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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Crianças - vítimas indefesas das religiões































































17/12/09 - 06h30 - Atualizado em 17/12/09 - 06h30

Pediatra conta como retirou agulha de corpo de criança em 1993

Menino de 1 ano e 8 meses tinha objetos no pescoço, peito e barriga.
Em 2000, três casos foram registrados em São Luís e um no Recife.

Glauco Araújo Do G1, em São Paulo

O caso menino de 2 anos, que está internado em um hospital de Barreiras (BA) com cerca de 50 agulhas pelo corpo, não é o único registrado no Brasil. Em 1993, uma criança ficou internada no Hospital São Paulo com 13 agulhas pelo corpo e foi submetida a uma cirurgia para a retirada de apenas uma delas. Em 2000, ao menos quatro casos foram registrados no país, um no Recife e três em São Luís.

Na Bahia, o menino segue internado, respira com dificuldades, sente dores no peito, mas não precisa da ajuda de aparelhos. O diretor do hospital, Luiz Cesar Soltoski, disse que os médicos avaliam quais agulhas devem ser retiradas, principalmente as que ameaçam o coração.

Risco da retirada das agulhas

O pediatra Sérgio Schettini, 63 anos, professor associado da Escola Paulista de Medicina e chefe do serviço de cirurgia pediátrica do Hospital Infantil Menino Jesus, participou do atendimento ao menino Jorge Alves de Souza, que foi internado com agulhas sob a pele do pescoço, peito e abdome em 1993, em São Paulo. A criança tinha 1 ano e 8 meses na época. “Fizemos um procedimento simples, no pronto-socorro mesmo, apenas para a retirada de uma das agulhas que estava mais superficial. As outras ficaram no corpo por não haver risco ao paciente."


Schettini disse ao G1 que considera delicada a possibilidade de extração das agulhas do corpo do menino de 2 anos internado na Bahia. “Acho extremamente difícil e arriscado fazer a cirurgia. De qualquer forma, atualmente, há diagnósticos muito sofisticados feitos por imagem que talvez possam indicar, de maneira pontual e precisa, as agulhas que apresentam algum tipo de complicação para o paciente. Tirar todas as agulhas pode provocar mais prejuízo do que benefício para a criança.”

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A forma de abuso contra crianças acima noticiada não é, infelizmente, a mais perniciosa.

RICHARD DAWKINS, em sua polêmica obra Deus, um delírio, criou, a partir de fls. 402, um capítulo sobre o "abuso físico e mental" aos quais eram e continuam sendo submetidas crianças de todo o mundo, filhas de fanáticos religiosos dos mais variados cultos. Aponta para os abusos de natureza moral, a começar pela imposição de um culto, via de regra o professado pelos pais, aos pequenos que deles dependem para tudo.

As crianças não podem resistir à imposição de uma religião pelos pais, senão depois de adultos, mas um grande número delas, por pura acomodação, não ousa questionar os ensinamentos e imposições recebidos nos albores das suas vidas e continua a "crer" nas sandices que lhe foram inculcadas pelos seus ascendentes ou assemelhados (padrastos, professores, etc...)

Rememora o escritor as vítimas (meninas) de incas ensandecidos, que eram imoladas ao deus Sol.

As pequenas muçulmanas que ainda são submetidas aos cruéis procedimentos da excisão (remoção parcial do clitóris, também conhecida como clitorectomia).

Os meninos judeus (porque seus pais querem que professem sua religião ancestral) que são submetidos, aos 8 anos, a uma incisão na pele do prepúcio (usando como instrumento cirúrgico a unha de um mohel, no passado, quiçá ainda agora), comumente chamada de circuncisão.

Meninas da Irlanda, de um educandário de freiras, que eram maltratadas pelas religiosas.

Os abusos sexuais praticados por pedófilos, tarados, ativos e passivos, seja da religião católica, seja das petencostais, seja de muitas outras arapucas assemelhadas.

O conceituado biólogo inglês lembra, na esfera da perversidade moral: devemos no sentir incomodados quando ouvirmos uma criança pequena sendo rotulada como pertencente a uma ou outra religião específica. Crianças pequenas são jovens demais para tomar decisões sobre suas opiniões a respeito da origem dos cosmos, da vida ou da moral. O simples som do termo "criança cristã" ou "criança muçulmana" deveria soar como unhas arranhando uma lousa.

A violência mental (da imposição de um culto) é, ao meu ver, mais perniciosa que a física, que acontece esporadicamente e pode ser detectada e denunciada, eficazmente. Aterrorizar uma criança, com a ameaça de que se não professar este ou aquele credo, poderá ir parar nas chamas inclementes do inferno (não se utilizando tal temor como algo simbólico), mas fazendo-se uma leitura literal das sandices de certos livros sagrados, constitui, no mínimo, um atentado à formação de cabecinhas saudáveis, destemerosas, livres, humanas, enfim.

Ainda não vi nenhum religioso que explicasse a uma criança que o castigo por um "pecado" cometido pode ser o ingresso no inferno e que a recompensa por bom comportamento pode ser a garantia da ida para o céu como figuras de alegoria, meramente simbólicas. Ninguém esclarece aos pequenos que céu e inferno não são lugares físicos, dotados de grandes fornalhas ou de recantos paradisíacos. deixam-nos imaginar o pior e viver sob a expectativa apavorante da cremação, como punição impiedosa por eventuais faltas contra o sistema, a moral contemporânea e os interesses dos poderosos.

Nisto reside toda a maldade.

Aliás, alguns existem que, embora se intitulem pastores, sequer sabem do que se trata quando se fala em interpretação literal ou não dos textos sagrados. São imbecis que, de bíblia na mão, saem pregando idiotices, acreditando, tanto quanto crianças inocentes, que o céu e o inferno são mesmo redutos físicos a que se destinarão os humanos, quando encerrarem suas passagens pela terra.

isto porque, contra a violência mental a polícia não toma providências, os Promotores de Justiça não agem, a mídia não se manifesta, pelo simples fato de que se entende que, no interesse da sociedade na submissão das massas, pode-se alegar exercício de liberdade religiosa, constitucionalmente tutelado.



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