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quarta-feira, 21 de setembro de 2022

No dia da árvore, um texto para reflexão

Pe. LUIGI MARZANO – Colonos e missionários italianos nas flzrtestas do Brasil -  Edit. da UFSC e P.M. Urussanga/1985, p. 120:

O colono, mesmo porque é prático, é o inimigo da floresta, que destrói sem compaixão alguma. Ele abate as árvores, depois lança-lhe fogo, destrói uma quantia imensa de rios materiais, e em pouco tempo, daquela luxuriante vegetação não resta mais que cinza.

Em breve, porém, aquela imensa planura será cultivada com cuidado e dará lucros aos colonos.

As melhores  árvores que existem nas florestas são as seguintes:

Em primeiro lugar há o sobragi, conhecida rainha das madeiras. É a mais resistente de todas, e depois de anos parece de ferro. Os colonos usam desta madeira para formar os quatro ângulos da casa e também para fazer cercas de estaquetes.

A tajuva serve também para postes a serem fincados no terreno, mas é especialmente procurada para fazer moendas de açúcar.

O ipê duríssimo, muito usado na fabricação de rodas, que é de uma resistência incrível.

A cabriúva e o carvalho bastante resistentes para serem plantados no chão, cercas e paliçadas.

A peroba: a peroba encarnada, muito boa para tacos de pavimento e para paredes tanto internas como externas. A peroba branca que serve só para trabalhos internos. A peroba matambu, que se usa quase só para fazer tábuas ordinárias.

O  cedro é a madeira mais procurada para fazer móveis. Há três qualidades: o cedro vermelho, que é o melhor; o cedro rosa, bom também, mas menos resistente; o cedro batata, inerior.

A  garuva, madeira muito semelhante à nogueira da Itália, fácil de trabalhar e de belo efeito.

Vem a seguir a canela. Existem bem onze qualidades de canela; negra, amarela, parda, etc.. Em geral é como a nogueira, muito usada para fazer móveis, especialmente mesas, bancos, cadeiras, camas, etc.

O óleo é árvore grossa, de alto fuste, boa para o entalhe. Dela se extrai um líquido como óleo, usado nas doenças reumáticas, e uso externo, nas fricções.

O louro, que serve para tabuinhas de telhados, tábuas de pavimento, bom também para esteios resistentes à umidade.

O Guarapari, de alto fuste, reto, utilíssimo para se fazer longas traves.

O baguaçu e a bicuda são de pouco valor e raramente são usados.

Existem outras variadíssimas espécies, como árvore da quina calizaia, com sua casca medicinal; a granjuva (que conhecemos como grandiuva?), cujas folhas são forragens para os animais; o pinheiro da serra, resinoso como nossos abetos; e outras muitíssimas que não são valorizadas, apesar de boas, e que são destruídas sem piedade.

Além da salsaparrilha e da japecanga, depurativas do sangue por excelência, existem muitas outras, bem conhecidas e usadas nas doenças, pelos índios.

Da maneira como que se está destruindo a floresta terei ocasião de falar mais adiante, ao falar da agricultura”.


Para arrematar é preciso lembrar que - (...)  o bem comum prevalece ao particular (...) -  Afirmação atribuída pelo Coronel delator JOAQUIM SILVÉRIO DOS REIS, nos Autos da Conjuração Mineira, ao des. Tomás Antônio Gonzaga.

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