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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Curcuma, a super raiz que faz bem… a tudo



As suas propriedades anti-inflamatórias, antissépticas e anti-bacterianas estão a transformar este tempero picante num medicamento natural. Conheça os benefícios na saúde e as diversas formas de usar na comida



Sónia Calheiros


A Índia tem uma das taxas mais reduzidas do mundo de cancro do cólon, da próstata e do pulmão, em comparação com os Estados Unidos, por exemplo, onde as taxas são 13 vezes mais elevadas. Na tentativa de encontrar resposta para as causas destes bons resultados, diversos investigadores concluíram que a “culpa” é da dieta indiana rica em caril em pó, combinado com outras especiarias, com a curcuma como ingrediente principal.

É da raiz da planta que se obtém a especiaria de cor amarela, que pode levar à confusão com o caril (na verdade, é uma mistura de diversas especiarias), além de que o nome em inglês (cumin) leva os mais distraídos a confundir com cominhos. Esta “prima” do gengibre, também chamada turmérico, raiz-de-sol, açafrão-da-índia ou açafrão-da-terra, é usada há mais de 2 500 anos na Índia, inicialmente como corante amarelo, que deriva da curcumina feita de raiz de açafrão ou rizoma.

Em maio de 2015, uma revisão sistemática publicada no jornal Molecules diz que estudos feitos até à data “sugerem que a inflamação crónica, o stress oxidativo e a maioria das doenças crónicas estão intimamente ligadas, e que as propriedades antioxidantes da curcumina podem desempenhar um papel-chave na prevenção e tratamento da doenças inflamatórias crónicas.” Outra avaliação de um estudo sobre curcumina do M.D. Anderson Cancer Center, publicada no jornal Phytotherapy Research, em 2014, descobriu que a curcumina regula a inflamação que “desempenha um papel importante em doenças crónicas, incluindo neuro-degenerativas, cardiovasculares, pulmonares, metabólicas, autoimunes e neoplásicas.” O M.D. Anderson Cancer Center reforça que a curcumina contém propriedades “antioxidantes, anti-inflamatórias, antivirais, anti-bacterianas, anti-fúngica e anti-cancerígenos", todas reforçando o seu “potencial contra várias doenças malignas, diabetes, alergias, artrite, doença de Alzheimer e outras doenças crónicas.”

Sem garantias de que os efeitos da curcumina funcionem em todas as pessoas, os investigadores alertam que podem retardar mas não prevenir, nem parar o desenvolvimento das doenças.

Nos últimos anos, o neurocirurgião Joseph Maroon, do Centro Médico da Universidade de Pittsburgh e corredor de ultra-maratonas usa suplementos de curcumina na sua alimentação. Joseph Maroon recomenda também o uso de curcumina e de óleo de peixe aos seus pacientes com dor e inflamação de doenças degenerativas da coluna vertebral, pescoço e região lombar. Maroon foi o principal autor de um estudo, em 2006, intitulado “Agentes naturais anti-inflamatórios para alívio da dor em atletas” que concluiu que os efeitos terapêuticos da curcumina são comparáveis aos fármacos não-esteróides, mas com a diferença de não serem tóxicos e sem efeitos secundários.

Joseph Maroon sugere o consumo de 500 a 1000 miligramas de suplemento de curcumina por dia, nunca excedendo a dose diária de 2000 miligramas. Uma colher de chá de turmérico contém cerca de 200 miligramas de curcumina. “É semelhante a drogas, mas sem nenhum dos efeitos colaterais.”
BENEFÍCIOS DA CURCUMA

- Reduz as células de gordura acumuladas, conduzindo não apenas à estabilização do peso, como a uma efetiva perda de peso.

- Rica em antioxidantes e fitoesteróis. Os fitoesteróis inibem a absorção de colesterol nocivo no aparelho digestivo, o que pode ser uma explicação para o seu efeito de redução de peso.

- Ajuda a equilibrar os níveis de açúcar no sangue aumentando a sensibilidade das células à insulina e à glicose. Mantendo os níveis de açúcar no sangue ajuda a minimizar os efeitos dos excessos dos hidratos de carbono e mantém a saciedade.

- Ajuda na digestão e no apetite. O aroma da curcuma ativa as glândulas salivares na boca, o que ajuda a obter sucos digestivos e começa a digestão primária da comida. Em seguida, um composto chamado timol presente na curcuma, ajuda a estimular as glândulas que segregam ácidos biliares e enzimas responsáveis pela digestão completa dos alimentos no estômago e nos intestinos.

- Previne a flatulência e as dores de estômago quando tomado com água quente.
CURCUMA NA COZINHA

- Em sementes ou em pó, a curcuma tem um sabor a noz e picante o que faz com que seja usada também como substituto da pimenta preta.

- Juntar curcuma aos legumes grelhados ou salteados.

- Usar para fazer hummus.

- Fazer uma chávena de chá de curcuma fervendo as sementes em água e deixando em infusão por 10 minutos.

- Torrar sementes de curcuma, depois triturá-las num moedor de café e polvilhar o pó em frutos secos, saladas e sopas.

- Usar para temperar sopas, em particular as de lentilhas ou de feijão preto.

- Adicionada ao arroz integral simples dá um toque exótico, especialmente se misturar com azeite.

- Aquecer uma colher de sopa de azeite ou de óleo de coco numa panela e adicionar uma colher de chá de sementes de curcuma. Assim que começarem a crepitar, o que vai acontecer em segundos, acrescentar a curcuma em pó e duas batatas já cozidas e cortadas. Mexer bem e temperar com sal marinho. Quando as batatas estiverem douradas retirar do lume e servir como acompanhamento.

- Sementes de curcuma assadas com raita (iogurte com pepino) também são uma excelente opção.

- Nos latte, as famosas bebidas quentes feitas com leite de amêndoa ou leite de coco, ou nos sumos “verdes”, aos quais se juntam raízes como as de curcuma ou de gengibre frescas.
 
Fonte: VISÃO PT

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