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sexta-feira, 10 de outubro de 2025

O prêmio Nobel da Paz a MARIA CORINA MACHADO

Ela foi indicada por Marco Rubio, braço direito de Trump e dedicou o prêmio ao presidente norte-americano.

Oposicionista venezuelana María Corina Machado ganha Nobel da Paz 2025 e dedica prêmio a Donald Trump

Nada mais fácil do que deduzir em favor de quais interesses sempre trabalhou a "democrata" venezuelana. Trata-se de mais uma traidora e entreguista ao estilo de outros notórios colonizados  que a antecederam na oposição ao regime bolivariana -, todos prepostos dos ianques, empenhados em facilitar a vida das petroleiras e mineradoras, ávidas por meterem a mão nas riquezas da nação venezuelana -, sem lograrem êxito, a saber: Henrique Capriles Radonski, na foto junto com ela, 



Juan Guaidó, engenheiro, autodeclarado presidente e que meteu a mão na jaca, causando prejuízos significativos à nação, 

bem como Edmundo González Urrutia (conhecido colaborador da CIA), por sinal, como se constata no texto a seguir:
Candidato da extrema-direita, González Urrutia, agora exibido como ‘democrata’ por certa mídia, foi nos anos 1980, operativo em El Salvador da Operação Condor, sob comando da CIA, de tortura e assassinatos em favor da intervenção norte-americana, denuncia a ex-deputada Nidia Díaz) - https://pcdob.org.br/2024/08/candidato-derrotado-na-venezuela-foi-operativo-da-cia-na-operacao-condor/


Depois que Henry Kissinger, notório golpista e um sanguinário, foi premiado com o Nobel da Paz, nada mais se pode estranhar. Certa vez, escancarando sua índole malévola, declarou: 
Se há coisas que precisam ser feitas, vocês devem fazê-las rapidamente, exortando  à repressão e eliminaqção de quem era contra a ditadura na Argentina, incluindo-se aí, obviamente, métodos como torturas.

Como se vê, o que menos se considera, na outorga do Prêmio Nobel da Paz, é a índole democrática dos laureados. 

Para arrematar, convém lembrar, invocando o WikiLeaks,  que “as alegações da oposição venezuelana de extrema-direita e da mídia dos EUA de que houve fraude nas  eleições de 28 de julho têm com base uma pesquisa de boca de urna feita pela empresa ligada ao governo dos EUA, Edison Research, a qual trabalha com organismos de propaganda dos EUA ligados à CIA e que esteve ativa na Ucrânia, Geórgia e Iraque" - https://pcdob.org.br/2024/08/candidato-derrotado-na-venezuela-foi-operativo-da-cia-na-operacao-condor/, ou seja, uma fonte altamente suspeita.

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Se María Corina Machado venceu o Prêmio Nobel da Paz, a ‘paz’ perdeu o seu significado
A opositora venezuelana Corina Machado foi premiada com o Nobel da Paz, mas não há nada de pacífico em sua política

10.out.2025 às 13h04
Michelle Ellner
|Peoples Dispatch


Machado passou toda a sua vida política promovendo divisão, corroendo a soberania da Venezuela e negando ao seu povo o direito de viver com dignidade. - Federico PARRA / AFP





Quando vi a manchete ‘María Corina Machado vence o Prêmio da Paz’, quase ri do absurdo. Mas não o fiz, porque não há nada de engraçado em premiar alguém cuja política trouxe tanto sofrimento. Qualquer um que saiba o que ela defende entende que não há nada de remotamente pacífico em sua atuação.

Se isso é o que conta como “paz” em 2025, então o prêmio em si perdeu toda a sua credibilidade. Sou venezuelana-americana e entendo exatamente tudo o que Machado representa. Ela é o rosto sorridente da máquina de mudanças de regime de Washington, a porta-voz polida das sanções, da privatização e da intervenção estrangeira, disfarçadas de democracia.


A política de Machado está enraizada na violência. Ela já pediu intervenção estrangeira, chegando a apelar diretamente a Benjamin Netanyahu, o arquiteto do aniquilamento em Gaza, para “libertar” a Venezuela com bombas em nome da “liberdade”. Machado exigiu sanções, essa forma silenciosa de guerra cujos efeitos — como demonstraram estudos publicados na The Lancet e em outros periódicos — mataram mais pessoas do que a própria guerra, ao cortar acesso a remédios, alimentos e energia de populações inteiras.

Machado passou toda a sua vida política promovendo divisão, corroendo a soberania da Venezuela e negando ao seu povo o direito de viver com dignidade.


É sobre isso que María Corina Machado realmente se trata:Ela ajudou a liderar o golpe de 2002 que por um breve período derrubou um presidente democraticamente eleito, assinando o Decreto Carmona que apagou a Constituição e dissolveu todas as instituições públicas da noite para o dia.
Trabalhou lado a lado com Washington para justificar a mudança de regime, usando sua plataforma para exigir intervenção militar estrangeira a fim de “libertar” a Venezuela pela força.
Apoiou as ameaças de invasão de Donald Trump e o envio de navios de guerra ao Caribe — um show de força que arriscava acender uma guerra regional sob o pretexto de “combater o narcotráfico”. Enquanto Trump congelava ativos e ameaçava a soberania do país, Machado se colocava pronta para ser sua representante local, prometendo entregar a soberania da Venezuela em uma bandeja de prata.
Ela pressionou pela imposição das sanções dos EUA que estrangularam a economia, sabendo exatamente quem pagaria o preço: os pobres, os doentes, a classe trabalhadora.
Ajudou a construir o chamado “governo interino”, um espetáculo de marionetes respaldado por Washington, liderado por um “presidente” autoproclamado que saqueou os recursos da Venezuela no exterior enquanto crianças passavam fome dentro do país.
Promete reabrir a embaixada da Venezuela em Jerusalém, alinhando-se abertamente ao mesmo Estado de apartheid que bombardeia hospitais e chama isso de autodefesa.
E, agora, quer entregar o petróleo, a água e a infraestrutura do país a corporações privadas. É a mesma receita que transformou a América Latina no laboratório da miséria neoliberal nos anos 1990.

