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quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Inscrições nazistas surgem na Faculdade de Direito da USP e geram revolta na comunidade

 

Aparecimento de símbolos nazistas no Largo São Francisco leva direção a acionar o Ministério Público

247 - Desde o início de 2023, a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), localizada no Largo São Francisco, tem registrado o surgimento de inscrições de apologia ao nazismo em paredes, móveis e placas do prédio histórico. Suásticas, talhadas em madeiras que contornam elevadores, mesas e cadeiras, além de gravadas em placas de metal, alarmaram a direção da faculdade, que acionou o Ministério Público para investigar o caso.

A Faculdade de Direito, uma das instituições de ensino mais tradicionais do Brasil, enfrenta um aumento de manifestações de ódio nos últimos anos, contexto que coincide com a maior diversidade de alunos, impulsionada por políticas de cotas socioeconômicas e raciais. Professores e a diretoria da faculdade manifestaram preocupação com a situação, destacando que tais símbolos configuram crime previsto na legislação brasileira, que criminaliza a apologia ao nazismo.

A ausência de câmeras de vigilância no prédio histórico, tombado como patrimônio, dificulta a identificação dos responsáveis pelas inscrições. O diretor da faculdade, Celso Campilongo, e a vice-diretora, Ana Elisa Bechara, ressaltaram ao jornal Estado de S.Paulo a gravidade das ações, considerando a importância do respeito às normas legais dentro de um ambiente de formação jurídica.

Vergonha dessa "Justiça" parcimoniosa - Sionistas utilizam sua influêncfia no Judiciário brasileiro para perseguir críticos dos seus excessos


Altman é condenado à prisão, convertida em multa, por criticar sionistas
Jornalista critica decisão em processo movido por representantes da causa sionista no Brasil
27 de agosto de 2024, 17:27 hAtualizado em 27 de agosto de 2024, 17:42 h
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Breno Altman (Foto: Brasil247)


247 - O jornalista Breno Altman foi condenado pela Justiça de São Paulo a três meses de prisão em regime aberto por injúria, após chamar o economista sionista Alexandre Schwartsman e o presidente da entidade sionista StandWithUs Brasil, André Lajst, de "covardes e desqualificados" nas redes sociais. A pena foi substituída pelo pagamento de 15 salários mínimos ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (Fumcad). A defesa do jornalista afirmou que a decisão judicial é apenas de primeira instância e que ele pretende recorrer. As informações são da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo.

Altman, crítico ferrenho do genocídio palestino, reagiu a insultos anteriores que incluíam o termo "kapo", considerado altamente ofensivo entre judeus, e afirmou que estava apenas se defendendo dos ataques.

Além desse caso, Altman enfrenta outras ações na Justiça relacionadas às suas postagens sobre a guerra em Gaza, nas quais ele critica o sionismo e apoia o movimento antissionista. Entidades sionistas como a Conib alegam que Altman promove discursos de ódio, acusações que o jornalista nega, defendendo seu direito à liberdade de expressão e à crítica ao Estado judeu.

sábado, 24 de agosto de 2024

 Empresa deve indenizar ex-funcionário maçom por intolerância religiosa, decide TRT-18

O caso envolve um gerente de vendas de Anápolis (GO) que sofreu discriminação por uma supervisora


POR CARTACAPITAL | 23.08.2024 20H50


Foto: Divulgação

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quinta-feira, 22 de agosto de 2024

VERGONHA DESSA "JUSTIÇA"


Pesquisa revela ineficiência da Justiça em casos de massacre no campo
Apenas 11% dos mandantes dos 50 casos avaliados foram condenados
22 de agosto de 2024, 15:10 h

Ocupação do MST no Pará (Foto: Divulgação/MST)
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Por Fabíola Sinimbú, repórter da Agência Brasil - Cerca de 60% dos suspeitos em casos de massacre no campo, ocorridos entre 1985 e 2019, foram levados ao Tribunal do Júri, responsável pelo julgamento de crimes dolosos contra a vida. Desses, pouco mais de 11% foram condenados.

