Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Ladroagem desenfreada

- A vitória de uma facção política é ordinariamente o princípio da decadência pelos abusos que a acompanham - MARQUÊS DE MARICÁ - Máximas - H. Garnier Liv. Edit./RJ/1905.



Ladrões pululam nos três poderes e na administração indireta da União, dos Estados e dos Municípios.
Ladrões assaltam os velhos, valendo-se dos Planos de Saúde e da Previdência Pública, que não reajusta os proventos de aposentadoria como deve.
Larápios de gravata e de batina assaltam o bolso dos ingênuos, nas Igrejas de todos os cultos.
Larápios que ditam as ações do fisco federal metem a mão no bolso dos contribuintes, retardando a devolução do imposto de renda, entre outras manobras abjetas.
E acham, todos eles, safados, que o povo deve render-lhes homenagem e respeito, cumprindo a legislação que eles próprios criam.
Do outro lado, aquele artigo da Constituição Federal, que tanta vezes já citei, o 37, que fala dos princípios da administração pública, incluindo o da eficiência dos serviços que devem ser prestados aos contribuintes, não merece dos (des) governos nenhum apreço e respeito.
Só resta aos contribuintes arriscar-se aos múltiplos atos de repressão, desobedecendo, sonegando, berrando de todos os modos imagináveis e disponíveis, mostrando sua revolta e inconformismo.
A paz, o conformismo, o portar-se como carneiros medrosos, só favorece aos safados e inescrupulosos encastelados no poder econômico e político.
A Justiça, que não funciona, promete agilizar os processos, mas esta é só uma estratégia para preparar os espíritos dos tolos, para que aceitem, pacificamente, os aumentos de remuneração que estão por vir.
Na esfera da legalidade, o povo pode perder as esperanças.
Grande parte dos juízes está cooptada pela Igreja Católica, por exemplo, que, valendo-se da Lei Rouanet (incentivos Fiscais), entre outras, mete a mão nos cofres públicos, com a conivência dos políticos, ao pretexto de que seus templos são de importância histórica e cultural e precisam ser preservados. E raros julgadores aplicam a Constituição Federal e o Dec.-lei 25/1937, como devem, ponderando que o socorro a donos de imóveis tombados só é possível quando demonstrarem que não possuem capacidade financeira para conservá-los. Os que sabidamente a possuem, como a ICAR, não podem ser favorecidos, mercê de subvenção ou subsídio públicos, para preservarem o que não lhes foi desapropriado.
Avulta a circunstância de que a ICAR já possui imunidade tributária, já é, como os outros cultos, uma privilegiada, a quem os legisladores deram proteção, para que não precisem pagar impostos.
Diante dessa corja de larápios, a agir impunemente, metendo a mão, sem o menor pudor, no bolso dos contribuintes, devem ser encontrados caminhos alternativos e mais contundentes para acabar com a sangria de dinheiro público.
Venho tentando fazer a minha parte, refreando a ganância dos religiosos e o despudor dos políticos, via Justiça. Mas, como já era esperado, porque não sou nenhum ingênuo, está bem difícil. Continuarei na minha luta, isolada, quase inglória, apoiado apenas pela minha consciência, que grita contra as injustiças, mesmo que me chamem, jocozamente, de "paladino da justiça", grosso, ateu bilioso, etc...
Um dia o meu povo há de acordar e de, sacudindo o jugo, botar pra correr esta cambada de estelionatários que se apossou da mente dos que já não possuem muito cérebro e ainda votam, rezam, louvam a um suposto deus, enfim, cometem sandices do gênero.
No dia em que o povo pegar o leão à unha e lhe der uns bons cascudos, botar os safardanas das mais diversas religiões para trabalhar e exigir que os serviços públicos funcionem a contento, este País criará jeito.
Enquanto nos rejubilarmos porque o RJ foi escolhido para sediar jogos e porque temos um presidente inculto, ignorante, embora malandro, simpático e que propicia grandes lucros a banqueiros e outras poderosas corporaçõs, estaremos perdidos.

-=-=-=-=
Quanto à carga tributária, achei esta pérola:

"Foi Filipe Quinto o primeiro que introduziu em França o direito chamado 'da gabella', imposto sobre a água do mar e os raios do sol. É o que cá nos falta -
- ALEXANDRE MAGNO DE CASTILHO - Almanach de lembranças luso-brasileiro – 1856, p. 222.

Nenhum comentário: