Na pressa de dar seguimento ao caso do sítio de Atibaia no Distrito Federal, Frederico de Carvalho Paiva citou nomes de denunciados no processo sobre o Instituto Lula. Defesa do ex-presidente já havia pedido suspeição do procurador
Por Plinio Teodoro 8 ago 2021 - 14:02
Frederico de Carvalho Paiva (Valter Campanato/Agência Brasil)
Na pressa de dar seguimento à ação sobre o caso do sítio de Atibaia na 12ª Vara Federal do Distrito Federal – depois que foi tirada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da 13ª Vara de Curitiba por causa da parcialidade de Sergio Moro -, o procurador lavajatista Frederico de Carvalho Paiva, confundiu as denúncias e ratificou nomes errados.
Segundo informações divulgadas pelo site Consultor Jurídico, Paiva citou na denúncia do caso do sítio de Atibaia os nomes que foram denunciados em outro processo, sobre a sede do Instituto Lula.
Dessa forma, vários nomes citados na denúncia original, de Curitiba, no caso do sítio ficaram de fora, entre eles o do ex-presidente da OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, o Leo Pinheiro, que mudou sua delação para que os procuradores da Lava Jato pudessem incriminar Lula.
Na denúncia, desde o começo, o MPF deixa claro que trata-se do processo relacionado ao sítio de Atibaia, mas a troca dos nomes mostra que na tentativa de incriminar Lula a qualquer custo, o procurador confundiu os casos.
Frederico de Carvalho Paiva já havia atuado no esvaziado caso da compra de caças suecos para a Aeronáutica. O caso está paralisado justamente porque a defesa de Lula pediu a suspeição dos procuradores.
Plinio Teodoro
Jornalista, editor de Política da Fórum, especialista em comunicação e relações humanas.
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