Os dados foram apresentados no estudo Massacre no Campo, divulgado nesta quinta-feira (22) em Brasília, que reúne de forma inédita informações sobre a atuação do sistema de Justiça na apuração da responsabilidade criminal de mandantes e executores, em um período de 34 anos.

Ao todo, foram analisados 50 casos de assassinatos coletivos, que resultaram em 386 suspeitos de participação como mandantes ou executores. A metodologia do estudo classifica como massacre os "casos nos quais um número igual ou superior a três pessoas são mortas na mesma data e em uma mesma localidade, portanto, numa mesma ocorrência de conflitos pela terra".

Do total de suspeitos, 30 não foram indiciados nos relatórios da Polícia Civil ou Militar. Dos suspeitos restantes (356), outros 10 não foram denunciados pelo Ministério Público e 345 tornaram-se réus.

Desse total, 238 foram levados ao Tribunal do Júri. Nesta etapa do processo, 43 foram condenados, 188 foram absolvidos e 7 não foram julgados por não terem sido localizados, ou por terem morrido antes do julgamento.

A partir das análises desses casos, a equipe formada por mais de 30 pesquisadores do Instituto de Pesquisa, Direitos e Movimentos Sociais (IPDMS), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e da Universidade de Brasília (UnB) e outras universidades públicas chegou a conclusões diversas sobre a impunidade desses crimes.

Para os estudiosos, a impunidade nos casos de massacres no campo está relacionada a fatores que se somam ao longo de todo o processo judicial, como na etapa de instrução, quando são apresentadas as provas, colhidos os depoimentos e analisadas as evidências.

“Infelizmente, o Poder Judiciário e o Ministério Público ainda produzem muito pouca prova nova em relação àquilo que é produzido no inquérito policial. Então, a etapa de instrução acaba sendo só um momento de reproduzir as provas que já foram produzidas na fase do inquérito. Logo, se o inquérito foi mal instruído, a impunidade está praticamente garantida nas fases seguintes”, explica o pesquisador do IPDMS e um dos coordenadores do estudo, Diego Duel.

Segundo os estudiosos, também foram identificadas falhas na localização dos réus e na utilização de recursos judiciais, o que resulta em uma tramitação lenta de processos. Os pesquisadores concluíram que a ineficiência do sistema judicial está relacionada à fragilidade dos inquéritos e à não produção de novas provas durante a fase judicial.

“O Brasil não aderiu até hoje ao Protocolo de Minnesota, das Nações Unidas, que é um protocolo relacionado à proteção da cena do crime e a procedimentos que devem ser adotados pelo Estado para poder apurar responsabilidades e coletar provas."

O estudo conclui que falta preparo do sistema judiciário brasileiro: "Enquanto o Brasil não se preparar e [preparar] o seu sistema de Justiça, suas autoridades, para uma ágil produção de provas, o que a gente vai ter são inquéritos e processos baseados em provas frágeis, produção de nulidades, o que acaba favorecendo os acusados”, diz Dihel.

Para ele, embora o sistema brasileiro tenha se modernizado, ainda há pouco interesse em apurar a real responsabilidade de mandantes e executores.

“Existe um processo de apagamento dos fatos, tal como eles realmente aconteceram. A gente vê avanços na questão de federalização da apuração de certos casos. Então, por exemplo, o caso do massacre de Pau d'Arco, a gente teve a entrada da Polícia Federal o que mudou completamente a qualidade da apuração dos responsáveis do massacre. Mas, ainda assim, a gente sabe que a maior parte dos casos não são federalizados”, conclui.

https://www.brasil247.com/brasil/pesquisa-revela-ineficiencia-da-justica-em-casos-de-massacre-no-campo

ONU: Israelenses sequestram crianças palestinas e quebram suas pernas


 
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Os palestinianos na Cisjordânia ocupada são alvo dos colonos israelitas.

