Sempre tive o Estado de MG como um dos expoentes da Federação e os cidadãos locais como politizados em boa parte. Mas, ainda assim, lá naquela pujante unidade, também acontecem alianças de safados da política com estelionatários das religiões, em detrimento do estado republicano e laico e sobretudo do patrimônio público, tal qual em outros estados brasileiros.
E o Ministério Público local não parece atento a tais maracutaias, ou se omite de propósito, para não pisar no terreno movediço da denominada liberdade religiosa.
E o Ministério Público local não parece atento a tais maracutaias, ou se omite de propósito, para não pisar no terreno movediço da denominada liberdade religiosa.
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Vereadores de BH autorizam venda de espaço público para igreja
Postado por Paulo Lopes 50 comentários:
Pastor Valadão e vereador Oscar riem
da fragilidade do Estado laico brasileiro
Os vereadores de Belo Horizonte (MG) aprovaram no começo do mês um projeto de lei que autoriza a prefeitura a vender trechos de três ruas do bairro São Cristóvão para a Igreja Batista da Lagoinha, do pastorMárcio Valadão (à esquerda na foto).
O projeto é de autoria vereador evangélico João Oscar (PRP), na foto. A nova lei deverá ser sancionada nos próximos dias pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB).
A Igreja tem no local um templo, mas ela precisa de terreno para construir um novo espaço para 30 mil fiéis.
O novo templo vai ilhar duas casas localizadas em uma das ruas, a Ipê. O engenheiro Raickson Costa, que ali mora há 51 anos, disse ter sido pego de surpresa, porque Oscar tinha prometido desistir do projeto de lei. “Essa lei é um absurdo”, disse.
Costa disse que, mesmo antes da sanção da lei, a Igreja já se apoderou daqueles trechos das ruas, que viraram estacionamento para os fiéis.
Na justificativa do projeto de lei, o vereador evangélico ignorou os transtornos dos moradores e o isolamento das duas casas. O texto diz que as ruas “estão totalmente inseridas no perímetro de área particular de propriedade da Igreja Batista da Lagoinha”.
O projeto de lei não diz por quanto as ruas terão de ser vendidas, mas facilita o negócio, estabelecendo que o pagamento terá de ser parcelado, além de correção e cobrança de juros de 1% ao mês.
O Ministério Público Estadual vinha acompanhando a tramitação do projeto de lei, e agora a expectativa é de que ele intervenha para impedir a venda do espaço público.
Com informação do Estado de Minas.
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