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domingo, 7 de abril de 2019

Queda e assassinato de Kadafi abriram caminho para anos de caos na Líbia


Jornal do Brasil


A Líbia está mergulhada no caos desde a queda e o assassinato do ditador Muammar Kadafi em em 2011, o que abriu o caminho para a luta entre dois governos paralelos neste país rico em petróleo.

Esta é a cronologia da crise líbia desde o desaparecimento de Kadafi.

Em fevereiro de 2011, os protestos começaram contra Kadafi, no poder por 42 anos, na esteira da Primavera Árabe da Tunísia e do Egito.

Uma coalizão liderada pelos Estados Unidos, Reino Unido e França apóia uma insurreição armada, diante da qual o líder líbio foge, mas é capturado e morto em 20 de outubro em Sirte.

Em agosto de 2012, o Conselho Nacional de Transição rebelde entrega o poder a uma autoridade transitória eleita um mês antes: o Congresso Geral Nacional (CNG).

Em 11 de setembro de 2012, o embaixador americano Chris Stevens e três funcionários da delegação dos Estados Unidos em Benghazi são assassinados.

Em abril de 2013, um carro-bomba ataca a embaixada francesa em Trípoli, ferindo dois guardas.

A maioria das embaixadas abandonam da Líbia.

Eleições legislativas são realizadas em junho de 2014 e o CNG é substituído por um parlamento dominado por anti-islamitas.

As milícias islâmicas rejeitam os resultados, são agrupadas sob o nome "Fajr Libia" (Amanhecer da Líbia), atacam Trípoli em agosto e instalam um governo de "salvação nacional".

Enquanto isso, o parlamento reconhecido pela comunidade internacional, se refugia em Tobruk, perto da fronteira com o Egito, na outra extremidade de Trípoli.

A Líbia passa a ter dois governos e dois parlamentos.

Após um ano e meio de negociações, em dezembro de 2015, eles criam um Governo de Unidade Nacional (GNA) apoiado pela ONU.

Em março de 2016, o chefe do GNA, Fayez al Sarraj, chega a Trípoli para estabelecer o novo governo, mas o marechal Khalifa Haftar, uma administração rival, se nega a reconhecer sua autoridade.

Em junho de 2018, uma milícia ataca dois campos petrolíferos no nordeste sob o controle de Haftar, mas ele, depois de dois dias, anuncia que recuperou o controle.

Seis meses depois, lança uma ofensiva contra os ricos depósitos do sul.

Em 28 de fevereiro, a ONU anuncia que os adversários estão dispostos a realizar eleições e convoca uma conferência de todos os partidos para abril com o objetivo de estabelecer um calendário eleitoral.


Em 4 de abril, as tropas que respondem a Haftar lançam uma ofensiva contra Trípoli e o governo de Fayez al Sarraj ordena que suas forças se preparem para resistir.

No dia seguinte, as forças de Haftar são detidas em seu avanço a 30 quilômetros de Trípoli.

Dois dias depois, Haftar anuncia que bombardeou um subúrbio da capital.
 
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