Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Paradoxo no Judiciário - O traje e a informática

Por todos os lados, vê-se o Poder Judiciário a proclamar a adoção do processo eletrônico e de outras medidas modernizadoras das suas rotinas, tendo-se a sensação de que aquela esfera da administração pública está mesmo empenhada em bem servir ao público, valorizando o princípio da eficiência, contido no art. 37 da CF.
De outro lado, basta uma ida ás salas de sessões dos Tribunais de segunda e demais instâncias superiores para se esbarrar numa tradição ridícula, que suponho remontar ao Império Romano, qual seja, a de se obrigar os partícipes dos julgamentos (magistrados, membros do Ministério Público, advogados) e até oficiais de justiça que ali estão para apenas assessorar os juízes a portarem togas e becas pretas.
Na última sessão da Segunda Turma do TRT/SC um acontecimento provocou risos: um jovem advogado, um tanto nervoso na hora de assumir a tribuna para fazer sua sustentação oral, enroscou-se todo com aquela ridícula capa preta, ensejando risos e até um certo constrangimento.
O paradoxo reside exatamente na dicotomia informática (o supra-sumo da modernidade)/uso de togas e becas (traje vetusto, superado, teatral, ridículo). `
À frente do aludido advogado, como que a olhá-lo estarrecido, um notebook cheio de luzes coloridas, equipamento que, se pensasse, deveria estar a rir da pobre beca preta.
Na Justiça, tradições bizarras e hipócritas é que não faltam, dentre elas avultando aquela mercê da qual se cobra o tratamento de excelência/excelentíssimo para os seus circunstantes. Basta se atentar para o volume de decisões habitualmente reformadas para se chegar à  conclusão de que apenas alguns poucos excelem no conhecimento e no bom-senso que se exige de Advogados, membros do MP e Magistrados.

-=-=-=-=

ATUALIZAÇÃO:


10/08/12 - 08:51
POR FREDERICO VASCONCELOS


O jornal “Globo” revela, nesta sexta-feira (10/8), que o advogado de Roberto Jefferson, Luiz Francisco Corrêa Barbosa, foi abordado pela segurança do STF porque estava usando calça jeans escura:

“Estava sentado assistindo a uma sustentação oral e uma moça pediu para eu sentar em outra cadeira. Ela disse que eu estava de jeans e que era proibido. Eu perguntei qual era o modelito e ela não soube responder, porque não existe este modelito. Recomenda-se vir de terno, mas eu não vou fazer intervenção. Não há problema. Não estou de bermuda”, narrou o advogado ao jornal.

Barbosa permaneceu onde estava.


Fonte: Blog do Frederico Vasconcelos (FSP)

Nenhum comentário: