Algo de estranho vem acontecendo, em escala crescente, no Mercado Público central, de Florianópolis. Cada comerciante e detentor de direitos de uso do seu acanhado box quer transformá-lo num "quase supermercado". Os corredores, destinados à circulação de pedestres/compradores estão a ser ocupados, de forma despudorada, pelos donos de boxes, assim como o espaço entre os dois blocos, com mesas e cadeiras plásticas, que ostentam propaganda de cervejarias. Privatizaram os corredores e os espaços entre os dois blocos, em outras palavras.
Dentro em breve o espaço para exibição de manifestações culturais e folclóricas terá desaparecido por completo, em prejuízo dos próprios comerciantes, que perderão estes fatores de atração de público.
Tudo começou com o Box 32, se não me engano, colocando as suas mesinhas em frente ao estabelecimento, dentro do corredor.
A calçada que dá para a Av. Jorn. Rubem de Arruda Ramos veio em seguida. Lá estão guarda sóis, mesas e cadeiras.
Agora já são vários avanços na área interna.
As perguntas que insistem em martelar a minha cabeça (e com certeza a de muitos outros munícipes) são: a) será que os contratos de concessão ou permissão, feitos entre o Município e os lojistas, autorizam aquelas situações? b) Será que há amparo jurídico para as ocupações aqui referidas (fora dos boxes)?
Com a palavra o Município e quem mais de direito, para o esclarecimento das aparentes maracutaias (?).
Perfil
- I.A.S.
- Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR
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