
Um consórcio de
pesquisadores internacionais diz ter identificado uma proteína
importante no enfraquecimento do sistema imunológico. A equipe de
pesquisadores da Alemanha, Suíça, Austrália, EUA e Israel, liderada pelo
Prof. Dietmar Zehn da Universidade Tecnológica de Munique, disse que a
proteína que eles identificaram, chamada TOX, é responsável por causar
exaustão e falta de resposta nas células T, um grupo de glóbulos brancos
que desempenham um papel fundamental no sistema imunológico. A
principal tarefa do sistema imunológico é defender o corpo contra vírus,
células cancerosas e outros patógenos. As células T reconhecem e visam
células específicas em todo o corpo que devem ser eliminadas. Eles são
os guardiões do corpo e geralmente podem eliminar ameaças como gripe,
catapora e outras doenças em poucos dias. Às vezes, no entanto, as
infecções persistem ao longo de vários meses, causando doenças crônicas.
Supõe-se que o mesmo vale para o câncer. Isso impõe uma tremenda
pressão sobre o sistema imunológico, que por um lado tenta eliminar
ativamente essas ameaças e, por outro lado, também restringe sua própria
atividade para não causar danos colaterais a células saudáveis,
inflamação crônica ou doenças autoimunes. Assim, as células T
freqüentemente entram em estado de exaustão, o que retarda sua
atividade, e elas não conseguem se livrar completamente da doença que o
corpo está combatendo, como no caso do câncer. Os cientistas assumiram
que reverter esse estado de exaustão pode ajudar a restabelecer o
funcionamento adequado do sistema imunológico. O Prêmio Nobel de
Medicina de 2018 foi concedido aos pesquisadores James Allison e Tasuku
Honjo, que descobriram os chamados "freios moleculares" nas células T
que os forçam a ficar exaustos. Até agora, no entanto, os mecanismos
gerais que orquestram esse "esgotamento" permaneceram um mistério, disse
o consórcio internacional de pesquisadores em um comunicado anunciando
sua descoberta. Em um artigo publicado na revista Nature, os cientistas
afirmam ter esclarecido pela primeira vez parte desse mecanismo,
identificando a proteína TOX.
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