sair dele”, analisou, relembrando a diferença entre o pensamento das pessoas à época em que lutavam pela redemocratização do país e as de agora. “Nas ‘Diretas já’ a gente usava camiseta amarela para confrontar os militares, não para tirar selfie com eles”, disse, arrancando aplausos e inflamando a plateia que lotou o Salão Nobre da faculdade de Direito mais renomada do país.
Pouco antes do início do ato, o advogado Aton Fon Filho, que estava presente no Salão Nobre, conversou com a Revista Fórum e apontou os mesmos riscos que Semer levantou. Preso e torturado na ditadura militar por sua atuação na ALN (Aliança Nacional Libertadora), Fon destacou que as ações de Sérgio Moro, do Ministério Público e de parte da imprensa estão mais ligadas a uma “situação política” do que a uma “situação de direito” e que são as “armas” que esses grupos detêm hoje para fazer prevalecer seus interesses individuais e ideológicos.
“Assim como em 1964, quando os órgãos públicos e militares usaram as armas que detinham para cumprir sua função, visando conquistar o poder para si próprios, agora também um determinado setor dos servidores públicos, a magistratura e o Ministério Público, estão utilizando os poderes que são destinados a defender a população para realizar seus interesses ideológicos próprios. Então, eu diria que nada do que aconteceu na Lava Jato fugiu ao interesse da ‘república de Curitiba’ e do Ministério Público”, analisou.
Veja declaração de Alex Minduím, presidente de Associação Nacional de Torcidas Organizadas durante ato:
ACONTECE AGORA

Alex Minduím, presidente de Associação Nacional de Torcidas Organizadas, fala no ato dos juristas a favor da democracia, na Faculdade de direito da USP, no Largo São Francisco, em São Paulo.Ele lembra o escândalo de desvio de recursos da merenda escolar na rede estadual de São Paulo, em que o deputado estadual Fernando Capez (PSDB) é suspeito, e garante que as torcidas organizadas vão participar amanhã (18) dos atos da esquerda. Ele comenta ainda que a torcida Gaviões da Fiel foi atacada pela Polícia Militar de São Paulo durante o último jogo do Corinthians, quando levantava faixas contra o governo do Estado, contra o golpe e pela democracia.

#NaoVaiTerGolpe #TodosPelaDemocraciaVídeo: Katia Passos para os Jornalistas Livres.
Posted by Jornalistas Livres on jueves, 17 de marzo de 2016
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Publicado originalmente pela Revista Fórum

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