Por Bozorgmehr Sharafedin
LONDRES (Reuters) - A Guarda Revolucionária, unidade de elite das forças de segurança do Irã, enviou tropas a três províncias para conter protestos contra o governo, anunciou o comandante da força nesta quarta-feira, depois de seis dias de tumultos que deixaram 21 mortos.
Manifestação pró-governo do Irã Agência Tasnim/via REUTERS
Milhares de iranianos participaram de manifestações pró-governo em várias cidades nesta quarta-feira, em uma demonstração de força patrocinada por Teerã para se contrapor aos protestos de oposição, que representam o desafio mais persistente à elite clerical da República Islâmica em quase uma década.A televisão estatal exibiu imagens ao vivo de passeatas em Kermanshah e Ilam, cidades do sudoeste do país, e em Gorgan, no norte, onde os manifestantes portavam bandeiras do Irã e fotos do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei.Como sinal da preocupação oficial com a persistência dos protestos, o comandante da Guarda Revolucionária, major-general Mohammad Ali Jafari, disse ter despachado forças às províncias de Isfahan, Lorestan e Hamadan para lidar com a “nova sedição”.A maioria das baixas entre os manifestantes ocorreram nestas regiões. A Guarda Revolucionária, espada e escudo da teocracia xiita iraniana, foi fundamental para suprimir o levante de 2009, matando dezenas de manifestantes na ocasião.
Na cidade sagrada xiita de Qom, manifestantes pró-governo bradavam “morte aos mercenários americanos”. Houve manifestações semelhantes em Isfahan, a terceira maior cidade da nação, e em Abadan e Khorramshahr, no sudoeste rico em petróleo, como mostraram imagens de TV.Os protestos contra o governo começaram na semana passada, motivados pela frustração com as dificuldades econômicas enfrentadas pelos jovens e pela classe trabalhadora, mas se transformaram em uma demonstração mais ampla de revolta com o establishment clerical linha-dura que governa o país desde a Revolução Islâmica de 1979. Manifestações políticas realizadas em desafio aos serviços de segurança onipresentes vêm pedindo a deposição de todos os líderes iranianos. A maioria dos protestos é organizada em redes sociais vem sendo realizada ao anoitecer. As manifestações continuavam na noite de terça-feira, e vídeos publicados nas redes sociais mostraram manifestantes nas ruas e batalhões de choque em várias cidades, inclusive Ahvaz, no sudoeste. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que Washington expressará seu apoio aos manifestantes “no momento adequado”. (Reportagem adicional de Stephanie Nebehay, em Genebra, e Doina Chiacu, em Washington).
LONDRES (Reuters) - A Guarda Revolucionária, unidade de elite das forças de segurança do Irã, enviou tropas a três províncias para conter protestos contra o governo, anunciou o comandante da força nesta quarta-feira, depois de seis dias de tumultos que deixaram 21 mortos.
Manifestação pró-governo do Irã Agência Tasnim/via REUTERS
Milhares de iranianos participaram de manifestações pró-governo em várias cidades nesta quarta-feira, em uma demonstração de força patrocinada por Teerã para se contrapor aos protestos de oposição, que representam o desafio mais persistente à elite clerical da República Islâmica em quase uma década.A televisão estatal exibiu imagens ao vivo de passeatas em Kermanshah e Ilam, cidades do sudoeste do país, e em Gorgan, no norte, onde os manifestantes portavam bandeiras do Irã e fotos do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei.Como sinal da preocupação oficial com a persistência dos protestos, o comandante da Guarda Revolucionária, major-general Mohammad Ali Jafari, disse ter despachado forças às províncias de Isfahan, Lorestan e Hamadan para lidar com a “nova sedição”.A maioria das baixas entre os manifestantes ocorreram nestas regiões. A Guarda Revolucionária, espada e escudo da teocracia xiita iraniana, foi fundamental para suprimir o levante de 2009, matando dezenas de manifestantes na ocasião.
Na cidade sagrada xiita de Qom, manifestantes pró-governo bradavam “morte aos mercenários americanos”. Houve manifestações semelhantes em Isfahan, a terceira maior cidade da nação, e em Abadan e Khorramshahr, no sudoeste rico em petróleo, como mostraram imagens de TV.Os protestos contra o governo começaram na semana passada, motivados pela frustração com as dificuldades econômicas enfrentadas pelos jovens e pela classe trabalhadora, mas se transformaram em uma demonstração mais ampla de revolta com o establishment clerical linha-dura que governa o país desde a Revolução Islâmica de 1979. Manifestações políticas realizadas em desafio aos serviços de segurança onipresentes vêm pedindo a deposição de todos os líderes iranianos. A maioria dos protestos é organizada em redes sociais vem sendo realizada ao anoitecer. As manifestações continuavam na noite de terça-feira, e vídeos publicados nas redes sociais mostraram manifestantes nas ruas e batalhões de choque em várias cidades, inclusive Ahvaz, no sudoeste. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que Washington expressará seu apoio aos manifestantes “no momento adequado”. (Reportagem adicional de Stephanie Nebehay, em Genebra, e Doina Chiacu, em Washington).
Fonte: REUTERS
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