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domingo, 1 de junho de 2014

Papa compara abuso sexual à (inofensiva) missa negra




Francisco foi inadequado, porque 
missa negra não estupra crianças

O papa Francisco fez uma comparação inadequada ao dizer que a existência de padres que abusam sexualmente de criança é tão grave quanto a celebração de “missa negra”.

O incomodo que a “missa negra” celebrada por seitas satânicas pode causar é ferir a sensibilidade de religiosos que levam a sério essa bobagem. 

A missa negra inverte a missa católica (profana a hóstia, por exemplo), mas no “clero de sacerdotes satânicos”, por assim dizer, a pedofilia não é uma prática recorrente.

Na segunda-feira, Francisco disse a jornalistas que seu propósito é tratar os casos de pedofilia de padre com “tolerância zero”, porque se trata de “um crime muito grave”.

“Quando um sacerdote submete uma criança a abusos, é como se o padre celebrasse uma ‘missa negra’ como parte de um ritual satânico”, disse.

O discurso do papa faz sentido para o “público interno”, para os sacerdotes, para os quais a celebração de missa negra é uma blasfêmia. Mas não para a sociedade em geral, leiga, para a qual, objetivamente, os sacerdotes da “missa negra” não estupram criança, mas padres católicos, sim.

Nos Estados Unidos, a repercussão da afirmação de Francisco foi mais forte porque recentemente a Harvard Extension Cultural Studies Club causou polêmica por ter decidido patrocinar uma “missa negra” no campus de Harvard pelo Templo Satânico de Nova York. Ia se tratar de um evento cultural dentro de uma proposta acadêmica de abordar aspectos de uma tradição marginalizada e pouco ortodoxa. O repúdio de cristãos foi tão enfático, que a “missa” teve ser cancelada.

O capelão Greg Epstein foi um dos que se opuseram à missa negra em Harvard. Mas até ele não gostou da associação feita por Francisco.

“[...] tal afirmação [do papa] é terrível e ofensiva, porque você não pode comparar abusos de direitos humanos a um episódio recente de ativismo satírico equivocado. Não é parecido nem um pouco. [A pedofilia] é muito, muito pior.”

Com informação das agências.


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