Machado também foi uma das arquitetas políticas da “La Salida”, a campanha da oposição em 2014 que convocou protestos escalonados, incluindo táticas de guarimba. Não foram “protestos pacíficos”, como dizia a imprensa estrangeira: eram barricadas organizadas para paralisar o país e forçar a queda do governo. Ruas foram bloqueadas com lixo em chamas e arame farpado, ônibus de trabalhadores foram incendiados e pessoas suspeitas de serem chavistas foram espancadas ou mortas. Até ambulâncias e médicos foram atacados. Algumas brigadas médicas cubanas quase foram queimadas vivas. Prédios públicos, caminhões de alimentos e escolas foram destruídos. Bairros inteiros ficaram reféns do medo, enquanto líderes da oposição como Machado aplaudiam e chamavam isso de “resistência”.


Ela elogia as “ações decisivas” de Trump contra o que chama de “empresa criminosa”, alinhando-se ao mesmo homem que encarcerou crianças migrantes e destruiu famílias sob vigilância do ICE, enquanto mães venezuelanas ainda buscam por seus filhos desaparecidos sob as políticas migratórias dos EUA.

Machado não é símbolo de paz nem de progresso. Ela é parte de uma aliança global entre fascismo, sionismo e neoliberalismo — um eixo que justifica a dominação na linguagem da democracia e da paz. Na Venezuela, essa aliança significou golpes, sanções e privatização. Em Gaza, significa genocídio e apagamento de um povo. A ideologia é a mesma: a crença de que algumas vidas são descartáveis, de que a soberania é negociável e de que a violência pode ser vendida como ordem.

Se Henry Kissinger pôde ganhar um Prêmio da Paz, por que não María Corina Machado? Talvez no próximo ano deem o prêmio para a Fundação Humanitária de Gaza por sua “compaixão sob ocupação”.

Cada vez que esse prêmio é entregue a um arquiteto da violência disfarçado de diplomata, ele cospe no rosto daqueles que de fato lutam pela paz: os médicos palestinos que cavam corpos sob os escombros, os jornalistas que arriscam a vida em Gaza para documentar a verdade e os trabalhadores humanitários da Flotilha que velejam para romper o cerco e entregar ajuda a crianças famintas, com nada além de coragem e convicção.

Mas a verdadeira paz não é negociada em salas de reunião nem concedida em palcos. A verdadeira paz é construída por mulheres que organizam redes de alimentos durante bloqueios, por comunidades indígenas que defendem rios da exploração, por trabalhadores que se recusam a ser famintos até obedecerem, por mães venezuelanas que se mobilizam para exigir a devolução de filhos sequestrados pelas políticas migratórias dos EUA e por nações que escolhem a soberania em vez da servidão. Essa é a paz que Venezuela, Cuba, Palestina e cada nação do Sul Global merece.

*Michelle Ellner é coordenadora de campanhas para a América Latina na CODEPINK.

**Este é um artigo de opinião. A visão da autor anão necessariamente expressa a linha editorial do jornal.
Traduzido por: Giovana Guedes
Ler em:Inglês
Conteúdo originalmente publicado em Peoples Dispatch

https://www.brasildefato.com.br/2025/10/10/se-maria-corina-machado-venceu-o-premio-nobel-da-paz-a-paz-perdeu-o-seu-significado/

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"Nobel da Paz foi para uma notória golpista", diz Altman sobre Corina Machado
Premiação é "uma provocação insultante e criminosa à soberania latino-americana"
10 de outubro de 2025, 09:18 h

Breno Altman e María Corina Machado (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reuters/Gaby Oraa)

Conteúdo postado por:
Guilherme Levorato

247 - O jornalista Breno Altman se manifestou de forma veemente sobre a escolha de María Corina Machado como laureada do Prêmio Nobel da Paz de 2025. Em uma postagem nas redes sociais, Altman chamou a premiação de “aberração” e acusou a opositora venezuelana de ser uma "notória golpista", comparando-a a Jair Bolsonaro (PL), condenado a mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado. Para o jornalista, a concessão do prêmio à líder da oposição venezuelana é uma evidência das conexões entre liberais, imperialismo e neofascismo, além de uma afronta à soberania latino-americana.

“Uma aberração que o Nobel da Paz tenha sido concedido a uma notória golpista, María Corina Machado, a Bolsonaro venezuelana”, escreveu Altman. Ele questionou a legitimidade da premiação e associou a postura de Machado ao que ele considera ser uma agenda alinhada aos interesses imperialistas dos Estados Unidos e aos movimentos neofascistas. De acordo com Altman, a escolha do Comitê Nobel não passa de uma “provocação insultante e criminosa” à soberania dos países latino-americanos.

A crítica de Altman segue a linha de condenação à postura de María Corina Machado, que tem sido uma figura central no movimento oposicionista à presidência de Nicolás Maduro. A líder venezuelana foi amplamente criticada por seu apoio à intervenção estrangeira na Venezuela e por seu envolvimento com planos que, segundo autoridades venezuelanas, visavam desestabilizar o governo. Altman destaca esses pontos, apontando que a premiação da opositora se alinha com o que ele vê como uma constante interferência externa nos assuntos internos da América Latina, algo que considera uma violação da soberania dos países da região.

https://www.brasil247.com/midia/nobel-da-paz-foi-para-uma-notoria-golpista-diz-altman-sobre-corina-machado

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