Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O pretexto das montadoras de automóveis

O escândalo das latas podres, vem atraindo a atenção deste blogueiro há um bom tempo.

A pretexto de que são compelidas, pelo insuperável desejo de salvar vidas (quanta debochada hipocrisia), a fabricar os automóveis com latas que se assemelham, em fragilidade, às de azeite, as montadoras produzem coisas evidentemente frágeis, incapazes de proteger seus ocupantes.

Presentemente - e isto já ocorre há vários anos alguns anos - às mais singelas batidas, os carros (notadamente os populares) se desmancham, literalmente, com a multiplicação de vítimas fatais.

As estradas viraram matadouros, mas a mídia (interessada em não perder a publicidade das grandes fábricas de carros) só sabe criticar as estradas e a negligência/imprudência dos motoristas.

Obviamente, a causa dos acidentes passa pela insanidade dos condutores e pelo estado lamentável das estradas, ao qual se dá destaque mais para permitir a privatização, ganhos a grandes empreitteiras e concessionárias e a cobrança de pedágios, não tenho a menor dúvida.

Mas, não se vê na mídia senão explicações simplórias sobre a fragilidade dos automóveis.

Já está mais do que na hora de os órgãos de defesa dos cidadãos/consumidores, mormente o Ministério Público, adotarem medidas judiciais para aferir se o que acontece com os veículos sinistrados é decorrência natural, ou não, da violência dos impactos e, sobrevindo resposta negativa, responsabilizar as montadoras pelo autêntico genocídio que ocorre, diariamente, em nossas vias de circulação.

Procedimentos judiciais, permeados por perícias técnicas, que apontem a eventual inadequação das latarias e estruturas dos veículos para suportar impactos, seriam muito benvindas e, certamente, propiciariam o manejo, com vislumbres de sucesso, de ações de indenização pelas famílias das vítimas. além de compelirem as montadoras a se mostrar mais zelosas da segurança do nosso povo, ou afastarem-se do mercado brasileiro.

Basta de endossarmos, qual cordeiros, a exploração sistemática e impiedosa das nossas economias, pelas grandes corporações industriais, sem atribuir-lhes as devidas responsabilidades.

As economias do povo são feitas à base de muito sacrifício e quando as pessoas acreditam na qualidade dos produtos de tais montadoras, fazem-no ingenua e confiantemente, mas a realidade está a mostar que o consumidor brasileiro vem sendo iludido de forma descarada, pelos fabricantes de automóveis.

Nem mesmo a aparente concorrência terá o condão de remover do mercado brasileiro essas inescrupulosas indústrias da morte anunciada, pois sabemos que a disputa é apenas aparente, eis que boa parte das montadoras pertencem a poucos grupos econômicos que as concentram, sob marcas diferentes, apenas. Então, só o Ministério Público, atentando para a sua responsabilidade, poderá adotar medidas protetivas dos nossos concidadãos contra esses gigantes da economia mundial, cuja ética e responsabilidade sociais são inversamente proporcionais aos seus vultosos ganhos e que, até do governo, recebem incentivos e apoio financeiro de monta.

Nenhum comentário: