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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Comer no alguidar, criava companheirismo?

Em momentos de nostalgia, acaba-se reavivando a memória de práticas antigas. 

Hoje acudiu-me uma cena da infância, quando meus avós mataram um porco, logo cedo e, no almoço, obviamente, a família reunida, banqueteou-se com as carnes e gorduras do bicho sacrificado.

Minha avó paterna fez um alguidar de pirão de feijão e, depois de riscar triângulos na superfície daquela massa escura, colocou a porção de "conduto" em cima de  cada uma daquelas figuras geométricas destinadas a cada um dos netos, os quais, munidos de colheres, atacaram o "manjar".  

Quem suscitou a memória de fato tão singelo?

LUIS DA CÂMARA CASCUDO -  História da alimentação no Brasil, com o trecho que segue transcrito: 

Companheiro provém do cum panis, comer o mesmo pão, alimentar-se juntos. 

Aluno, alumnus, de alo, sustentar, criar com o alimento. 

O símbolo sagrado da união entre os janízaros era a grande panela comum, kazan. 

 Comer no mesmo prato, manger à la même écuelle, é confiança, irmandade, fusão. 

Que lição espetacular a do grande folclorista nordestino. 

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