HispanTV – A ONU relata que colonos israelenses sequestraram e agrediram dois menores palestinos de 15 anos na Cisjordânia ocupada no início desta semana.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), na sua “Atualização da Situação Humanitária” publicada esta quinta-feira, informou que as duas crianças palestinianas foram atacadas em 12 de agosto enquanto pastoreavam ovelhas no campo de Irtas, a sul de cirkhodan. cidade de Beit Lahm (Belém).

O relatório detalha que os colonos colocaram facas no pescoço das duas crianças, levaram-nas ao posto avançado do assentamento, onde espancaram, quebraram as pernas e urinaram nelas. Depois colocaram as crianças num veículo e largaram-nas num campo perto de Irtas.Pouco depois, outros palestinos os encontraram ali, chamaram uma ambulância e os levaram ao hospital para tratamento.

Segundo o relatório, desde o início da campanha israelita de matança e destruição na sitiada Faixa de Gaza, em 7 de Outubro, registaram-se 1.250 ataques de colonos israelitas contra palestinianos na Cisjordânia ocupada.

Quatro em cada cinco menores palestinianos detidos pelos militares israelitas são sujeitos a abusos físicos sob custódia militar, de acordo com um novo relatório.

As forças de ocupação israelitas, apoiadas pelos Estados Unidos e pelos seus aliados ocidentais, continuam a sua agressão em Gaza por terra, mar e ar desde 7 de Outubro de 2023, depois de Israel ter sido apanhado de surpresa pela Operação Al-Storm liderada pelo Movimento de Resistência Islâmica Palestiniana. (HAMAS) nos territórios ocupados.

O Ministério da Saúde de Gaza informou esta quinta-feira que 40.005 pessoas perderam a vida devido à ofensiva israelita desde 7 de outubro, confirmando que a maioria dos mortos são mulheres e crianças e pelo menos 92.401 pessoas ficaram feridas em mais de 10 meses de guerra

TODO CUIDADO COM OS PAPÉIS DO SEU LIXO - Prova recolhida no lixo do investigado sem autorização judicial é legítima, estabelece STJ



reciclagem probatória

Danilo Vital


22 de agosto de 2024, 8h22


É legítima a prova encontrada no lixo descartado na rua por pessoa apontada como integrante de grupo criminoso sob investigação e recolhido pela polícia sem autorização judicial. A medida não configura pesca probatória ou violação da intimidade.

photka

Documentos detalhando organização do grupo criminoso estavam em sacos de lixo deixados na calçada

Com esse entendimento, a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça negou provimento a recurso em Habeas Corpus ajuizado por réus investigados por exploração de jogo do bicho, além de lavagem de dinheiro, em Uberlândia (MG).

A defesa se insurgiu contra as provas obtidas pelos investigadores dentro de sacos de lixo deixados por suspeitos na calçada de um imóvel que estava sob monitoramento policial.

Foram encontrados documentos com listas de apostas, relatórios de prêmios, relação de pontos de venda, descrição de valores de caixa e informações sobre rotas, entre outros dados.

Os achados permitiram aos investigadores conhecer a organização interna, a divisão de funções, o detalhamento de suas atividades, o controle operacional e administrativo do grupo criminoso.

A defesa suscitou a nulidade do material porque o acesso e a apreensão ocorreram sem autorização judicial prévia, de forma totalmente aleatória, a indicar a indevida pesca probatória (fishing expedition).

Não houve pesca

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais, porém, negou a ocorrência de irregularidades. Na 6ª Turma do STJ, a conclusão foi a mesma, conforme o voto do ministro Sebastião Reis Júnior, relator da matéria. A votação foi unânime.

O relator observou que não houve pesca probatória porque os policiais que pegaram o lixo tinham um objeto certo de apuração. Inclusive estavam em pleno trabalho de campo, monitorando um dos escritórios usados pelo grupo criminoso.

“Também não me parece que tenha sido invertida a lógica das garantias constitucionais, vasculhando-se a intimidade ou a vida privada dos investigados. A oportunidade apareceu, no momento da campana policial (toda documentada), com o descarte na rua de material que poderia ser simples restos de comida, embalagens vazias e papéis sem valor”, disse o ministro.

