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sábado, 18 de agosto de 2012

A água e a vida


Natalia Kovalenko





© Flickr.com/mervtheswerve/cc-by


O Conselho de Segurança da Rússia está preparando um plano de ação para uma situação de carência global de água doce. Dois bilhões de habitantes da Terra já sentem a sua falta. No entanto, a brusca redução mundial das fontes de água potável obriga a Rússia a elaborar já uma estratégia de segurança da água.


A luta pelos recursos energéticos poderá em breve ser substituida pela luta pela água. Só nos últimos dois anos, mais de 20 milhões de pessoas por todo o mundo abandonaram os seus locais de residência devido à falta de água potável. Já há mais emigrantes da água do que refugiados dos conflitos armados. Portanto a ameaça de guerras pela água é bastante real, considera o organizador do projeto Watermap – Mapa de Água da Rússia Andrei Voinov.

“A ONU prevê esse tipo de conflitos para de aqui a 25-30 anos. Há dois focos de tensão nesse contexto – a África e o Oriente Médio. Mas enquanto que em África, sendo esse problema muito grave, a própria área é bastante pobre e pouco desenvolvida, já no Oriente a situação é muito mais explosivo. Muitas cidades grandes foram totalmente construidas com base na dessalinização da água. Contudo, se trata de despesas colossais”.

Mesmo nos países onde não existem problemas de água evidentes se podem observar tendências negativas: há menos água não poluida, a sua qualidade se degrada, refere o perito Alexander Guelfan.

“O problema da falta de água no mundo se torna cada vez mais grave, o que leva muitos especialistas a falar de uma crise global da água. Segundo as análises efetuadas, até ao fim da próxima década a economia mundial irá absorver quase todos os recursos em água doce disponiveis e economicamente viáveis. Exceto países como o Brasil, o Canadá e a Rússia”.

A Rússia, o Canadá e o Brasil lideram neste momento as reservas de água doce. Em caso de uma abordagem racional, eles podem se tornar nos salvadores de todos. Para isso não será necessário instalar tubagens entre os países para transvases de água ou vender a água engarrafada. Podemos assumir a parte principal da indústria que é grande consumidora de água. Por exemplo, para a produção de uma tonelada de ácido nítrico são necessários 180 metros cúbicos de água doce e para uma tonelada de tecido de algodão são usados até mil metros cúbicos. É muito mais econômico e sustentável para os recursos organizar a sua produção em grande escala nos locais onde houver água doce em excesso. Não esquecendo, é claro, o ambiente e as gerações futuras. O plano do Conselho de Segurança da Rússia deve considerar todos esses aspetos, consideram os especialistas.


Fonte: VOZ DA RÚSSIA

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