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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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terça-feira, 28 de julho de 2020

Companhias agradáveis

Com milho picado, banana e laranja, mais água farta, colocadas perto de nossa casa, ganhamos a companhia de cerca de 30 espécies de pássaros.

Obviamente não nos utilizamos de "chamas" engaioladas ou confinadas em viveiro, gostando de apreciá-los usufruindo de total liberdade.

Alguns, como o quero-quero, o guará (também conhecido como ibis ou bicudo) e a curreca (também conhecida na Ilha de SC como corruíra) aparecem mesmo sem interesse nos atrativos que oferecemos.

Já tivemos algumas surpresas, dentre elas um pica-pau dos grandes comendo banana, um bem-te-vi que nos chama insistentemente quando falta comida e um tié-sangue que pousa até na máquina de lavar roupa. Quatro tucanos vieram nos brindar com suas coloridas plumagens e bicos exóticos em um dia desta semana. Também nesta semana nos visitaram alguns "papagaios" de tamanho médio. Não sei se eram tirivas ou maracanãs. Papagaios verdadeiros também já pintaram por aqui, em ocasião anterior. As rumorosas aracuãs também marcam presença, de vez em quando.

O alegre joão-de-barro, conhecido em outras regiões como "forneiro" -  pelo formato do ninho que faz - marca presença quando se roça ou capina o terreno,  vindo à cata de pequenos insetos e minhocas, até bem perto da gente. 

Pequenos gaturamos imitam outras espécies, arremedando seus cantos, de maneira admirável. 

As rolinhas são as mais encrenqueiras, sempre investindo umas contra outras e até contra espécies diferentes, fazendo-nos lembrar o ditado "farinha pouca, meu pirão primeiro", quando o milho ofertado está acabando no comedouro.

Vê-los a banhar-se mesmo nos dias mais frios é também muito interessante. Depois do banho, pousam nas árvores e começam a "espiolhar-se". É um ritual que acontece automaticamente. 

Como não temos gato em casa agora e raramente ouvimos o canto assustador de algum gavião (os quais foram muito caçados a tiros, por comerem pintos), ficam ainda mais à vontade, mas sempre precavidos. A qualquer movimento suspeito, levantam voo imediatamente, mas, em seguida, vencendo o medo, retornam ao comedouro e bebedouro.

Inicialmente, vinham pela manhã, bem cedo e por volta das 16 hs. Agora temos visitas durante todo o dia. Alguns pousam numa grumixama e numa cabeluda que plantamos e ficam fazendo hora, para voltarem ao lugar de atração. Acho que sentem-se protegidos pelas fartas copas das duas árvores. 

Causa-nos especial alegria o aparecimento das grandes pombas carijós, que, por terem sido muito caçadas, andavam sumidas, mas já se fazem presentes, em pequenos bandos.

Duas espécies das quais nem sabemos os nomes (uma parecida com tié, com as duas asas alaranjadas por cima e outra com diversas cores, que não é a saíra de sete castas) estão entre os nossos amiguinhos alados. 

Num ingazeiro (ingá de metro) de um vizinho, próximo a uma das divisas do terreno, aparecem muitos beija-flores (ou coaraciaba e guanambi, como preferiam os silvícolas brasileiros, ou ainda pica-flores, como preferiam os portugueses) e cambacicas,  para beber gotículas transparentes exudadas pelo tronco da árvore, gotículas aquelas que também são consumidas por abelhas e marimbondos de diversas espécies.

São companhias obviamente prazerosas, as quais nos alegram muito. Pretendemos aumentar as atrações,  oferecendo-lhes mais flores nos nossos jardins, em breve.

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