Em vez disso, os documentos se mostraram relevantes para suportar o que estava sendo apurado. “Não houve nem sequer ingresso no imóvel cuja movimentação estava se observando. As provas obtidas estavam no lixo”, concluiu o relator.


RHC 190.158

  • é correspondente da revista Consultor Jurídico em Brasília.

Economia da Argentina tem queda de 3,9% em junho, pior que as expectativas

Apesar da alta do setor agrícola e pecuário, o consumo e as principais indústrias do país continuem sofrendo com os impactos das medidas econômicas do presidente Javier Milei.


Por Bruna Miato, g1

22/08/2024 08h07 Atualizado há uma hora






O presidente da Argentina, Javier Milei. — Foto: Natacha Pisarenko/AP



A atividade econômica da Argentina recuou 3,9% em junho em comparação com o mesmo mês do ano passado, mostraram dados oficiais do país nesta quarta-feira (21).


A contração da economia foi pior do que as projeções de mercado apontavam. De acordo com pesquisa da agência de notícias Reuters, a média das estimativas era de uma queda de 1,9%. Nem a pior das projeções neste levantamento, que previa encolhimento de 3,2%, chegou aos 3,9% de baixa registrados.


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O resultado vem após a economia argentina apresentar uma alta anual de 2,3% em maio, num movimento raro, já que o país vinha de seis meses consecutivos de quedas na atividade econômica.


Naquele mês, a alta foi puxada pelo setor agrícola e pecuário, que disparou 100% na relação anual, superando um período de secas severas no ano anterior, que prejudicou as plantações.


Em junho, o setor continuou crescendo e acumulou uma alta de 82%. Apesar disso, a Argentina não teve forças para continuar crescendo, refletindo as medidas de controle de inflação do presidente Javier Milei, que afetaram o consumo da população e outros setores importantes da economia.


O setor de construção, por exemplo, despencou 24% na comparação anual, enquanto a atividade industrial caiu 20%.





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Inflação na Argentina cai ao menor patamar desde 2022





Os ajustes de Milei que contribuem para a contração econômica




Após assumir a presidência, em dezembro passado, Javier Milei promoveu uma série de ajustes que levaram a um "choque na economia". As tarifas de água, gás, luz, transporte público e serviços essenciais deixaram de ser subsidiadas pelo governo, o que promoveu um aumento expressivo nos preços.


Além disso, o presidente também paralisou obras federais e interrompeu o repasse de dinheiro para os estados, visando reduzir os gastos públicos.


As medidas tiveram efeitos: a inflação, depois do choque inicial, vive um período de desaceleração e chegou ao menor patamar de 2022 em julho, os juros começaram a cair e, a notícia mais importante, o país registrou o seu primeiro superávit (quando as receitas do governo são maiores que as despesas) desde 2008 no primeiro trimestre desse ano.


Isso fez com que o Fundo Monetário Internacional (FMI) fechasse um acordo que permite o desembolso de cerca de US$ 800 milhões para os cofres públicos da Argentina, destacando o "primeiro superávit fiscal trimestral em 16 anos, a rápida queda da inflação, a mudança de tendência das reservas internacionais e uma forte redução do risco soberano".


Especialista destacam, porém, que o superávit é uma consequência direta da redução dos gastos, e não da elevação das receitas obtidas pelo governo — o que pode não ser sustentável no longo prazo.

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Silvio Santos: ame-o ou deixe-o


Quando eu não tinha consciência política e social, achava que Silvio Santos era amigo dos mais pobres
18 de agosto de 2024, 14:18 h

(Foto: Divulgação)

No último sábado, a televisão brasileira perdeu um dos seus maiores ícones. Silvio Santos, o dono do SBT, morreu aos 93 anos de vida e 60 atuando como apresentador e comunicador popular. Talvez, populista seja o termo mais apropriado, uma vez que, de popular mesmo, ele não tinha tanta coisa. Seu populismo televisivo foi determinante para que a massa, o povão, o enxergasse como um aliado de suas dores, expectativas, anseios e sonhos. Afinal, quem não quer dinheiro? Mesmo que seja arremessado em “aviõezinhos” e disputado a tapa por pessoas carentes de consciência social, que não percebiam o quanto estavam sendo humilhadas naquele gesto de “generosidade” do homem rico.

