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domingo, 24 de julho de 2022

John Bolton, ex-assessor de Trump, admite ter planejado golpe contra Venezuela, e dirigente chavista responde: 'Louco'



Em 2019, os EUA reconheceram Juan Guaidó como presidente da Venezuela. Houve uma tentativa de derrubar Nicolás Maduro com apoio dos militares que fracassou.

Por g1

14/07/2022 21h20 Atualizado há uma semana



O ex-conselheiro de segurança nacional americano, John Bolton, em 2019 — Foto: Gleb Garanich/Reuters



Um ex-dirigente de governo dos Estados Unidos afirmou que o país participou de golpes de Estado em outros países e citou a Venezuela, e uma autoridade venezuelana respondeu nesta quinta-feira (14).


John Bolton, ex-assessor de Segurança Nacional do governo dos EUA e também ex-embaixador do país na ONU, afirmou publicamente que ajudou a planejar tentativas de golpes de Estado em países estrangeiros e citou o caso da Venezuela na terça-feira.


A resposta dos venezuelanos veio nesta quinta-feira (14): Jorge Rodríguez, líder do congresso que o governo da Venezuela controla, afirmou o seguinte: “O que estava na mente desse maluco John Bolton era a violência que iria se acelerar para que eles pudessem ter uma desculpa para uma invasão militar da Venezuela”.


A entrevista de Bolton


Bolton deu uma entrevista à rede CNN americana após uma audiência na CPI do Congresso dos EUA que investiga a invasão do Capitólio no dia 6 de janeiro de 2021.

O ex-presidente Donald Trump é acusado, por deputados do Partido Democrata, de incitar a violência naquele dia com o propósito de se manter na presidência mesmo tendo sido derrotado nas urnas por Joe Biden em 2020.

Bolton discorda dessa tese. Isso porque, segundo ele, Trump é incompetente para organizar um golpe de Estado, algo que, nas palavras dele, deve ser “cuidadosamente planejado”.

Para dizer que sabia do que está falando, Bolton então afirmou: "[Digo isso] como alguém que ajudou a planejar golpes de Estado - não aqui, mas você sabe [em] outros lugares - dá muito trabalho. E não foi isso que ele (Trump) fez".

O entrevistador então perguntou a Bolton a que ele se referia.

"Não vou entrar em detalhes", disse Bolton, antes de mencionar a Venezuela. "Acabou não tendo sucesso. Não que tivéssemos muito a ver com isso, mas eu vi o que era preciso para uma oposição tentar derrubar um presidente eleito ilegalmente, e eles falharam", disse ele.

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A Venezuela

Em 2019, Bolton era assessor de Segurança Nacional do governo dos EUA (na época, Donald Trump era o presidente).

A oposição da Venezuela, na época, não reconhecia a eleição de Nicolás Maduro. Como, na argumentação da oposição, não havia um presidente legítimo, o cargo iria para quem ocupava a presidência do Legislativo —no caso, Juan Guaidó, líder da oposição.

Guaidó se autonomeou presidente do país em janeiro de 2019. Diversos países o reconheceram como o líder da Venezuela.

Então, em abril de 2019, ele tentou comandar um levante militar contra o governo de Nicolás Maduro. Não deu certo. Guaidó não conseguiu convencer os militares a aderir, e, para efeitos práticos, Maduro segue na presidência.

Na época, Bolton ainda estava no governo dos EUA e apoiou publicamente o pleito de Guaidó para que os militares apoiassem seu esforço para derrubar Maduro.

Outros casos

O entrevistador tentou fazer com que Bolton fizesse mais revelações, além da Venezuela. Bolton afirmou que há outras histórias, mas não revelou nenhuma.

Muitos especialistas em política externa criticaram, ao longo dos anos, o histórico de intervenções do governo dos EUA em outros países, como o papel dos americanos na queda do então primeiro-ministro nacionalista iraniano Mohammad Mosaddegh, em 1953, a intervenção no Vietnã que acabou se tornando uma guerra e as invasões do Iraque e do Afeganistão neste século.

É altamente incomum que as autoridades dos EUA reconheçam abertamente seu papel em alimentar a agitação em países estrangeiros. 

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