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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Seccionais da OAB emitem nota de repúdio contra indicação de Ives ao STF

Seccionais da OAB emitem nota de repúdio contra indicação de Ives ao STF


Após matéria do Justificando expondo os pensamentos do ministro do Tribunal Superior do Trabalho cotado para o Supremo Tribunal Federal, Ives Gandra Filho, sobre a submissão de mulheres aos maridos, bem como comparando uniões homoafetivas ao bestialismo, as Seccionais do Pará e do 

Rio de Janeiro emitiram nota de repúdio à indicação do magistrado à vaga de Teori Zavascki.


Em nota, a Seccional do Pará da Ordem dos Advogados do Brasil afirmou que “não é de hoje que o pensamento do Sr. Ives Gandra encontra-se totalmente divorciado da imensa maioria da sociedade brasileira e que, agora, tornou-se público ao defender posições machistas e homofóbicas”.

A OAB/PA ainda destacou a postura patronal do ministro, que não encontro apoio nem entre seus pares – “no âmbito do judiciário, suas posições são reprovadas pela grande maioria dos magistrados trabalhistas e demais operadores do Direito, por atentarem contra a própria Justiça Especializada que preside, atingindo sua infraestrutura e atacando seus princípios fundamentais”.


Já a Seccional do Rio de Janeiro, afirmou em nota a incompatibilidade entre as afirmações de Ives com o Estado Democrático – “Sua visão, revelada em artigo técnico e agora amplamente divulgada pela imprensa, demonstra grave retrocesso quanto aos princípios do Estado democrático de Direito e sério risco à igualdade constitucional de gênero defendida pela OAB”.


Mídia nacional repercute repúdio de juristas a Gandra Filho


Nas mídias de grande circulação, o nome de Ives também foi rechaçado por juristas. Em entrevista a Frederico Vasconcelos, da Folha de São Paulo, a jurista Maria Berenice Dias, especializada em direito das famílias, os textos “manifestam de forma clara que o ministro Ives Gandra Filho não tem condições de assumir o cargo no Supremo Tribunal Federal”.


“Suas manifestações afrontam os direitos de significativas parcelas de cidadãos já consagrados pelo próprio Supremo. Além de conservadoras, preconceituosas e ofensivas, as manifestações autorizam, inclusive, a busca de responsabilização civil e penal”, afirmou a advogada.


Para ela, “toda a sociedade está aliviada porque a confissão dele [nos textos citados] deixa induvidável que não dispõe dos requisitos constitucionais para ocupar a Corte Suprema, que exige notório conhecimento jurídico e ilibada conduta”.


Na coluna de Sônia Racy, do Estadão, o Advogado Sergio Bermudes classificou a indicação como absurda – “um retrocesso ter no STF alguém que sequer tem condições de ouvir argumentação a favor de algo sobre o que ele já tenha opinião formada. Ele é contra o aborto, é xenofóbico, é destemperado”, diz o advogado carioca, para quem “falta seriedade a Gandra Filho”. 

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