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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Deboche brasiliense


Dinheiro solto na cueca,

Uma grande confusão,

O povão tá revoltado,

Me chamando de ladrão.


A justa se faz de irada,

Mas em mim não põe a mão,

Cadeia não é pra rico,

Cai nela só pobretão.

Mandou quebrar meu sigilo,

Lá no banco, sim sinhô

Mas o banqueiro é amigo,

E o gerente me avisô.


O leão daquele imposto

Faz que corre atrás de mim,

Mas se quiser confiscar,

Só lhe resta o meu rim.

Ainda bebo o meu Porto,

Fiscais não me assustam, não

Gozo e até faço piadas,

Tenho dólar no cofrão.


Meu cartão corporativo

Não vou poder mais usar,

Mas isto eu tiro de letra,

É só as verdinhas trocar.


Tem muita gente comigo,

Na lambança que aprontei,

Proteção não vai faltar,

Porque já os avisei.

Se abrirem o bico, eu levo

Um monte de gente fina,

Comigo irão pro inferno,

Masculina e feminina.

Se me meterem processo,

A mim não me pegam, não

Sempre tem homem de toga,

Pra decretar prescrição.

Digo que sou o São Dimas,

Um ladrão arrependido,

Engano até o messias,

Me faço de bom bandido.


Pra tratar minha gastrite,

Não vou encarar o SUS,

Prefiro orar numa igreja

E apelar pra Jesus.

Um padre tudo resolve

Desde que uma ajuda venha

Com dinheiro ele absolve,

Pra ter deus, grana é a senha.

Tô, assim, muito à vontade

Não consigo me assustar

Aposto na impunidade,

Que em nada tudo vai dar.


Mordomia ainda tenho

Filé, picanha e salmão,

E nos pés ainda ostento,

Meu belo cromo alemão.

Se não ando de importado

Popular não quero, não

Andar em lata de azeite

Só mesmo pra tolerão.


Pro meu tempo ocupar

Vou parar num Tribunal

De contas eu vou cuidar,

Que as públicas andam mal.

Enquanto tal não acontece,

Vou vender computador,

Pois tenho amigos no ramo,

Que é rentável setor.

Também espero ganhar

Diversas licitações,

Pra construir pro governo

Além de muitas mansões.



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