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sexta-feira, 4 de maio de 2018

"Holocausto teve como motivação a 'usura' dos judeus na Europa", disse ABBAS





ABBAS: REVELADA A FACE RACISTA E ANTISSEMITA
DE UM FALSO PARCEIRO DA PAZ


O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, gerou revolta ao insinuar que o Holocausto teve como motivação a "usura" dos judeus na Europa. As declarações foram consideradas antissemitas por políticos e ativistas de direitos israelenses e judaicos, além de representantes dos EUA e também dos próprios palestinos. Numa rara reunião do Conselho Nacional Palestino — o órgão legislativo da Organização para a Libertação Palestina (OLP) — em Ramallah, na Cisjordânia, Abbas afirmou que o genocídio de judeus europeus pelos nazistas foi o resultado de suas atividades financeiras. Gravado ao vivo, o encontro teve um momento no qual o líder palestino disse que a História do judaísmo europeu foi construída a partir de "autores sionistas judeus". Mas admitindo que "os judeus do Leste Europeu e Europa Ocidental foram periodicamente submetidos a massacres ao longo dos séculos", culminando no Holocausto. — Mas por que isso costumava acontecer? Eles dizem: "É porque somos judeus" — afirmou Abbas. — Esta é uma questão diferente. A questão judaica que foi difundida em toda a Europa não foi contra a sua religião, mas contra sua função social, que se relaciona com a usura e com atividades bancárias e afins. Abbas também negou que os judeus ashkenazis — da Alemanha e do Nordeste da Europa — fossem na verdade semitas. Este grupo constitui uma das maiores comunidades de Israel, como uma longa lista de primeiros-ministros que inclui o atual líder, Benjamin Netanyahu.

Esta não foi a primeira vez que as opiniões do líder palestino sobre o Holocausto causaram revolta. Uma dissertação que ele escreveu no início dos anos 1980 argumentava que havia uma "relação secreta entre o nazismo e o sionismo" antes da Segunda Guerra Mundial e questionava o número de seis milhões de mortos. Em 2003, ele minimizou alegações de que negasse o Holocausto, dizendo que foi um "crime terrível e imperdoável contra a nação judaica, um crime contra a Humanidade que não pode ser aceito". Michael Oren, vice-ministro para a diplomacia de Israel (Netanyahu é também ministro das Relações Exteriores), comentou: "Mahmoud Abbas diz que os judeus emprestadores de dinheiro provocaram o Holocausto. Que grande parceiro de paz", ironizou no Twitter. "A todos que acham que Israel é a razão pela qual não temos paz, repensem", comentou o atual embaixador americano, David Friedman, designado por Donald Trump. "Acabou para Abbas. Que tom nojento", disse Dan Shapiro, embaixador no governo de Barack Obama. E outros setores pró-palestinos também não hesitaram em condenar o presidente da ANP, que, aos 82 anos, governa na Cisjordânia desde 2005: "Setenta por cento dos palestinos na Cisjordânia e em Gaza querem que Mahmoud Abbas renuncie", disse Yousef Munayyer, diretor-executivo da US Campaign for Palestinian Rights, coalizão de mais de 330 grupos a favor de políticas mais pró-palestinos nos EUA. "É difícil pensar em alguém que considere Abbas seu líder nacional, exceto talvez quem é empregado pela ANP."

Grupos de diferentes espectros políticos judeus e sionistas tiveram uma rara união ao questionarem Abbas: "Mais uma vez, o discurso de Abbas incluiu declarações antissemitas, que são completamente inaceitáveis e inconsistentes com os esforços para alcançar a paz israelense-palestina", criticou em comunicado Ori Nir, da Americans For Peace Now, organização que tentar promove a paz entre Israel e os palestinos. O grupo judeu de esquerda J Street divulgou uma declaração contra o discurso de Abbas, dizendo que "não há absolutamente nenhuma desculpa para esse tipo de retórica incendiária": "Abbas apenas mina as legítimas aspirações e preocupações do povo palestino e desvia a atenção da necessidade de ação internacional para ajudar a aliviar a crise em Gaza e promover a solução de dois Estados." 

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