Durante muito tempo eu estive engrossando o coro dos contentes com o domingo que o homem do baú oferecia ao povo brasileiro. Era dia de missa, macarrão com galinha e Silvio Santos. E quanto tempo eu levei para perceber que apenas o macarrão com galinha fazia parte do meu mundo real. Impossível não reconhecer a revolução que o senhor Abravanel promoveu na televisão do Brasil. Um feito que foi facilitado pelo regime de exceção que se instaurou no país, e que ele apoiou até o último dia de sua vida. Não seria exagero dizer que Silvio Santos foi a voz do regime militar na mídia. A programação de sua emissora foi criada para exaltar o país, sob a inferiorização da maioria do povo que lhe propiciou fazer uma fortuna incalculável.

Como ele mesmo confessou anos depois, ganhou o SBT de presente de seu amigo General João Batista de Oliveira Figueiredo, então presidente da república em 1981, quando o canal iniciou suas atividades. Para manter a concessão de sua TV, Silvio revestiu sua emissora de um ufanismo tão piegas quanto as novelas mexicanas que exibiu durante anos. O “ame-o ou deixe-o” do slogan da ditadura se confundia com a imagem que ele construía como apresentador e manipulador de massas. Como não amar o Brasil? Como não amar Silvio Santos? O homem que colocou o povo na TV, ainda que fosse para ridicularizá-lo e transformar sua tragédia em entretenimento. Como numa edição do programa “O povo na TV”, em 1982, quando um bebê morreu ao vivo durante a atração, enquanto sua mãe implorava por uma vaga nos hospitais públicos do Rio de Janeiro.

Durante os sagrados domingos de entretenimento no SBT, Silvio arrumou um tempo para encaixar “A semana do presidente”, um quadro que falava sobre a agenda política do General Figueiredo e propagandeava os feitos do então governo do ditador brasileiro. Só depois de algum tempo percebi o quanto o entretenimento pode ser um poderoso instrumento de dominação. Com o seu famoso carnê do baú da felicidade, Silvio Santos produziu uma das maiores picaretagens da história dos jogos de azar no Brasil. Ao contrário do criminalizado jogo do bicho, onde o prêmio prometido é pago honestamente e sem contestações, o carnê do baú prometia e não cumpria. E quantas pessoas foram enganadas pela imagem militarizada do apresentador amigo do povo. Um patriota que adorava Orlando, na Flórida, e que, de fato, nunca construiu nada para o povo do seu país.

Um país que só serviu para a construção do seu patrimônio. Um povo que só serviu para reverenciá-lo, e que recebeu em troca o seu alinhamento com políticas golpistas e de destruição dos direitos trabalhistas. Como esquecer as propagandas que o SBT veiculou em apoio a reforma da previdência, em 2017, onde o locutor enfatizava a necessidade de a reforma acontecer, se não o país iria quebrar e o povo deixaria de receber o seu salário? Escrevi sobre isso na minha coluna aqui no Brasil 247 à época, e chamei a atenção para a falta de respeito do dono do baú para com o povo que ele um dia fingiu colocar na TV. Acabava ali o meu namoro na TV com Silvio Santos, ao ver que ele estava ajudando a fechar a porta da esperança para o trabalhador brasileiro. Pelo menos, nesse caso, a consciência pesou e ele mandou retirar as propagandas de circulação. Mas a intenção já havia sido exposta.

