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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Lançamento de Matheus Santos Melo

O jovem escritor catarinense lançará hoje, na ALESC, às 19 hs, seu primeiro livro, cujo título é  Ebulição, pela editora Insular.

Sobre a obra, leiam palavras do próprio autor:


SINOPSE:

A presente obra busca retratar em prosas e versos a inconstância e emoção dos pensamentos que derivam de situações cotidianas. Mergulhar em Ebulição não é tarefa fácil ou comum, é uma real aventura onde se passa pela evolução das concepções infantis, adolescentes e adultas, e pela sua adaptação ao meio. São textos com uma importância cronológica que se colocados numa mesma data viram verdadeiras antíteses. É um álbum de concepções muito subjetivas, mas que ao mesmo tempo são eivadas de conteúdo filosófico e amplo, concepções que farão o leitor pensar e questionar-se acerca do que s
e vive no dia a dia.

SOBRE O AUTOR E O LIVRO:

Eu sempre busquei consubstanciar os sentimentos na escrita, tendo em vista que assim como a gente busca fotografar um momento para eternizar algo que se move e está em constante mudança, também se escreve para eternizar um pensamento, o qual também está em constante mudança. Essa foi a ideia do "Álbum de fotografias borbulhantes" .
Cada texto tem a data em que foi escrito, para como a metáfora diz, consubstanciar uma espécie de álbum. A ideia é tentar, assim como quando alguém vê uma foto ou quadro, provocar sentimentos e lembranças nas pessoas.



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Vamos a ele. Sempre há o que aproveitar. Afinal, até Sócrates afirmava: "só sei que nada sei".

Assim, não se pode desdenhar de versos e prosas de um escritor, só porque é jovem. Inteligência não tem idade e nem confunde-se com experiência, embora esta última sempre ajude a entender a vida.

Interessa salientar que os jovens escritores possuem mais coragem de dizer o que pensam, porque ainda não se lhes colocou água na fervura (ebulição) das ideias. Enquanto que nós, os experientes, tendemos à complacência, à prudência extremada e até a um tanto de covardia, escrevendo com pruridos e pudicícia, defeitos dos quais nem sempre conseguimos libertar-nos, até porque os velhos, sopesando incontáveis interesses, tendem a maquiar suas concepções, por medo de parecer tresloucados. Aos jovem perdoa-se  ousadias (em nome da suposta imaturidade), mas para os experientes não há tolerância.

O arrojo dos novatos é que dá sentido à vida, a qual torna-se desprezível à medida em que, por acomodação, admitimos cerceamento à liberdade de expressão. Somos bem mais úteis à sociedade quando ousamos e exteriorizamos o que pensamos, do que quando calamos, por força da falta de coragem para externar nossas opiniões. Com os que se expressam sempre aprendemos alguma lição. Os que acomodam-se quase nada transmitem.

Alguém já lembrou que recebemos dois buracos para ver, dois para ouvir, um só para falar, o que seria sintomático de que devemos ouvir mais do que falar. Mas, eu completo: recebemos da natureza além dos buracos, duas mãos para escrever, de sorte que podemos até ouvir mais do que falar, mas não devemos deixar de escrever o que pensamos, se forem ideias que temos por úteis à humanidade. Escrever é um ato de coragem, porque nos expomos às críticas ácidas das outras inteligências e até dos mentecaptos.

Toda esta peroração foi feita para concluir que todo aquele que lança um livro demonstra, por óbvio, ser dotado de salutar ousadia e coragem, sendo merecedor, portanto, do nosso respeito.



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