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quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Poluição ultrapassou o limite “seguro” para a humanidade, alerta novo estudo

https://visao.sapo.pt/visao_verde/ambiente/2022-01-19-poluicao-ultrapassou-o-limite-seguro-para-a-humanidade-alerta-novo-estudo/


Mohsin Javed/Pacific Press/LightRocket via Getty Images Mohsin Javed/Pacific Press/LightRocket via Getty Images

Para perceberem se a poluição tinha ultrapassado os limites aceitáveis, os investigadores tiveram em conta alguns parâmetros, incluindo a taxa de produção de produtos químicos, que dizem estar a aumentar rapidamente, e a sua libertação para o ambiente

Ambiente 19.01.2022 às 08h46


“O ritmo a que as sociedades estão a produzir e a libertar novos produtos químicos para o meio ambiente não é consistente com a permanência num espaço operacional seguro para a humanidade”, afirma, citada pelo Guardian, Patricia Villarrubia-Gómez, assistente de pesquisa no Stockholm Resilience Centre (Centro de Resiliência de Estocolmo), na Suécia.

A investigadora fez parte de um novo estudo que concluiu que, de facto, a poluição no planeta está a ameaçar a estabilidade dos ecossistemas, desequilibrando-os, abordando os plásticos como motivo de grande preocupação, mas também mais de 300 mil produtos químicos sintéticos como os pesticidas, que eliminam muitos insetos não-alvo, fundamentais para a cadeia alimentar. De acordo com Villarrubia-Gómez, a produção de químicos sintéticos aumentou 50 vezes desde 1950 e prevê-se que esse valor triplique até 2050.

Para perceberem se a poluição química tinha ultrapassado a barreira segura para a humanidade, os investigadores tiveram em conta alguns parâmetros, incluindo a taxa de produção de produtos químicos, que dizem estar a aumentar rapidamente, e a sua libertação para o ambiente, mas também a extração de combustíveis fósseis para produzi-los.

“Há evidências de que as coisas estão a caminhar na direção errada”, refere Bethanie Carney Almroth, professora na Universidade de Gotemburgo e uma das investigadoras do estudo, citada pelo Guardian. “Por exemplo, a massa total de plásticos existente excede a massa total de todos os mamíferos vivos. Isso para mim é uma indicação bastante clara de que ultrapassámos um limite”, acrescenta.

A investigação concluiu que o limite definido para o nível seguro de poluição no mundo é o quinto de nove que a equipa diz terem sido ultrapassados, juntamente com o aquecimento global, a destruição de habitats selvagens, a perda de biodiversidade e a poluição excessiva por nitrogénio e fósforo.

Para reverter este problema, os autores do estudo apontam para a importância de ser realizada uma regulamentação mais forte e definir-se um limite fixo para a produção e libertação de produtos químicos para atmosfera. Ao Guardian, Ian Boyd, professor na Universidade de St Andrews, na Escócia, que não esteve envolvido no estudo, referiu que, apesar de “os efeitos tóxicos dos produtos químicos individuais possam ser difíceis de detetar, não significa que o seu efeito conjunto” seja insignificante.

“A regulamentação não é projetada para detetar ou entender esses efeitos. Nesta situação, onde temos um baixo nível de certeza científica sobre os efeitos, existe a necessidade de uma abordagem muito mais preventiva em relação aos novos produtos químicos e à quantidade emitida para o meio ambiente”, acrescenta ainda o professor.

Os investigadores reconhecem que os dados utilizados no estudo, que foi publicado na revista Environmental Science & Technology, são limitados em muitas áreas, apesar de afirmarem que as evidências apontam mesmo para uma violação do limite planetário.

Fonte: VISÃO PT

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