A verdade é que do ponto de vista cultural, o legado de Silvio Santos não existe. Até porque, o seu jeito de fazer televisão demonstrava sua falta de apreço pela cultura. Algo que ele mesmo chegou a confessar, ao dizer que o povo não gosta de cultura, mas sim de entretenimento. E isso ele soube fazer muito bem, numa época de ditadura, inflação galopante, salário mínimo indigente, pouco acesso à informação e exclusão das massas do poder de decisão. Não que as massas hoje tenham poder de decidir tanta coisa, mas naquela época a exclusão social era bem maior. Não sei se hoje em dia, com o advento do youtube, das plataformas de streaming, entre outros, o sucesso de Silvio junto às camadas populares seria o mesmo. A crítica não é ao popular introduzido por ele na programação de seu canal. A crítica é à finalidade desse populismo televisivo que produziu riquezas infinitas para ele e sua família, às custas de mentes alienadas e eternamente pobres economicamente.

Me diverti muito assistindo a Silvio Santos, até que o despertar da consciência de classe chegou. Não me culpo, assim como a maioria de seus fãs pobres como eu também não deve se culpar. Afinal, a tendência é que a nossa mente evolua à medida em que acessamos a realidade dos fatos. Somos enganados o tempo inteiro por figuras midiáticas como Silvio, que usam as mazelas do povo para se beneficiarem. O camelô que virou bilionário é um mote que ainda mexe com o imaginário popular, mas nem tanto como antes. Principalmente, quando a realidade, pelo menos para aqueles que não fecham os olhos para ela, não nos mostrou mais exemplos de camelôs que conseguiram chegar onde ele chegou. Às vezes chego a pensar que o Lombardi, a voz misteriosa de um homem que nunca vimos o seu rosto, é o próprio Silvio Santos. 
Meus respeitos e minhas condolências aos familiares, amigos e fãs, mas na vida ou na morte, devemos dizer nada além da verdade.

https://www.brasil247.com/blog/silvio-santos-ame-o-ou-deixe-o

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Um picareta idoilatrado pela ingênua população brasileira e pela mídia hegemônica:

O golpe no baú de Silvio Santos


quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Autor de publicações antissemitas em redes sociais é condenado pela JFRS


13/08/2024 - 16h33
Atualizada em 13/08/2024 - 16h33

A 22ª Vara Federal de Porto Alegre condenou um morador de Torres (RS) de 36 anos por publicar conteúdos antissemitas em suas redes sociais entre os anos de 2018 e 2020. Em uma das publicações, o homem chamou judeus mortos na Segunda Guerra Mundial de “pilha de corpos” que devem “fazer um mal cheiro tremendo”. A sentença, publicada em 9/8, é da juíza Cristina de Albuquerque Vieira.

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação narrando que o acusado teria feito 12 publicações incitando o preconceito contra judeus e a religião judaica. As postagens foram divulgadas no perfil pessoal dele no Facebook e no Instagram entre 2018 e 2020.

A defesa requereu a absolvição do réu, alegando que os conteúdos publicados não possuem teor antissemita, mas humorístico e histórico.

Ao analisar as 12 publicações anexadas ao caso, a juíza entendeu que em cinco delas não ficou comprovado que o réu fez apologia ao discurso contra judeus. A mesma conclusão não se estende às demais postagens. Vieira destacou que, em uma delas, nota-se a adoração do acusado por Hitler e, em outra, ele elenca sua “lista de ódio”, colocando em primeiro lugar “xinagoga”, termo pejorativo para se referir ao templo da religião judaica.

A magistrada destacou que o réu, “ao longo dos anos de 2019, 2020 e 2021, publicou, em seus perfis de Facebook, um total de 07 postagens antissemitas que deixam bem clara a sua intenção de negar fatos históricos relacionados ao Holocausto, exaltar Hitler e seus ideais nazistas, depreciar os judeus e difundir a sua particular aversão a eles, comportamento que nem de longe encontra abrigo no direito de liberdade de expressão, configurando, tanto em termos objetivos como subjetivos, o delito de racismo previsto no art. 20, § 2º, da Lei nº 7.716/1989”.

Vieira julgou procedente a ação condenando o homem a dois anos de reclusão e multa. A pena privativa de liberdade foi substituída por prestação de serviços à comunidade ou entidade pública e prestação pecuniária de 10 salários mínimos. Cabe recurso ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Secos/JFRS (secos@jfrs.jus.br)

sábado, 10 de agosto de 2024

Genocidas

Se Netanyahu - o mandatário judeu sioinista -  e seus militares não forem condenados pelo Tribunal Internacional e pela opinião pública mundial como genocidas, pelos atos cruéis e desumanos que estão a praticar, sistematicamente, promovendo a eliminação sumária do povo palestino, (com escopo de Israel de adonar-se do território por ele ocupado e das riquezas nele contidas), que moral terá aquela Corte e a humanidade  para condenar quaisquer outros fanáticos? 

Bom que fique claro que não estou a estigmatizar todo o povo judeu, pois sei perfeitamente, que muitos do sangue hebraico não compactuam com tais atrocidades, mas acusando, tão somente, os sionistas fanáticos e seus asseclas (dentre eles dirigentes norte-americanos e europeus ocidentais), desprovidos de um mínimo de piedade, cruéis por natureza e hipócritas, pois ao mesmo tempo em que perseguem, mundo afora, inclusive nos tribunais, os que ousam questionar a shoá hitleriana, praticam o mais desbragado holocausto contra o infeliz povo palestino, há, pelo menos, 76 anos. 

Os sionistas não podem contar com apoio incondicional dos demais judeus para dar vasão à sua sanha assassina, sob a justificativa de que grupos terroristas  atacam os israelenses. 

Que se puna tais grupos "terroristas" pelos seus excessos, mas não toda a população palestina com a eliminação sumária. Todo aquele que apoia a remoção dos palestinos do seu território não passa de um fundamentalista cretino.

Não há justificativa plausível, digna de apoio, nas ações sionistas.

Quanto aos norte-americanos, já não bastaram as atrocidades praticadas contra as tribos autóctones, no seu território e na área que tomaram aos mexicanos?

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Netanyahu assassina mais de 100 palestinos em novo massacre em escola

Ataque impune, durante oração da manhã, dá continuidade ao genocídio do povo palestino

Protesto contra Netanyahu (Foto: Sputnik)
247 – Em um dos episódios mais sangrentos do genocídio comandado por Benjamin Netanyahu e pelo estado de Israel contro o povo palestino, mais de 100 palestinos foram brutalmente assassinados em um ataque realizado pelo exército israelense contra a escola al-Tabin, localizada na área de Daraj, em Gaza. O ataque, reportado pela Al Jazeera, que ocorreu durante a oração do Fajr, a primeira do dia, mais de 100 mortos e dezenas de feridos, aumentando ainda mais o sofrimento de uma população já devastada pelo genocídio validado pelo Ocidente.

Segundo informações de fontes locais e confirmadas pela Al Jazeera, a escola al-Tabin abrigava milhares de civis, muitos dos quais haviam sido forçados a evacuar suas casas em Khan Younis, no sul de Gaza, por ordens do próprio exército israelense. Esses deslocados foram direcionados para a área de al-Mawasi, já densamente povoada, e buscaram refúgio nas poucas instalações ainda consideradas seguras, como a escola al-Tabin.

A UNRWA, a agência da ONU para refugiados palestinos, condenou o ataque e destacou a grave crise humanitária que se agrava a cada dia em Gaza. Com a destruição da escola, o número de desabrigados e a falta de recursos básicos, como alimentos, água e medicamentos, atinge níveis alarmantes.

Este massacre, que muitos já classificam como mais um episódio do genocídio sistemático contra o povo palestino, ocorreu sob a liderança do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que continua a ordenar operações militares de larga escala em Gaza sem enfrentar consequências internacionais significativas. A comunidade internacional tem sido criticada por sua inércia frente a essas ações, que violam flagrantemente o direito internacional e os direitos humanos.

O número de mortos no ataque à escola al-Tabin ainda pode aumentar, à medida que os escombros são removidos e mais corpos são encontrados. As vítimas, em sua maioria, eram civis, incluindo mulheres e crianças que buscavam apenas um lugar seguro em meio ao caos. 


terça-feira, 6 de agosto de 2024

A LAVAJATO E A TRAIÇÃO DOS INTERESSES NACIONAIS

Janot e 'lava jato' teriam atuado contra Brasil em disputa sobre programa nuclear


5 de agosto de 2024, 14h33

Em meio à disputa entre autoridades norte-americanas e empresas em torno do programa nuclear brasileiro, a “lava jato” e o então procurador-geral da República Rodrigo Janot teriam optado, em 2015, por colocar interesses antinacionais na frente e ajudar os Estados Unidos.

Divulgação/CNMP

Janot e ‘lava jato’ teriam sido utilizados pelos EUA em disputa contra empresas e empreendimentos brasileiros

O caso envolve negociações entre a França e a Odebrecht para produzir submarinos nucleares para a Marinha no âmbito do Programa de Submarinos (Prosub).


A escolha da Odebrecht, segundo notícia do jornalista Luis Nassif, no Jornal GGN, foi um dos motivos que levaram a ataques norte-americanos ao Prosub.

Um dos meios foi justamente a utilização, pelas autoridades dos EUA, da “lava jato”, que passou a investigar um suposto esquema de corrupção envolvendo a produção dos submarinos.

As apurações impulsionadas pela “lava jato” não renderam investigações só no Brasil. A Odebrecht e o programa brasileiro acabaram sendo alvos de inquérito também na França, Holanda e Espanha após a mobilização do Ministério Público Federal de Curitiba.

Nesse período, em fevereiro de 2015, Janot desembarcou nos Estados Unidos com uma missão da ‘lava jato’, especialmente para levar dados estratégicos para o Departamento de Estado norte-americano e cumprir ordens do Departamento de Justiça dos EUA, segundo o GGN.

O Ministério Público Militar não constatou indícios de corrupção no Prosub. Na Europa, no entanto, as investigações seguem e foram impulsionadas pela Advocacia-Geral da União de Jair Bolsonaro, que ao final do governo decidiu enviar para a França os destroços de Curitiba envolvendo as investigações.

Hello America

A ida de Janot e de representantes da ‘lava jato’ para os Estados Unidos causou estranheza à época. Na ocasião, foi levantada a hipótese de que os investigadores viajaram para ajudar os americanos em acusações contra a Petrobras, apesar de eles não terem atribuição para representar o Brasil.

Mas os laços informais de cooperação da “lava jato” contra o Brasil hoje são conhecidos e, ao que tudo indica, Janot e procuradores podem ter ido auxiliar autoridades norte-americanas contra a empresa brasileira.

Uma das pessoas visitadas foi Leslie Caldwell, então procuradora-adjunta encarregada da Divisão Criminal do Departamento de Justiça dos EUA. Leslie, por coincidência ou não, era até 2014 sócia do escritório Morgan Lewis, que tem como uma das especialidades atuar justamente no setor de energia.

Leslie também atuou para a ampliação do Foreign Corrupt Practices Act (FCPA) durante a gestão Obama. A lei permite que os EUA investiguem e punam fatos ocorridos em outros países. Para especialistas, ela é instrumento de exercício de poder econômico e político dos norte-americanos no mundo. O Departamento de Justiça dos EUA, com base no FCPA, por exemplo, já aplicou multas bilionárias a empresas brasileiras investigadas na ‘lava jato’.

Pouco depois da visita, surgiu a denúncia contra o Almirante Othon Luiz Pereira da Silva, pai do programa nuclear brasileiro em um suposto escândalo envolvendo a Eletronuclear.

O fato de os EUA terem utilizado a “lava jato” para minar a autonomia geopolítica brasileira não é novidade. O tema foi alvo de uma longa reportagem publicada em abril de 2021 pelo jornal francês Le Monde.